Título no Brasil: O Segredo de Mary Reilly
Título Original: Mary Reilly
Ano de Produção: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: TriStar Pictures
Direção: Stephen Frears
Roteiro: Christopher Hampton
Elenco: Julia Roberts, John Malkovich, George Cole
Sinopse:
Mary Reilly (Julia Roberts), uma dona de casa vitoriana, acaba se apaixonando pelo respeitado médico Dr. Jekyll (John Malkovich) sem conhecer seu lado mais sinistro, amoral e violento, o Mr. Edward Hyde. Roteiro baseado no romance escrito por Valerie Martin. Filme indicado ao Golden Berlin Bear do Berlin International Film Festival.
Comentários:
Transformar a história de Dr. Henry Jekyll e Mr. Edward Hyde (o médico e o monstro) em um drama vitoriano com pretensões de filme sério? Será que foi realmente uma boa ideia? Para a atriz Julia Roberts realmente parecia uma boa oportunidade de realizar um filme com qualidade literária ao mesmo tempo em que não perdia de vista os interesses financeiros de sua carreira. Um pé na arte e o outro na bilheteria. Apesar das intenções nada pareceu dar muito certo. O filme não consegue se decidir em ser uma obra de arte ou uma diversão pop de verão. No meio do caminho não conseguiu ser nem uma coisa, nem outra. Apesar da bipolaridade ainda há coisas boas para se elogiar. Uma delas vem justamente do elenco e nem estou me referindo ao trabalho de Julia Roberts (envelhecida precocemente com forte maquiagem), mas sim de John Malkovich. Se existe uma razão para assistir esse filme pelo menos uma vez na vida vem justamente de sua presença em cena. Claro que todos sabem que Malkovich sempre foi um grande ator. Seja como o racional Dr. Henry Jekyll ou como o alucinado Edward Hyde o ator se saiu excepcionalmente bem. Uma prova de seu grande talento. Pena que o filme nunca consiga ser tão bom como ele. É o típico caso em que temos uma atuação grande demais para um filme apenas mediano.
Pablo Aluísio.
domingo, 28 de fevereiro de 2016
sábado, 27 de fevereiro de 2016
Romeu + Julieta
Título no Brasil: Romeu + Julieta
Título Original: Romeo + Juliet
Ano de Produção: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Baz Luhrmann
Roteiro: Craig Pearce, baseado na obra de William Shakespeare
Elenco: Leonardo DiCaprio, Claire Danes, John Leguizamo
Sinopse:
Romeu (Leonardo DiCaprio) ama Julieta (Claire Danes), mas não conseguem ficar felizes e em paz pois pertencem a duas famílias que simplesmente se detestam e se odeiam. Como superar todas as adversidades em nome de um grande amor como aquele? Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Direção de Arte (Catherine Martin e Brigitte Broch). Vencedor do BAFTA Awards nas categorias de Melhor Direção, Design de Produção e Roteiro Adaptado.
Comentários:
Desde essa época o Leonardo DiCaprio sonhava com o Oscar de melhor ator (e lá se vão vinte anos de puro desespero por um prêmio que parece não chegar nunca!). Enfim... voltemos ao filme. A premissa é básica: trazer a obra do grande e imortal William Shakespeare para o público jovem. E como fazer isso? Transformando tudo em um videoclip, ou melhor explicando, usar a linguagem dos videoclips para atrair a atenção da juventude dos anos 90 (que não parava de assistir a MTV). Como se trata também de uma das obras mais populares do dramaturgo inglês era de se esperar que fluísse às mil maravilhas. Não foi bem isso que aconteceu. A verdade é que o diretor Baz Luhrmann é um pretensioso arrogante que pensa estar sempre revolucionando o cinema com seus filmes. Menos. Ele fez um filme muito colorido, bonitinho e simpático, mas a despeito disso também esvaziou muito a obra que lhe deu origem. Na ânsia de soar moderninho demais tudo o que Baz Luhrmann conseguiu no final das contas foi ser muito, mas muito chato! O filme nunca me convenceu e nem agradou. Há excessos de modernices que aborrecem. Além disso Leonardo DiCaprio parece estar mais preocupado em aparecer bonitinho em cena, como se estivesse posando para uma revista de adolescentes entediadas, do que em atuar realmente bem. Assim não há como salvar o filme. O bardo merecia coisa muito melhor (além do devido respeito, é claro). E o Leo ficou novamente a ver navios. Oscar que é bom... nada!
Pablo Aluísio.
Título Original: Romeo + Juliet
Ano de Produção: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Baz Luhrmann
Roteiro: Craig Pearce, baseado na obra de William Shakespeare
Elenco: Leonardo DiCaprio, Claire Danes, John Leguizamo
Sinopse:
Romeu (Leonardo DiCaprio) ama Julieta (Claire Danes), mas não conseguem ficar felizes e em paz pois pertencem a duas famílias que simplesmente se detestam e se odeiam. Como superar todas as adversidades em nome de um grande amor como aquele? Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Direção de Arte (Catherine Martin e Brigitte Broch). Vencedor do BAFTA Awards nas categorias de Melhor Direção, Design de Produção e Roteiro Adaptado.
Comentários:
Desde essa época o Leonardo DiCaprio sonhava com o Oscar de melhor ator (e lá se vão vinte anos de puro desespero por um prêmio que parece não chegar nunca!). Enfim... voltemos ao filme. A premissa é básica: trazer a obra do grande e imortal William Shakespeare para o público jovem. E como fazer isso? Transformando tudo em um videoclip, ou melhor explicando, usar a linguagem dos videoclips para atrair a atenção da juventude dos anos 90 (que não parava de assistir a MTV). Como se trata também de uma das obras mais populares do dramaturgo inglês era de se esperar que fluísse às mil maravilhas. Não foi bem isso que aconteceu. A verdade é que o diretor Baz Luhrmann é um pretensioso arrogante que pensa estar sempre revolucionando o cinema com seus filmes. Menos. Ele fez um filme muito colorido, bonitinho e simpático, mas a despeito disso também esvaziou muito a obra que lhe deu origem. Na ânsia de soar moderninho demais tudo o que Baz Luhrmann conseguiu no final das contas foi ser muito, mas muito chato! O filme nunca me convenceu e nem agradou. Há excessos de modernices que aborrecem. Além disso Leonardo DiCaprio parece estar mais preocupado em aparecer bonitinho em cena, como se estivesse posando para uma revista de adolescentes entediadas, do que em atuar realmente bem. Assim não há como salvar o filme. O bardo merecia coisa muito melhor (além do devido respeito, é claro). E o Leo ficou novamente a ver navios. Oscar que é bom... nada!
Pablo Aluísio.
Força Tática
Título no Brasil: Força Tática
Título Original: Tactical Force
Ano de Produção: 2011
País: Canadá
Estúdio: Nasser Group, North, Caliber Media Company
Direção: Adamo P. Cultraro
Roteiro: Adamo P. Cultraro
Elenco: Steve Austin, Michael Shanks, Michael Jai White
Sinopse:
Um treinamento da SWAT da polícia de Los Angeles acaba dando muito errado quando um grupo de homens da polícia se depara com uma perigosa gangue de criminosos de rua. Apenas a força bruta de Tate (Steve Austin) poderá colocar um fim naquela situação perigosa e altamente violenta.
Comentários:
Filmes de ação estrelados por Steve Austin você já sabe: muita porrada, ação insana e baixos orçamentos. Esse tipo de fita B tinha grande retorno na época do mercado de vídeo - já que acabavam encontrando seu público de uma maneira ou outra nas prateleiras de locadoras. Hoje em dia as coisas já ficam mais complicadas. De qualquer forma vale a pena conhecer principalmente se você: a) curte filmes de ação sem delongas (como os filmes dos anos 80 com brutamontes violentos) e b) admiram de alguma forma o Austin, seja pelo trabalho que ele realiza como ator ou lutador. Aqui não há maiores surpresas, vamos convir que o filme é bem derivativo. Se tem algum mérito é não querer parecer pretensioso. O diretor canadense Adamo P. Cultraro só peca pela falta de experiência (esse é praticamente seu primeiro filme já que os anteriores não passaram de telefilmes sem importância ou documentários da TV a cabo, sem grande repercussão). Ele optou pela ação pura, sem frescuras ou perda de tempo. Se errou em vários aspectos do filme pelo menos acertou em ser bem direto e objetivo. O fã do filme de ação mais casca grossa não terá do que reclamar.
Pablo Aluísio.
Título Original: Tactical Force
Ano de Produção: 2011
País: Canadá
Estúdio: Nasser Group, North, Caliber Media Company
Direção: Adamo P. Cultraro
Roteiro: Adamo P. Cultraro
Elenco: Steve Austin, Michael Shanks, Michael Jai White
Sinopse:
Um treinamento da SWAT da polícia de Los Angeles acaba dando muito errado quando um grupo de homens da polícia se depara com uma perigosa gangue de criminosos de rua. Apenas a força bruta de Tate (Steve Austin) poderá colocar um fim naquela situação perigosa e altamente violenta.
Comentários:
Filmes de ação estrelados por Steve Austin você já sabe: muita porrada, ação insana e baixos orçamentos. Esse tipo de fita B tinha grande retorno na época do mercado de vídeo - já que acabavam encontrando seu público de uma maneira ou outra nas prateleiras de locadoras. Hoje em dia as coisas já ficam mais complicadas. De qualquer forma vale a pena conhecer principalmente se você: a) curte filmes de ação sem delongas (como os filmes dos anos 80 com brutamontes violentos) e b) admiram de alguma forma o Austin, seja pelo trabalho que ele realiza como ator ou lutador. Aqui não há maiores surpresas, vamos convir que o filme é bem derivativo. Se tem algum mérito é não querer parecer pretensioso. O diretor canadense Adamo P. Cultraro só peca pela falta de experiência (esse é praticamente seu primeiro filme já que os anteriores não passaram de telefilmes sem importância ou documentários da TV a cabo, sem grande repercussão). Ele optou pela ação pura, sem frescuras ou perda de tempo. Se errou em vários aspectos do filme pelo menos acertou em ser bem direto e objetivo. O fã do filme de ação mais casca grossa não terá do que reclamar.
Pablo Aluísio.
O Efeito da Fúria
Em uma lanchonete de Los Angeles um homem armado entra no estabelecimento e abre fogo contra clientes e funcionários. Ele parece ser uma pessoa normal, sem nenhum traço mais visível de psicopatia ou algo do gênero. Mirando em seus alvos o atirador tenta matar cada pessoa que está presente naquele recinto. A pequena Anna (Dakota Fanning) se esconde embaixo da mesa e de lá vê seu pai ser atingido por um tiro na cabeça. Seu sangue escorre por entre suas pernas, indo parar bem onde ela se encontra. A garçonete Carla (Kate Beckinsale) está atrás do balcão servindo os clientes quando começa o massacre. Ela se abaixa e tenta se esconder dos tiros. Com o celular também tenta de todas as formas pedir socorro, ligando para o 911. Para Charlie (Forest Whitaker) nada mais parece fazer algum sentido. Ele entrou na lanchonete e se sentou no balcão em busca de um café. Intimamente se sente arrasado pois acabou de ser diagnosticado com um câncer maligno. Quando os tiros começam ele mal consegue esboçar uma reação. Está simplesmente em choque.
Tudo o que você leu no parágrafo anterior se desenvolve apenas na primeira cena de "Winged Creatures". O filme se concentra nessa triste realidade de violência sem sentido que surge dentro da sociedade americana, algo que se tornou tão habitual naquele país que nem mais chega a chamar tanta atenção. De repente um sujeito armado resolve abrir fogo contra pessoas inocentes, matando a esmo, sem qualquer explicação ou aviso. Para se ter uma ideia de como as coisas andam por lá, ontem quando assistia a esse filme ocorreu um novo massacre em uma pequena cidade americana do Arizona, quando um homem atirou dentro de uma fábrica, matando quatro pessoas e ferindo quase uma dezena de outras. O roteiro do filme não se preocupa em desvendar os motivos que levaram o atirador a matar as pessoas na lanchonete. Ao invés disso investe no trauma decorrente da chacina, mostrando a vida dos sobreviventes após o trágico evento. Assim o espectador passa a acompanhar o pós trauma na vida de cada personagem. A garçonete Carla (Beckinsale) é uma mãe solteira que não tem a menor vocação para cuidar de seu filho, um bebê que parece sempre estar chorando. A garotinha Anna (Fanning) acaba criando uma espécie de fanatismo religioso precoce para lidar com a morte brutal de seu pai e Charlie (Whitaker), que fora diagnosticado com câncer poucos momentos antes da tragédia na lanchonete, resolve gastar seu último centavo numa maratona de bebidas e jogos em um cassino da cidade. Por fim há a figura do médico Dr. Bruce Laraby (Guy Pearce) que escapou de morrer ao sair momentos antes do tiroteio começar na lanchonete. Ele trabalha salvando vidas, mas parece disposto a acabar com a vida da própria esposa, a envenenando. Em suma, um bom filme que valoriza as características de cada personagem em cena. Um retrato mais realista possível da violência que impera na sociedade americana atualmente.
O Efeito da Fúria (Winged Creatures, EUA, 2008) Direção: Rowan Woods / Roteiro: Roy Freirich / Elenco: Kate Beckinsale, Forest Whitaker, Guy Pearce, Dakota Fanning, Josh Hutcherson / Sinopse: Após o massacre em uma lanchonete de Los Angeles, um grupo de sobreviventes tenta levar as suas vidas em frente da melhor maneira possível, algo que definitivamente não será fácil já que a violência absurda a que foram submetidos deixou traumas psicológicos irreparáveis em cada um deles.
Pablo Aluísio.
Tudo o que você leu no parágrafo anterior se desenvolve apenas na primeira cena de "Winged Creatures". O filme se concentra nessa triste realidade de violência sem sentido que surge dentro da sociedade americana, algo que se tornou tão habitual naquele país que nem mais chega a chamar tanta atenção. De repente um sujeito armado resolve abrir fogo contra pessoas inocentes, matando a esmo, sem qualquer explicação ou aviso. Para se ter uma ideia de como as coisas andam por lá, ontem quando assistia a esse filme ocorreu um novo massacre em uma pequena cidade americana do Arizona, quando um homem atirou dentro de uma fábrica, matando quatro pessoas e ferindo quase uma dezena de outras. O roteiro do filme não se preocupa em desvendar os motivos que levaram o atirador a matar as pessoas na lanchonete. Ao invés disso investe no trauma decorrente da chacina, mostrando a vida dos sobreviventes após o trágico evento. Assim o espectador passa a acompanhar o pós trauma na vida de cada personagem. A garçonete Carla (Beckinsale) é uma mãe solteira que não tem a menor vocação para cuidar de seu filho, um bebê que parece sempre estar chorando. A garotinha Anna (Fanning) acaba criando uma espécie de fanatismo religioso precoce para lidar com a morte brutal de seu pai e Charlie (Whitaker), que fora diagnosticado com câncer poucos momentos antes da tragédia na lanchonete, resolve gastar seu último centavo numa maratona de bebidas e jogos em um cassino da cidade. Por fim há a figura do médico Dr. Bruce Laraby (Guy Pearce) que escapou de morrer ao sair momentos antes do tiroteio começar na lanchonete. Ele trabalha salvando vidas, mas parece disposto a acabar com a vida da própria esposa, a envenenando. Em suma, um bom filme que valoriza as características de cada personagem em cena. Um retrato mais realista possível da violência que impera na sociedade americana atualmente.
O Efeito da Fúria (Winged Creatures, EUA, 2008) Direção: Rowan Woods / Roteiro: Roy Freirich / Elenco: Kate Beckinsale, Forest Whitaker, Guy Pearce, Dakota Fanning, Josh Hutcherson / Sinopse: Após o massacre em uma lanchonete de Los Angeles, um grupo de sobreviventes tenta levar as suas vidas em frente da melhor maneira possível, algo que definitivamente não será fácil já que a violência absurda a que foram submetidos deixou traumas psicológicos irreparáveis em cada um deles.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016
Amantes
Esse é um filme sobre sentimentos. Logo na primeira cena Leonard Kraditor (Joaquin Phoenix) caminha por um píer de Nova Iorque. Tempo gelado. Sem pensar duas vezes ele se joga na água congelantes do oceano. Seria trágico se não fosse patético. Essa é mais uma de muitas tentativas de suicídio em sua vida. Tudo por causa de mais uma desilusão amorosa. Depois de dois anos de noivado a mulher que ele achava ser a ideal para sua vida simplesmente resolveu ir embora, o deixando completamente devastado. Leonard vive com os pais, trabalha na pequena loja de seu pai e não vê muitos motivos para seguir em frente com sua vida. Isso dura até conhecer a vizinha de prédio, a bela e atraente Michelle Rausch (Gwyneth Paltrow), uma garota dos sonhos. Mesmo machucado, Leonard resolve investir no seu novo interesse romântico, mas ela já tem um complicado relacionamento com um homem casado, com filhos, numa situação nada resolvida. Para piorar ainda mais sua vida sentimental seus pais querem que ele se acerte com Sandra (Vinessa Shaw) que parece ser uma boa pretendente para acabar com sua solteirice persistente e duradoura.
Bom filme. O diretor James Gray tenta contar um enredo envolvendo um triângulo amoroso dos mais improváveis. Todos os personagens apresentam algum tipo de problema emocional. Leonard foi diagnosticado como bipolar alguns anos atrás. Por essa razão ele não consegue lidar muito bem com perdas. Michelle vem de uma família com problemas mentais e não consegue se acertar na vida. Sandra mais parece uma solteirona desesperada para se casar com alguém, seja ele quem for. Ela tem vários problemas de auto estima o que trava sua vida amorosa. Como se vê os protagonistas passam longe da imagem de figuras românticas idealizadas, princesas e príncipes montados em cavalos brancos. Ao invés disso são pessoas comuns, tentando levar a vida, mesmo com vários obstáculos pelo meio do caminho. Gosto muito do estilo de interpretação de Joaquin Phoenix. Ele sempre parece perfeito para personagens limítrofes, esquisitões. Até hoje não sei se ele é assim mesmo na vida real ou se é algum tipo de fórmula que ele sempre usa para dar veracidade em seus trabalhos. Provavelmente seja o primeiro caso, quem sabe... De qualquer maneira funciona muito bem. Já Gwyneth Paltrow sempre surge muito elegante e sofisticada, mesmo quando seus papéis são de garotas à beira de um surto psicótico. Em suma, temos aqui um bom filme, ideal para assistir a dois.
Amantes (Two Lovers, EUA, 2008) Direção: James Gray / Roteiro: James Gray, Ric Menello / Elenco: Joaquin Phoenix, Gwyneth Paltrow, Isabella Rossellini, Vinessa Shaw, Samantha Ivers / Sinopse: Leonard (Phoenix) vê uma oportunidade de se recuperar do enorme fora que levou de sua noiva ao conhecer sua vizinha, a bela e sensual Michelle (Paltrow). Seus pais porém querem que ele se case com outra jovem, Sandra (Shaw), a filha de um amigo de seu pai. Filme indicado à Palma de Ouro do Cannes Film Festival. Também indicado ao Independent Spirit Awards nas categorias de Melhor Atriz (Gwyneth Paltrow) e Melhor Direção (James Gray).
Pablo Aluísio.
Bom filme. O diretor James Gray tenta contar um enredo envolvendo um triângulo amoroso dos mais improváveis. Todos os personagens apresentam algum tipo de problema emocional. Leonard foi diagnosticado como bipolar alguns anos atrás. Por essa razão ele não consegue lidar muito bem com perdas. Michelle vem de uma família com problemas mentais e não consegue se acertar na vida. Sandra mais parece uma solteirona desesperada para se casar com alguém, seja ele quem for. Ela tem vários problemas de auto estima o que trava sua vida amorosa. Como se vê os protagonistas passam longe da imagem de figuras românticas idealizadas, princesas e príncipes montados em cavalos brancos. Ao invés disso são pessoas comuns, tentando levar a vida, mesmo com vários obstáculos pelo meio do caminho. Gosto muito do estilo de interpretação de Joaquin Phoenix. Ele sempre parece perfeito para personagens limítrofes, esquisitões. Até hoje não sei se ele é assim mesmo na vida real ou se é algum tipo de fórmula que ele sempre usa para dar veracidade em seus trabalhos. Provavelmente seja o primeiro caso, quem sabe... De qualquer maneira funciona muito bem. Já Gwyneth Paltrow sempre surge muito elegante e sofisticada, mesmo quando seus papéis são de garotas à beira de um surto psicótico. Em suma, temos aqui um bom filme, ideal para assistir a dois.
Amantes (Two Lovers, EUA, 2008) Direção: James Gray / Roteiro: James Gray, Ric Menello / Elenco: Joaquin Phoenix, Gwyneth Paltrow, Isabella Rossellini, Vinessa Shaw, Samantha Ivers / Sinopse: Leonard (Phoenix) vê uma oportunidade de se recuperar do enorme fora que levou de sua noiva ao conhecer sua vizinha, a bela e sensual Michelle (Paltrow). Seus pais porém querem que ele se case com outra jovem, Sandra (Shaw), a filha de um amigo de seu pai. Filme indicado à Palma de Ouro do Cannes Film Festival. Também indicado ao Independent Spirit Awards nas categorias de Melhor Atriz (Gwyneth Paltrow) e Melhor Direção (James Gray).
Pablo Aluísio.
Os Fugitivos
Baseado em fatos históricos reais, o filme "Lonely Hearts" conta a trajetória de Ray Fernandez (Jared Leto), um patife que ganhava a vida explorando mulheres solitárias e infelizes durante a década de 1930. Usando como isca o classificado dos jornais ele procurava conquistar o coração delas com o objetivo de lhes tirar todo o dinheiro possível. Sua vida criminosa ganha uma reviravolta quando passa a ser acompanhado por sua amante, Martha Beck (Salma Hayek), que finge ser sua irmã para as vítimas. Com ela ao seu lado, Ray ganha uma insuspeita imagem de confiança e respeitabilidade que ele prontamente usa para aumentar o número de potenciais alvos. Quando alguma delas começam a lhe trazer problemas a solução passa a ser o assassinato para encobrir seus rastros. E é justamente no suicídio forjado de uma dessas mulheres que a dupla de detetives formado por Elmer Robinson (Travolta) e Charles Hilderbrandt (James Gandolfini) começa a entender a rede de crimes praticada pelo casal de psicopatas. Para Robinson a solução dos crimes passa a ser algo bem pessoal, uma vez que ele próprio está destruído emocionalmente após o suicídio de sua jovem esposa. Colocar as mãos em Ray e Martha passa a ser uma verdadeira obsessão para ele.
Gostei muito desse filme. Além da trama envolvente, explorando um fato real, a produção procura ser o mais fiel possível aos acontecimentos históricos. Durante os anos de 1937 a 1939 esse casal de assassinos praticou uma série de assassinatos terríveis em diversos estados americanos. Calcula-se que juntos tenham matado mais de vinte mulheres, a grande maioria delas viúvas da guerra ou senhoras mais velhas, solitárias e em busca de um relacionamento sério para preencher o vazio de suas vidas. O roteiro toma certas liberdades em relação a alguns detalhes dos fatos históricos, como por exemplo, transformar a psicopata Martha em uma jovem sensual e bonita (na verdade ela já era uma senhora com problemas de obesidade quando os crimes foram cometidos). Em termos de elenco eu destacaria o trabalho de Jared Leto. Ele está excepcionalmente bem na pele do psicótico Ray. O interessante é que tal como aconteceu na vida real ele também era completamente manipulado por Martha, que conforme escrevi, ganha contornos de exuberância sensual na interpretação de Salma Hayek que além de estar extremamente bela no filme, desfila uma série de elegantes figurinos de época. Entre os tiras o sempre excelente James Gandolfini defende muito bem seu personagem, porém temos que reconhecer que seu parceiro John Travolta já não se sai muito bem, o que é complicado, já que seu policial atormentado é um dos pilares dramáticos do filme como um todo. Travolta não conseguiu expressar a tempestade de emoções que seu papel exigiu. Ao invés de passar um sentimento de depressão, desespero interior e melancolia ao espectador tudo o que ele consegue transmitir é uma eterna expressão de raiva e fúria. Travolta sempre foi um ator limitado, temos que reconhecer. Mesmo assim essa é uma falha menor. O filme como um todo é realmente muito bom, altamente recomendado e resgata a história desses criminosos insanos e violentos que felizmente encontraram finalmente a justiça em uma cadeira elétrica pouco depois de terem cometido seus crimes e atrocidades contra mulheres indefesas e inocentes.
Os Fugitivos (Lonely Hearts, EUA, 2006) Direção: Todd Robinson / Roteiro: Todd Robinson / Elenco: John Travolta, James Gandolfini, Salma Hayek, Jared Leto, Scott Caan, Laura Dern / Sinopse: Um casal de psicopatas começa a procurar suas próximas vítimas usando o serviço de classificados dos jornais. Seu alvo preferido passa a ser mulheres solitárias que tenham algum dinheiro. Quando algumas delas começam a aparecer assassinadas, uma dupla de detetives do departamento de polícia de Nova Iorque entra no caso para prender os criminosos.Filme indicado ao San Sebastián International Film Festival na categoria de Melhor Direção (Todd Robinson).
Pablo Aluísio.
Gostei muito desse filme. Além da trama envolvente, explorando um fato real, a produção procura ser o mais fiel possível aos acontecimentos históricos. Durante os anos de 1937 a 1939 esse casal de assassinos praticou uma série de assassinatos terríveis em diversos estados americanos. Calcula-se que juntos tenham matado mais de vinte mulheres, a grande maioria delas viúvas da guerra ou senhoras mais velhas, solitárias e em busca de um relacionamento sério para preencher o vazio de suas vidas. O roteiro toma certas liberdades em relação a alguns detalhes dos fatos históricos, como por exemplo, transformar a psicopata Martha em uma jovem sensual e bonita (na verdade ela já era uma senhora com problemas de obesidade quando os crimes foram cometidos). Em termos de elenco eu destacaria o trabalho de Jared Leto. Ele está excepcionalmente bem na pele do psicótico Ray. O interessante é que tal como aconteceu na vida real ele também era completamente manipulado por Martha, que conforme escrevi, ganha contornos de exuberância sensual na interpretação de Salma Hayek que além de estar extremamente bela no filme, desfila uma série de elegantes figurinos de época. Entre os tiras o sempre excelente James Gandolfini defende muito bem seu personagem, porém temos que reconhecer que seu parceiro John Travolta já não se sai muito bem, o que é complicado, já que seu policial atormentado é um dos pilares dramáticos do filme como um todo. Travolta não conseguiu expressar a tempestade de emoções que seu papel exigiu. Ao invés de passar um sentimento de depressão, desespero interior e melancolia ao espectador tudo o que ele consegue transmitir é uma eterna expressão de raiva e fúria. Travolta sempre foi um ator limitado, temos que reconhecer. Mesmo assim essa é uma falha menor. O filme como um todo é realmente muito bom, altamente recomendado e resgata a história desses criminosos insanos e violentos que felizmente encontraram finalmente a justiça em uma cadeira elétrica pouco depois de terem cometido seus crimes e atrocidades contra mulheres indefesas e inocentes.
Os Fugitivos (Lonely Hearts, EUA, 2006) Direção: Todd Robinson / Roteiro: Todd Robinson / Elenco: John Travolta, James Gandolfini, Salma Hayek, Jared Leto, Scott Caan, Laura Dern / Sinopse: Um casal de psicopatas começa a procurar suas próximas vítimas usando o serviço de classificados dos jornais. Seu alvo preferido passa a ser mulheres solitárias que tenham algum dinheiro. Quando algumas delas começam a aparecer assassinadas, uma dupla de detetives do departamento de polícia de Nova Iorque entra no caso para prender os criminosos.Filme indicado ao San Sebastián International Film Festival na categoria de Melhor Direção (Todd Robinson).
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016
Nunca Fale com Estranhos
Dra. Sarah Taylor (Rebecca De Mornay) é uma psicóloga forense que acaba se apaixonando pelo homem errado, Tony Ramirez (Antonio Banderas), um sujeito que ela na verdade não conhece muito bem. Mal sabe que na verdade está se relacionando com um perigoso serial killer. Lida assim a sinopse de "Never Talk to Strangers" pode até parecer muito banal e sem novidades, mas para surpresa geral é sim um filme que tem lá seus bons momentos. Na década de 1990 muitos filmes de suspense como esse foram lançados visando muito mais o mercado de vídeo (sim, com aquelas fitas VHS, lembra?) do que propriamente as salas de cinema. As produções eram mais modestas e os roteiros primavam por situações clichês, muitas vezes reciclando tramas de antigas fitas do cinema noir da década de 1940. Aliás a própria concepção de se realizar filmes baratos, com enredos enxutos, mas bem boladas, primando o suspense, era uma característica daquela velha estética cinematográfica.
O grande atrativo desse filme em si vem do elenco. O estúdio apostou em Rebecca De Mornay e Antonio Banderas. Ela vinha em uma boa fase na carreira, principalmente depois das boas bilheterias de filmes como "A Mão Que Balança o Berço" e "Culpado Como o Pecado". A TriStar Pictures apostou que ela poderia ser uma das futuras estrelas de Hollywood, mas isso de fato nunca aconteceu. Depois desse filme ela foi perdendo papéis importantes e meio que caiu no esquecimento. Algo mais corriqueiro de se acontecer do que se pensa. Já Banderas teve um destino mais bem sucedido, um futuro melhor. Ele conseguiu emplacar uma carreira consistente nos Estados Unidos e se também não virou um astro pelo menos conseguiu uma certa regularidade. Assim deixo a dica desse suspense dos anos 90 que anda bem esquecido.
Nunca Fale com Estranhos (Never Talk to Strangers, EUA, Canadá, Alemanha, 1995) Direção: Peter Hall / Roteiro: Lewis A. Green, Jordan Rush / Elenco: Rebecca De Mornay, Antonio Banderas, Dennis Miller / Sinopse: Sarah Taylor (Rebecca De Mornay) é uma psicóloga da polícia que acaba se apaixonando pelo homem errado, Tony Ramirez (Antonio Banderas), um sujeito perturbado que não admite ser deixado para trás.
Pablo Aluísio.
O grande atrativo desse filme em si vem do elenco. O estúdio apostou em Rebecca De Mornay e Antonio Banderas. Ela vinha em uma boa fase na carreira, principalmente depois das boas bilheterias de filmes como "A Mão Que Balança o Berço" e "Culpado Como o Pecado". A TriStar Pictures apostou que ela poderia ser uma das futuras estrelas de Hollywood, mas isso de fato nunca aconteceu. Depois desse filme ela foi perdendo papéis importantes e meio que caiu no esquecimento. Algo mais corriqueiro de se acontecer do que se pensa. Já Banderas teve um destino mais bem sucedido, um futuro melhor. Ele conseguiu emplacar uma carreira consistente nos Estados Unidos e se também não virou um astro pelo menos conseguiu uma certa regularidade. Assim deixo a dica desse suspense dos anos 90 que anda bem esquecido.
Nunca Fale com Estranhos (Never Talk to Strangers, EUA, Canadá, Alemanha, 1995) Direção: Peter Hall / Roteiro: Lewis A. Green, Jordan Rush / Elenco: Rebecca De Mornay, Antonio Banderas, Dennis Miller / Sinopse: Sarah Taylor (Rebecca De Mornay) é uma psicóloga da polícia que acaba se apaixonando pelo homem errado, Tony Ramirez (Antonio Banderas), um sujeito perturbado que não admite ser deixado para trás.
Pablo Aluísio.
Godzilla (2014)
Título no Brasil: Godzilla
Título Original: Godzilla
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos, Japão
Estúdio: Warner Bros., Legendary Pictures
Direção: Gareth Edwards
Roteiro: Max Borenstein, Dave Callaham
Elenco: Aaron Taylor-Johnson, Elizabeth Olsen, Bryan Cranston, Ken Watanabe
Sinopse:
Após o colapso em uma usina nuclear no Japão um estranho monstro voador, de proporções gigantescas, se utiliza da radiação para se alimentar e se proliferar. Para destruir a ameaça a própria mãe natureza envia outro monstro vindo diretamente das profundezas do oceano, Godzilla, que tentará aniquilar com o estranho ser que mais parece um inseto colossal. Adaptação moderna do famoso personagem japonês, Godzilla.
Comentários:
O monstro Godzilla nasceu dentro da paranoia que havia sido criada durante a Guerra Fria. As pessoas em geral tinham receio de tudo acabar da noite para o dia em uma terrível guerra nuclear. Assim o termo nuclear foi ganhando aspectos monstruosos dentro do inconsciente coletivo do homem comum. Não é de se admirar que o cinema tenha se aproveitado desse medo irracional. Assim surgiu esse personagem, uma besta fruto da energia nuclear, com aparência de dinossauro mas centenas de vezes maior do que os verdadeiros répteis que andaram sobre a Terra no período pré-histórico. O roteiro desse novo filme procura de certa forma resgatar todos os elementos que deram origem ao personagem. Assim está lá a usina nuclear e todo o perigo proveniente de sua existência, a situação fora de controle que gera entidades monstruosas e o surgimento do próprio Godzilla como uma resposta da mãe natureza contra os erros da humanidade. O espírito do enredo também procura criar um laço direto com os filmes japoneses, onde um homem vestido com macacão de borracha destruía cidades feitas de papelão. De certa forma, por esses e outros motivos, achei essa nova produção bem mais interessante do que aquele filme com Mathew Broderick lançado alguns anos atrás. Não é um filme isento de críticas, tampouco é uma maravilha, porém por ter tantos elementos referenciais ao surgimento do monstro temos que ao menos reconhecer que se trata de uma produção interessante e curiosa. Como o final deixou a possibilidade em aberto vamos torcer para que haja continuações e que elas sejam bem melhores, corrigindo os defeitos eventuais que esse filme trouxe.
Pablo Aluísio.
Título Original: Godzilla
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos, Japão
Estúdio: Warner Bros., Legendary Pictures
Direção: Gareth Edwards
Roteiro: Max Borenstein, Dave Callaham
Elenco: Aaron Taylor-Johnson, Elizabeth Olsen, Bryan Cranston, Ken Watanabe
Sinopse:
Após o colapso em uma usina nuclear no Japão um estranho monstro voador, de proporções gigantescas, se utiliza da radiação para se alimentar e se proliferar. Para destruir a ameaça a própria mãe natureza envia outro monstro vindo diretamente das profundezas do oceano, Godzilla, que tentará aniquilar com o estranho ser que mais parece um inseto colossal. Adaptação moderna do famoso personagem japonês, Godzilla.
Comentários:
O monstro Godzilla nasceu dentro da paranoia que havia sido criada durante a Guerra Fria. As pessoas em geral tinham receio de tudo acabar da noite para o dia em uma terrível guerra nuclear. Assim o termo nuclear foi ganhando aspectos monstruosos dentro do inconsciente coletivo do homem comum. Não é de se admirar que o cinema tenha se aproveitado desse medo irracional. Assim surgiu esse personagem, uma besta fruto da energia nuclear, com aparência de dinossauro mas centenas de vezes maior do que os verdadeiros répteis que andaram sobre a Terra no período pré-histórico. O roteiro desse novo filme procura de certa forma resgatar todos os elementos que deram origem ao personagem. Assim está lá a usina nuclear e todo o perigo proveniente de sua existência, a situação fora de controle que gera entidades monstruosas e o surgimento do próprio Godzilla como uma resposta da mãe natureza contra os erros da humanidade. O espírito do enredo também procura criar um laço direto com os filmes japoneses, onde um homem vestido com macacão de borracha destruía cidades feitas de papelão. De certa forma, por esses e outros motivos, achei essa nova produção bem mais interessante do que aquele filme com Mathew Broderick lançado alguns anos atrás. Não é um filme isento de críticas, tampouco é uma maravilha, porém por ter tantos elementos referenciais ao surgimento do monstro temos que ao menos reconhecer que se trata de uma produção interessante e curiosa. Como o final deixou a possibilidade em aberto vamos torcer para que haja continuações e que elas sejam bem melhores, corrigindo os defeitos eventuais que esse filme trouxe.
Pablo Aluísio.
O Massacre da Serra Elétrica 2
Título no Brasil: O Massacre da Serra Elétrica 2
Título Original: The Texas Chainsaw Massacre 2
Ano de Produção: 1986
País: Estados Unidos
Estúdio: Cannon Films
Direção: Tobe Hooper
Roteiro: L.M. Kit Carson, Tobe Hooper
Elenco: Dennis Hopper, Caroline Williams, Jim Siedow
Sinopse:
Durante uma transmissão de rádio da programação local um DJ fica chocado ao receber o telefonema de dois marginais que lhe passam uma gravação do que parece ser a morte de duas crianças pelo psicopata Leatherface, o infame serial killer que matava suas vítimas com uma serra elétrica. O xerife local então decide começar sua investigação para colocar as mãos nos autores da gravação, algo que lhe revelará um mundo doentio e perturbador nos cafundós do Texas. Filme indicado ao prêmio Fantasporto na categoria de Melhor Filme de terror.
Comentários:
No auge do sucesso da Cannon, produtora bem conhecida nos anos 80 por causa de seus filmes de ação com Chuck Norris. a empresa resolveu apostar também no terror, ressuscitando antigas franquias. Foi o que aconteceu com "The Texas Chainsaw Massacre". O primeiro filme havia virado um cult movie nas locadoras, então os produtores entenderam que era uma boa oportunidade de reviver o antigo clima de sangue e tripas nas telas. Pessoalmente não gosto muito dessa continuação porque ela foi afetada por uma modinha da época em se misturar terror com comédia. "A Hora do Espanto" se tornou um grande sucesso de bilheteria e sua fórmula acabou sendo copiada à exaustão, nem sempre com resultado positivos. A piada já começa no poster, onde os personagens sanguinários do filme posam tal como os adolescentes do sucesso de John Hughes, "O Clube dos Cinco". O resto vai pela mesma linha engraçadinha, o que nem sempre dá certo. Dennis Hopper também acaba virando uma caricatura de si mesmo nessa produção. Ator símbolo da contra cultura dos anos 60 ele acabou embarcando no filme sem muita razão de ser, talvez apenas para emprestar seu nome conhecido (o único do elenco) para ajudar na promoção do filme. Há certamente boas cenas de terror, mas no geral não consigo mesmo gostar muito, nem mesmo em revisões mais atuais. O humor aqui estragou parte do potencial da fita. Uma bola fora na filmografia do (quase) sempre correto Tobe Hooper.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Texas Chainsaw Massacre 2
Ano de Produção: 1986
País: Estados Unidos
Estúdio: Cannon Films
Direção: Tobe Hooper
Roteiro: L.M. Kit Carson, Tobe Hooper
Elenco: Dennis Hopper, Caroline Williams, Jim Siedow
Sinopse:
Durante uma transmissão de rádio da programação local um DJ fica chocado ao receber o telefonema de dois marginais que lhe passam uma gravação do que parece ser a morte de duas crianças pelo psicopata Leatherface, o infame serial killer que matava suas vítimas com uma serra elétrica. O xerife local então decide começar sua investigação para colocar as mãos nos autores da gravação, algo que lhe revelará um mundo doentio e perturbador nos cafundós do Texas. Filme indicado ao prêmio Fantasporto na categoria de Melhor Filme de terror.
Comentários:
No auge do sucesso da Cannon, produtora bem conhecida nos anos 80 por causa de seus filmes de ação com Chuck Norris. a empresa resolveu apostar também no terror, ressuscitando antigas franquias. Foi o que aconteceu com "The Texas Chainsaw Massacre". O primeiro filme havia virado um cult movie nas locadoras, então os produtores entenderam que era uma boa oportunidade de reviver o antigo clima de sangue e tripas nas telas. Pessoalmente não gosto muito dessa continuação porque ela foi afetada por uma modinha da época em se misturar terror com comédia. "A Hora do Espanto" se tornou um grande sucesso de bilheteria e sua fórmula acabou sendo copiada à exaustão, nem sempre com resultado positivos. A piada já começa no poster, onde os personagens sanguinários do filme posam tal como os adolescentes do sucesso de John Hughes, "O Clube dos Cinco". O resto vai pela mesma linha engraçadinha, o que nem sempre dá certo. Dennis Hopper também acaba virando uma caricatura de si mesmo nessa produção. Ator símbolo da contra cultura dos anos 60 ele acabou embarcando no filme sem muita razão de ser, talvez apenas para emprestar seu nome conhecido (o único do elenco) para ajudar na promoção do filme. Há certamente boas cenas de terror, mas no geral não consigo mesmo gostar muito, nem mesmo em revisões mais atuais. O humor aqui estragou parte do potencial da fita. Uma bola fora na filmografia do (quase) sempre correto Tobe Hooper.
Pablo Aluísio.
A Casa do Espanto
Título no Brasil: A Casa do Espanto
Título Original: House
Ano de Produção: 1986
País: Estados Unidos
Estúdio: New World Pictures
Direção: Steve Miner
Roteiro: Fred Dekker, Ethan Wiley
Elenco: William Katt, Kay Lenz, George Wendt
Sinopse:
Roger Cobb (William Katt) é um veterano da Guerra do Vietnã que sonha um dia se tornar um autor de livros de terror de sucesso. Para seu azar ele precisa interromper os seus sonhos para descobrir o paradeiro de seu filho Jimmy, que simplesmente desapareceu misteriosamente enquanto visitava a sombria casa de sua tia. Quando essa morrer Roger decide desvendar esse mistério, o que abrirá literalmente uma porta para o inferno. Filme indicado aos prêmios da Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films nas categorias de Melhor Ator Coadjuvante (Richard Moll) e Melhor Atriz Codjuvante (Kay Lenz). Filme vencedor do Avoriaz Fantastic Film Festival.
Comentários:
Quem viveu os anos 80 e o auge das locadoras de vídeo certamente se lembrará desse "House". Como na época o filme de terror de maior sucesso era o clássico "A Hora do Espanto" a distribuidora nacional tentando tirar uma casquinha logo denominou a fita de "A Casa do Espanto". O filme não fez muito barulho nas bilheterias de cinema, mas quando chegou nas locadoras de vídeo VHS se tornou um hit e tanto, impulsionado pelas propagandas do SBT Vídeo que lançou a fita em nosso país. De certo modo até seguia os passos do famoso "Fright Night", misturando cenas de horror com muita comédia e bom humor. O diferencial era que não havia todo o orçamento do outro filme. Por outro lado investia em muitas cenas bem realizadas, com maquiagem de primeira linha. O diretor Steve Miner vinha de duas sequências da franquia "Sexta-Feira 13" e sabia muito bem das regras para atrair o público adolescente. Além disso contava com o bem sacado roteiro escrito por Fred Dekker, outro ícone dos filmes de terror dos anos 80. Ele havia dirigido o divertido "A Noite dos Arrepios" e no futuro escreveria os roteiros de "Contos da Cripta", "RoboCop 3" e da própria continuação dessa produção, "House 2" em 1987. Assim deixo essa dica preciosa para os saudosistas daqueles tempos.
Pablo Aluísio.
Título Original: House
Ano de Produção: 1986
País: Estados Unidos
Estúdio: New World Pictures
Direção: Steve Miner
Roteiro: Fred Dekker, Ethan Wiley
Elenco: William Katt, Kay Lenz, George Wendt
Sinopse:
Roger Cobb (William Katt) é um veterano da Guerra do Vietnã que sonha um dia se tornar um autor de livros de terror de sucesso. Para seu azar ele precisa interromper os seus sonhos para descobrir o paradeiro de seu filho Jimmy, que simplesmente desapareceu misteriosamente enquanto visitava a sombria casa de sua tia. Quando essa morrer Roger decide desvendar esse mistério, o que abrirá literalmente uma porta para o inferno. Filme indicado aos prêmios da Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films nas categorias de Melhor Ator Coadjuvante (Richard Moll) e Melhor Atriz Codjuvante (Kay Lenz). Filme vencedor do Avoriaz Fantastic Film Festival.
Comentários:
Quem viveu os anos 80 e o auge das locadoras de vídeo certamente se lembrará desse "House". Como na época o filme de terror de maior sucesso era o clássico "A Hora do Espanto" a distribuidora nacional tentando tirar uma casquinha logo denominou a fita de "A Casa do Espanto". O filme não fez muito barulho nas bilheterias de cinema, mas quando chegou nas locadoras de vídeo VHS se tornou um hit e tanto, impulsionado pelas propagandas do SBT Vídeo que lançou a fita em nosso país. De certo modo até seguia os passos do famoso "Fright Night", misturando cenas de horror com muita comédia e bom humor. O diferencial era que não havia todo o orçamento do outro filme. Por outro lado investia em muitas cenas bem realizadas, com maquiagem de primeira linha. O diretor Steve Miner vinha de duas sequências da franquia "Sexta-Feira 13" e sabia muito bem das regras para atrair o público adolescente. Além disso contava com o bem sacado roteiro escrito por Fred Dekker, outro ícone dos filmes de terror dos anos 80. Ele havia dirigido o divertido "A Noite dos Arrepios" e no futuro escreveria os roteiros de "Contos da Cripta", "RoboCop 3" e da própria continuação dessa produção, "House 2" em 1987. Assim deixo essa dica preciosa para os saudosistas daqueles tempos.
Pablo Aluísio.
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