sexta-feira, 15 de maio de 2015
Serpentes a Bordo
Título Original: Snakes on a Plane
Ano de Produção: 2006
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema, Mutual Film Company
Direção: David R. Ellis
Roteiro: John Heffernan, Sebastian Gutierrez
Elenco: Samuel L. Jackson, Julianna Margulies, Nathan Phillips
Sinopse:
Durante uma viagem sobre o Oceano Pacífico os passageiros de um avião descobrem desesperados que a aeronave está repleta de víboras e serpentes venenosas de todos os tipos. Elas foram colocadas lá por um criminoso que tem a intenção de matar uma testemunha chave que se conseguir depor contra ele em um caso de assassinato o condenará a uma longa pena de prisão.
Comentários:
A ideia era tão absurdamente apelativa (imagine, um monte de cobras dentro de um avião em pleno ar) que antes mesmo do lançamento do filme ele já havia virado um pequeno cult da cultura pop! A internet então virou uma febre com vários internautas brincando com a mania de soltar um palavrão atrás do outro do ator Samuel L. Jackson e as cobras surgindo nos lugares mais inusitados! Até mesmo um site especializado nesse tipo de humor, com muitas charges sobre o roteiro, viraram sucesso online. O problema é que quando o filme finalmente foi lançado muita gente ficou simplesmente decepcionada com o resultado. "Snakes on a Plane" tinha dois caminhos a seguir, ou se tornava um trash assumido, incorporando a galhofa em seu favor ou então se levava à sério demais e virava apenas um filme ruim. Infelizmente os produtores optaram pela segunda opção e aí a coisa desandou de vez. Talvez se fosse um filme trash sem recursos e tosco, se tornasse algo bem divertido mas do jeito que está não consegue nem mesmo ter esse tipo de carisma. Um desperdício de ruindade.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 14 de maio de 2015
Arte 1: Marilyn Monroe
Também pudera, resumir a vida de uma estrela como Marilyn em apenas 45 minutos não é nada fácil ou prático. Tudo vai soar bem artificial mesmo. Para se ter uma ideia em menos de 3 minutos se falou de seu casamento com Joe DiMaggio e depois se pulou para Arthur Miller, numa velocidade incrível. Realmente a TV não é um veículo adequado para se aprender nada em profundidade, nem nos melhores canais a cabo. A única coisa realmente boa foi a exibição de certas imagens bem marcantes, como uma pequena sequência de pouco mais de dois minutos mostrando aquelas que provavelmente foram as primeiras imagens de Marilyn em sua vida, ainda com cabelos pretos e aquele visual dos anos 40. Pena que durou tão pouco, quase uma metáfora sobre a vida de nossa querida musa da sétima arte.
Pablo Aluísio.
Capitão América: O Primeiro Vingador
E esse filme não esqueceu esse histórico em seu roteiro. É, como se sabe, também um filme de origens. Assim vemos como surgiu o herói, fruto de uma experiência para criar uma "super soldado". De garoto franzino, ele virou uma máquina de combate. E tem sua personalidade também, com sentimentos patrióticos fora do normal. Inclusive combatendo o nazismo e o fascismo, naquele momento histórico tentando dominar a Europa e o resto do mundo. Agora imagine parar para pensar... faz dez anos que esse filme foi lançado! Como o tempo passa rápido...
Capitão América: O Primeiro Vingador (Captain America: The First Avenger, Estados Unidos,2011) Direção: Joe Johnston / Roteiro: Christopher Markus, Stephen McFeely / Elenco: Chris Evans, Hugo Weaving, Samuel L. Jackson / Sinopse: Steve Rogers, um soldado rejeitado, se transforma no Capitão América após tomar uma dose de um "soro do Super Soldado". Mas ser o Capitão América tem um preço quando ele tenta derrubar um traficante de guerra e uma organização terrorista.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 13 de maio de 2015
A Hora do Espanto
Produzido em uma época em que os efeitos digitais ainda eram muito primitivos, tudo feito com maquiagem e figuras monstruosas reais, o filme ainda hoje mostra que é de fato uma fita muito boa, que conseguiu resistir até mesmo ao passar dos anos. Um aspecto curioso é que o "caçador de vampiros" do filme não passa de um ator canastrão, de velhos filmes, que agora precisa lidar com um vampiro real. Homenagenando antigos astros dos filmes da Universal ele recebeu o nome de Peter Vincent (de Peter Cushing e Vincent Price). Enfim, "A Hora do Espanto" marcou época no cinema dos anos 80, merecidamente aliás.
A Hora do Espanto (Fright Night, Estados Unidos, 1985) Direção: Tom Holland / Roteiro: Tom Holland / Elenco: Chris Sarandon, William Ragsdale, Roddy McDowall, Amanda Bearse / Sinopse: Um típico jovem dos anos 80 descobre que seu novo vizinho é na realidade um vampiro. Para ajudá-lo a combater o monstro ele pede ajuda a um velho ator de filmes de terror do passado.
Pablo Aluísio.
O Exorcista
Outro fato interessante, que só há pouco tempo foi descoberto, é que "O Exorcista" tinha tudo para vencer o Oscar de melhor filme em seu ano. Os membros da Academia estavam convencidos disso. Foi preciso a pressão de produtores ricos e influentes para que o filme não se tornasse o grande vencedor do Oscar. E por que isso aconteceu? Os produtores acreditavam que esse tipo de filme não poderia vencer. Não apenas pelo tema, mas também pelo gênero, o que bem demonstrou o preconceito existente em Hollywood contra filmes de terror em geral. Realmente lamentável.
O Exorcista (The Exorcist, Estados Unidos, ) Direção: William Friedkin / Roteiro: William Peter Blatty / Elenco: Ellen Burstyn, Max von Sydow, Linda Blair / Sinopse: Uma garota colegial é possuída pelo demônio conhecido como Pazuzu, criando um clima de terror e opressão sobre sua família. Para tentar salvar a menina o Vaticano envia dois padres especializados em exorcismo.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 12 de maio de 2015
O Colecionador de Ossos
Assim ele acaba funcionando como o lado intelectual dessa dupla formada ainda com a presença da inexperiente policial Amelia Donaghy (Jolie, estranhamente sensual em um papel que não deveria abrir margem para esse tipo de coisa). Como o próprio título sugere o assassino tem uma estranha obsessão por ossos humanos, o que torna tudo ainda mais macabro. Eu particularmente gostei do resultado final, mas a crítica da época se dividiu, sendo que o roteiro foi acusado, entre outras coisas, de ser pouco original e sem surpresas. Discordo, considero o filme até acima da média do que era produzido na década de 1990. Além disso o diretor Phillip Noyce (de "Perigo Real e Imediato" e "Jogos Patrióticos") sempre foi um competente realizador de blockbusters.
O Colecionador de Ossos (The Bone Collector, Estados Unidos, 1999) Direção: Phillip Noyce / Roteiro: Jeremy Iacone, baseado no livro escrito por Jeffery Deaver / Elenco: Denzel Washington, Angelina Jolie, Queen Latifah / Sinopse: Thriller de suspense e ação dos anos 90. Na trama uma dupla de investigadores precisa descobrir a identidade de um perigoso serial killer que está aterrorizando toda uma região.
Pablo Aluísio.
O Anjo da Guarda
Esse clima de fantasia que o diretor Rob Reiner quis a todo custo manter não conseguiu agradar a todo mundo, alguns inclusive detestaram, a ponto até do filme ser indicado a várias categorias no Framboesa de Ouro (pior filme, direção, ator, roteiro, etc). Não era para tanto, acredito que o Framboesa tenha vindo em retaliação a Bruce Willis, que vinha em uma época turbulenta com a imprensa, com muitas trocas de acusações e ofensas. De qualquer maneira, se você não conhece a fita e queira arriscar um programa bem diferente deixo aqui a dica. Não posso afirmar que você vai gostar do resultado, mas posso garantir que será algo bem diferente.
O Anjo da Guarda (North, Estados Unidos, 1994) Direção: Rob Reiner / Roteiro: Alan Zweibel / Elenco: Elijah Wood, Bruce Willis, Jason Alexander / Sinopse: Um filme com toques infantis, estrelado pelo astro de ação dos anos 80 Bruce Willis.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 11 de maio de 2015
O Falsificador
Título Original: The Forger
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Lionsgate Films
Direção: Philip Martin
Roteiro: Richard D'Ovidio
Elenco: John Travolta, Christopher Plummer, Tye Sheridan, Jennifer Ehle
Sinopse:
Raymond J. Cutter (John Travolta) é um falsificador de obras de arte. Preso e condenado, ele não tem mais nenhuma paciência para esperar os dez meses que ainda faltam para ganhar a liberdade. Assim pede ao seu advogado que entre em contato com um criminoso lá fora, que poderá dar um jeito para ele ir embora da prisão. Um suborno é providenciado ao juiz de seu caso e Ray finalmente ganha as ruas. O problema é que agora ele terá que pagar 50 mil dólares que foram pagos ao magistrado para sua saída da prisão. Para isso precisará entrar em um novo e perigoso golpe, envolvendo o roubo de uma das maiores obras do mestre impressionista Claude Monet.
Comentários:
Esse filme estrelado por John Travolta que chegou aos cinemas americanos no mês passado investe nesse mundo de falsificações de grandes obras primas da pintura. O personagem interpretado pelo ator tem um talento e tanto para pintar falsificações praticamente perfeitas dos quadros originais. Longe da prisão ele agora foca seu objetivo em roubar e colocar no lugar uma falsificação de Monet que estará em exposição na cidade de Boston. O golpe será certamente o maior feito de sua carreira criminosa. O roteiro porém não se contenta em apenas contar essa história policial. Grande parte do filme se concentra também na delicada relação de Ray (Travolta) com seu filho adolescente que está com um tumor cerebral incurável. O jovem sabe que não tem muito tempo de vida e por isso faz alguns pedidos ao pai, entre eles conhecer sua mãe, há muito desaparecida. Para o rapaz, Ray diz que ela vive em Nova Iorque, mas na realidade ela é uma pobre coitada que mora em um trailer. Viciada em drogas, não conseguiu lidar com a responsabilidade de se criar um filho e um dia simplesmente foi embora de casa. A atriz Jennifer Ehle que a interpreta tem um excelente trabalho de atuação. Ela não aparece muito, mas certamente sua performance é uma das melhores coisas do filme. Uma mulher corroída pelo vício que tenta de todas as formas esconder isso de seu filho, com quem não tem qualquer contato há muitos anos. "The Forger" é sem dúvida um bom filme, uma boa fusão entre drama familiar e filme policial. Provavelmente Travolta tenha realizado o filme por causa da recente morte de seu filho. O roteiro investe bastante na relação entre pai e filho e isso certamente foi um atrativo para o ator. Uma forma de redenção cinematográfica desse verdadeiro drama pessoal e familiar que viveu recentemente.
Pablo Aluísio.
A Grande Jogada
Título Original: 23 Blast
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Touchdown Productions LLC
Direção: Dylan Baker
Roteiro: Bram Hoover, Toni Hoover
Elenco: Mark Hapka, Bram Hoover, Stephen Lang
Sinopse:
Baseado em fatos reais o filme narra parte da história do jovem Travis Freeman (Mark Hapka). Ele é um estudante secundarista de uma escola localizada numa pequena cidade do Texas. Jogador do time de futebol americano local, ele sonha em um dia ir para a universidade para se tornar atleta profissional daquele popular esporte. Seus sonhos sobre o futuro porém sofrem um terrível revés. Durante uma partida ele sofre um sério ferimento ao redor dos olhos. O quadro se agrava em uma complicada infecção e ele acaba perdendo a visão com apenas 19 anos de idade. Filme premiado no Heartland Film Festival.
Comentários:
Mais um daqueles filmes sobre superação. O quadro não poderia ser mais devastador, um jovem atleta fica cego após sofrer uma pancada durante um jogo de futebol americano. Essa modalidade esportiva é bem conhecida por causa de sua brutalidade em campo, não sendo raro atletas ficarem paralíticos para sempre por causa das lesões físicas sofridas em campo. O problema aqui é um pouco diferente e em certos aspectos bem mais devastador. Imagine ficar sem a visão com apenas 19 anos, com todo um futuro promissor pela frente. Nada poderia ser mais terrível não é mesmo? O roteiro porém tenta a todo custo fugir do dramalhão e da cansada fórmula de filmes sobre doenças, apostando na recuperação de seu personagem principal que, com a ajuda do técnico de seu time, acaba até mesmo voltando ao campo, em um raro caso em que um deficiente voltou a jogar após perder sua visão. A história de Travis Freeman assim é enfocada mais na mensagem de sua superação pessoal do que na exploração de seu drama pessoal. Nada de muitas lágrimas pelo caminho. Após um inevitável momento de depressão e melancolia, ele resolve voltar para a vida, retornando para a escola, para os amigos e para o esporte. Como eu já escrevi antes, filmes sobre futebol americano desanimam logo de cara a maioria do público brasileiro que não entende suas regras e nem gosta do esporte. De uma maneira ou outra "23 Blast" até merece uma chance por causa de sua bonita mensagem de vida. Esqueça o futebol americano e se concentre na história principal. Assim o filme lhe soará bem melhor.
Pablo Aluísio.
domingo, 10 de maio de 2015
Jornada nas Estrelas: Generations
Bom filme que tenta unir as pontas entre duas gerações de atores da franquia "Star Trek". De um lado a equipe comandada pelo lendário Capitão Kirk (William Shatner) e do outro a nova geração capitaneada pelo comandante Jean-Luc Picard (Patrick Stewart). Para conciliar a falta de lógica de juntar em um mesmo enredo duas tripulações que viveram suas histórias em tempos diferentes da saga Jornadas nas Estrelas, os roteiristas acabaram dando um jeito, manipulando o espaço-tempo entre as duas equipes da Enterprise. O resultado desse malabarismo temporal é meio complicado de engolir, mas uma vez ultrapassado esse mal estar inicial as coisas até que ficam divertidas, principalmente se formos comparar a diferença de estilos entre Picard e Kirk.
Esse último sempre foi o típico canastrão de ação dos anos 1960 (quando a série televisiva original surgiu nos Estados Unidos) e o segundo sempre se caracterizou por ser bem mais sério, contido e íntegro em seus ideais. Eu sempre preferi Picard por causa de sua personalidade mais realista e forte, já que o estilo de Kirk nunca me convenceu - uma pessoa como ele, que mais parecia um caminhoneiro espacial, dificilmente receberia o comando de uma nave como a Enterprise em um mundo real. De qualquer maneira como "Star Trek" é acima de tudo um produto de cultura pop, pura diversão, o filme acabou cumprindo seus objetivos. Aliás mais divertido mesmo que o próprio filme em si foi a indicação do Framboesa de Ouro para William Shatner na categoria Pior Ator Coadjuvante. Pelo visto os dias dos grandes canastrões acabaram mesmo.
Jornada nas Estrelas: Generations (Star Trek: Generations, Estados Unidos, 1994) Direção: David Carson / Roteiro: Rick Berman / Elenco: Patrick Stewart, William Shatner, Malcolm McDowell, Jonathan Frakes. / Sinopse: Com a ajuda do Capitão Kirk, capitão da nave Enterprise em seu passado remoto, o Capitão Picard deve parar um cientista louco disposto a matar e destruir civilizações inteiras em uma escala planetária para entrar em uma matriz espacial.
Pablo Aluísio.