Título no Brasil: Até o Fim
Título Original: All Is Lost
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: J.C. Chandor
Roteiro: J.C. Chandor
Elenco: Robert Redford
Sinopse:
Robert Redford interpreta um viajante solitário em seu veleiro que subitamente descobre que sua pequena e frágil embarcação colidiu com um container perdido no oceano. O impacto abre uma fenda no casco do navio, dando início a uma sequência de eventos imprevistos e fora de controle. Seus equipamentos eletrônicos também sofrem perda total por causa da água do mar que danifica todos as máquinas. Tentando administrar cada problema que vai surgindo o navegador tenta contar com a sorte e o destino para sobreviver na imensidão selvagem do mar. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Edição de Som. Vencedor do Globo de Ouro na categoria Melhor Trilha Sonora. Também indicado ao mesmo prêmio na categoria de Melhor Ator (Robert Redford).
Comentários:
Finalmente um filme que podemos exclamar ao fim de sua exibição: "Que filmaço!". Muitas vezes em se tratando de cinema as mais simples ideias acabam gerando os melhores filmes. É justamente o caso dessa produção. Praticamente sem diálogo algum - apenas algumas frases em off no começo da narração - o roteiro se sustenta todo em situações aflitivas pelas quais passa o personagem interpretado por Robert Redford, que por sua vez também não é identificado para o espectador. Creditado apenas como "The Man" (o Homem), ele tentará sobreviver a uma série de imprevistos que lhe acontecem em alto mar após seu pequeno veleiro bater em um container abandonado bem no meio do oceano sem fim. A partir daí é uma sucessão de azares, imprevistos e situações que vão enervando cada vez mais o público, embora o navegador tente a todo custo manter o equilibrio emocional (essencial nessas horas de tormentas). Redford, mais uma vez, mostra porque sempre foi considerado um dos maiores atores da história de Hollywood. Na maioria das cenas ele conta apenas consigo mesmo, tentando passar suas emoções apenas com gestos, olhares e ações. Nunca em toda sua filmografia ele teve um papel tão físico como esse. Assista e entenda como o ser humano consegue sobreviver mesmo nos mais complicados momentos de superação. O título original em inglês que significa "Tudo está perdido" faz mais sentido do que a vã tradução da distribuidora nacional. Isso porque a sensação de que efetivamente tudo estaria perdido vai aumentando a cada nova situação imprevisível. O fim em si não é a grande carta na manga desse roteiro - embora também seja maravilhosamente lírico, com lindas imagens - mas sim seu desenrolar, mostrando que defintivamente a esperança é a última que morre.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 3 de dezembro de 2014
terça-feira, 2 de dezembro de 2014
Ele Disse, Ela Disse
Título no Brasil: Ele Disse, Ela Disse
Título Original: He Said, She Said
Ano de Produção: 1991
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Ken Kwapis, Marisa Silver
Roteiro: Brian Hohlfeld
Elenco: Kevin Bacon, Elizabeth Perkins, Nathan Lane
Sinopse:
Um conhecido casal de jornalistas decide romper seu relacionamento de longos anos publicamente. O rompimento acaba chamando bastante atenção da mídia e cada um deles então procura seu expor seus motivos, procurando demonstrar a culpa do outro no fracasso de seu próprio casamento. Filme baseado no romance escrito por Brian Hohlfeld (que também assina o roteiro da produção).
Comentários:
Gosto bastante do roteiro desse filme. Ele tem realmente ótimos diálogos e a proposta do argumento mostrando o ponto de vista de cada um dentro de um relacionamento conturbado, deu margem para comprovar aquele famoso ditado que diz: "Para cada fato existem três versões, a de cada um e a verdade". Assim o espectador é levado para dois lados opostos, procurando descobrir quem estaria mesmo contando a verdade. O divertido é que isso abre espaço também para expor as diferenças existentes entre as visões do homem e da mulher dentro de um caso amoroso. Provavelmente você se identificará com o que acontece na tela, principalmente quando descobre que a forma de enxergar seu relacionamento é completamente diverso da de sua companheira, aliás algo bem comum de acontecer no mundo real. No mais, temos que admitir que o público alvo desse filme é realmente o feminino. É fato notório que elas adoram dissecar seus casos, procurando sentido nos menores detalhes, no mais singelos gestos e atitudes, enquanto que para os homens isso se torna um aspecto meramente secundário (para não dizer muitas vezes chato). Mesmo assim indico a produção para ambos os sexos e de preferência que seja assistido em casal, afinal de contas o enredo poderá abrir espaço para se debater o seu próprio envolvimento com a mulher amada.
Pablo Aluísio.
Título Original: He Said, She Said
Ano de Produção: 1991
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Ken Kwapis, Marisa Silver
Roteiro: Brian Hohlfeld
Elenco: Kevin Bacon, Elizabeth Perkins, Nathan Lane
Sinopse:
Um conhecido casal de jornalistas decide romper seu relacionamento de longos anos publicamente. O rompimento acaba chamando bastante atenção da mídia e cada um deles então procura seu expor seus motivos, procurando demonstrar a culpa do outro no fracasso de seu próprio casamento. Filme baseado no romance escrito por Brian Hohlfeld (que também assina o roteiro da produção).
Comentários:
Gosto bastante do roteiro desse filme. Ele tem realmente ótimos diálogos e a proposta do argumento mostrando o ponto de vista de cada um dentro de um relacionamento conturbado, deu margem para comprovar aquele famoso ditado que diz: "Para cada fato existem três versões, a de cada um e a verdade". Assim o espectador é levado para dois lados opostos, procurando descobrir quem estaria mesmo contando a verdade. O divertido é que isso abre espaço também para expor as diferenças existentes entre as visões do homem e da mulher dentro de um caso amoroso. Provavelmente você se identificará com o que acontece na tela, principalmente quando descobre que a forma de enxergar seu relacionamento é completamente diverso da de sua companheira, aliás algo bem comum de acontecer no mundo real. No mais, temos que admitir que o público alvo desse filme é realmente o feminino. É fato notório que elas adoram dissecar seus casos, procurando sentido nos menores detalhes, no mais singelos gestos e atitudes, enquanto que para os homens isso se torna um aspecto meramente secundário (para não dizer muitas vezes chato). Mesmo assim indico a produção para ambos os sexos e de preferência que seja assistido em casal, afinal de contas o enredo poderá abrir espaço para se debater o seu próprio envolvimento com a mulher amada.
Pablo Aluísio.
O Homem Sem Face
Título no Brasil: O Homem Sem Face
Título Original: The Man Without a Face
Ano de Produção: 1993
País: Estados Unidos
Estúdio: Icon Entertainment International
Direção: Mel Gibson
Roteiro: Isabelle Holland, Malcolm MacRury
Elenco: Mel Gibson, Nick Stahl, Margaret Whitton, Fay Masterson
Sinopse:
Desde que teve seu rosto desfigurado em um grave acidente automobilístico o ex-professor Justin McLeod (Mel Gibson) tem se tornado recluso e distante da pessoas da comunidade onde vive. Sua vida se torna muito sofrida pois além do estigma estético ele ainda tem que enfrentar o estigma social pois todos o culpam pelo acidente. Sua vida muda quando ele se aproxima de Charles E. 'Chuck' Norstadt (Nick Stahl) que poderá lhe trazer uma nova perspectiva existencial.
Comentários:
Depois de estrelar o blockbuster "Máquina Mortífera 3" Mel Gibson entendeu que havia chegado o momento de dar um tempo nos tiros e explosões para se dedicar a roteiros melhores e bem mais trabalhados. Afinal de contas ele sempre almejou algo a mais em sua profissão e não se contentava em apenas ser um astro de filmes de ação. Inicialmente rodou "Eternamente Jovem", um pequeno e lírico filme sobre um homem deslocado no tempo e espaço. A crítica simpatizou com o resultado. Depois surpreendeu mais uma vez com essa produção muito pessoal, dirigido por ele mesmo, realizado por sua própria produtora de cinema, a Icon. Foi o primeiro filme pra valer nessa sua nova carreira como cineasta (antes disso ele havia rodado um pequeno documentário para a TV denominado "Mel Gibson Goes Back to School"). Agora ele surgia na direção para o circuito comercial, brigando entre os grandes por fartas bilheterias, entrando de vez nessa nova fase de sua vida. Inicialmente muitos viram com ceticismo esse seu impulso de dirigir filmes. Mal sabiam que ele se consagraria em pouco tempo com "Coração Valente" que levaria vários Oscars. Aqui em "The Man Without a Face" Gibson já demonstra muito talento para dirigir, explorando as nuances do roteiro com raro brilhantismo. Também evita com sucesso que a trama se torne cansativa e enfadonha, dando o devido destaque a cada personagem. Considero um belo drama dos anos 90, com Gibson extraindo muito bem a riqueza de detalhes do romance escrito por Isabelle Holland. Revisto hoje em dia fiquei com a sensação que o ator deveria voltar para pequenos e sentimentais projetos como esse, pois ele mostrou ter mão para esse tipo de filme.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Man Without a Face
Ano de Produção: 1993
País: Estados Unidos
Estúdio: Icon Entertainment International
Direção: Mel Gibson
Roteiro: Isabelle Holland, Malcolm MacRury
Elenco: Mel Gibson, Nick Stahl, Margaret Whitton, Fay Masterson
Sinopse:
Desde que teve seu rosto desfigurado em um grave acidente automobilístico o ex-professor Justin McLeod (Mel Gibson) tem se tornado recluso e distante da pessoas da comunidade onde vive. Sua vida se torna muito sofrida pois além do estigma estético ele ainda tem que enfrentar o estigma social pois todos o culpam pelo acidente. Sua vida muda quando ele se aproxima de Charles E. 'Chuck' Norstadt (Nick Stahl) que poderá lhe trazer uma nova perspectiva existencial.
Comentários:
Depois de estrelar o blockbuster "Máquina Mortífera 3" Mel Gibson entendeu que havia chegado o momento de dar um tempo nos tiros e explosões para se dedicar a roteiros melhores e bem mais trabalhados. Afinal de contas ele sempre almejou algo a mais em sua profissão e não se contentava em apenas ser um astro de filmes de ação. Inicialmente rodou "Eternamente Jovem", um pequeno e lírico filme sobre um homem deslocado no tempo e espaço. A crítica simpatizou com o resultado. Depois surpreendeu mais uma vez com essa produção muito pessoal, dirigido por ele mesmo, realizado por sua própria produtora de cinema, a Icon. Foi o primeiro filme pra valer nessa sua nova carreira como cineasta (antes disso ele havia rodado um pequeno documentário para a TV denominado "Mel Gibson Goes Back to School"). Agora ele surgia na direção para o circuito comercial, brigando entre os grandes por fartas bilheterias, entrando de vez nessa nova fase de sua vida. Inicialmente muitos viram com ceticismo esse seu impulso de dirigir filmes. Mal sabiam que ele se consagraria em pouco tempo com "Coração Valente" que levaria vários Oscars. Aqui em "The Man Without a Face" Gibson já demonstra muito talento para dirigir, explorando as nuances do roteiro com raro brilhantismo. Também evita com sucesso que a trama se torne cansativa e enfadonha, dando o devido destaque a cada personagem. Considero um belo drama dos anos 90, com Gibson extraindo muito bem a riqueza de detalhes do romance escrito por Isabelle Holland. Revisto hoje em dia fiquei com a sensação que o ator deveria voltar para pequenos e sentimentais projetos como esse, pois ele mostrou ter mão para esse tipo de filme.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 1 de dezembro de 2014
Um Dia de Cão
Título no Brasil: Um Dia de Cão
Título Original: Dog Day Afternoon
Ano de Produção: 1975
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Sidney Lumet
Roteiro: Frank Pierson, P.F. Kluge
Elenco: Al Pacino, John Cazale, Penelope Allen, Charles Durning, Chris Sarandon
Sinopse:
Baseado em fatos reais, o filme mostra um momento decisivo na vida do criminoso Sonny (Al Pacino). Desesperado em arranjar dinheiro para que seu amante seja submetido a uma cara operação de mudança de sexo, ele resolve entrar em um banco no Brooklyn para um assalto. Para seu completo azar ele descobre duas coisas estarrecedoras: primeiro que a agência não tem mais todo o dinheiro que ele pensava, pois grande parte dos valores havia sido transportado momentos antes dele entrar no banco e segundo, que o prédio está completamente cercado pela polícia de Manhattan. Sem alternativas ele decide fazer parte dos funcionários e clientes do banco de reféns, criando uma situação de extrema tensão no local. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Filme, Melhor Ator (Al Pacino), Melhor Ator Coadjuvante (Chris Sarandon), Melhor Edição e Melhor Direção. Vencedor do Oscar na categoria de Melhor Roteiro Original. Filme vencedor do BAFTA Awards na categoria de Melhor Ator (Al Pacino).
Comentários:
Esse é um dos filmes mais representativos do realismo que imperou no cinema americano durante a década de 1970. As produções não se contentavam mais apenas em contar uma história divertida e sem maiores preocupações com a realidade em que todos viviam. Pelo contrário, naqueles anos tivemos uma verdadeira explosão de talento e novas propostas encabeçadas por um grupo maravilhoso de cineastas que tinham dois objetivos principais a alcançar com suas obras: mostrar a realidade nua e crua das ruas e com isso provar teses sociais que mostravam que muitas vezes o homem era fruto do meio em que vivia. Sidney Lumet aqui realizou o filme que se encaixa perfeitamente nessas características. Para muitos "Dog Day Afternoon" foi sua mais completa obra prima. O diretor teve a sorte não apenas de contar com um grande roteiro, mas também com um excelente ator, em pleno auge criativo, dando vazão a todo o seu talento, o inigualável Al Pacino. Todos sabem que Pacino sempre foi um profissional que se entregou de corpo e alma aos seus personagens, porém em poucos momentos de sua carreira vimos ele mergulhar tão visceralmente em um pepel como aqui. Como o roteiro é repleto de tensão e suspense, mostrou-se um veículo perfeito para que Pacino desfilasse na tela toda a complexidade de seu trabalho, explorando um vasto leque de emoções à flor da pele. Sua atuação marcou tanto que inclusive recentemente Pacino lembrou dessa produção ao enumerar aquelas atuações que ele considerava suas verdadeiras obras primas no cinema. Realmente um momento para se rever sempre que possível. "Um Dia de Cão" é visceral, realista e perturbador. Uma aula de sétima arte que não se vê mais hoje em dia.
Pablo Aluísio.
Título Original: Dog Day Afternoon
Ano de Produção: 1975
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Sidney Lumet
Roteiro: Frank Pierson, P.F. Kluge
Elenco: Al Pacino, John Cazale, Penelope Allen, Charles Durning, Chris Sarandon
Sinopse:
Baseado em fatos reais, o filme mostra um momento decisivo na vida do criminoso Sonny (Al Pacino). Desesperado em arranjar dinheiro para que seu amante seja submetido a uma cara operação de mudança de sexo, ele resolve entrar em um banco no Brooklyn para um assalto. Para seu completo azar ele descobre duas coisas estarrecedoras: primeiro que a agência não tem mais todo o dinheiro que ele pensava, pois grande parte dos valores havia sido transportado momentos antes dele entrar no banco e segundo, que o prédio está completamente cercado pela polícia de Manhattan. Sem alternativas ele decide fazer parte dos funcionários e clientes do banco de reféns, criando uma situação de extrema tensão no local. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Filme, Melhor Ator (Al Pacino), Melhor Ator Coadjuvante (Chris Sarandon), Melhor Edição e Melhor Direção. Vencedor do Oscar na categoria de Melhor Roteiro Original. Filme vencedor do BAFTA Awards na categoria de Melhor Ator (Al Pacino).
Comentários:
Esse é um dos filmes mais representativos do realismo que imperou no cinema americano durante a década de 1970. As produções não se contentavam mais apenas em contar uma história divertida e sem maiores preocupações com a realidade em que todos viviam. Pelo contrário, naqueles anos tivemos uma verdadeira explosão de talento e novas propostas encabeçadas por um grupo maravilhoso de cineastas que tinham dois objetivos principais a alcançar com suas obras: mostrar a realidade nua e crua das ruas e com isso provar teses sociais que mostravam que muitas vezes o homem era fruto do meio em que vivia. Sidney Lumet aqui realizou o filme que se encaixa perfeitamente nessas características. Para muitos "Dog Day Afternoon" foi sua mais completa obra prima. O diretor teve a sorte não apenas de contar com um grande roteiro, mas também com um excelente ator, em pleno auge criativo, dando vazão a todo o seu talento, o inigualável Al Pacino. Todos sabem que Pacino sempre foi um profissional que se entregou de corpo e alma aos seus personagens, porém em poucos momentos de sua carreira vimos ele mergulhar tão visceralmente em um pepel como aqui. Como o roteiro é repleto de tensão e suspense, mostrou-se um veículo perfeito para que Pacino desfilasse na tela toda a complexidade de seu trabalho, explorando um vasto leque de emoções à flor da pele. Sua atuação marcou tanto que inclusive recentemente Pacino lembrou dessa produção ao enumerar aquelas atuações que ele considerava suas verdadeiras obras primas no cinema. Realmente um momento para se rever sempre que possível. "Um Dia de Cão" é visceral, realista e perturbador. Uma aula de sétima arte que não se vê mais hoje em dia.
Pablo Aluísio.
Um Rosto Sem Passado
Título no Brasil: Um Rosto Sem Passado
Título Original: Johnny Handsome
Ano de Produção: 1989
País: Estados Unidos
Estúdio: Carolco Pictures
Direção: Walter Hill
Roteiro: John Godey, Ken Friedman
Elenco: Mickey Rourke, Ellen Barkin, Elizabeth McGovern, Morgan Freeman, Forest Whitaker, Lance Henriksen
Sinopse:
Johnny Handsome (Mickey Rourke) é um gangster deformado que planeja um assalto com sua quadrilha nos arredores de Los Angeles. Durante a execução do crime porém ele descobre que foi traído por dois de seus comparsas. Preso, é condenado a uma pesada pena. Atrás das grades é escolhido para fazer parte de um inovador programa de reabilitação, onde o Dr. Steven Fischer (Forest Whitaker) resolve reconstruir sua face. Depois finalmente ganha a liberdade das ruas. Com nova aparência e uma nova oportunidade de trabalho tudo caminha para que Johnny finalmente trilhe o caminho de uma nova vida, mas a pura verdade é que a mente de Johnny ainda está consumida pelo desejo de vingança. Filme indicado aos prêmios da Chicago Film Critics Association Awards e Los Angeles Film Critics Association Awards.
Comentários:
Nunca entendi porque "Johnny Handsome" não conseguiu ser um sucesso de bilheteria. Talvez o fato da Carolco estar indo à falência justamente naquele ano explique parte de seu fracasso comercial, mas nem isso resolve inteiramente a equação. Com um elenco simplesmente fantástico (leia a ficha técnica acima para conferir), direção correta e precisa de Walter Hill, outro ícone dos anos 80, o filme tinha tudo para dar certo. Na verdade foi extremamente mal lançado (no Brasil então nem se fala, indo diretamente para o mercado de vídeo VHS), caindo inexoravelmente no esquecimento (quase) completo. Uma injustiça pois ainda o considero um pequeno cult movie daquela década. Estrelado pelo mito Mickey Rourke, o filme explorava um personagem que passava por uma radical mudança em seu rosto - algo que me lembrou imediatamente de "O Segundo Rosto", aquele clássico injustiçado com Rock Hudson. Some-se a isso o fato do roteiro ter um paralelo com eventos pessoais da própria vida de Mickey Rourke na época, o que supostamente aumentaria o interesse pela fita. Foi justamente por aqui que todos começaram a perceber estranhas mudanças em sua fisionomia causadas por cirurgias plásticas desastrosas. De galã underground ele passou a ter um semblante esquisito, com bochechas de silicone! Uma mudança que veio para pior. Tudo isso porém não ajudou o filme em praticamente nada. Entre as atrizes destaco o furacão sensual Ellen Barkin, cuja química em cena curiosamente não funcionou muito bem com Rourke. Elizabeth McGovern, uma das estrelas jovens mais bonitas daqueles anos também está no filme. Ela inclusive vem em um momento muito bom na carreira, fazendo sucesso na série "Downton Abbey" onde interpreta a Condessa de Grantham, Cora Crawley. Assim no final de tudo temos que dar o braço a torcer. "Johnny Handsome", infelizmente, é aquele tipo de filme de que você sempre gostou, mas que jamais aconteceu, caindo nas sombras do esquecimento após todos esses anos.
Pablo Aluísio.
Título Original: Johnny Handsome
Ano de Produção: 1989
País: Estados Unidos
Estúdio: Carolco Pictures
Direção: Walter Hill
Roteiro: John Godey, Ken Friedman
Elenco: Mickey Rourke, Ellen Barkin, Elizabeth McGovern, Morgan Freeman, Forest Whitaker, Lance Henriksen
Sinopse:
Johnny Handsome (Mickey Rourke) é um gangster deformado que planeja um assalto com sua quadrilha nos arredores de Los Angeles. Durante a execução do crime porém ele descobre que foi traído por dois de seus comparsas. Preso, é condenado a uma pesada pena. Atrás das grades é escolhido para fazer parte de um inovador programa de reabilitação, onde o Dr. Steven Fischer (Forest Whitaker) resolve reconstruir sua face. Depois finalmente ganha a liberdade das ruas. Com nova aparência e uma nova oportunidade de trabalho tudo caminha para que Johnny finalmente trilhe o caminho de uma nova vida, mas a pura verdade é que a mente de Johnny ainda está consumida pelo desejo de vingança. Filme indicado aos prêmios da Chicago Film Critics Association Awards e Los Angeles Film Critics Association Awards.
Comentários:
Nunca entendi porque "Johnny Handsome" não conseguiu ser um sucesso de bilheteria. Talvez o fato da Carolco estar indo à falência justamente naquele ano explique parte de seu fracasso comercial, mas nem isso resolve inteiramente a equação. Com um elenco simplesmente fantástico (leia a ficha técnica acima para conferir), direção correta e precisa de Walter Hill, outro ícone dos anos 80, o filme tinha tudo para dar certo. Na verdade foi extremamente mal lançado (no Brasil então nem se fala, indo diretamente para o mercado de vídeo VHS), caindo inexoravelmente no esquecimento (quase) completo. Uma injustiça pois ainda o considero um pequeno cult movie daquela década. Estrelado pelo mito Mickey Rourke, o filme explorava um personagem que passava por uma radical mudança em seu rosto - algo que me lembrou imediatamente de "O Segundo Rosto", aquele clássico injustiçado com Rock Hudson. Some-se a isso o fato do roteiro ter um paralelo com eventos pessoais da própria vida de Mickey Rourke na época, o que supostamente aumentaria o interesse pela fita. Foi justamente por aqui que todos começaram a perceber estranhas mudanças em sua fisionomia causadas por cirurgias plásticas desastrosas. De galã underground ele passou a ter um semblante esquisito, com bochechas de silicone! Uma mudança que veio para pior. Tudo isso porém não ajudou o filme em praticamente nada. Entre as atrizes destaco o furacão sensual Ellen Barkin, cuja química em cena curiosamente não funcionou muito bem com Rourke. Elizabeth McGovern, uma das estrelas jovens mais bonitas daqueles anos também está no filme. Ela inclusive vem em um momento muito bom na carreira, fazendo sucesso na série "Downton Abbey" onde interpreta a Condessa de Grantham, Cora Crawley. Assim no final de tudo temos que dar o braço a torcer. "Johnny Handsome", infelizmente, é aquele tipo de filme de que você sempre gostou, mas que jamais aconteceu, caindo nas sombras do esquecimento após todos esses anos.
Pablo Aluísio.
domingo, 30 de novembro de 2014
Drácula - A História Nunca Contada
Título no Brasil: Drácula - A História Nunca Contada
Título Original: Dracula Untold
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Gary Shore
Roteiro: Matt Sazama, Burk Sharpless
Elenco: Luke Evans, Dominic Cooper, Sarah Gadon
Sinopse:
Vlad (Luke Evans) passou longos anos como escravo das tropas do sultão. Agora livre e reinando em seu feudo ele é novamente coagido a entregar mil de seus mais sadios jovens para lutar nas tropas do filho do mesmo sultão que o escravizou no passado. Até seu próprio filho deve ser enviado. Desesperado, ele começa a pensar numa forma de enfrentar os muçulmanos no campo de batalha e acha a solução em uma criatura da noite, um vampiro, que habita uma caverna numa montanha isolada da região. Para vencer o califado ele está disposto até mesmo a vender sua alma ao diabo.
Comentários:
Logo quando eu tomei contato com a ideia desse roteiro fiquei empolgado. Como se sabe o personagem Drácula foi inspirado na figura real de Vlad III, Príncipe da Valáquia, ou Vlad Tepes, o empalador. Nobre cristão que deteve os avanços das tropas muçulmanas em direção à Europa. Ele ficou historicamente célebre por causa do tratamento cruel e desumano que aplicava aos inimigos no campo de batalha. Vlad empalava os soldados que ousassem lhe enfrentar. No século XIX o escritor Bram Stoker acabou usando sua biografia como uma das fontes de inspiração para seu famoso livro, "Drácula". É justamente nessa fusão de personagem da história e da literatura que esse roteiro foi escrito. Pena que nada foi aproveitado desse rico manancial de ideias. Ao invés de contar uma história que unisse aspectos da vida real com as ideias de Stoker, o filme simplesmente optou por ser o mais comercialmente possível, fazendo todos os tipos de concessões ao chamado cinemão pipoca americano. Em vista disso se perdeu completamente seu potencial. Para piorar o ator que interpreta Drácula, Luke Evans, é fraco e sem expressão. Some-se a isso o enredo que tenta o tempo todo criar vínculos com a saga de "O Senhor dos Anéis" e você terá uma amostra de como tudo soa equivocado e desperdiçado. Pelo visto a história das origens de Drácula continuará a não ser contada, pelo menos do jeito certo que todos esperam.
Pablo Aluísio.
Título Original: Dracula Untold
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Gary Shore
Roteiro: Matt Sazama, Burk Sharpless
Elenco: Luke Evans, Dominic Cooper, Sarah Gadon
Sinopse:
Vlad (Luke Evans) passou longos anos como escravo das tropas do sultão. Agora livre e reinando em seu feudo ele é novamente coagido a entregar mil de seus mais sadios jovens para lutar nas tropas do filho do mesmo sultão que o escravizou no passado. Até seu próprio filho deve ser enviado. Desesperado, ele começa a pensar numa forma de enfrentar os muçulmanos no campo de batalha e acha a solução em uma criatura da noite, um vampiro, que habita uma caverna numa montanha isolada da região. Para vencer o califado ele está disposto até mesmo a vender sua alma ao diabo.
Comentários:
Logo quando eu tomei contato com a ideia desse roteiro fiquei empolgado. Como se sabe o personagem Drácula foi inspirado na figura real de Vlad III, Príncipe da Valáquia, ou Vlad Tepes, o empalador. Nobre cristão que deteve os avanços das tropas muçulmanas em direção à Europa. Ele ficou historicamente célebre por causa do tratamento cruel e desumano que aplicava aos inimigos no campo de batalha. Vlad empalava os soldados que ousassem lhe enfrentar. No século XIX o escritor Bram Stoker acabou usando sua biografia como uma das fontes de inspiração para seu famoso livro, "Drácula". É justamente nessa fusão de personagem da história e da literatura que esse roteiro foi escrito. Pena que nada foi aproveitado desse rico manancial de ideias. Ao invés de contar uma história que unisse aspectos da vida real com as ideias de Stoker, o filme simplesmente optou por ser o mais comercialmente possível, fazendo todos os tipos de concessões ao chamado cinemão pipoca americano. Em vista disso se perdeu completamente seu potencial. Para piorar o ator que interpreta Drácula, Luke Evans, é fraco e sem expressão. Some-se a isso o enredo que tenta o tempo todo criar vínculos com a saga de "O Senhor dos Anéis" e você terá uma amostra de como tudo soa equivocado e desperdiçado. Pelo visto a história das origens de Drácula continuará a não ser contada, pelo menos do jeito certo que todos esperam.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 26 de novembro de 2014
Sombras do Mal
Título no Brasil: Sombras do Mal
Título Original: Night and the City
Ano de Produção: 1992
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Irwin Winkler
Roteiro: Gerald Kersh, Richard Price
Elenco: Robert De Niro, Jessica Lange, Cliff Gorman
Sinopse:
O filme narra a vida turbulenta do advogado Harry Fabian (Robert De Niro). Sua vida profissional e pessoal não anda nada bem e por isso ele procura por uma saída e a encontra, no corrupto mundo dos promotores de lutas de boxe no círcuito esportivo de sua cidade.
Comentários:
Hoje é aniversário do ator Robert De Niro (nascido no dia 17 de agosto de 1943 na cidade de Nova Iorque). Considerado um dos maiores da história do cinema americano (e que já conta com, imagine você, 101 filmes em seu currículo), o velho "Bobby Milk" (seu apelido de infância) segue trabalhando de forma incansável. Nos anos 90 De Niro criou sua própria produtora, a Tribeca Productions, e foi justamente através dessa empresa que ele co-produziu esse bom "Night and the City". Na verdade se trata de um remake de um dos filmes preferidos de De Niro, o clássico noir "Sombras do Mal" de 1950, dirigido por Jules Dassin e estrelado por Richard Widmark e Gene Tierney. Tirando a devida atualização do enredo não há maiores diferenças em termos de enredo. Dois grandes destaques podemos salientar nesse filme. O primeiro se refere ao fato de ter sido a primeira (e única) parceria entre dois excelentes mestres da atuação, o próprio De Niro e a atriz Jessica Lange! O segundo destaque vem na direção do talentoso Irwin Winkler, que já havia trabalhado com Robert De Niro um ano antes no filme "Culpado por Suspeita". Então é isso, eis aqui outra pequena jóia dos anos 1990 que merece passar por uma revisão.
Pablo Aluísio.
Título Original: Night and the City
Ano de Produção: 1992
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Irwin Winkler
Roteiro: Gerald Kersh, Richard Price
Elenco: Robert De Niro, Jessica Lange, Cliff Gorman
Sinopse:
O filme narra a vida turbulenta do advogado Harry Fabian (Robert De Niro). Sua vida profissional e pessoal não anda nada bem e por isso ele procura por uma saída e a encontra, no corrupto mundo dos promotores de lutas de boxe no círcuito esportivo de sua cidade.
Comentários:
Hoje é aniversário do ator Robert De Niro (nascido no dia 17 de agosto de 1943 na cidade de Nova Iorque). Considerado um dos maiores da história do cinema americano (e que já conta com, imagine você, 101 filmes em seu currículo), o velho "Bobby Milk" (seu apelido de infância) segue trabalhando de forma incansável. Nos anos 90 De Niro criou sua própria produtora, a Tribeca Productions, e foi justamente através dessa empresa que ele co-produziu esse bom "Night and the City". Na verdade se trata de um remake de um dos filmes preferidos de De Niro, o clássico noir "Sombras do Mal" de 1950, dirigido por Jules Dassin e estrelado por Richard Widmark e Gene Tierney. Tirando a devida atualização do enredo não há maiores diferenças em termos de enredo. Dois grandes destaques podemos salientar nesse filme. O primeiro se refere ao fato de ter sido a primeira (e única) parceria entre dois excelentes mestres da atuação, o próprio De Niro e a atriz Jessica Lange! O segundo destaque vem na direção do talentoso Irwin Winkler, que já havia trabalhado com Robert De Niro um ano antes no filme "Culpado por Suspeita". Então é isso, eis aqui outra pequena jóia dos anos 1990 que merece passar por uma revisão.
Pablo Aluísio.
O Albergue 2
Título no Brasil: O Albergue 2
Título Original: Hostel Part II
Ano de Produção: 2007
País: Estados Unidos
Estúdio: Lionsgate, Screen Gems
Direção: Eli Roth
Roteiro: Eli Roth
Elenco: Lauren German, Heather Matarazzo, Bijou Phillips
Sinopse:
Três estudantes americanas de artes estão em Roma para conhecer algumas da peças mais importantes da história da arte renascentista. Lá conhecem uma modelo que as convida para irem até o leste europeu, onde terão a chance de se divertir um pouco. Elas aceitam o convite. Má ideia pois tudo não passa de uma armadilha mortal. Vencedor do Framboesa de Ouro nas categorias Pior Continuação e Pior Desculpa para a realização de um filme de horror.
Comentários:
Algumas continuações estão mais para remakes. Mesmo roteiro, mesmo argumento e no caso dessa franquia "Hostel", mesma carnificina desenfreada de jovens mochileiros. A única diferença mais marcante é que em nome de lucros maiores realizaram uma produção de baixo custo, cortando pela metade o orçamento do filme anterior. Não há muito o que comentar por aqui pela simples razão de que é aquele tipo de "Torture Porn" feito para um público bem específico, formado na maioria das vezes por adolescentes que queiram tomar alguns sustos com amigos. Eu só fico imaginando mesmo é o tipo de mentalidade que algo assim vai criar nas mentes mais fracas - espero que tudo seja encarado mesmo apenas como um produto pop, quase um videogame de tortura, mas sem qualquer pé na realidade. Por fim vale salientar que como a grana aqui foi curta os efeitos sangrentos já não soam mais tão convincentes. As garotas até são bonitas mas é só. Porém para os que gostam do estilo "quanto pior, melhor" vale a conferida.
Pablo Aluísio
Título Original: Hostel Part II
Ano de Produção: 2007
País: Estados Unidos
Estúdio: Lionsgate, Screen Gems
Direção: Eli Roth
Roteiro: Eli Roth
Elenco: Lauren German, Heather Matarazzo, Bijou Phillips
Sinopse:
Três estudantes americanas de artes estão em Roma para conhecer algumas da peças mais importantes da história da arte renascentista. Lá conhecem uma modelo que as convida para irem até o leste europeu, onde terão a chance de se divertir um pouco. Elas aceitam o convite. Má ideia pois tudo não passa de uma armadilha mortal. Vencedor do Framboesa de Ouro nas categorias Pior Continuação e Pior Desculpa para a realização de um filme de horror.
Comentários:
Algumas continuações estão mais para remakes. Mesmo roteiro, mesmo argumento e no caso dessa franquia "Hostel", mesma carnificina desenfreada de jovens mochileiros. A única diferença mais marcante é que em nome de lucros maiores realizaram uma produção de baixo custo, cortando pela metade o orçamento do filme anterior. Não há muito o que comentar por aqui pela simples razão de que é aquele tipo de "Torture Porn" feito para um público bem específico, formado na maioria das vezes por adolescentes que queiram tomar alguns sustos com amigos. Eu só fico imaginando mesmo é o tipo de mentalidade que algo assim vai criar nas mentes mais fracas - espero que tudo seja encarado mesmo apenas como um produto pop, quase um videogame de tortura, mas sem qualquer pé na realidade. Por fim vale salientar que como a grana aqui foi curta os efeitos sangrentos já não soam mais tão convincentes. As garotas até são bonitas mas é só. Porém para os que gostam do estilo "quanto pior, melhor" vale a conferida.
Pablo Aluísio
terça-feira, 25 de novembro de 2014
Tubarão 2
Título no Brasil: Tubarão 2
Título Original: Jaws 2
Ano de Produção: 1978
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Jeannot Szwarc
Roteiro: Peter Benchley, Carl Gottlieb,
Elenco: Roy Scheider, Lorraine Gary, Murray Hamilton
Sinopse:
A pequena cidade turística da ilha de Amity está tentando se recuperar dos problemas financeiros que sofreu depois de se tornar conhecida como o local de ataques de um sanguinário tubarão, quatro anos antes. Há inclusive a inauguração de um luxuoso resort nas belas praias da região. O que todos temiam porém acontece. Um novo tubarão surge nas águas das praias do local. O chefe de polícia Martin Brody (Roy Scheider) tenta alertar sobre o perigo mas é pressionado para não o fazer, mesmo após a morte de dois mergulhadores.
Comentários:
Depois do enorme sucesso de "Tubarão", dirigido por Steven Spielberg, era previsível que a Universal procurasse lançar uma continuação. O próprio Spielberg não aceitou o convite de dirigir o segundo filme e assim o estúdio acabou escalando o francês Jeannot Szwarc que tinha se destacado na TV dirigindo episódios das populares séries "Columbo", "O Homem de Seis Milhões de Dólares" e "Kojak". O resultado porém se mostrou muito morno e saturado (e olha que estamos falando apenas do segundo filme da franquia, já que outros viriam em seu rastro). Spielberg foi inteligente ao declinar dessa direção pois o primeiro filme já era perfeito e se fechava de maneira completa. Apenas a ganância de faturar mais alguns trocados é que justificava essa sequência. De bom apenas a volta do ator Roy Scheider. De resto nada de muito marcante nesse verdadeiro caça-níqueis da Universal.
Pablo Aluísio.
Título Original: Jaws 2
Ano de Produção: 1978
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Jeannot Szwarc
Roteiro: Peter Benchley, Carl Gottlieb,
Elenco: Roy Scheider, Lorraine Gary, Murray Hamilton
Sinopse:
A pequena cidade turística da ilha de Amity está tentando se recuperar dos problemas financeiros que sofreu depois de se tornar conhecida como o local de ataques de um sanguinário tubarão, quatro anos antes. Há inclusive a inauguração de um luxuoso resort nas belas praias da região. O que todos temiam porém acontece. Um novo tubarão surge nas águas das praias do local. O chefe de polícia Martin Brody (Roy Scheider) tenta alertar sobre o perigo mas é pressionado para não o fazer, mesmo após a morte de dois mergulhadores.
Comentários:
Depois do enorme sucesso de "Tubarão", dirigido por Steven Spielberg, era previsível que a Universal procurasse lançar uma continuação. O próprio Spielberg não aceitou o convite de dirigir o segundo filme e assim o estúdio acabou escalando o francês Jeannot Szwarc que tinha se destacado na TV dirigindo episódios das populares séries "Columbo", "O Homem de Seis Milhões de Dólares" e "Kojak". O resultado porém se mostrou muito morno e saturado (e olha que estamos falando apenas do segundo filme da franquia, já que outros viriam em seu rastro). Spielberg foi inteligente ao declinar dessa direção pois o primeiro filme já era perfeito e se fechava de maneira completa. Apenas a ganância de faturar mais alguns trocados é que justificava essa sequência. De bom apenas a volta do ator Roy Scheider. De resto nada de muito marcante nesse verdadeiro caça-níqueis da Universal.
Pablo Aluísio.
O Massacre da Serra Elétrica 3
Título no Brasil: O Massacre da Serra Elétrica 3
Título Original: Leatherface Texas Chainsaw Massacre III
Ano de Produção: 1990
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: Jeff Burr
Roteiro: Kim Henkel, Tobe Hooper
Elenco: Kate Hodge, Ken Foree, R.A. Mihailoff, Viggo Mortensen
Sinopse:
Um grupo de jovens desavisados acabam encontrando uma família estranha formada por caipiras selvagens e um homem mentalmente perturbado que pratica canibalismo com suas vítimas. Terceira parte da franquia Texas Chainsaw Massacre com destaque no roteiro para o infame personagem Leatherface.
Comentários:
O primeiro filme da série "Texas Chainsaw Massacre" é considerado hoje em dia um clássico do cinema de horror dos anos 70, mesmo com toda a sua rudeza e crueza. A sequência foi praticamente uma sátira, com toques de humor, realizado nos anos 80, que pegou carona nos sucessos da época como a franquia "Sexta-Feira 13" e por fim temos esse aqui, a terceira parte, que se tornou apenas uma decepção para os fãs. Chamo atenção para o fato desse filme ter sido produzido nos anos 90. Ora, todo fã de terror sabe que houve uma mudança significativa no gênero na virada dos anos 80 para os 90. Os filmes deixaram o lado mais hardcore para trás, se concentrando em meras reciclagens pops de antigas ideias sangrentas dos mestres do horror. O que surgiu disso foi uma série de fitas com adolescentes bobocas fazendo sátiras em cima dos clichês do gênero. Isso sim era um horror (no mau sentido da palavra). Por isso não havia mais espaço para personagens como Leatherface, afinal ele não se parecia em nada com um mauricinho de shopping center. O que se vê nessa terceira parte é apenas o esgotamento de uma boa ideia. Produção muito fraca com roteiro inexistente e atores medíocres (até o futuro astro Viggo Mortensen arranjou um quebra galho por aqui!). O fim da franquia original estava próxima, ainda tentariam ressuscitar tudo, quatro anos depois, mas a quarta parte conseguiu ser ainda pior! A série estava mesmo com seus dias contados.
Pablo Aluísio.
Título Original: Leatherface Texas Chainsaw Massacre III
Ano de Produção: 1990
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: Jeff Burr
Roteiro: Kim Henkel, Tobe Hooper
Elenco: Kate Hodge, Ken Foree, R.A. Mihailoff, Viggo Mortensen
Sinopse:
Um grupo de jovens desavisados acabam encontrando uma família estranha formada por caipiras selvagens e um homem mentalmente perturbado que pratica canibalismo com suas vítimas. Terceira parte da franquia Texas Chainsaw Massacre com destaque no roteiro para o infame personagem Leatherface.
Comentários:
O primeiro filme da série "Texas Chainsaw Massacre" é considerado hoje em dia um clássico do cinema de horror dos anos 70, mesmo com toda a sua rudeza e crueza. A sequência foi praticamente uma sátira, com toques de humor, realizado nos anos 80, que pegou carona nos sucessos da época como a franquia "Sexta-Feira 13" e por fim temos esse aqui, a terceira parte, que se tornou apenas uma decepção para os fãs. Chamo atenção para o fato desse filme ter sido produzido nos anos 90. Ora, todo fã de terror sabe que houve uma mudança significativa no gênero na virada dos anos 80 para os 90. Os filmes deixaram o lado mais hardcore para trás, se concentrando em meras reciclagens pops de antigas ideias sangrentas dos mestres do horror. O que surgiu disso foi uma série de fitas com adolescentes bobocas fazendo sátiras em cima dos clichês do gênero. Isso sim era um horror (no mau sentido da palavra). Por isso não havia mais espaço para personagens como Leatherface, afinal ele não se parecia em nada com um mauricinho de shopping center. O que se vê nessa terceira parte é apenas o esgotamento de uma boa ideia. Produção muito fraca com roteiro inexistente e atores medíocres (até o futuro astro Viggo Mortensen arranjou um quebra galho por aqui!). O fim da franquia original estava próxima, ainda tentariam ressuscitar tudo, quatro anos depois, mas a quarta parte conseguiu ser ainda pior! A série estava mesmo com seus dias contados.
Pablo Aluísio.
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