segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Ondine

Título no Brasil: Ondine
Título Original: Ondine
Ano de Produção: 2009
País: Estados Unidos, Irlanda
Estúdio: Magnolia Pictures
Direção: Neil Jordan
Roteiro: Neil Jordan
Elenco: Colin Farrell, Alicja Bachleda, Dervla Kirwan

Sinopse: 
Durante uma pescaria Syracuse (Colin Farrell) acaba encontrando em sua rede uma jovem chamada Ondine (Alicja Bachleda) que significa "aquela que veio do mar". A situação fora do comum acaba despertando a imaginação da pequena filha do pescador que logo imagina que a garota seja na verdade uma espécie de sereia, bem popular dentro do folclore da Escócia. Para complicar ainda mais vários fatos parecem confirmar a suspeita da menina. Será que Ondine seria mesmo uma sereia ou tudo não passaria de mero fruto de imaginação de uma criança?

Comentários:
Filme que marca a volta ao cinema do talentoso cineasta Neil Jordan. Como sempre ele traz para a tela todo um clima de realismo fantástico passado em sua terra natal e do coração, a Irlanda. Embora o tema sereias possa afastar parte do público o fato é que o resultado final passa longe de ser uma espécie de "Splash" irlandês. Na verdade Jordan optou por um clima de fábula e romance em um primeiro momento que depois vira drama social (não convém explicar o porquê para não estragar as surpresas da estória). Achei um filme muito bem intencionado, com um clima adequado, que procura deixar o espectador na dúvida sobre a verdadeira origem da personagem Ondine. O roteiro nesse aspecto é bem escrito. Também achei digno de nota o trabalho do ator Colin Farrell. Seu papel é a de um homem simples, rústico, que vive da pescaria e não consegue separar muito bem a fábula do mundo real. Claro que para os fãs do cinema de Neil Jordan ficará um gostinho de decepção no ar. Embora o filme não seja ruim ele passa muito longe da genialidade que o cineasta já demonstrou no passado com filmes como por exemplo "Traídos pelo Desejo", "Michael Collins: O Preço da Liberdade" e até mesmo "Entrevista Com o Vampiro". Esse é um filme menor em sua rica filmografia mas mesmo assim vale a pena conhecer, mesmo que seja apenas com a intenção de continuar prestigiando o trabalho do diretor.

Pablo Aluísio.

domingo, 1 de dezembro de 2013

Alcatraz - Fuga Impossível

Título no Brasil: Alcatraz - Fuga Impossível
Título Original: Escape from Alcatraz
Ano de Produção: 1979
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Don Siegel
Roteiro: J. Campbell Bruce, Richard Tuggle
Elenco: Clint Eastwood, Patrick McGoohan, Roberts Blossom

Sinopse: 
Baseado em fatos reais o filme "Alcatraz - Fuga Impossível" conta a história do prisioneiro Frank Morris (Clint Eastwood). Levado para a prisão de segurança máxima do rochedo de Alcatraz em San Francisco ele decide junto a um grupo de comparsas tentar algo que parecia simplesmente impossível: Fugir da rocha (como era chamada a prisão) em direção à liberdade!

Comentários:
Belo filme com Clint Eastwood no auge de sua popularidade. Gostei bastante por vários motivos, um deles é que o roteiro é extremamente fiel aos acontecimentos reais: a fuga de Frank Morris de Alcatraz, considerado o único (ao lado de dois irmãos) que conseguiu fugir dessa penintenciária de segurança máxima dos EUA. O personagem real tinha um QI altíssimo e mostrou isso dando o fora da Rocha. Outro aspecto digno de nota é que até hoje não se sabe ao certo o que aconteceu com esse fugitivo. Teria conseguido a liberdade, alcançando San Francisco e de lá sumido para sempre? Ou teria sido levado pelas fortes correntezas da maré da baía de San Francisco e se afogado? A única certeza é que sim, ele realmente passou pelas muralhas de Alcatraz, algo considerado único na história do complexo penitenciário. Seu corpo nunca foi encontrado, aumentando e muito o mistério sobre seu destino. O roteiro é de fato excelente e apesar de contar uma história que todos sabem o final consegue empolgar e prender a atenção do espectador do começo até o fim. Clint Eastwood em grande forma mostra como se faz cinema de ação e aventura de verdade. Há muitos anos tinha assistido mas hoje decidi rever. Estou fazendo uma retrospectiva da carreira de Eastwood. Esse é simplesmente perfeito.

Pablo Aluísio.

A morte de Paul Walker

Que triste começar o domingo com essa notícia! O ator Paul Walker morreu em um acidente de carro nos Estados Unidos. Faz poucos dias inclusive que comentamos sobre seu último filme lançado no Brasil, "Hours" (Contagem Regressiva), cuja resenha foi publicada em nosso blog Cine Action. Era ainda bastante jovem, com apenas 40 anos, e certamente estava procurando se desenvolver como ator, com filmes mais interessantes que fugissem da fórmula dos filmes de ação como "Velozes e Furiosos" que inclusive virou uma franquia de muito sucesso, faturando milhões de dólares pelo mundo afora. O próprio "Hours" já trazia uma premissa mais bem desenvolvida, com situações mais interessantes, o que era um avanço para Walker.

No total o ator deixa 42 filmes em sua carreira. Há algumas produções nesse meio que não tiveram o devido reconhecimento mas certamente são bons filmes. Ele não foi apenas um ator de filmes de ação alucinada como alguns pensam. Walker esteve no drama de guerra "A Conquista da Honra" de Clint Eastwood, por exemplo. "A Vida em Preto E Branco", uma curiosa fábula sobre os anos 50, também contou com sua presença. "Anjo de Vidro", um drama natalino estrelado por Susan Sarandon, também é uma exceção na carreira do ator. O recente "Pawn Shop Chronicles" (Crônicas de uma Loja de Penhores) também confirmava que Walker poderia transitar muito bem por outros gêneros, inclusive comédias de humor negro como essa. E o que dizer de sua participação mais do que especial na série dramática-religiosa "O Toque de um Anjo"?

Agora realmente não há como negar que ele sempre será lembrado como um astro dos filmes de ação, gênero que o consagrou definitivamente. A virada em sua carreira nesse aspecto se deu em 2001 com o lançamento do grande sucesso "Velozes e Furiosos". Depois veio a sequência "+Velozes +Furiosos". A fórmula carros possantes e muita ação caiu no gosto popular e Paul Walker virou um campeão de bilheteria. Foram mais três filmes dentro da franquia ("Velozes e Furiosos 4", "Velozes & Furiosos 5: Operação Rio" e "Velozes & Furiosos 6"). Seu personagem Brian O'Conner nesses filmes acabou ganhando seu próprio fã clube, inclusive feminino, que agora tinha uma boa desculpa para assistir a todos os filmes da série. Some-se a isso vários outros bons e interessantes filmes de ação como "Vehicle 19", "No Rastro da Bala", "Mergulho Radical" e "Ladrões" e você entenderá porque Walker sempre foi admirado pelos consumidores de action movies. O ator estava estava em plena filmagem de "Fast & Furious 7" mas infelizmente o destino havia lhe reservado outros planos. De qualquer maneira fica aqui nossa homenagem a Paul Walker. Que ele descanse em paz.

Pablo Aluísio.

Vizinhos Imediatos de 3º Grau

Título no Brasil: Vizinhos Imediatos de 3º Grau
Título Original: The Watch
Ano de Produção: 2012
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Akiva Schaffer
Roteiro: Jared Stern, Seth Rogen
Elenco: Ben Stiller, Vince Vaughn, Jonah Hill, Richard Ayoade, Will Forte

Sinopse: Evan (Ben Stiller) é um americano tipicamente suburbano. Ele trabalho num supermercado como gerente e fica chocado quando o guarda do local é brutalmente assassinado. Como a polícia não consegue chegar aos autores do crime ele resolve formar um grupo de vigilância formado pelos próprios moradores da cidade. O problema é que só idiotas aparecem para fazer parte do grupo. Mesmo assim se tornam patrulheiros civis com a missão de manter a segurança e tranquilidade da bucólica cidade onde vivem. Eles só não esperavam encontrar uma invasão de outro planeta bem no bairro onde moram!

Comentários:
Que Bobagem!!! (assim mesmo com vários sinais de exclamação). Você começa a assistir uma comédia que até começa mais ou menos e de repente tudo dá uma guinada péssima, horrível, e joga o resto do filme no lixo. Só isso tenho a dizer dessa comediazinha boboca que tenta se misturar com sci-fi para tirar algo engraçado dessa fusão. Lamento informar mas a mistura é indigesta. Não tem graça, não faz rir, as piadas são clichês e grotescas e no final o sorrisinho amarelo que você vinha ensaiando desde a primeira cena vira expressão de vergonha alheia. Tudo fruto do roteiro debilóide escrito por ninguém menos do que Seth Rogen. O que espanta não é o fato dele ter escrito tamanha abobrinha mas sim o de um estúdio de Hollywood ter aceitado produzir algo desse nível.

Esse Ben Stiller, fazendo pela milésima vez o papel de um boboca suburbano não tem salvação. Só mesmo os americanos para engolir alguém tão sem graça. Devem achar muito divertido ver um cara tão boboca em cena. A única razão que me levou a ver esse abacaxi foi a presença do Vince Vaughn mas ele tem um papel menor e muito tolinho. Mesmo assim suas brigas com a filha adolescente ainda é uma das poucas coisas que se salvam no meio dessa porcaria. Pelo visto Seth Rogen anda abusando no consumo de erva, pois só isso explica algo assim tão retardado. Depois ainda dizem que maconha não faz mal! Faz sim, pois faz com que você escreva coisas debilóides como esse filme! Enfim, chega! Não adianta, passem longe dessa presepada pois é ruim de doer.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Viagem à Lua de Júpiter

Título no Brasil: Viagem à Lua de Júpiter
Título Original: Europa Report
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: Magnolia Pictures
Direção: Sebastián Cordero
Roteiro: Philip Gelatt
Elenco: Sharlto Copley, Michael Nyqvist, Christian Camargo

Sinopse: 
Uma expedição é enviada até a distante lua de Júpiter, Europa. Aquele desconhecido e congelado mundo é considerado o mais promissor para se achar vida dentro do sistema solar uma vez que é grande a possibilidade de existência de água no estado líquido embaixo de suas enormes calotas polares. Água é certamente uma das premissas para o desenvolvimento da vida tal como conhecemos. Durante 20 meses a nave viaja pelo universo até chegar ao seu destino, que lhe espera com uma enorme surpresa para todos os tripulantes.

Comentários:
Não é de hoje que Europa chama a atenção da comunidade científica, afinal se trata de um satélite natural de Júpiter coberto de gelo e ao que tudo indica nas pesquisas com um enorme oceano subterrâneo (o único fora da Terra dentro do nosso sistema solar). O roteiro desse filme então explora como seria uma expedição para esse distante lugar. É curioso porque o filme procura manter uma postura de acordo com as descobertas da ciência até o momento. O enredo vai surgindo levemente fragmentado ao espectador, com idas e vindas no tempo da missão. Isso não é ruim e consegue manter a atenção de quem assiste da primeira à última cena. Nesse espaço de tempo o roteiro procura desenvolver todos os personagens, suas funções dentro da missão e a forma como interagem entre si. Não há atores conhecidos em cena o que ajuda ainda mais a manter o clima de autenticidade ao que acontece na estória. A produção é boa, com cenas de gravidade zero muito bem realizadas. O design da nave também não vai decepcionar a quem gosta de efeitos digitais. Seu grande atrativo é de fato a forma como tudo se desenvolve. As descobertas estão de acordo com o que supõe-se encontrar em Europa se um dia o homem conseguir chegar lá. O uso de atores reproduzindo entrevistas de cientistas da área tornam tudo ainda mais interessante. Claro que a fantasia também se mostra presente no filme mas tudo colocado de uma forma muito sutil e interessante. No final das contas é aquele tipo de película que surpreende pois não esperamos grande coisa e acabamos vendo um filme sci-fi muito curioso, bem desenvolvido e com ótimas escolhas na forma como é conduzido. Certamente vale a indicação para quem se interessa por ciência e pelas viagens espaciais - que hoje em dia parecem cada vez mais distantes, infelizmente.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Marcado Para a Morte

Título no Brasil: Marcado Para a Morte
Título Original: Marked for Death
Ano de Produção: 1990
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Dwight H. Little
Roteiro: Michael Grais, Mark Victor
Elenco: Steven Seagal, Joanna Pacula, Basil Wallace

Sinopse: 
Steven Seagal interpreta John Hatcher, um agente especial da agência de combate ao narcotráfico (DEA) que tem seu parceiro morto por traficantes em atuação na Colômbia. De volta aos EUA ele procura por vingança contra a morte de seu amigo policial.

Comentários:
O sucesso de "Nico" abriu as portas para uma carreira cinematográfica de Steven Seagal. Aqui ele basicamente faz um genérico de seu primeiro sucesso. O enredo se passa dentro da guerra envolvendo as agências de repressão dos Estados Unidos e o crime organizado colombiano. Na época estava muito em voga a figura de Pablo Escobar, um megatraficante que tinha um poder financeiro e de fogo que impressionava os americanos, tudo fruto de suas vendas de cocaína dentro do mercado consumidor milionário dos EUA. O curioso é que "Marcado Para a Morte" antecipou o que iria acontecer com vários filmes de Seagal nos anos seguintes. A carreira nos cinemas era modesta, com bilheterias boas mas nada excepcionais. Já no mercado de fitas VHS o estouro era certo. Seagal se tornou um campeão de locações pois seus filmes se mostravam adequados para o consumo doméstico. Revisto hoje em dia encontramos todas as características que fizeram a alegria dos fãs de action movies dos anos 80 (embora esse filme tenha sido lançado na década de 90). Cenas de tiroteios, confrontos, lutas e ação! Um entretenimento que soa nostálgico atualmente para muita gente.

Pablo Aluísio

Poltergeist - O Fenômeno

Título no Brasil: Poltergeist - O Fenômeno
Título Original: Poltergeist
Ano de Produção: 1982
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer
Direção: Tobe Hooper
Roteiro: Steven Spielberg, Michael Grais
Elenco: JoBeth Williams, Heather O'Rourke, Craig T. Nelson

Sinopse: 
Uma típica família americana é abalada quando sua pequena filha começa a manifestar poderes estranhos. Ela consegue abrir um meio de se comunicar com entidades paranormais que entram em contato com ela de forma violenta e incontrolável pela tela da TV. Para combater o mal eles recorrem a uma pessoa com mediunidade que lhes informa que o problema vem do local onde a casa teria sido construída, um antigo cemitério secular. "Eles estão Aqui!"

Comentários:
Esse é um dos grandes clássicos do cinema de horror americano. Na época Spielberg tinha planos de dirigir o filme, afinal o roteiro era de sua autoria mas teve que abrir mão disso por causa da agenda extremamente ocupada (o diretor estava em uma das fases mais brilhantes de sua carreira, inclusive cuidando da direção de um de seus mais lembrados filmes, "E.T. O Extraterrestre"). A direção então foi dada a Tobe Hooper de "O Massacre da Serra Elétrica" e "Pague Para Entrar, Reze Para Sair". Podemos apenas supor como teria ficado o filme sob direção de Spielberg mas não podemos negar que Hooper fez um excelente trabalho. Ele caprichou no clima, no desenvolvimento dos personagens e nas cenas de horror, todas contextualizadas e bem colocadas na trama. O sucesso foi tamanho que rendeu continuações, nenhuma porém tão boa e bem realizada como essa. Em termos de elenco o destaque vai para a garotinha Heather O'Rourke que era realmente muito talentosa. Infelizmente morreu muito cedo, sem ter a chance de fazer a transição para uma carreira adulta. Até hoje ela ainda é muito lembrada por sua atuação aqui, afinal em muitos momentos Heather contracena apenas com si mesma, em ótima performance. "Poltergeist - O Fenômeno" é certamente um dos mais bem realizados filmes de terror de todos os tempos.

Pablo Aluísio.

O Apocalipse de Um Cineasta

Título no Brasil: O Apocalipse de Um Cineasta
Título Original: Hearts of Darkness: A Filmmaker's Apocalypse
Ano de Produção: 1991
País: Estados Unidos
Estúdio: American Zoetrope
Direção: Fax Bahr, George Hickenlooper, Eleanor Coppola 
Roteiro: Fax Bahr, George Hickenlooper
Elenco: Dennis Hopper, Martin Sheen, Marlon Brando, John Milius, Francis Ford Coppola

Sinopse: 
Documentário que mostra as filmagens do clássico "Apocalypse Now" uma das maiores obras primas da história da sétima arte. O enfoque se concentra no tumultuado processo de filmagens, na complicada relação entre equipe técnica e atores e na luta para se filmar em uma região de clima indomável e imprevisível.

Comentários:
Para quem é fã da sétima arte esse documentário é simplesmente imperdível. Aqui acompanhamos os complicados bastidores de filmagens de "Apocalypse Now", que segundo o próprio Francis Ford Coppola, foi a mais terrível filmagem de que participou em toda a sua carreira. Assim que chegaram nas locações o ator Martin Sheen sofreu um infarto. O outro astro do elenco, o mitológico Marlon Brando, conhecido por ser um ator impossível de se controlar, também se tornou uma fonte de dores de cabeça para Coppola. Demorou para chegar no set de filmagens e quando finalmente se instalou resolveu trazer uma série de sugestões para o roteiro do filme. Algumas foram realmente ótimas como se pode conferir no filme. Brando sugeriu a Coppola que não fizesse mau uso de seu personagem, o deixando na penumbra até o clímax. Esse por sua vez foi um monumental trabalho por parte de Marlon. Ele não usou script - pois não tinha mais paciência para memorizar falas nessa altura de sua vida. Tudo o que ouvimos e vemos na cena final é fruto de pura improvisação de sua parte, o que mostra sua genialidade, acima de tudo.

Brando, por exemplo, resolveu por conta própria raspar seu cabelo para dar uma aura de misticismo e mistério ao alto oficial americano que está perdido no meio da floresta em plena guerra do Vietnã. Francis Ford Coppola foi inteligente o suficiente para incorporar todas as sugestões, reescrevendo por inúmeras vezes o roteiro. Por falar nisso não são poucas as cenas em que Coppola surge em cena, martelando sua surrada máquina de escrever. O curioso é que presenciamos muito de improvisação, decisões tomadas no calor do momento e maleabilidade por parte de Coppola e sua equipe. Isso demonstra que até mesmo as grandes obras de arte não nascem completamente idealizadas ou organizadas. O caos também pode servir de ótimo caldeirão de criação, como muito bem podemos notar aqui ao acompanhar tudo. No geral esse documentário é uma verdadeira delícia para quem gosta de cinema pois mostra diversos gênios trabalhando juntos para dar vida a um dos maiores clássicos da sétima arte. Quer algo melhor do que isso?

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Stop-Loss - A Lei da Guerra

Título no Brasil: Stop-Loss - A Lei da Guerra
Título Original: Stop-Loss
Ano de Produção: 2008
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures, MTV Films
Direção: Kimberly Peirce
Roteiro:  Kimberly Peirce e Mark Richard
Elenco: Ryan Phillippe, Channing Tatum, Abbie Cornish, Joseph Gordon-Levitt, Timothy Olyphant

Sinopse: 
Um grupo de soldados americanos de volta aos Estados Unidos após servirem por longo período em conflitos no Oriente Médio se revoltam ao saberem que devem, por obrigação legal, se alistarem novamente nas forças armadas para voltar ao Iraque. Caso não o façam serão considerados desertores, podendo até mesmo serem presos por isso.

Comentários:
Esse filme é interessante porque retrata a geração americana jovem de hoje. Com a economia em crise o jovem americano que não consegue ir para a faculdade fica sem muitas opções de vida e acaba entrando nas forças armadas. Esse tipo de jovem é vulgarmente conhecido nos EUA como "lixo branco"! O exército americano hoje vive basicamente do alistamento desse pessoal. Como se sabe o serviço militar naquele país deixou se ser obrigatório por causa do que aconteceu na Guerra do Vietnã. Hoje o jovem que queira entrar nas forças armadas americanas acaba assinando um contrato de trabalho, com duração pré-fixada. O problema é que muitas vezes o exército adiciona uma pequena cláusula contratual afirmando que esses jovens precisam voltar ao serviço caso haja déficit de homens em operações militares no exterior. Esse malabarismo legal acabou ficando conhecido como "Stop-Loss". Obviamente uma forma de obrigar o soldado a voltar para às fileiras de guerra. Agora imagine você a surpresa que isso causa em muitos desses veteranos, pois a maioria deles, sem conhecimento legal, nem sabem da existência desse tipo de manobra legal. O roteiro do filme se desenvolve (muito bem) em torno dessa situação. O personagem principal não quer voltar para o front, pelo contrário, quer ficar nos Estados Unidos para tentar reconstruir sua vida mas se vê no meio de uma armadilha jurídica - caso não volte para as tropas será preso por deserção! O filme é um bom retrato do jovem americano dos dias atuais e conta com um elenco bem interessante, inclusive com a presença do ator Timothy Olyphant que depois faria muito sucesso com a série "Justified" no canal FX.

Pablo Aluísio.

domingo, 24 de novembro de 2013

Meu Malvado Favorito 2

Título no Brasil: Meu Malvado Favorito 2
Título Original: Despicable Me 2
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures, Illumination Entertainment
Direção: Pierre Coffin, Chris Renaud
Roteiro: Cinco Paul, Ken Daurio
Elenco: Steve Carell, Kristen Wiig, Benjamin Bratt

Sinopse: 
Depois de uma vida dedicada ao sonho de se tornar o maior vilão de todos os tempos o agora aposentado do mundo do crime Gru (Steve Carell) tenta levar uma vida pacata e honesta ao lado de suas três filhinhas adotivas. Sua vida porém muda repentinamente quando uma liga mundial de combate aos vilões o recruta para descobrir a identidade secreta de um novo vilão que surge tentando dominar o mundo. Ao lado de seus Minions ele tentará de todas as formas desmascarar a nova ameaça.

Comentários:
O primeiro filme foi um tremendo sucesso de bilheteria. Não é de se admirar então que tenhamos essa sequência. De fato é uma animação muito divertida, muito bem escrita e que conta com a participação muito engraçada dos Minions, que inclusive viraram febre nas redes sociais, em especial o Facebook. Curiosamente todas as vozes desses carinhas são feitas apenas por dois dubladores, que são justamente os diretores do filme! Não há como negar que a dupla é muito talentosa. Em minha forma de ver o diferencial vem do fato deles imprimirem uma visão também européia ao conceito da produção, afinal de contas são franceses. Por falar nos Minions já está em pós-produção uma animação para 2014 estrelada apenas por eles - alguém duvida que será mais um novo sucesso de bilheteria? Eu não duvido em absolutamente nada. Por fim cabe um pequeno elogio ao fato dos roteiristas terem criado uma vida sentimental para Gru, até porque os brutos... digo os vilões, também amam!

Pablo Aluísio