Nesse amplo universo de super-heróis de quadrinhos existe toda uma galeria de personagens secundários que obviamente nunca chegaram nos mesmos patamares de sucesso dos mais famosos como Batman ou Superman. Um desses heróis de segundo escalão é justamente esse “O Santo”. O auge de popularidade desse misto de detetive e herói de aventura ocorreu na TV, durante a década de 1960. Nessa série o Santo era interpretado por Roger Moore, antes de virar o mais bem sucedido sucessor de Sean Connery no papel de James Bond, 007. Foi de certa forma até mesmo um treinamento e aprendizado para anos depois assumir o famoso agente inglês criado por Ian Fleming. Como o sucesso de bilheteria do Batman o estúdio Paramount resolveu investir nesse personagem, obviamente pensando em ter mais um grande sucesso de bilheteria nas mãos. Esse herói aliás tinha certo ponto de contato com o próprio Batman. Ele não tinha poderes naturais, apenas usava de inteligência e astúcia para vencer seus inimigos. Na verdade seu grande trunfo era o poder de se passar por outras pessoas, usando inúmeros disfarces.
A Paramount investiu quase 70 milhões nessa produção, gastou bastante em um marketing agressivo e contratou o ator Val Kilmer para interpretar o personagem principal. Como não poderia deixar de ser contratou os melhores profissionais, o que resultou em uma bonita direção de arte e locações inéditas para o cinema americano até então, como a própria praça vermelha em Moscou (que após o fim da União Soviética abriu suas portas para as produções americanas). Tudo pelo visto caminhava muito bem mas o público simplesmente não se interessou pelo filme, deixando as salas de exibição completamente vazias. Muito provavelmente os jovens (a grande massa que frequenta cinemas) simplesmente desconhecia o personagem, uma vez que apenas os mais velhos que tinham assistido a série na década de 60 ainda se lembravam do Santo. Some-se a isso a interpretação pouco empenhada de Kilmer e você realmente terá um resultado final muito morno, sem pique e garra para de fato ser um verdadeiro sucesso comercial e de crítica. O filme, como já foi dito, tem excelentes locações e uma bonita fotografia mas não tem carisma, o que ajudou a afundar a obra como um todo.
O Santo (The Saint, Estados Unidos, 1997) Direção: Phillip Noyce / Roteiro: Jonathan Hensleigh, baseado nos personagens criados por Leslie Charteris / Elenco: Val Kilmer, Elisabeth Shue, Rade Serbedzija / Sinopse: O Santo (Val Kilmer) é um personagem que usa de inteligência e astúcia para vencer seus inimigos. Aqui ele se envolve numa disputa por uma importante fórmula criada por uma cientista russa.
Pablo Aluísio.
domingo, 28 de julho de 2013
sábado, 27 de julho de 2013
Star Wars: Episódio I - A Ameaça Fantasma
Provavelmente tenha sido o filme mais esperado da história recente do cinema americano. Não é para menos, pois era a volta do universo Star Wars que tanto sucesso fez com a trilogia original. George Lucas agora tinha que lidar com uma nova realidade, a da Internet, onde fãs extremamente bem organizados acompanharam cada passo que o diretor deu nessa nova produção. O roteiro voltava no tempo para contar o começo da vida de Anakin Skywalker que iria com os anos se transformar no terrível Darth Vader. Para quem não sabe ele era um verdadeiro cavaleiro Jedi que acabou indo para o lado negro da força. Lida assim a ideia realmente soava ótima já que todo mundo queria saber como um Jedi tão poderoso teria se perdido no meio do caminho. O problema é que George Lucas, muito provavelmente encantado com as novas possibilidades tecnológicas do cinema, esqueceu de escrever uma boa trama, se concentrando apenas nos avanços digitais à sua disposição.
Esse é o problema central de “Episódio 1”. Tecnicamente o filme é perfeito, com excelentes tomadas virtuais. O problema é que um bom filme não é feito apenas de pixel. Tem que ter um bom roteiro também, coisa que o filme deixa muito a desejar. No meio de uma enfadonha trama política discutindo taxas! (veja que coisa mais chata) o enredo vai aos trancos e barrancos mostrando a infância do pouco carismático garoto Anakin (interpretado por um ator mirim completamente inexpressivo, Jake Lloyd). Para piorar o que já vinha bem ruim George Lucas resolveu criar um personagem totalmente sem graça, idiota, chato além da conta, chamado Jar Jar Binks, que virou um símbolo de tudo o que estava errado nessa nova trilogia de Star Wars. Com andar e jeito de jamaicano o tal Jar Jar era um balde de água fria para quem esperava encontrar uma nova obra prima e não um filme pra lá de boboca feito para passar em cinemas no pior estilo pipoca descartável. O saldo final? Uma enorme bilheteria (já era esperado) acompanhada de um mar de reclamações dos fãs de Star Wars. Tantas foram as criticas que George Lucas teve que reconhecer as falhas, prometendo caprichar mais no Episódio II. Jar Jar nunca mais... pelo menos era o que os fãs esperavam.
Star Wars: Episódio I - A Ameaça Fantasma (Star Wars: Episode I - The Phantom Menace, Estados Unidos, 1999) Direção: George Lucas / Roteiro: George Lucas / Elenco: Liam Neeson, Ewan McGregor, Natalie Portman, Jake Lloyd, Ian McDiarmid / Sinopse: Episódio I narra as origens de Anakin Skywalker, jovem de um planeta distante que com os anos se tornaria o terrível vilão Darth Vader.
Pablo Aluísio.
Esse é o problema central de “Episódio 1”. Tecnicamente o filme é perfeito, com excelentes tomadas virtuais. O problema é que um bom filme não é feito apenas de pixel. Tem que ter um bom roteiro também, coisa que o filme deixa muito a desejar. No meio de uma enfadonha trama política discutindo taxas! (veja que coisa mais chata) o enredo vai aos trancos e barrancos mostrando a infância do pouco carismático garoto Anakin (interpretado por um ator mirim completamente inexpressivo, Jake Lloyd). Para piorar o que já vinha bem ruim George Lucas resolveu criar um personagem totalmente sem graça, idiota, chato além da conta, chamado Jar Jar Binks, que virou um símbolo de tudo o que estava errado nessa nova trilogia de Star Wars. Com andar e jeito de jamaicano o tal Jar Jar era um balde de água fria para quem esperava encontrar uma nova obra prima e não um filme pra lá de boboca feito para passar em cinemas no pior estilo pipoca descartável. O saldo final? Uma enorme bilheteria (já era esperado) acompanhada de um mar de reclamações dos fãs de Star Wars. Tantas foram as criticas que George Lucas teve que reconhecer as falhas, prometendo caprichar mais no Episódio II. Jar Jar nunca mais... pelo menos era o que os fãs esperavam.
Star Wars: Episódio I - A Ameaça Fantasma (Star Wars: Episode I - The Phantom Menace, Estados Unidos, 1999) Direção: George Lucas / Roteiro: George Lucas / Elenco: Liam Neeson, Ewan McGregor, Natalie Portman, Jake Lloyd, Ian McDiarmid / Sinopse: Episódio I narra as origens de Anakin Skywalker, jovem de um planeta distante que com os anos se tornaria o terrível vilão Darth Vader.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 26 de julho de 2013
O Náufrago
A ideia partiu do próprio ator Tom Hanks. Certo dia ele imaginou o que aconteceria com um homem moderno que fosse abandonado no meio da natureza, tendo que se virar apenas com os recursos naturais para sobreviver. Assim Hanks pensou em um executivo da famosa empresa FedEx que após sofrer um acidente acaba indo parar numa ilha deserta, perdida no meio do Oceano. Sem ninguém por perto, tendo que lutar por sua sobrevivência o náufrago começa a tentar manter sua saúde e sanidade. Sem ter com quem conversar chega ao ponto de transformar uma bola de vôlei em seu “amigo” e companheiro Wilson (o nome da fábrica onde a mesma foi produzida). Quem comprou mesmo a ideia de Hanks, que inicialmente era muito simples e primitiva foi o diretor Robert Zemeckis, da série “De Volta Para o Futuro”. Ele achou genial esse argumento em que um homem civilizado, que vive no meio de um sistema capitalista consumista, teria que viver como seus antigos antepassados primitivos. Um choque cultural sem precedentes.
Para recriar o clima de primitivismo o diretor e o ator decidiram que o filme teria o menos possível de trilha sonora (apenas o som do ambiente seria utilizado como som incidental) e quase nada de diálogos (afinal Hanks passaria praticamente o filme inteiro sozinho em cena). O resultado final se mostrou muito bom, muito atraente e diferente. O clima de isolamento foi acentuado pelas decisões tomadas por Hanks e Zemeckis. Ao mesmo tempo o espectador também se sente completamente atraído pela beleza natural do lugar onde o filme foi realizado (no Pacífico Sul existem realmente ilhas que mais parecem a versão do paraíso na Terra como vemos aqui em Fiji). Some-se a isso a boa atuação de Tom Hanks (que entre outras coisas teve que passar por um regime brutal para chegar no peso ideal de alguém perdido no meio do nada) e você terá uma película realmente diferenciada, que ao mesmo tempo funciona como ótimo entretenimento.
O Náufrago (Cast Away, Estados Unidos, 2000) Direção: Robert Zemeckis / Roteiro: William Broyles Jr, Tom Hanks (não creditado) / Elenco: Tom Hanks, Paul Sanchez, Lari White / Sinopse: Um executivo após um acidente acaba indo parar numa ilha isolada do Pacífico Sul onde terá que lutar por sua sobrevivência.
Pablo Aluísio.
Para recriar o clima de primitivismo o diretor e o ator decidiram que o filme teria o menos possível de trilha sonora (apenas o som do ambiente seria utilizado como som incidental) e quase nada de diálogos (afinal Hanks passaria praticamente o filme inteiro sozinho em cena). O resultado final se mostrou muito bom, muito atraente e diferente. O clima de isolamento foi acentuado pelas decisões tomadas por Hanks e Zemeckis. Ao mesmo tempo o espectador também se sente completamente atraído pela beleza natural do lugar onde o filme foi realizado (no Pacífico Sul existem realmente ilhas que mais parecem a versão do paraíso na Terra como vemos aqui em Fiji). Some-se a isso a boa atuação de Tom Hanks (que entre outras coisas teve que passar por um regime brutal para chegar no peso ideal de alguém perdido no meio do nada) e você terá uma película realmente diferenciada, que ao mesmo tempo funciona como ótimo entretenimento.
O Náufrago (Cast Away, Estados Unidos, 2000) Direção: Robert Zemeckis / Roteiro: William Broyles Jr, Tom Hanks (não creditado) / Elenco: Tom Hanks, Paul Sanchez, Lari White / Sinopse: Um executivo após um acidente acaba indo parar numa ilha isolada do Pacífico Sul onde terá que lutar por sua sobrevivência.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 25 de julho de 2013
Círculo de Fogo
Após várias operações de sucesso pela Europa, inclusive a invasão e ocupação da França pelas tropas de Hitler, não parecia haver mais barreiras para o avanço do nazismo. Hitler, completamente alucinado e empolgado pelos sucessos militares de suas forças armadas, então deu inicio ao pior plano de ataque da história: a invasão da Rússia! Foi a maior operação de guerra da história e o maior desastre que se tem noticia. Naquela ocasião a Rússia era governada com mão de ferro por outro ditador sanguinário, Stálin, que não iria permitir que algo assim acontecesse. Inicialmente os alemães enfrentaram a fome, o frio e os retrocessos típicos de uma invasão mal conduzida, mal planejada e impossível de ser bem sucedida. Quando chegaram nos portões de Stalingrado deu-se o grande massacre. Cercados por todos os lados as tropas do exército vermelho lutou bravamente para expulsar o invasor nazista. Lembrado até hoje como uma das maiores batalhas da história esse filme tenta reconstruir aquela resistência heroica.
Esse projeto nasceu inicialmente pelas mãos de Sergio Leone que tencionava realizar aquele que seria o maior filme de guerra produzido na Europa. Infelizmente ele morreu antes de ver o começo das filmagens. Com sua morte o projeto foi arquivado por longos anos sendo resgatado do esquecimento pelo corajoso cineasta Jean-Jacques Annaud. “Círculo de Fogo” foi a produção europeia mais cara da história. O financiamento veio de quatro nações diferentes mas infelizmente o roteiro foi em grande parte fracionado, focado apenas na disputa psicológica que é travado por Vassili Zaitsev (Jude Law), exímio atirador de elite do exército vermelho e o Major König (Ed Harris), oficial alemão do Reich. De certa forma esse verdadeiro duelo é uma metáfora do que aconteceu em toda a batalha. Há cenas extremamente bem realizadas – como a luta nos portões da cidade – e momentos de tensão e suspense. Provavelmente seria um filme bem diferente se fosse dirigido pelo grande Sergio Leone mas mesmo assim mantém o interesse e o impacto. No final das contas vale principalmente por relembrar uma das maiores carnificinas da Segunda Guerra Mundial.
Círculo de Fogo (Enemy at the Gates, Estados Unidos, Inglaterra, Irlanda, Alemanha, 2001) Direção: Jean-Jacques Annaud / Roteiro: Jean-Jacques Annaud, Alain Godard / Elenco: Jude Law, Ed Harris, Rachel Weisz, Joseph Fiennes, Bob Hoskins, Ron Perlman / Sinopse: O filme recria o cerco e a batalha travado em Stanligrado durante a II Guerra Mundial.
Pablo Aluísio.
Esse projeto nasceu inicialmente pelas mãos de Sergio Leone que tencionava realizar aquele que seria o maior filme de guerra produzido na Europa. Infelizmente ele morreu antes de ver o começo das filmagens. Com sua morte o projeto foi arquivado por longos anos sendo resgatado do esquecimento pelo corajoso cineasta Jean-Jacques Annaud. “Círculo de Fogo” foi a produção europeia mais cara da história. O financiamento veio de quatro nações diferentes mas infelizmente o roteiro foi em grande parte fracionado, focado apenas na disputa psicológica que é travado por Vassili Zaitsev (Jude Law), exímio atirador de elite do exército vermelho e o Major König (Ed Harris), oficial alemão do Reich. De certa forma esse verdadeiro duelo é uma metáfora do que aconteceu em toda a batalha. Há cenas extremamente bem realizadas – como a luta nos portões da cidade – e momentos de tensão e suspense. Provavelmente seria um filme bem diferente se fosse dirigido pelo grande Sergio Leone mas mesmo assim mantém o interesse e o impacto. No final das contas vale principalmente por relembrar uma das maiores carnificinas da Segunda Guerra Mundial.
Círculo de Fogo (Enemy at the Gates, Estados Unidos, Inglaterra, Irlanda, Alemanha, 2001) Direção: Jean-Jacques Annaud / Roteiro: Jean-Jacques Annaud, Alain Godard / Elenco: Jude Law, Ed Harris, Rachel Weisz, Joseph Fiennes, Bob Hoskins, Ron Perlman / Sinopse: O filme recria o cerco e a batalha travado em Stanligrado durante a II Guerra Mundial.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 24 de julho de 2013
Tucker - Um Homem e seu Sonho
Uma das obras mais nostálgicas da filmografia de Francis Ford Coppola. A ideia nasceu do próprio cineasta que, colecionador de carros, resolveu contar a história desse empresário ousado que teve a coragem de desafiar as grandes corporações automobilísticas ao criar um carro diferente, muito inovador e avançado para a época, o Tucker Torpedo. Assim Coppola investiu seu personagem de um certo heroísmo, ao colocar o empreendedor como alguém que desafiou todo um monopólio poderoso dentro da indústria para realizar o seu sonho. “Tucker” foi uma produção cara, bancada pelo próprio Francis Ford Coppola, que através de seu estúdio, Zoetrope, captou recursos e levou em frente seu projeto. O grande impulso acabou vindo depois da Lucasfilm, de George Lucas, que também investiu bastante na produção. O próprio desafio de colocar o carro original em cena se revelou complicado. Poucos carros Tucker sobreviveram, sendo que Coppola teve que contar com o apoio de um grupo de colecionadores americanos que cederam gentilmente suas preciosidades sobre quatro rodas para serem usadas no filme.
Como foi um filme feito com muito capricho e carinho por parte de Coppola, logo vemos isso na tela. Tecnicamente o filme é muito bem realizado, muito bem fotografado, com ótimas tomadas de cena e reconstituição histórica primorosa. Jeff Bridges defende muito bem o papel principal dando o entusiasmo e a paixão que o personagem exige. Embora o resultado final tenha se mostrado bem realizado o filme não escapou das criticas na época de seu lançamento. A principal foi a de que Coppola teria romantizado demais o próprio Preston Tucker, em um processo que anos depois se repetiria de certa forma com o industrial Oskar Schindler no famoso filme de Spielberg. Pessoalmente não vejo isso como uma falha ou um demérito, alguns ajustes sempre são feitos para que o filme seja mais interessante do ponto de vista dramático, algo que se repete aqui. Assim deixamos a dica de “Tucker – Um Homem e seu Sonho”, um filme que retrata a visão e os sonhos de um industrial americano que ousou inovar no selvagem mundo dos negócios do capitalismo americano.
Tucker - Um Homem E Seu Sonho (Tucker: The Man and His Dream, Estados Unidos, 1988) Direção: Francis Ford Coppola / Roteiro: Arnold Schulman, David Seidler / Elenco: Jeff Bridges, Joan Allen, Martin Landau / Sinopse: Cinebiografia do industrial Tucker que no pós guerra resolveu criar um carro revolucionário que ia contra os interesses da grande indústria automobilística dos EUA.
Pablo Aluísio.
Como foi um filme feito com muito capricho e carinho por parte de Coppola, logo vemos isso na tela. Tecnicamente o filme é muito bem realizado, muito bem fotografado, com ótimas tomadas de cena e reconstituição histórica primorosa. Jeff Bridges defende muito bem o papel principal dando o entusiasmo e a paixão que o personagem exige. Embora o resultado final tenha se mostrado bem realizado o filme não escapou das criticas na época de seu lançamento. A principal foi a de que Coppola teria romantizado demais o próprio Preston Tucker, em um processo que anos depois se repetiria de certa forma com o industrial Oskar Schindler no famoso filme de Spielberg. Pessoalmente não vejo isso como uma falha ou um demérito, alguns ajustes sempre são feitos para que o filme seja mais interessante do ponto de vista dramático, algo que se repete aqui. Assim deixamos a dica de “Tucker – Um Homem e seu Sonho”, um filme que retrata a visão e os sonhos de um industrial americano que ousou inovar no selvagem mundo dos negócios do capitalismo americano.
Tucker - Um Homem E Seu Sonho (Tucker: The Man and His Dream, Estados Unidos, 1988) Direção: Francis Ford Coppola / Roteiro: Arnold Schulman, David Seidler / Elenco: Jeff Bridges, Joan Allen, Martin Landau / Sinopse: Cinebiografia do industrial Tucker que no pós guerra resolveu criar um carro revolucionário que ia contra os interesses da grande indústria automobilística dos EUA.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 23 de julho de 2013
Fomos Heróis
O auge dos filmes sobre a Guerra do Vietnã aconteceu na década de 80. Grandes clássicos modernos como “Nascido Para Matar” e “Platoon” foram feitos nessa época. A intenção era tentar olhar de frente para essa embaraçosa intervenção americana em um país asiático pobre e distante onde milhares de americanos foram mortos de forma gratuita. Esses filmes sobre o Vietnã se tornaram verdadeiras catarses para a alma da nação, que a partir deles começou a compreender melhor todos os eventos que levaram o país para a pior derrota militar e política de sua história. Depois do boom dos filmes sobre o Vietnã houve um período bem longo em que não se realizou mais produções passadas naquele conflito. Talvez por isso houve uma grande surpresa quando Mel Gibson anunciou esse “Fomos Heróis”, um roteiro que voltava para as selvas do Vietnã mais uma vez. Um projeto equivocado para muitos pois essa já era uma página virada na história do cinema americano.
Mas afinal de contas o que levou Gibson a produzir mais esse filme que parecia tão fora de moda e de época? Foi a forma encontrada por Mel Gibson para criticar o governo americano em suas novas investidas e intervenções armadas pelo mundo afora. Era como se Mel tentasse relembrar a todos novamente que o Vietnã era não apenas uma guerra perdida mas um exemplo para que o erro não fosse cometido mais uma vez no futuro. A trama por si só já mostrava bem isso. Gibson aqui interpreta o Tenente Coronel Hal Moore. A história (baseada em fatos reais) se passa em 1965 quando os americanos ainda não tinham plena consciência do atoleiro em que estavam prestes a afundar. O oficial interpretado por Gibson é um militar americano que não tem a menor ideia do buraco em que está prestes a afundar – junto aos seus homens. Muito provavelmente por causa de seu tema em tom de critica contra a política externa dos EUA o filme não fez o menor sucesso. Com orçamento de 75 milhões de dólares o filme mal conseguiu render 20 milhões nas bilheterias americanas provando duas coisas: o público estava cansado do tema do Vietnã e não queriam mesmo receber uma verdadeira “lição de moral” de um ator como Mel Gibson. Mesmo assim fica a dica, pois o filme além de ser historicamente interessante, ainda é uma boa fita de guerra.
Fomos Heróis (We Were Soldiers, Estados Unidos, 2002) Direção: Randall Wallace / Roteiro: Harold G. Moore, Joseph L. Galloway / Elenco: Mel Gibson, Madeleine Stowe, Greg Kinnear / Sinopse: Grupo do exército Americano comandado pelo Tenente Coronel Hal Moore (Mel Gibson) acaba entrando em uma verdadeira cilada bem no inicio da Guerra do Vietnã.
Pablo Aluísio.
Mas afinal de contas o que levou Gibson a produzir mais esse filme que parecia tão fora de moda e de época? Foi a forma encontrada por Mel Gibson para criticar o governo americano em suas novas investidas e intervenções armadas pelo mundo afora. Era como se Mel tentasse relembrar a todos novamente que o Vietnã era não apenas uma guerra perdida mas um exemplo para que o erro não fosse cometido mais uma vez no futuro. A trama por si só já mostrava bem isso. Gibson aqui interpreta o Tenente Coronel Hal Moore. A história (baseada em fatos reais) se passa em 1965 quando os americanos ainda não tinham plena consciência do atoleiro em que estavam prestes a afundar. O oficial interpretado por Gibson é um militar americano que não tem a menor ideia do buraco em que está prestes a afundar – junto aos seus homens. Muito provavelmente por causa de seu tema em tom de critica contra a política externa dos EUA o filme não fez o menor sucesso. Com orçamento de 75 milhões de dólares o filme mal conseguiu render 20 milhões nas bilheterias americanas provando duas coisas: o público estava cansado do tema do Vietnã e não queriam mesmo receber uma verdadeira “lição de moral” de um ator como Mel Gibson. Mesmo assim fica a dica, pois o filme além de ser historicamente interessante, ainda é uma boa fita de guerra.
Fomos Heróis (We Were Soldiers, Estados Unidos, 2002) Direção: Randall Wallace / Roteiro: Harold G. Moore, Joseph L. Galloway / Elenco: Mel Gibson, Madeleine Stowe, Greg Kinnear / Sinopse: Grupo do exército Americano comandado pelo Tenente Coronel Hal Moore (Mel Gibson) acaba entrando em uma verdadeira cilada bem no inicio da Guerra do Vietnã.
Pablo Aluísio.
O Troco
As pessoas podem criticar Mel Gibson em muitas coisas mas não podem chamar o ator de covarde. Ao longo da carreira Gibson procurou sempre ir para caminhos impensáveis para um astro como ele. Como cineasta isso ficou bem claro por algumas decisões ousadas que tomou, se saindo muito bem na maioria das escolhas (como usar o idioma Aramaico na reconstituição histórica em filme da paixão de Jesus Cristo). Como ator Gibson ficou muito preso à imagem que construiu em inúmeras franquias de sucesso, com destaque para “Mad Max” e “Máquina Mortífera”. Após tentar seguir por outras linhas o ator se envolveu em filmes com ar alternativo (“O Ano em que Vivemos em Perigo”) e até em adaptações de Shakespeare (“Hamlet” no qual contra todas as previsões acabou se saindo muito bem). Depois de mais um filme da franquia Máquina Mortífera (o de número 4), Gibson se envolveu nesse “O Troco”, um filme bem violento, seco, de ação, mas que procurava trazer uma proposta diferente.
O enredo explora os descaminhos que podem ocorrer no mundo do crime. Gibson interpreta Porter (apenas Porter sem qualquer sobrenome), um criminoso que é traído e quase morto por seu próprio parceiro de roubos. Ao lado de uma garota de programa, Rosie (Maria Bello), ele parte para a desforra contra aqueles que desejaram sua morte. Embora não tenha sido dirigido por Gibson, foi sua produtora, a Icon Entertainment International, quem bancou a produção de 50 milhões de dólares. Foi um erro já que Gibson deveria ter assumido a direção desde o inicio pois assim evitaria que tivesse tantas brigas no set com Brian Helgeland, que assinou o filme. A certa altura o próprio Gibson, após uma violenta discussão com Brian, o demitiu, mesmo com o filme ainda incompleto. A partir daí ele próprio assumiu a direção mas no final não creditou o trabalho a si mesmo, deixando apenas Helgeland figurando como o diretor do filme nos créditos finais (afinal ele tinha dirigido pelo menos dois terços da película). Mesmo com tantos problemas o resultado ficou muito bom. A fotografia saturada, o clima de sordidez e o texto frio combinaram muito bem com o argumento do filme, mostrando que no mundo do crime de fato não existe lealdade ou fidelidade.
O Troco (Payback, Estados Unidos, 1999) Direção: Brian Helgeland, Mel Gibson (não creditado) / Roteiro: Brian Helgeland, baseado no livro de Donald E. Westlake / Elenco: Mel Gibson, Gregg Henry, Maria Bello / Sinopse: Após ser traído por seu comparsa e sua amante, um criminoso (Gibson) decide dar o troco ao antigo companheiro do mundo do crime.
Pablo Aluísio.
O enredo explora os descaminhos que podem ocorrer no mundo do crime. Gibson interpreta Porter (apenas Porter sem qualquer sobrenome), um criminoso que é traído e quase morto por seu próprio parceiro de roubos. Ao lado de uma garota de programa, Rosie (Maria Bello), ele parte para a desforra contra aqueles que desejaram sua morte. Embora não tenha sido dirigido por Gibson, foi sua produtora, a Icon Entertainment International, quem bancou a produção de 50 milhões de dólares. Foi um erro já que Gibson deveria ter assumido a direção desde o inicio pois assim evitaria que tivesse tantas brigas no set com Brian Helgeland, que assinou o filme. A certa altura o próprio Gibson, após uma violenta discussão com Brian, o demitiu, mesmo com o filme ainda incompleto. A partir daí ele próprio assumiu a direção mas no final não creditou o trabalho a si mesmo, deixando apenas Helgeland figurando como o diretor do filme nos créditos finais (afinal ele tinha dirigido pelo menos dois terços da película). Mesmo com tantos problemas o resultado ficou muito bom. A fotografia saturada, o clima de sordidez e o texto frio combinaram muito bem com o argumento do filme, mostrando que no mundo do crime de fato não existe lealdade ou fidelidade.
O Troco (Payback, Estados Unidos, 1999) Direção: Brian Helgeland, Mel Gibson (não creditado) / Roteiro: Brian Helgeland, baseado no livro de Donald E. Westlake / Elenco: Mel Gibson, Gregg Henry, Maria Bello / Sinopse: Após ser traído por seu comparsa e sua amante, um criminoso (Gibson) decide dar o troco ao antigo companheiro do mundo do crime.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 22 de julho de 2013
Infidelidade
Se você ainda tem alguma dúvida do moralismo que impera na sociedade americana que tal ver (ou rever) esse “Infidelidade”? Como se sabe os EUA foram criados por uma primeira leva de imigrantes formada basicamente por puritanos calvinistas que fugiam da perseguição religiosa na Europa e foram parar no novo mundo com a convicção de começar tudo de novo. Pois bem, nem os séculos apagaram essa mentalidade. É o que podemos notar ao assistir filmes como esse “Infidelidade”. Na trama acompanhamos o desmoronamento de um casamento. O casal é formado por Connie (Diane Lane) e Edward (Richard Gere) um casal tipicamente nova-iorquino que mora no subúrbio. Após um encontro meramente casual com um charmoso francês, Connie se sente bastante atraída por seu estilo, elegância e modo de ser. Seu casamento com Edward já caiu na mais chata monotonia e banalidade e a oportunidade de começar uma nova vida amorosa lhe parece bastante tentadora.
Logo se torna amante do charmoso estrangeiro, traindo seu marido sempre que possível. Desconfiado então Edward contrata um detetive para seguir os passos de Connie, atitude que revelará para ele toda a verdade. “Infidelidade” é um retrato dos novos tempos. A mulher infeliz no casamento já não aceita o papel de submissão a que sempre foi imposta por séculos de machismo e idéias ultrapassadas. Uma vez atraída por outro homem nem pensa muito, partindo para outra, afinal amar é viver. Obviamente que o roteiro de “Infidelidade” está imerso no mais puro puritanismo ianque mas se o espectador desprezar esse enfoque vai acabar se interessando bastante pelos rumos da estória. O filme usa e abusa de uma fotografia em tons de cores sensuais, que combina muito bem com o clima de sedução que impera em muitas das cenas. Quem acaba brilhando no elenco é a atriz Diane Lane que após a maturidade parece viver uma nova e bela fase na carreira. Já Richard Gere se contenta em mais um interpretação no controle remoto, embora se torne no final das contas adequado ao enredo. Então é isso, “Infidelidade” é um filme interessante que toca em um tema bastante polêmico. Vale a pena conhecer.
Infidelidade (Unfaithful, Estados Undos, 2002) Direção: Adrian Lyne / Roteiro: Claude Chabrol, Alvin Sargent / Elenco: Diane Lane, Erik Per Sullivan, Richard Gere / Sinopse: Esposa decide trair o marido com um charmoso francês que conhecer por acaso após um encontro casual na rua. Refilmagem americana do filme "La Femme infidèle".
Pablo Aluísio.
Logo se torna amante do charmoso estrangeiro, traindo seu marido sempre que possível. Desconfiado então Edward contrata um detetive para seguir os passos de Connie, atitude que revelará para ele toda a verdade. “Infidelidade” é um retrato dos novos tempos. A mulher infeliz no casamento já não aceita o papel de submissão a que sempre foi imposta por séculos de machismo e idéias ultrapassadas. Uma vez atraída por outro homem nem pensa muito, partindo para outra, afinal amar é viver. Obviamente que o roteiro de “Infidelidade” está imerso no mais puro puritanismo ianque mas se o espectador desprezar esse enfoque vai acabar se interessando bastante pelos rumos da estória. O filme usa e abusa de uma fotografia em tons de cores sensuais, que combina muito bem com o clima de sedução que impera em muitas das cenas. Quem acaba brilhando no elenco é a atriz Diane Lane que após a maturidade parece viver uma nova e bela fase na carreira. Já Richard Gere se contenta em mais um interpretação no controle remoto, embora se torne no final das contas adequado ao enredo. Então é isso, “Infidelidade” é um filme interessante que toca em um tema bastante polêmico. Vale a pena conhecer.
Infidelidade (Unfaithful, Estados Undos, 2002) Direção: Adrian Lyne / Roteiro: Claude Chabrol, Alvin Sargent / Elenco: Diane Lane, Erik Per Sullivan, Richard Gere / Sinopse: Esposa decide trair o marido com um charmoso francês que conhecer por acaso após um encontro casual na rua. Refilmagem americana do filme "La Femme infidèle".
Pablo Aluísio.
domingo, 21 de julho de 2013
Dallas
“Dallas” é um fenômeno da história da TV americana. Exibida inicialmente em 1978 a série durou até 1991 totalizando incríveis 14 temporadas em sua primeira fase. O sucesso foi tão grande que chegou a ser exibida por anos na Rede Globo nas noites de domingo. No ano passado a Warner resolveu trazer de novo todos aqueles carismáticos personagens que todos aprenderam a gostar durante todos os anos. Claro que os anos pesaram para todos os atores, principalmente para Larry Hagman que brilhou como J.R. Ewing por anos. Até Patrick Duffy que interpretava seu irmão mais jovem Bobby deixou bem claro a passagem do tempo. Assim para manter a chama acessa os produtores decidiram fazer uma espécie de transição investindo dessa vez nos filhos de J.R. e Bobby, afinal de contas na primeira fase eles eram apenas garotos e agora teriam que assumir todas as responsabilidades da empresa Ewing. A primeira temporada dessa nova “Dallas” fez sucesso suficiente para que a Warner resolvesse produzir uma segunda temporada mas infelizmente um fato lamentável aconteceu.
O ator Larry Hagman morreu inesperadamente exatamente durante o lançamento da segunda temporada da série nos EUA. Hagman foi um ator muito popular da TV americana se destacando não apenas por “Dallas” mas também por outro seriado de muito sucesso na década de 60, a comédia “Jeannie é um Gênio” ao lado da talentosa atriz Bárbara Eden. Na verdade quem assistiu aos novos episódios de “Dallas” em 2012 de certa forma levou um susto com o aspecto abatido de Larry em cena. Por anos ele abusou muito da bebida e isso se mostrava muito nítido em sua dificuldade em atuar nesses novos episódios. Mesmo assim sempre se mostrou digno mas infelizmente sua hora chegou e assim o eterno J.R. deu adeus ao público, saindo de cena exatamente interpretando o personagem símbolo de toda a sua carreira. Eu não vou deixar de recomendar o novo “Dallas”. Certamente a novo programa não tem o charme das décadas de 70 e 80 mas mesmo assim mantém um nível bem interessante, que faz com que o espectador siga em frente, se interessando em assistir ao próximo episódio.
Dallas (Dallas, Estados Unidos, 1978 – 1991 / 2012 – 2013) Criado por Cynthia Cidre, David Jacobs / Elenco: Larry Hagman, Patrick Duffy, Jordana Brewster, Josh Henderson, Jesse Metcalfe / Sinopse: A série “Dallas” conta a estória dos Ewings, rica família dona de fazendas e poços de petróleo na cidade de Dallas no Texas.
Pablo Aluísio.
O ator Larry Hagman morreu inesperadamente exatamente durante o lançamento da segunda temporada da série nos EUA. Hagman foi um ator muito popular da TV americana se destacando não apenas por “Dallas” mas também por outro seriado de muito sucesso na década de 60, a comédia “Jeannie é um Gênio” ao lado da talentosa atriz Bárbara Eden. Na verdade quem assistiu aos novos episódios de “Dallas” em 2012 de certa forma levou um susto com o aspecto abatido de Larry em cena. Por anos ele abusou muito da bebida e isso se mostrava muito nítido em sua dificuldade em atuar nesses novos episódios. Mesmo assim sempre se mostrou digno mas infelizmente sua hora chegou e assim o eterno J.R. deu adeus ao público, saindo de cena exatamente interpretando o personagem símbolo de toda a sua carreira. Eu não vou deixar de recomendar o novo “Dallas”. Certamente a novo programa não tem o charme das décadas de 70 e 80 mas mesmo assim mantém um nível bem interessante, que faz com que o espectador siga em frente, se interessando em assistir ao próximo episódio.
Dallas (Dallas, Estados Unidos, 1978 – 1991 / 2012 – 2013) Criado por Cynthia Cidre, David Jacobs / Elenco: Larry Hagman, Patrick Duffy, Jordana Brewster, Josh Henderson, Jesse Metcalfe / Sinopse: A série “Dallas” conta a estória dos Ewings, rica família dona de fazendas e poços de petróleo na cidade de Dallas no Texas.
Pablo Aluísio.
Superman – O Homem de Aço
Vou repetir agora o que venho dizendo há tempos: eu tenho pena dessa garotada de hoje que gosta e frequenta cinema. Ontem fui assistir, acompanhado da minha querida filha, ao tão badalado "Superman". Ops!... desculpem a minha falha... o Superman da minha época virou: "Homem de Aço". Bastaram dez minutos de filme para eu virar para minha filha e perguntar se nós tínhamos comprado ingressos para o filme certo. Com todo respeito mas aquela zorra total que se desenhava na tela não era a história do Superman que aprendi a gostar desde a minha época de guri. Afora os extraordinários efeitos especiais, que estão a cada dia mais impressionantes, o filme é uma viagem lisérgica com um borbardeio multicolorido de tons magníficos, sustentado por uma poluição sonora de fazer inveja aos ensurdecedores acordes do Iron Maiden. Depois de sobreviver as cenas caleidoscópicas do planeta Krypton - um planeta sorumbático, barulhento e recheado de insetos e naves gigantes, além, é claro, da semi-canastrice do Russel Crowe, somos enviados de sopetão, diretamente para alto-mar onde o Superman, já adulto, está sem camisa e todo atrapalhado tentando salvar a tripulação de um cargueiro em chamas.
Depois dessa cena, o diretor Zack Snyder enfia os pés pelas mãos, e começa a abusar de cenas desconexas, sem nenhuma lógica e com uma overdose desse recurso maldito chamado, "flashback" - que para mim, já deveria estar morto e enterrado. O filme é uma zona completa. Jor-El (Russel Crowe) o pai kryptoniano de Kal-El (Henry Cavill - Superman) é de fazer inveja a qualquer Centro Espírita, pois aparece mais depois de morto do que quando estava vivo. A repórter Louis Lane (Amy Adams) que na minha época de garoto era uma repórter do Planeta Diário, normal e recatada, quase rouba o papel de Superman, pois é ela quem negocia com o FBI, com as Forças Armadas e ainda ajuda o Homem de Aço a enfrentar o Kryptoniano e estranhíssimo, General Zod e sua turma de mulheres bonitas. Zod, interpretado pelo ator americano Michael Shannon que é uma mistura de Billy Idol com Supla. Das cenas feéricas do planeta Krypton à barulheira ensurdecedora juntamente com os flashbacks insuportáveis e inúteis, aumentam ainda mais a minha angústia, a medida em que o filme vai se desenrolando. De repente eu me faço mil perguntas: Meu Deus!!!!... cadê o Superman da minha época de criança ???... Por que eu estou usando esses óculos de 3D ridículos que não acrescentam e nem melhoram o filme em nada ??... Por que tantas naves espaciais de todos os tipos e tamanhos ??...Cadê o Marlon Brando como Jor-El ??...Cadê o eterno Glenn Ford como o pai terráqueo do Superman ?? ...Cadê, ainda, o super-ator inglês Terence Stamp, na pele do General Zod ?? ...Cadê o Cristopher Reeve ?? o maior e mais carismático de todos os Super-Homens ??... Fim do filme. Minha água mineral acabou, meu saco de amendoim também. Caminho célere para o meu carro com minha filha, com saudades daquele Superman que usava a cueca vermelha por cima do uniforme azul-claro e que aprendi a amar quando era garoto. Saudades de um tempo e de um cinema que não voltarão mais. Nota 5.
Superman - O Homem de Aço (Man of Steel, Estados Unidos, 2013) Direção: Zack Snyder / Roteiro: David S. Goyer, Christopher Nolan, baseados nos personagens criados por Jerry Siegel & Joe Shuster / Elenco: Henry Cavill, Amy Adams, Michael Shannon, Diane Lane, Russell Crowe, Kevin Costner, Laurence Fishburne / Sinopse: O filme narra as origens do super-herói Superman.
Telmo Vilela Jr.
Depois dessa cena, o diretor Zack Snyder enfia os pés pelas mãos, e começa a abusar de cenas desconexas, sem nenhuma lógica e com uma overdose desse recurso maldito chamado, "flashback" - que para mim, já deveria estar morto e enterrado. O filme é uma zona completa. Jor-El (Russel Crowe) o pai kryptoniano de Kal-El (Henry Cavill - Superman) é de fazer inveja a qualquer Centro Espírita, pois aparece mais depois de morto do que quando estava vivo. A repórter Louis Lane (Amy Adams) que na minha época de garoto era uma repórter do Planeta Diário, normal e recatada, quase rouba o papel de Superman, pois é ela quem negocia com o FBI, com as Forças Armadas e ainda ajuda o Homem de Aço a enfrentar o Kryptoniano e estranhíssimo, General Zod e sua turma de mulheres bonitas. Zod, interpretado pelo ator americano Michael Shannon que é uma mistura de Billy Idol com Supla. Das cenas feéricas do planeta Krypton à barulheira ensurdecedora juntamente com os flashbacks insuportáveis e inúteis, aumentam ainda mais a minha angústia, a medida em que o filme vai se desenrolando. De repente eu me faço mil perguntas: Meu Deus!!!!... cadê o Superman da minha época de criança ???... Por que eu estou usando esses óculos de 3D ridículos que não acrescentam e nem melhoram o filme em nada ??... Por que tantas naves espaciais de todos os tipos e tamanhos ??...Cadê o Marlon Brando como Jor-El ??...Cadê o eterno Glenn Ford como o pai terráqueo do Superman ?? ...Cadê, ainda, o super-ator inglês Terence Stamp, na pele do General Zod ?? ...Cadê o Cristopher Reeve ?? o maior e mais carismático de todos os Super-Homens ??... Fim do filme. Minha água mineral acabou, meu saco de amendoim também. Caminho célere para o meu carro com minha filha, com saudades daquele Superman que usava a cueca vermelha por cima do uniforme azul-claro e que aprendi a amar quando era garoto. Saudades de um tempo e de um cinema que não voltarão mais. Nota 5.
Superman - O Homem de Aço (Man of Steel, Estados Unidos, 2013) Direção: Zack Snyder / Roteiro: David S. Goyer, Christopher Nolan, baseados nos personagens criados por Jerry Siegel & Joe Shuster / Elenco: Henry Cavill, Amy Adams, Michael Shannon, Diane Lane, Russell Crowe, Kevin Costner, Laurence Fishburne / Sinopse: O filme narra as origens do super-herói Superman.
Telmo Vilela Jr.
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