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quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Loucuras de Verão

Título no Brasil: Loucuras de Verão
Título Original: American Graffitti
Ano de Produção: 1973
País: Estados Unidos
Estúdio:  Universal Pictures
Direção: George Lucas
Roteiro: George Lucas, Gloria Katz, Willard Huyck
Elenco: Richard Dreyfuss, Ron Howard, Paul Le Mat, Harrison Ford

Sinopse: 
Dois amigos se despedem da vida de colégio durante uma noite qualquer de 1962. Em breve eles irão para a universidade, entrando em uma nova fase de suas vidas. Para passar o tempo eles decidem andar de carro pela noite, dando voltas pelas redondezas, onde encontram amigos, paqueras e também rivais. Um retrato descompromissado e nostálgico da juventude americana dos anos 60.

Comentários:
O primeiro grande sucesso comercial da carreira de George Lucas. Produzido por Coppola esse foi um dos primeiros filmes a olhar com clima de nostalgia e carinho para a década de 1960 (que acabara de terminar). Com uma trilha sonora maravilhosa composta apenas de grandes clássicos do rock 'n' roll essa película é uma das mais lembradas quando se fala em filmes sobre adolescentes. Além de ter sido um marco na carreira de Lucas, "American Graffitti" também impulsionou a carreira do jovem e praticamente novato Harrison Ford que iria estrelar alguns dos filmes de maior bilheteria dos anos que viriam, como as franquias "Guerra nas Estrelas" e "Indiana Jones". Aqui seu papel é até sem importância mas isso não o impediu de se destacar no filme. Roteiro simples (o enredo se passa apenas em uma noite) mas muito eficaz e nostálgico, a produção é considerada até hoje um dos melhores filmes sobre jovens da história do cinema americano. Imperdível.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 15 de março de 2013

Além da Eternidade

Na década de 1980 nenhum cineasta obteve mais sucesso ou foi mais famoso do que Steven Spielberg. De fato aqueles foram seus mais bem sucedidos anos. Curiosamente depois de uma década de tantos filmes de fantasia e ficção o diretor resolveu fechar os anos 80 com algo completamente diferente. Seu novo projeto era um filme que saia bastante de sua zona de conforto habitual. Nada de extraterrestres e nem aventuras com arqueólogos aventureiros, aqui Steven Spielberg resolveu realmente inovar participando do primeiro remake de sua carreira! Como se isso não bastasse era ainda um filme romântico, como os da era de ouro de Hollywood. “Além da Eternidade” é na realidade uma refilmagem de “Dois no Céu”, clássico de 1943, estrelado por Spencer Tracy e dirigido por Victor Fleming. O argumento é bem espiritualista: um piloto de combate a incêndios florestais morre durante uma das missões. O problema é que ele deixa assuntos inacabados na Terra. Sua tarefa agora é voltar ao plano físico para ajudar sua antiga paixão, que ficara destruída emocionalmente após sua morte, a reencontrar o caminho da felicidade em sua vida.

Steven Spielberg fez algumas modificações em relação ao filme anterior. Em “Dois no Céu” a ação se passava durante a II Guerra Mundial e o aviador morto era um comandante militar. Aqui o diretor resolveu modificar o personagem, o colocando como um aviador de combate a incêndios florestais. O personagem entregue a Richard Dreyfuss também se tornou mais jovial e atuante, se concentrando menos no humor do filme original para dar mais espaço ao drama e ao romantismo nessa nova releitura da estória. Já a trilha sonora se concentrava bastante em sucessos do surgimento do rock americano da década de 50 e 60, com destaque para a balada maravilhosa “Smoke Gets In Your Eyes”, gravação imortal dos Platters em 1958. O resultado porém fica abaixo dos demais filmes de Spielberg. Ele parece perder o controle da pieguice em um roteiro tão romântico como esse. O que era para ser puro lirismo se perde em um filme com muitas boas intenções mas que termina apenas com resultados meramente medianos. De certa forma o elenco é quem salva por completo a produção. Basta lembrar que a grande atriz Audrey Hepburn dá o ar de sua graça nas telas pela primeira vez em muitos anos – algo que ela não fazia desde o começo da década, em 1981, com o filme “Muito Riso e Muita Alegria”. Sua personagem não é tão marcante (ela interpreta um anjo) mas quando aparece realmente rouba todas as atenções para si. Infelizmente essa seria sua última aparição no cinema. Só esse fato já justificaria a existência do filme. De qualquer modo fica o registro desse “Spielberg menor” que no final das contas foi salvo pela deslumbrante aparição final do mito Hepburn. Vale a pena ser conhecido (ou redescoberto). 

Além da Eternidade (Always, Estados Unidos, 1989) Direção: Steven Spielberg / Roteiro: Jerry Belson, baseado no filme “Dois no Céu” de 1943 / Elenco: Richard Dreyfuss, Holly Hunter, Brad Johnson, John Goodman, Audrey Hepburn / Sinopse: Pete Sandich (Richard Dreyfuss) é um piloto de combate a incêndios florestais que morre tragicamente durante uma das missões. O problema é que ele deixa assuntos inacabados na Terra. Sua tarefa agora é voltar ao plano físico para ajudar sua antiga paixão, que ficara destruída emocionalmente com sua morte, a reencontrar o caminho da felicidade em sua vida.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 7 de março de 2013

Poseidon

Se trata de mais uma refilmagem de um filme da década de 70. Depois do remake de “A Profecia” os produtores de Hollywood, sem idéias novas, resolveram trazer de volta o navio Poseidon. Quem tem mais de 30 anos certamente conhece o filme original campeão de reprises da Rede Globo. É uma estória ficcional mas completamente inspirada no Titanic. O luxuoso Poseidon nada mais era do que uma alegoria sob nova roupagem do navio famoso da história. O filme original, “O Destino do Poseidon” é um clássico do chamado cinema-catastrofe que tanto sucesso fez naqueles anos da discoteca. Os roteiros desses filmes seguiam uma fórmula simples. Geralmente um grande elenco (formado na maioria das vezes por veteranos nas telas) era colocado numa situação limite, seja um terremoto, um arranha-céu em chamas ou em um naufrágio monumental. Basta lembrar dos filmes “Terremoto”, “Inferno na Torre” ou “Aeroporto” para entender do que se trata. Aqui tudo é recriado com efeitos digitais de última geração (inexistentes há 40 anos). O enredo é praticamente o mesmo do filme original: uma onda gigante vira um enorme transatlântico de cabeça para baixo. Para sobreviver um grupo de passageiras tenta chegar a alguma saída enquanto o navio não afunda de uma vez por todas.

Tal como acontecia nos filmes catástrofes da década de 70 aqui também temos um elenco numeroso de atores veteranos tentando alcançar uma nova chance de sucesso nos cinemas. O elenco é encabeçado por Kurt Russell, um ator bacana que não tem tido muita sorte com seus filmes mais recentes. Juntam-se a ele Richard Dreyfuss (de “Tubarão”, outro filme símbolo do cinema da década de 70) e Emily Rossum (que parece ter tomado gosto pela tragédia haja vista seu filme anterior, “O Dia Depois do Amanhã). Josh Lucas também está no elenco mas sua atuação é completamente indigna de qualquer comentário. O diretor é o irregular Wolfgang Petersen que ao longo da carreira alternou filmes criativos (O Barco – Inferno em Alto Mar) com produções eficientes (Mar em Fúria, Força Aérea Um) e equívocos históricos (Tróia). Dentro dessa lista “Poseidon” pode ser considerada uma de suas obras mais fracas, derivativas e sem novidades. Particularmente não gosto de remakes pois eles soam sempre como caça-níqueis oportunistas sem qualquer razão de ser. Esse é mais um filme que se enquadra nessa categoria. Só vale mesmo pelos efeitos digitais mas esses também acabam cansando após certo tempo. Assim o melhor mesmo é assistir ao filme original que pode estar datado e ultrapassado mas que certamente mantém o charme dos filmes da década de 70.

Poseidon (Poseidon, Estados Unidos, 2006) Direção: Wolfgang Petersen / Roteiro: Paul Attanasio, Akiva Goldsman, Shirow Masamune, Mark Protosevich baseados no filme “O Destino do Poseidon” / Elenco: Josh Lucas, Kurt Russell, Jacinda Barrett, Richard Dreyfuss, Jimmy Bennett, Emmy Rossum, Mike Vogel, Mía Maestro, Andre Braugher, Kevin Dillon, Freddy Rodríguez / Sinopse: Onda gigantesca vira o navio Poseidon de cabeça para baixo. Agora os passageiros lutarão para saírem vivos daquela situação terrível.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Tocaia

Na década de 80 a Touchstone Pictures se tornou o braço adulto do império Disney. As produções dessa companhia, embora feitas para o público acima dos 16 anos,  ainda eram leves, divertidas e realizadas para toda a família. Nada de palavrão, nem de situações ofensivas. Tudo era light e soft. Dentro do selo vários atores fizeram bastante sucesso como os dois protagonistas desse delicioso policial com várias pitadas de comédia. Estamos falando da dupla Emilio Estevez e Richard Dreyfuss. Esse tipo de roteiro que explorava a diferença de personalidade entre dois policiais já não era nenhuma novidade na época (basta lembrar de “Máquina Mortífera”) mas a boa química entre esses atores garantiram uma ótima diversão. Na deliciosa trama acompanhamos dois tiras, Chris (Richard Dreyfuss) e Bill (Emilio Estevez), que recebem a missão de vigiar a casa onde mora Maria (Madeleine Stowe), ex-namorada de um criminoso foragido da lei. A chamada tocaia é sempre uma operação de muita paciência e espera e aqui a dupla passa por vários apuros para transformar sua missão em um sucesso. Escondidos na casa em frente e armados com potentes equipamentos de espionagem eles esperam... esperam... e esperam um pouco mais. Tudo em nome da possibilidade de colocar as mãos no criminoso.

Como sempre acontece nesse tipo de filme temos no roteiro dois policiais com personalidades bem opostas. Bill (Estevez), o tira mais jovem, é quadrado, certinho e procura seguir todos os procedimentos e protocolos de sua corporação policial. Já o veterano Chris (Dreyfuss) é o extremo oposto disso. Fanfarrão e pouco avesso a seguir as normas ao pé da letra ele acaba fazendo o impensável ao se relacionar com a mulher que está vigiando. Isso obviamente vai contra todas as regras da polícia. O que poderia se tornar bem cansativo – assistir a uma dupla de policiais em tocaia – logo se torna uma ótima diversão justamente por causa das atitudes fora dos padrões de Chris. “Tocaia” é aquele tipo de filme que você não cria maiores expectativas mas acaba gostando muito por causa do roteiro bem escrito e das situações bem armadas e desenvolvidas. Os atores em cena também ajudam muito. Dreyfuss é ótimo para interpretar personagens assim, a do cara mais velho e nada responsável ou maduro. Idem para Estevez (filho de Martin Sheen e irmão de Charlie Sheen) que faz o tira nerd e careta. Do choque entre eles teremos as melhores cenas do filme. O resultado é dos mais simpáticos e agradáveis e isso tudo se reverteu na excelente bilheteria – que daria origem a uma continuação bem inferior e sem idéias novas. De qualquer forma se você quiser conhecer um policial divertido e bem humorado da década de 80 procure por “Tocaia”, uma produção que diverte bastante e mostra que nem só de “Um Tira da Pesada” vivia o gênero naqueles anos.

Tocaia (Stakeout, Estados Unidos, 1987) Direção: John Badham / Roteiro: Jim Kouf / Elenco: Richard Dreyfuss, Emílio Estevez, Madeleine Stowe, Aidan Quinn, Dan Lauria, Forest Whitaker, Earl Billings./ Sinopse: Dois policiais, um jovem e um veterano, ficam de tocaia na frente da casa de uma ex-namorada de um fugitivo perigoso procurado pelo FBI. O que começa como uma simples operação de rotina acaba virando um caos após um dos tiras decidir, de forma irresponsável, se envolver com a mulher que é justamente o foco de sua investigação.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

W.

Nessa minha longa caminhada como cinéfilo algumas situações realmente me incomodam. Uma das piores coisas acontece quando algum diretor decide transformar o cinema, essa arte tão nobre, em mero palanque eleitoral. Não que o cinema deva se afastar da política, absolutamente não, a política é algo inerente a todos os seres humanos mas fazer de um filme um grande horário eleitoral é lamentável. Um dos maiores exemplos que já vi em minha vida foi esse "W." que supostamente deveria ser um retrato de um dos Presidentes americanos mais controversos:da história, George W. Bush. Desde a primeira cena descobrimos que tudo não passa de um veículo de ridicularização do biografado. Na tela ele surge como um perfeito idiota, quase um inepto, um debiloide. O roteiro vira uma arma contra Bush e o coloca em situações ridículas, absurdas. Eu não gosto de George W. Bush e nem da linha de seu Partido, o Republicano, mas nem por isso acho honesto transformar um filme inteiro numa campanha de ridicularização em plena campanha eleitoral para a Casa Branca. Soa desonesto, fora de propósito. Se fosse resumir o que penso diria que "W." é um produto mal intencionado, desonesto. Há cenas de pura ficção que jamais aconteceram na vida real. Além disso criaram um complicado relacionamento entre pai e filho que destoa dos fatos reais.

Achei tudo muito exagerado e muito parcial também. O presidente George W Bush é retratado como um perfeito idiota, coisa que ele não deve ser uma vez que conseguiu ser presidente dos EUA duas vezes! É a tal coisa, o filme todo soa como propaganda política - é como se um petista dirigisse um filme sobre o FHC! Espero que um dia esse presidente seja retratado no cinema com mais imparcialidade e isso certamente só acontecerá daqui algumas décadas. Não existe nada mais equivocado do que realizar um cinebiografia sobre um político ainda no calor dos acontecimentos. E o roteiro também esquece de analisar tudo sob um contexto histórico. As invasões promovidas por Bush são um exemplo. Bush aqui surge como o vilão absoluto disso no filme mas os roteiristas esqueceram de deixar claro ao espectador que tudo aconteceu com enorme apoio popular. Bush certamente não era Hitler e os EUA são uma democracia e não o Terceiro Reich. Se ocorreram guerras foi porque elas foram apoiadas pelo povo americano. Simples assim.

Bush é bastante condenado pelas invasões do Iraque e Afeganistão mas eu penso que qualquer outro presidente (mesmo que fosse democrata) faria a mesma coisa. Nunca é demais lembrar que as duas invasões foram apoiadas em peso pela opinião pública americana na época! O que acontece é que o povo americano é sempre assim. Na hora do ataque eles querem a guerra mas depois conforme a guerra vai acontecendo eles mudam de idéia (principalmente quando os militares voltam para casa em caixões). Foi assim na Guerra do Vietnã e será assim em todas as guerras que esse povo se envolver.  Isso mesmo. Se o Obama fosse presidente naquele período histórico ele também teria invadido esses países. O 11 de setembro mexeu muito com a cabeça dos americanos - não foi apenas o Bush que quis invadir aqueles países, foi o povo americano que quis. Há um Congresso e uma democracia no contexto desses eventos históricos. Fazia parte do sentimento da nação revidar os terríveis atentados de 11 de Setembro. Fazer de George W. Bush o único vilão é absurdo. Aliás nem há vilões aqui mas sim decisões de política internacional, nada mais. Agora, os efeitos que isso causou (crise na economia, estagnação e endividamento), aí já é outra história. Então Oliver Stone deveria ter sido mais honesto com seu público e não sair tentando manipular eventos históricos tão claros como fez. Quando for fazer seu próximo filme político, Sr. Stone, mostre a verdade, apenas a verdade dos fatos. Enfim, por essas razões não recomendo "W." a não ser que você queira assistir a um "Horário Eleitoral Gratuito" ao estilo ianque.

W. (W., Estados Unidos, 2008) Direção: Oliver Stone / Roteiro: Stanley Weiser / Elenco: Josh Brolin, Elizabeth Banks, Ioan Gruffuddd, Thandie Newton, Ellen Burstyn, Jeffrey Wright, Richard Dreyfuss, James Cromwell, Scott Glenn, Jesse Bradford, Noah Wyle, Jason Ritter / Sinopse: O filme mostra, sempre em tom pejorativo, aspectos da biografia de George W. Bush, 43º presidente dos Estados Unidos

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Tubarão

Quando Steven Spielberg dirigiu Tubarão em 1975 ele era apenas um jovem diretor com muitas idéias na cabeça e pouca confiança do estúdio em lhe dar um orçamento generoso. Para falar a verdade os executivos da Universal não levavam muita fé na produção. Seu roteiro lembrava em muito as produções de monstros da década de 50 e ninguém poderia realmente prever o sucesso que o filme alcançaria. O interessante é que o Tubarão era uma engenhoca grande e sem jeito que sempre pifava nas filmagens. Sem poder contar com aquele ferro velho Spielberg resolveu ser criativo e usou e abusou da chamada câmara subjetiva. Já que o público não veria o monstro então que tivessem a sensação de estar vendo o que a criatura via. Com isso o filme ganhou muito em suspense e tensão. Além disso a música tema escrita pelo sempre talentoso John Williams virou ícone, sendo sempre muito lembrada até nos dias de hoje. O elenco era liderado por dois atores considerados de segundo escalão, Roy Scheider e Richard Dreyfuss. Houve uma certa tensão entre elenco e diretor por causa das péssimas condições de trabalho durante as filmagens. Um dos barcos em que estavam afundou e vários membros correram risco.

Além disso a idéia de filmar em alto mar se revelou péssima pois a tonalidade do mar sempre mudava comprometendo a continuidade do filme, além de expor tudo aos humores do clima, ora chovendo, ora fazendo sol forte. Apenas a diplomacia e a camaradagem de Spielberg conseguiram evitar uma rebelião entre os envolvidos. Mesmo sendo caótica a produção do filme, o longa "Tubarão" logo caiu nas graças do público, virando rapidamente um fenômeno de bilheteria. A empolgação levou a crítica junto e "Jaws" conseguiu um feito e tanto conquistado três prêmios Oscar nas categorias Edição, Trilha Sonora e Som (todos merecidos). E por uma surpresa geral também foi indicado ao Oscar de melhor filme, feito raro para um filme com essa temática. Visto hoje em dia "Tubarão" se revela bem datado. A consciência ecológica desmontou seu argumento pois todos sabem atualmente que as verdadeiras vítimas são os tubarões e não os seres humanos, esses os verdadeiros predadores. O filme de Spielberg também ostenta uma curiosidade interessante pois foi o primeiro filme a ganhar o título de Blockbuster dado pela imprensa americana. No final das contas vale pelo menos uma revisão. E por favor esqueça suas continuações, todas ruins e mercenárias. O original é o único que merece ainda ser redescoberto.

Tubarão (Jaws, Estados Unidos, 1975) Direção: Steven Spielberg / Roteiro: Peter Benchley, Carl Gottlieb baseados na novela de Peter Benchley / Elenco: Roy Scheider, Robert Shaw, Richard Dreyfuss, Lorraine Gary, Murray Hamilton. / Sinopse: Tubarão assassino faz várias vítimas em uma pequena cidade litorânea da costa dos Estados Unidos. 

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Red - Aposentados e Perigosos

Título no Brasil: Red - Aposentados e Perigosos
Título Original: Red
Ano de Produção: 2010
País: Estados Unidos
Estúdio: Summit Entertainment
Direção: Robert Schwentke
Roteiro: Jon Hoeber, Erich Hoeber
Elenco: Bruce Willis, Helen Mirren, Morgan Freeman, John Malkovich, Richard Dreyfuss
 
Sinopse:
Frank Moses (Bruce Willis) é um agente aposentado da CIA. Ele vive de uma pensão paga pelo governo dos Estados Unidos. Sua vidinha suburbana muda completamente quando descobre estar sendo alvo de uma teia de conspirações de sua antiga agência. Para sobreviver recorre aos seus antigos colegas de trabalho, os agentes aposentados Joe (Morgan Freeman), Marvin (John Malkovich) e Victoria (Helen Mirren).

Comentários:
Sinceramente falando "Red - Aposentados e Perigosos" é uma abobrinha daquelas, um besteirol que tenta conciliar comédia, filmes de espionagem e ação desenfreada (bem caricatural, é bom frisar). Tenta ser muitas coisas ao mesmo tempo mas no final não se sai bem em nada. O tiro saiu pela culatra. Complicado entender como um elenco tão interessante, formado por pessoas talentosas (como Helen Mirren e Morgan Freeman), aceitou embarcar em algo assim, um filme cujo roteiro é primário. Veteranos das telas, parecem apenas brincar em cena, nunca se levando à sério. Não teria sido melhor reunir tantos bons atores em um roteiro menos bobo? "Red" só funciona se você estiver em sintonia com seu estilo mais básico de filmes de ação, caso contrário pode se tornar um grande aborrecimento. Bruce Willis vai seguindo sua sucessão de filmes rasos e ruins. O ator já está nessa há pelo menos uma década. Sem renovação, Willis está estagnado há anos, totalmente parado no tempo. Não participa de nada mais que seja relevante ou de importância. Seus personagens hoje em dia são meras caricaturas de seus papéis do passado onde ainda conseguia chamar alguma atenção. O pior é que aqui ele está bem acompanhado de um bom elenco, mas isso não faz diferença. Confesso que ver Helen Mirren, uma atriz desse nível, em cena usando uma metralhadora antiaérea me deixou constrangido. Uma profissional desse porte fazendo cenas horríveis como essa é realmente algo a se esquecer. Um disparate sem tamanho, com certeza. Outra questão: por que fizeram um filme tão longo assim? Não ensinaram a esse diretor que abobrinhas devem ser de curta duração? Pois é, parece que não. O filme tem um duração excessiva sem estória nenhuma a contar. Enfim, "Red - Aposentados e Perigosos" é como aquela piada sem graça que parece não acabar nunca. Um momento ruim na carreira de tantos atores bons.

Pablo Aluísio.