Depois daquela tragédia aqueles mesmos jovens eram então levados para o inferno do Vietnã. A linha de ligação entre os dois atos vinha na presença do praça Joker' Davis (Matthew Modine). Ele almeja ser correspondente de guerra, mas precisa também colocar a mão na massa no front, enfrentando todos os tipos de desafios, inclusive uma sniper vietcongue. Nesse segundo ato o diretor Kubrick coloca uma desesperança, um clima sórdido e até mesmo mesmo desesperador, investindo em uma fotografia escura, vermelha, como se estivesse fazendo uma alegoria com o sangue daqueles homens que seguem sendo abatidos como gado no matadouro. De todos os dramas de guerra que foram lançados nesse período, "Nascido Para Matar" foi um dos mais festejados. Um filme cru e áspero que não abria margem a concessões ou meias verdades. A intensidade de Kubrick fez toda a diferença do mundo. Brilhante.
Pablo Aluísio.
domingo, 29 de maio de 2016
Nascido Para Matar
Na segunda metade dos anos 80 houve todo um ciclo de filmes tratando sobre a Guerra do Vietnã. Além do premiado Platoon tivemos também outro grande filme sobre o tema: Nascido Para Matar. Dirigido pelo mestre Stanley Kubrick e baseado no livro de Gustav Hasford o filme era na verdade uma denúncia ao militarismo americano. O roteiro tinha dois atos básicos. O primeiro seria focado no treinamento de um grupo de fuzileiros militares (marines). Numa base militar um sargento durão (interpretado pelo ótimo R. Lee Ermey) levava seus homens ao limite, até o momento em que um deles perdia completamente o controle, indo para as raias da loucura e da insanidade. É interessante essa parte inicial do filme pois explorava como os militares procuravam suprimir completamente as individualidades e a personalidade de cada soldado. Uma maneira de transformá-los em máquinas de guerra, sem remorso, consciência ou senso crítico.
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Avaliação:
ResponderExcluirDireção: ★★★★
Elenco: ★★★★
Produção: ★★★
Roteiro: ★★★★
Cotação Geral: ★★★★
Nota Geral: 8.8
Cotações:
★★★★★ Excelente
★★★★ Muito Bom
★★★ Bom
★★ Regular
★ Ruim
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ResponderExcluirComo li em uma resenha, a cena mais humana deste filme é aquela em que a prostituta vietnamita fica como medo do tamanho que órgão sexual do soldado negro americano pudesse ter.
ResponderExcluirA Guerra do Vietnã foi brutal em todos os aspectos, inclusive nisso.
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