sábado, 21 de maio de 2016

Os Homens que Pisaram na Cauda do Tigre

Título no Brasil: Os Homens que Pisaram na Cauda do Tigre
Título Original: Tora no o wo fumu otokotachi
Ano de Produção: 1945
País: Japão
Estúdio: Toho Company
Direção: Akira Kurosawa
Roteiro: Akira Kurosawa
Elenco: Denjirô Ôkôchi, Susumu Fujita, Ken'ichi Enomoto

Sinopse:
No Japão feudal do século XII, dois clãs familiares lutam entre si. O clã samurai Heike luta para dominar as vastas terras dos guerreiros Minamotos. Após uma sangrenta batalha o general Yoshitsune Yoritomo volta para seu lar em Kyoto mas descobre que seu irmão, o Shogun Yoritomo, está traindo seu próprio clã. Após escapar de uma emboscada ele consegue fugir com seis de seus mais leais samurais ao se disfarçarem de monges. Agora terão que lutar por suas próprias vidas ao mesmo tempo em que tramam a queda do traidor de sua própria casa. 

Comentários:
"Os Homens que Pisaram na Cauda do Tigre" foi realizado em um dos períodos históricos mais terríveis da história do Japão. Nesse mesmo ano de 1945 duas cidades japonesas, Hiroshima e Nagasaki, foram varridas do mapa por duas bombas nucleares jogadas por aviões americanos, selando dessa forma o fim da Segunda Guerra Mundial. A sociedade japonesa assim passaria por transformações que a moldariam para o que se tornou  hoje em dia. Velhas tradições seriam substituídas pela tecnologia e pela cultura americana. O inimigo e sua invasão cultural mudariam os gostos e padrões dos japoneses para sempre. Akira Kurosawa porém procurava resgatar parte dessa tradição cultural. O filme é uma adaptação de uma peça teatral milenar, que sempre fez parte do folclore do Japão. Seu trabalho é realmente fantástico, mesmo sob o olhar atual. Kurosawa explora as tradições e valores ancestrais mas de uma forma atrativa, sem se tornar chato ou pretensioso. Embora tenha sido apenas seu quarto filme - e o primeiro a chegar ao Brasil - ele já dava muitos sinais de seu grande talento como cineasta e humanista. Uma obra que já antecede o gênio que iria se revelar nos anos seguintes.

Pablo Aluísio.

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