A dupla central de atores está excepcionalmente bem. Jake Gyllenhaal, por exemplo, tem a melhor atuação de sua carreira. Já Heath Ledger está novamente excepcional. Seu personagem tenta ser mais honesto com si mesmo do que seu companheiro mas novamente sucumbe ao conservadorismo extremo do lugar onde vive. O diretor Ang Lee comanda o filme sem pressa, sem atropelamentos. As situações surgem em seu devido tempo, tudo para mostrar o relacionamento ora conturbado, ora feliz, dos jovens amantes. Seu sensível trabalho lhe valeu o Oscar de melhor diretor daquele ano, o que foi mais do que merecido. Ledger e Gyllenhaal também concorreram ao Oscar mas não levaram. A sempre sisuda Academia certamente pensou que ainda não seria o momento para premiar atores de personagens tão controversos como aqueles. No final das contas o filme se tornou sucesso de público e crítica. Também não podemos ignorar o fato de que filmes como esses também ajudam aos grupos GLS em sua luta contra o preconceito. É uma obra que abre caminhos e fortalece o respeito que todos devem ter pelo próximo, independente de sua opção sexual. Assim a grande mensagem do filme é a seguinte: viva a sua vida da melhor forma possível, de acordo com o seu modo de pensar. Nunca deixe de viver apenas porque tem receio do que as outras pessoas vão pensar de você. Seja feliz e ignore todo o resto.
O Segredo de Brokeback Mountain (Brokeback Mountain, Estados Unidos, Canadá, 2005) Direção: Ang Lee / Roteiro: Diana Ossana, Larry McMurtry / Elenco: Heath Ledger, Jake Gyllenhaal, Michelle Williams, Anne Hathaway, Anna Faris / Sinopse: O filme acompanha o longo e turbulento relacionamento entre dois homens em uma das regiões mais conservadoras dos Estados Unidos. Vivendo vidas de fachada ambos acabam se tornando infelizes e incompletos em suas vidas afetivas.
Pablo Aluísio.
O Segredo de Brokeback Mountain
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