Acabei
de assistir. Foi o último dos dez indicados ao Oscar de melhor filme
que faltava ver. Vou ser sincero, deixei esse por último por 3 razões:
não gosto do Christian Bale, nunca vi uma atuação do Mark Wahlberg que
valesse a pena e por último achava que o tema "boxeador na sarjeta" já
estava esgotado. Pois bem, me enganei três vezes. O fato de não gostar
do Bale não me impede de dizer que essa foi uma das grandes atuações
que já assisti nos últimos anos. O Bale simplesmente desaparece em seu
papel de Dicky Eklund. É um trabalho belíssimo de imersão no
personagem. A grande atuação é justamente essa, quando esquecemos do
ator em cena e só focalizamos no que é mostrado no filme. Bale some em
sua atuação e por isso brilha. Não vemos mais Bale nas cenas e sim
Dicky. Brilhante seu trabalho.
A atuação do Mark Wahlberg não me chamou muito atenção, mas pelo menos aqui ele não compromete, o que já é um ponto muito positivo. Em um filme com esse tipo de atuação com Bale ele realmente não poderia se destacar, seria algo impensado. Por fim gostei do argumento e do roteiro, que tenta fugir o máximo possível do estigma de filmes sobre lutadores de boxes. Claro que muitas coisas que já vimos em vários outros roteiros ainda estão lá (como o fracasso e a redenção numa luta gloriosa, por exemplo) mas isso não tira o brilho do filme já que o diretor foi inteligente o bastante para focar principalmente nos problemas familiares dos personagens. Enfim, é um filme muito bom e em tempos de dez indicados ao Oscar merece seu lugar no páreo, embora suas chances de levar o prêmio máximo fossem realmente pequenas.
A atuação do Mark Wahlberg não me chamou muito atenção, mas pelo menos aqui ele não compromete, o que já é um ponto muito positivo. Em um filme com esse tipo de atuação com Bale ele realmente não poderia se destacar, seria algo impensado. Por fim gostei do argumento e do roteiro, que tenta fugir o máximo possível do estigma de filmes sobre lutadores de boxes. Claro que muitas coisas que já vimos em vários outros roteiros ainda estão lá (como o fracasso e a redenção numa luta gloriosa, por exemplo) mas isso não tira o brilho do filme já que o diretor foi inteligente o bastante para focar principalmente nos problemas familiares dos personagens. Enfim, é um filme muito bom e em tempos de dez indicados ao Oscar merece seu lugar no páreo, embora suas chances de levar o prêmio máximo fossem realmente pequenas.
O Vencedor (The Fighter, Estados Unidos, 2010) Direção: David O. Russell / Roteiro: Scott Silver, Paul Tamasy, Eric Johnson / Elenco: Christian Bale, Mark Wahlberg, Amy Adams, Melissa Leo, Robert Wahlberg, Dendrie Taylor, Jack McGee, Jenna Lamia, Salvatore Santone, Chanty Sok, Bianca Hunter, Sean Patrick Doherty, James Shalkoski Jr., Barry Ace, Caitlin Dwyer, Jeremiah Kissel./ Sinopse: A vida de um lutador de boxe que tenta vencer na vida e nos ringues.
Pablo Aluísio.
Pablo Aluísio.
Pablo:
ResponderExcluirVocê disse:
"A grande atuação é justamente essa, quando esquecemos do ator em cena e só focalizamos no que é mostrado no filme. Bale some em sua atuação e por isso brilha. Não vemos mais Bale nas cenas e sim Dicky. Brilhante seu trabalho."
É justamente isso que não vejo na interpretação do Marlon Brando; por isso, hoje, o acho um ator superestimado.
É um interessante ponto de vista. Nem sempre Marlon Brando foi genial, em alguns filmes realmente se limitou a preguiçosamente repetir maneirismos pessoais, cacoetes de seu modo de ser. Mas quando atuava bem, com seriedade, era realmente um gênio na atuação.
ResponderExcluirAbraços,
Pablo Aluísio.