Seguramente Errol Flynn foi um dos mais populares atores do cinema americano. Dono de um bom visual, ideal para filmes de aventura do tipo capa e espada, Flynn se tornou o produto ideal segundo as próprias palavras do chefão Jack Warner do famoso estúdio Warner Bros. Se nas telas e nas bilheterias ele arrasava, longe dos sets de filmagens a coisa complicava. O problema era segurar Flynn fora das telas. Dono de uma personalidade muito forte e ao mesmo tempo volátil, o galã foi um dos que mais trouxeram trabalho para o departamento de publicidade dos estúdios, sempre tentando apagar algum incêndio em sua vida pessoal, seja em escândalos relacionados a mulheres, sexo e drogas, seja em relação aos seus complicados posicionamentos políticos.
Aos que viviam ao seu redor Flynn jamais escondeu sua intensa admiração ao regime nazista de Adolf Hitler. O galã de Hollywood acreditava que povos culturalmente desenvolvidos, como os alemães, tinham que manter sua pureza étnica, evitando perder seu valioso arianismo ao se misturar com outras raças. Sim, ele acreditava em todas aquelas teorias de raças superiores que se tornaram a base teórica fundamental do pensamento nazista. Flynn também acreditava que apenas regimes fortes conseguiam levar uma grande nação em frente. A democracia só resolvia parte do problema, mas não conseguia superar os problemas complexos que iam surgindo dentro de uma sociedade. Essa sua visão de mundo também determinava tudo o que ele pensava sobre judeus em geral. Todos esses fatos que hoje em dia podem chocar seus fãs foram levantados pelo escritor Charles Higham que escreveu uma das mais completas biografias de Flynn intitulada "Errol Flynn: The Untold Story".
Para entender como Errol Flynn desenvolveu esse tipo de pensamento o autor procurou saber quando o astro do cinema americano tomou contato pela primeira vez com os ideais nazistas. Segundo seus levantamentos tudo aconteceu durante a Guerra Civl Espanhola. Errol Flynn, que era australiano de nascimento, resolveu apoiar grupos que combatiam o General Franco. Nesse processo conheceu vários socialistas alemães que também lutavam na Espanha. Assim acabou se aproximando também dos nacionais socialistas (nazistas) que curiosamente transformaram a Espanha de Franco em um campo de testes para suas novas armas de guerra que acabariam sendo usadas de forma intensa durante a II Guerra Mundial.
Com tantos jogos de interesse no ar, Flynn acabou conhecendo o pensamento de Hitler em seu livro "Minha Luta" e se apaixonou por sua causa. Segundo o escritor Charles Higham ele se tornou espião nazista durante o conflito justamente por isso e foi mais além, conseguindo se encontrar pessoalmente com o próprio Hitler durante uma visita à Alemanha. Talvez sua origem australiana explique sua inclinação em favor da Alemanha já que essa lutava contra a Inglaterra naquele momento e Flynn não escondia de absolutamente ninguém que odiava os ingleses (os colonizadores da Austrália). O grande elo de ligação de Flynn com o III Reich foi construído através de contatos com o médico austríaco Hermann Erben que também era agente nazista. Flynn enviava todas as informações coletadas a ele e esse repassava tudo para a temida Gestapo, a polícia secreta de Hitler.
Depois que os Estados Unidos entraram na Guerra a situação de Errol Flynn ficou muito delicada e ele procurou esconder nas sombras esse passado terrível que poderia destruir sua carreira em Hollywood. Foi uma situação muito complicada de se camuflar porque agências de inteligência do governo americano começaram a seguir os passos de Flynn que pressionado rompeu todo tipo de ligação com a Alemanha a partir de 1944 quando a guerra finalmente começava a pender em prol dos aliados dos Estados Unidos. Também pesava contra Flynn o fato de que a grande maioria dos estúdios de Hollywood pertenciam a judeus, algo que iria se virar fortemente contra ele caso tudo fosse revelado. No fim Errol Flynn conseguiu esconder seus rastros de espionagem e sobreviveu à guerra. Até hoje pairam dúvidas de como conseguiu se livrar de um julgamento por traição. Só não conseguiu superar seu alcoolismo que encurtaria sua vida em vários anos. Também não deixou mesmo de admirar ditadores em geral, haja vista que acabou se tornando um dos grandes amigos de Fidel Castro e seu regime comunista em Cuba. Essa porém é uma outra história...
Pablo Aluísio.
Aos que viviam ao seu redor Flynn jamais escondeu sua intensa admiração ao regime nazista de Adolf Hitler. O galã de Hollywood acreditava que povos culturalmente desenvolvidos, como os alemães, tinham que manter sua pureza étnica, evitando perder seu valioso arianismo ao se misturar com outras raças. Sim, ele acreditava em todas aquelas teorias de raças superiores que se tornaram a base teórica fundamental do pensamento nazista. Flynn também acreditava que apenas regimes fortes conseguiam levar uma grande nação em frente. A democracia só resolvia parte do problema, mas não conseguia superar os problemas complexos que iam surgindo dentro de uma sociedade. Essa sua visão de mundo também determinava tudo o que ele pensava sobre judeus em geral. Todos esses fatos que hoje em dia podem chocar seus fãs foram levantados pelo escritor Charles Higham que escreveu uma das mais completas biografias de Flynn intitulada "Errol Flynn: The Untold Story".
Para entender como Errol Flynn desenvolveu esse tipo de pensamento o autor procurou saber quando o astro do cinema americano tomou contato pela primeira vez com os ideais nazistas. Segundo seus levantamentos tudo aconteceu durante a Guerra Civl Espanhola. Errol Flynn, que era australiano de nascimento, resolveu apoiar grupos que combatiam o General Franco. Nesse processo conheceu vários socialistas alemães que também lutavam na Espanha. Assim acabou se aproximando também dos nacionais socialistas (nazistas) que curiosamente transformaram a Espanha de Franco em um campo de testes para suas novas armas de guerra que acabariam sendo usadas de forma intensa durante a II Guerra Mundial.
Com tantos jogos de interesse no ar, Flynn acabou conhecendo o pensamento de Hitler em seu livro "Minha Luta" e se apaixonou por sua causa. Segundo o escritor Charles Higham ele se tornou espião nazista durante o conflito justamente por isso e foi mais além, conseguindo se encontrar pessoalmente com o próprio Hitler durante uma visita à Alemanha. Talvez sua origem australiana explique sua inclinação em favor da Alemanha já que essa lutava contra a Inglaterra naquele momento e Flynn não escondia de absolutamente ninguém que odiava os ingleses (os colonizadores da Austrália). O grande elo de ligação de Flynn com o III Reich foi construído através de contatos com o médico austríaco Hermann Erben que também era agente nazista. Flynn enviava todas as informações coletadas a ele e esse repassava tudo para a temida Gestapo, a polícia secreta de Hitler.
Depois que os Estados Unidos entraram na Guerra a situação de Errol Flynn ficou muito delicada e ele procurou esconder nas sombras esse passado terrível que poderia destruir sua carreira em Hollywood. Foi uma situação muito complicada de se camuflar porque agências de inteligência do governo americano começaram a seguir os passos de Flynn que pressionado rompeu todo tipo de ligação com a Alemanha a partir de 1944 quando a guerra finalmente começava a pender em prol dos aliados dos Estados Unidos. Também pesava contra Flynn o fato de que a grande maioria dos estúdios de Hollywood pertenciam a judeus, algo que iria se virar fortemente contra ele caso tudo fosse revelado. No fim Errol Flynn conseguiu esconder seus rastros de espionagem e sobreviveu à guerra. Até hoje pairam dúvidas de como conseguiu se livrar de um julgamento por traição. Só não conseguiu superar seu alcoolismo que encurtaria sua vida em vários anos. Também não deixou mesmo de admirar ditadores em geral, haja vista que acabou se tornando um dos grandes amigos de Fidel Castro e seu regime comunista em Cuba. Essa porém é uma outra história...
Pablo Aluísio.
Cinema Clássico
ResponderExcluirPablo Aluísio.