Título no Brasil: Joe é Muito Vivo
Título Original: Stay Away, Joe
Ano de Produção: 1968
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: Peter Tewksbury
Roteiro: Dan Cushman, Michael A. Hoey
Elenco: Elvis Presley, Burgess Meredith, Joan Blondell, Katy Jurado
Sinopse:
A vida é uma grande curtição para Joe Lightcloud (Elvis Presley). Jovem e extrovertido ele ganha a vida em campeonatos de rodeio pelo oeste americano. Mestiço com bastante orgulho de sua origem nativa, Joe retorna para a reserva na qual nasceu e foi criado para provar para amigos e familiares que também pode ter uma atitude mais madura, com responsabilidades. Mas será mesmo que o bom e velho Joe está disposto a cumprir todas as suas promessas?
Comentários:
"Stay Away, Joe" sempre foi considerado um dos piores filmes de Elvis Presley. Na realidade foi uma produção realizada a toque de caixa, quase sem estrutura nenhuma, com um orçamento pequeno (quase mínimo) que mal sequer tinha um roteiro pronto quando começaram as filmagens. O clima de bagunça e desorganização no set foi tamanho que o próprio Elvis passou várias vezes por cima do poder do diretor ao colocar seus próprios amigos da Máfia de Memphis em cenas que nem estavam no script original. Michael A. Hoey, o roteirista, lembrou anos depois que de repente Elvis se levantava de sua cadeira e dizia: "Vamos fazer uma cena de briga agora!" - só que tal cena sequer existia no roteiro do filme. Mesmo assim ela era filmada! Em suma, uma bagunça e anarquia completas. Isso é facilmente percebido no filme, cujo enredo é disperso e mal estruturado. Elvis canta aqui e acolá, mas sempre com aquele tipo de atitude de desinteresse completo. O clima é de pastelão ao estilo dos antigos filmes dos Três Patetas, mas sem a mesma graça que outras comédias do tipo. A qualidade da produção deixa tanto a desejar que a própria MGM estudou a possibilidade de tirar seu nome dos créditos, tamanha a falta de relevância artística da fita. A carreira do diretor Peter Tewksbury só não foi destruída completamente porque o próprio Elvis deu uma força a ele um ano depois para dirigir mais um de seus filmes, a comédia musical romântica "Lindas Encrencas: As Garotas". Provavelmente Elvis gostou da liberdade que ele dava durante as filmagens, algo impensável para um cineasta sério como Michael Curtiz, por exemplo. Pena que esse tipo de coisa não se revertia em boa qualidade no resultado final. Em termos gerais não há como escapar pois "Joe é Muito Vivo" realmente é bem ruim, mais fraco do que o que os demais filmes com Elvis Presley nessa mesma época, que inclusive passavam longe de serem considerados bons. Um desperdício completo.
Pablo Aluísio.
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