Título no Brasil: Canções e Confusões
Título Original: Double Trouble
Ano de Produção: 1967
País: Estados Unidos
Estúdio: MGM
Direção: Norman Taurog
Roteiro: Jo Heims, Marc Brandel
Elenco: Elvis Presley, Annette Day, John Williams
Sinopse:
Guy Lambert (Elvis Presley) é um cantor americano de rock que conhece a jovem Jill Conway (Annette Day) em um night club de Londres. Ambos acabam ficando apaixonados, mas há um problema: Jill tem apenas 17 anos! Além disso é uma rica herdeira cujo tio segue seus passos de perto. Sem querer se envolver em novas confusões Guy decide ir para a Bélgica, para se apresentar em uma boate local. Jill porém não desiste dele e resolve lhe seguir. Ao mesmo tempo uma dupla de contrabandistas coloca uma pequena fortuna em diamantes na mala de Guy sem que ele saiba, dando origem a muitos problemas, problemas em dobro!
Comentários:
Mais um filme B, de baixo orçamento, rodado por Elvis na Metro. O resultado infelizmente é bem decepcionante. O enredo se passa todo na Europa, mas ao invés dos produtores aproveitarem isso em seu favor acabaram economizando demais nos custos, fazendo com que o filme fosse todo rodado nos Estados Unidos, em cenários não muito convincentes, criando uma constrangedora sensação no espectador de que está assistindo a um filme pobre, sem maiores recursos. O roteiro pretende fazer humor o tempo todo, porém a imensa maioria das gags não apresentam a menor graça. Elvis chega a sentar em cima de uma bandeja com chá quente para arrancar algumas risadas, mas é tudo em vão. A atriz Annette Day, que contracena com ele, não tem charme, carisma ou talento. Uma jovem inglesa muito chatinha para ser bem sincero. Junte a tudo isso um monte de personagens caricatos, com cenas que mais parecem de uma comédia pastelão dos anos 1920 e você terá uma ideia do que vai encontrar pela frente. O próprio Elvis não parece muito convencido, atuando preguiçosamente, surgindo mais canastrão do que nunca na tela. Sua expressão de tédio fica clara em todos os momentos. O roteiro é primário e sem qualquer direção, com diálogos pobremente escritos e forçados. As sequências musicais não empolgam e demonstram que não foram ensaiadas devidamente como era de se esperar. As músicas não são boas e mesmo sendo curto (meros 90 minutos de duração) o filme dá bocejos em que se arrisca a assistir até o fim. "Double Trouble" assim se resume a mais um desperdício de Elvis em Hollywood. Um desperdício em dobro!
Pablo Aluísio.
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