Título no Brasil: Carrossel de Emoções
Título Original: Roustabout
Ano de Produção: 1964
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: John Rich
Roteiro: Anthony Lawrence, Allan Weiss
Elenco: Elvis Presley, Barbara Stanwyck, Joan Freeman
Sinopse:
Charlie Rogers (Elvis Presley) ganha a vida pelas estradas. Em cima de sua moto, com seu eterno companheiro, o violão, na garupa, ele rasga as longas distâncias, sempre arranjando um trabalho aqui, outro acolá. Bom motociclista geralmente se apresenta no famoso número do globo da morte. Sua sorte muda porém quando esbarra literalmente com o pai de Cathy Lean (Joan Freeman). Após sua moto ser danificada ele precisa parar alguns dias no parque de diversões da família de Cathy. Mal sabe ele que está prestes a mudar seu destino para sempre.
Comentários:
Muitos reclamam do excesso de sacarina de alguns musicais de Elvis nos anos 60. Tudo bem, na maiorias das vezes ele realmente interpretou almofadinhas durante essa década no cinema mas houve algumas exceções. Uma delas aconteceu justamente nesse filme. O personagem Charlie Rogers interpretado por Elvis não era um mauricinho mas um sujeito comum, com lampejos de motoqueiro rebelde, tentando ganhar a vida pelas estradas americanas. O título em inglês, Roustabout, traz justamente a expressão usada para designar esses andarilhos, jovens sem rumo que vagavam pelos Estados Unidos em busca de trabalho e oportunidades. Elvis surge em cena pilotando uma moto, com casaco negro - em uma imagem que nos remete imediatamente aos personagens durões do cinema rebelde dos anos 50. Certo que não chegamos ao ponto de ver um novo Johnny (o personagem de Brando em "O Selvagem") em cena mas o papel de Elvis tem sua dose de rebeldia e perigo. Foi uma clara tentativa dos roteiristas em trazer algum tipo de rebeldia para Elvis nos cinemas - já que a crítica vivia pegando em seu pé por isso. O filme tem seus momentos. Há um argumento válido, personagens secundários interessantes, um bom elenco de apoio que conta inclusive com a presença marcante da veterana Barbara Stanwyck e uma trilha sonora agradável, cheia de boas canções. Credito todos esses méritos ao fato de ser um filme da Paramount, com produção de Hal Wallis, que sempre trazia ao público algo digno, mantendo um padrão de qualidade bastante coeso. "Roustabout" é um prazer sem culpas e o último suspiro da rebeldia de Elvis Presley no mundo do cinema. Por isso é um filme que vale a pena ser prestigiado pelos fãs do cantor.
Pablo Aluísio.
Elvis Presley
ResponderExcluirPablo Aluísio