terça-feira, 6 de julho de 2021

V: A Batalha Final

Você já ouviu falar nos tais Reptilianos? Esqueça as aulas de biologia, não e disso do que estou tratando. Estou falando de uma raça de alienígenas que nos visitam de tempos em tempos. Nesse vasto mundo de muita fantasia que vive a Ufologia, esses seriam responsáveis por muitos desaparecimentos ao redor do mundo. Respeitando quem acredita nesse tipo de coisa, penso que esses tais aliens foram inspirados não em relatos verdadeiros, mas sim na cultura pop. E o "culpado" por tudo seria esse "V: A Batalha Final", minissérie lançada em 1984 que fez muito sucesso nos Estados Unidos e no Brasil, onde foi inicialmente exibida pela Rede Globo e depois por outros canais de TV aberta.

A história mostrava a chegada de aliens em nosso planeta. Inicialmente esses seres de outros mundos se mostravam os mais cordiais e educados que poderia se imaginar. Eles também apresentavam uma imagem de acordo com os próprios seres humanos. Os ETs masculinos eram bem vestidos, sempre com sorrisos nos rostos. As mulheres eram lindas, com penteados impecáveis, porém por baixo de tudo havia uma raça de seres reptilianos que estavam interessados mesmo nos recursos naturais de nosso planeta. E se para isso fosse necessário exterminar a raça humana, então que o plano fosse colocado em prática. "V: A Batalha Final" fez tanto sucesso que se pensou até mesmo em fazer um longa para o cinema. Só que infelizmente até os dias de hoje isso ainda não saiu do papel. Quem sabe um dia...

V: A Batalha Final (V: The Final Battle, Estados Unidos, 1984) Direção: Craig Buck, Diane Frolov / Roteiro: Kenneth Johnson / Elenco: Jane Badler, Michael Durrell, Robert Englund, Michael Ironside / Sinopse: Uma raça de aliens chega ao Planeta Terra. No começa se mostram como pessoas maravilhosas, bondosas, dispostas a ajudar toda a humanidade. Porém na verdade haveria interesses bem mais obscuros por trás de seus planos de dominação.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 5 de julho de 2021

Mulan

A Disney investiu mais de 100 milhões de dólares nesse filme. Era mais uma passo nessa estratégia do estúdio de fazer filmes com atores, em Live Action, de suas antigas animações. "Mulan", a animação, foi lançada há mais de 20 anos. Então era meio óbvio que esse iria se tornar o novo blockbuster do estúdio. Ainda mais pensando no sucesso que esse filme iria ter na China, atualmente se consolidando como o maior mercado cinematográfico do mundo. Só que os planos da Disney não contavam com a pandemia. Esse foi um dos filmes mais prejudicados por causa do vírus. A estreia foi adiada inúmeras vezes, até porque não haveria onde exibir o filme com os cinemas fechados. Com isso as pretensões de lucrar muito com essa produção foram por água abaixo.

E isso tudo é uma grande pena porque esse é um daqueles filmes bonitos de se assistir. A produção é classe A, com um design de produção de encher os olhos. Tudo muito luxuoso, dos figurinos aos cenários. A única coisa que conta contra é justamente o fato da história já ser bem conhecida por quem assistiu ao desenho original. É praticamente tudo igual, até mesmo com os mesmos diálogos, em determinadas cenas. As lutas abraçam a fantasia, com os guerreiros andando pelas paredes, desafiando as leis da gravidade. Porém isso é mesmo algo que depõe contra o filme? Acredito que não, afinal o enredo é uma lenda chinesa, com suas doses fartas de fantasia. Enfim, um belo filme que foi a nocaute por causa da pandemia. Só podemos lamentar.

Mulan (Mulan, Estados Unidos, China, 2020) Direção: Niki Caro / Roteiro: Rick Jaffa, Amanda Silver/ Elenco: Yifei Liu, Donnie Yen, Gong Li / Sinopse: Quando doze tribos de origem Mongol se unem para invadir a China Imperial, todas as famílias chinesas precisam enviar pelo menos um homem para a guerra. Na família de Mulan não existem filhos homens. Por isso ela se disfarça de guerreiro para ir para o campo de batalha, honrando assim seu pai, um veterano do exército. Filme indicado ao Oscar nas categorias de melhores efeitos especiais e melhor figurino.

Pablo Aluísio.

Anjos da Lei

Outra série de sucesso nas décadas de 80 e 90 foi "Anjos da Lei". Essa série foi exibida entre os anos de 1987 a 1991 e ficou célebre por contar em seu elenco com um jovem Johnny Depp. E isso tudo é muito curioso porque se formos recordar a carreira desse ator vamos perceber que ele começou como ídolo teen nessa série, depois largou tudo e foi para o cinema onde atuou numa série de filmes independentes, verdadeiros cult movies. Só depois, bem mais tarde, é que ele retornou para o lado mais comercial, em franquias de grande sucesso como "Piratas do Caribe".

De qualquer maneira "Anjos da Lei" foi certamente a série que o colocou em evidência pela primeira vez. Havia um excesso de modismos nessa série, com os atores esbanjando figurinos ditos da moda na época, mas nem isso atrapalhou seu bom resultado. Era uma tentativa (que deu certo) onde se unia a fórmula das séries populares do estilo policial com os roteiros de séries juvenis. Atirando para dois públicos, a audiência correspondeu e a série fez um belo sucesso.

Anjos da Lei (21 Jump Street, Estados Unidos, 1987 - 1991) Direção: Kim Manners, Bill Corcoran, entre outros / Roteiro: Stephen J. Cannell, Patrick Hasburgh, entre outros / Elenco: Johnny Depp, Dustin Nguyen, Peter DeLuise / Sinopse: Grupo de jovens policiais se infiltram nas escolas de Los Angeles para prender traficantes de drogas, além de investigar outros tipos de crimes entre os estudantes.

Pablo Aluísio.

domingo, 4 de julho de 2021

Barrados no Baile

A série jovem mais popular e bem sucedida dos anos 90 foi sem dúvida "Beverly Hills, 90210", que aliás ganhou um título nacional cafona e fora de moda, já naqueles tempos, baseado numa música do Eduardo Dusek. Campeão de audiência nos Estados Unidos (e também no Brasil) esse foi um típico caso de série que acabou sendo vítima de seu próprio sucesso. O elenco de atores jovens pulou do anonimato completo para a fama praticamente da noite para o dia. Isso causou muitos problemas. Algumas das atrizes como Shannen Doherty começaram a causar rivalidades e brigas dentro do elenco, com crises de estrelismos e isso era tudo o que o veterano produtor Aaron Spelling não queria naquela altura de sua vida. Passou a demitir os que causavam brigas demais.

Mesmo com tantos atritos de bastidores a série conseguiu ter uma longa vida no ar. No total foram dez anos de exibição, quase 300 episódios divididos em 10 temporadas exibidas entre os anos de 1990 a 2000. O interessante é que no final, como era de se esperar, não havia mais histórias para contar, tudo já havia se esgotado e os atores que começaram como adolescentes já tinham se tornado adultos. O mais velho da turma, o "James Dean"  Luke Perry que começou a série com um vistoso topete ficou careca e aí não dava mesmo para continuar. Ainda assim, mesmo virando uma paródia de si mesmo, no final das contas o saldo foi positivo. Foi uma boa série juvenil, que inclusive gerou outras que tentavam seguir seus passos, mas sem alcançar o mesmo sucesso.

Barrados no Baile (Beverly Hills, 90210, Estados Unidos, 1990 - 2000) Direção: Daniel Attias, Chip Chalmer, entre outros / Roteiro: Darren Star, entre outros / Elenco: Jason Priestley, Shannen Doherty, Luke Perry, Jennie Garth, Ian Ziering, Brian Austin Green, Tori Spelling, Tiffani Thiessen / Sinopse: Dois irmãos que cresceram em um estado americano do frio norte do país se mudam para a ensolarada Califórnia, onde passam a conviver com uma nova turma de amigos da escola.

Pablo Aluísio.

Carro Comando

Quando a série original "Jornada nas Estrelas" chegou ao final muitos pensaram que o ator William Shatner jamais iria fazer outro programa de televisão. Que ele iria manter um certo status por ter sido o capitão Kirk. Mas que nada, assim que pintou uma oportunidade o canastrão Shatner aceitou sem nem pensar duas vezes a chance de atuar em outra série. Essa mentalidade de "guardar uma certa imagem" era puro romantismo de fãs de Star Trek. Shatner sabia que não podia contar apenas com os filmes para o cinema. Ele tinha que ir atrás de outros trabalhos, claro que sim!

E assim chegamos nessa série "Carro Comando" que por anos foi exibida pelo canal aberto brasileiro SBT. Não havia nada de muito especial nessa série policial, de maneira em geral seguia bem a fórmula das séries americanas mais convencionais, que por aqui no Brasil ganhou o apelido de "enlatados Made in USA". De bom mesmo havia a bela presença da atriz Heather Locklear que era tão bonita que parecia uma boneca Barbie. Imagine se uma beldade dessas iria convencer como uma policial de rua? Claro que não! Entretanto isso também fazia parte desse charme de séries americanas. O surreal também era um ingrediente nesse bolo.

Carro Comando (T.J. Hooker, Estados Unidos 1982 - 1986) Direção: Rick Husky, entre vários outros diretores / Roteiro: Rick Husky, entre vários outros roteiristas / Elenco: William Shatner,  Heather Locklear, Adrian Zmed / Sinopse: A série "Carro Comando" contava a história de um grupo de policiais trabalhando nas ruas de Los Angeles durante a década de 1980.

Pablo Aluísio.

sábado, 3 de julho de 2021

As Montanhas da Lua

Título no Brasil: As Montanhas da Lua
Título Original: Mountains of the Moon
Ano de Produção: 1990
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: Carolco Pictures
Direção: Bob Rafelson
Roteiro: Bob Rafelson
Elenco: Patrick Bergin, Iain Glen, Richard E. Grant, Fiona Shaw, John Savident, Peter Vaughan

Sinopse:
Com roteiro baseado no livro "Burton and Speke" de William Harrison, o filme conta a história real do explorador e aventureiro Sir Richard Francis Burton que liderou uma tumultuada expedição na África. Seu objetivo era encontrar os segredos do Rio Nilo. Filme premiado pelo Evening Standard British Film Awards.

Comentários:
Richard Burton (não vá confundir com o famoso ator) foi um verdadeiro Indiana Jones do mundo real. Ele passou praticamente toda a sua vida desvendando segredos dos lugares mais selvagens e inóspitos da Terra. Inclusive chegou a vir ao Brasil, onde se aventurou pela selva Amazônica. Esse filme porém conta outra história, não menos importante, quando ele começou a seguir o curso do Rio Nilo em busca de sua nascente. A expedição foi uma das maiores aventuras de sua vida. No calor escaldante do deserto ele e os membros da sua equipe enfrentaram doenças, atentados, violência e tudo o mais que você possa imaginar. Ele não era um sujeito fácil e apesar de ser um verdadeiro Lord inglês (inclusive com direito a usar o título de "Sir") não se acovardava diante das piores situações. Com uma vida tão rica em histórias era de se esperar mesmo que algumas delas se tornassem bons filmes. Esse aqui considero o melhor já feito sobre Richard Burton. Tem excelente fotografia, roteiro e reconstituição de época. O ator Patrick Bergin inclusive incorporou brilhantemente o personagem histórico. Assim se você aprecia esse tipo de história, poucos filmes vão ser tão bons como esse. Está mais do que recomendado.

Pablo Aluísio.

Tina

Você conhece Anna Mae Bullock? Provavelmente pelo nome não. Ainda garota foi abandonada pela mãe que foi embora com sua irmã mais velha para morar em St Louis, enquanto ela continuava a viver numa pequena casa no interior do Tennessee com a avó. Passam-se os anos, ela fica cada vez mais interessada em cantar bem no coral da igreja e com a morte de sua avó finalmente ruma em direção à cidade grande. Já era uma adolescente quando resolveu ir no show de Ike Turner (Laurence Fishburne), naquela época já um líder de uma banda prestigiada na região. Numa noite de microfone aberto acabou surpreendendo Ike com seu grande talento vocal. O cantor e compositor viu futuro naquela voz e resolveu investir nela. Da noite para o dia Anna Mae Bullock virou Tina Turner e o resto é história. Ao lado do agora marido Ike, Tina emplacou vários sucessos nas paradas. Dona de uma performance enérgica, com muita coreografia de palco e voz poderosa Tina logo se tornou uma artista de ponta dentro do cenário musical da época.

O problema é que Ike não era uma pessoa fácil de se viver. Irascível, violento e viciado em cocaína ele frequentemente espancava a esposa com violência extrema. Após anos de abuso ela finalmente resolve retomar os rumos de sua própria vida, se lançando numa carreira solo de muito sucesso. A sua terrível vida conjugal virou livro, escrito pela própria Tina e depois foi adaptada para o cinema nessa cinebiografia muito bem realizada contando sua trajetória rumo ao sucesso e sua complicada relação com o terrível Ike Turner, aqui em excelente e inspirada atuação de Laurence Fishburne. Gosto muito do título original dessa produção, "What's Love Got to Do with It”, não apenas o nome de uma das mais conhecidas músicas de Tina mas também uma pergunta muito relevante sobre tudo o que aconteceu entre ela e Ike. A cantora é interpretada com garra pela atriz Angela Bassett, que consegue fazer muito bem a transição de uma mulher insegura, submissa e aterrorizada, para uma mulher adulta, segura de si, que em determinado momento resolveu tomar as rédeas de sua vida novamente. Um excelente drama musical que mostra uma realidade que infelizmente é vivida por muitas mulheres em seus casamentos. Nesse ponto de vista “Tina” é uma lição de vida e superação, acima de tudo.

Tina - A Verdadeira História de Tina Turner (Tina - What's Love Got to Do with It, Estados Unidos, 1993) Direção: Brian Gibson / Roteiro: Kurt Loder baseado no livro escrito por Tina Turner / Elenco: Angela Bassett,  Laurence Fishburne, Rae'Ven Larrymore Kelly, Virginia Capers / Sinopse: Cinebiografia da cantora Tina Turner. De origem humilde ela acaba sendo descoberta pelo músico Ike Turner que ao seu lado forma uma das duplas mais famosas da década de 60. Filme indicado ao Oscar nas categorias de melhor ator (Laurence Fishburne) e melhor atriz (Angela Bassett).

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 2 de julho de 2021

O Máskara

Título no Brasil: O Máskara
Título Original: The Mask
Ano de Produção: 1994
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: Chuck Russell
Roteiro: Michael Fallon, Mark Verheiden
Elenco: Jim Carrey, Cameron Diaz, Peter Riegert, Peter Greene, Richard Jeni, Tim Bagley

Sinopse:
O bancário Stanley Ipkiss (Jim Carrey) tem uma vida das mais chatas e tediosas que se pode imaginar. E isso muda quando ele encontra uma antiga máscara que o transforma em um estranho ser, com atitudes completamente anarquistas e sem limites. Filme indicado ao Oscar na categoria de melhores efeitos especiais (Scott Squires, Steve 'Spaz' Williams).

Comentários:
Em minha opinião Jim Carrey sempre foi o sucessor de Jerry Lewis. O humor de ambos se parece muito, embora Carrey não tenha todo o talento de Lewis, também um excelente diretor e roteirista. No que se assemelham porém eles são bem equivalentes, principalmente na capacidade de transformar seu próprio rosto em um repertório infinito de caretas divertidas. O grande diferencial é que Carry pôde contar com a tecnologia digital, algo que nunca esteve à disposição de Jerry. Aqui ele deita e rola na pele de um personagem obscuro do mundo dos quadrinhos. Um sujeito pacato que acaba encontrando uma máscara antiga que ora funciona como um presente, ora como maldição. Os efeitos especiais (indicados ao Oscar) são excelentes, mesmo revistos hoje em dia, e o clima maluco do roteiro combina perfeitamente bem com a proposta de seu argumento. Na época os efeitos feitos por computador ainda eram considerados uma grande novidade e por isso o público ficou realmente surpreso com as possibilidades que essa tecnologia poderia proporcionar aos cineastas. O resultado é muito interessante, bom e eficiente, embora o personagem por excesso de exploração comercial (chegou-se a fazer um desenho animado e continuações ruins desse filme) tenha perdido o charme original depois de tanto desgaste e exposição. Por fim a fita foi a primeira em que a loira Cameron Diaz chamou realmente a atenção do público, principalmente na famosa cena da dança. Bom, se isso foi bom ou ruim para o cinema como um todo já é uma outra história...

Pablo Aluísio.