domingo, 9 de dezembro de 2018

A Última Noite de Bóris Grushenko

Filme da fase ainda inicial da carreira de Woody Allen. Não deixa de ser interessante assistir a uma comédia como essa para perceber bem como o humor do cineasta foi mudando com o passar do tempo. Aqui temos um estilo bem mais simples, apelando até mesmo para alguns momentos pastelão! Allen ainda usava sua imagem, a de baixinho, magro e de óculos, como muleta para fazer o público rir. Só em momentos mais pontuais arriscava encaixar algum diálogo mais bem elaborado, mas inteligente. O roteiro é praticamente uma paródia do clássico da literatura "Guerra e Paz". O cenário é o mesmo, nos tempos da Rússia czarista, prestes a ser invadida pelas tropas de Napoleão Bonaparte. Allen interpreta o protagonista, um sujeito que só quer viver sua vida em paz, escrevendo seus péssimos poemas, mas que é jogado no meio da guerra pois naqueles tempos era impensável não defender a grande nação dos invasores estrangeiros. Uma oportunidade para Allen criar situações divertidas e engraçadas.

Assim Woody Allen usa do estilo de vida militar para fazer suas piadas, nenhuma particularmente muito original. Charles Chaplin e Jerry Lewis já tinham explorado esse mesmo tema em seus filmes. O resultado assim se torna bem mediano. Gostaria inclusive de saber o que Allen, após tantos anos, acharia ao rever um filme como esse, de seus primórdios. Acredito que ele teria até mesmo uma pontinha de vergonha pelas cenas mais apelativas, como aquela em que ele se torna uma bala de canhão, literalmente. No mais ainda vale pela presença de uma jovem e bela Diane Keaton, também tentando emplacar no cinema, fazendo humor. Fora isso é preciso reconhecer também que esse filme envelheceu muito mal. Hoje em dia dificilmente arrancaria gargalhadas dos fãs atuais do diretor.

A Última Noite de Bóris Grushenko (Love and Death, Estados Unidos, 1975) Direção: Woody Allen / Roteiro: Woody Allen / Elenco: Woody Allen, Diane Keaton, Georges Adet / Sinopse: Durante a invasão de Napoleão Bonaparte na Rússia, um jovem intelectual e poeta acaba sendo enviado para o campo de batalha. Desajeitado e nada vocacionado para a guerra acaba virando um herói nacional! Filme premiado no Berlin International Film Festival.

Pablo Aluísio.

sábado, 8 de dezembro de 2018

O Homem Que Inventou o Natal

Excelente filme. O roteiro foca em um período da vida do escritor Charles Dickens (Dan Stevens) em que ele estava escrevendo um dos maiores clássicos da literatura, o livro "A Christmas Carol" (lançado no Brasil com o título de "Um Conto de Natal"). Sem ideias, atolado em dívidas e precisando urgentemente de dinheiro ele decidiu escrever esse novo livro às pressas. O problema é que livros sobre o natal estavam em baixa. Seus três últimos romances também não tinham vendido bem. Os editores não colocavam fé e ele então resolveu arriscar tudo na publicação de seu novo livro. Bancando a publicação, pagando tudo do próprio bolso e ainda tendo que criar o conto, tudo parecia perdido. O mais brilhante desse roteiro é que o espectador literalmente entra na mente do protagonista, compartilhando com ele as dificuldades de criação, mostrando Dickens interagindo com os próprios personagens do livro, dissecando as origens de muitas das ideias que foram colocadas no enredo de seu conto de natal. O sucesso foi absoluto, se tornando o best-seller mais vendido de toda a sua vida. Um êxito enorme de vendas!

Quem conhece a obra original sabe que o personagem mais importante em suas páginas é um velho industrial, homem seco e ganancioso chamado Scrooge (Christopher Plummer). Ele é visitado por três fantasmas que estão ali para mostrar como sua vida está errada, como a falta de valores em sua vida o condenam ao esquecimento. Assim o velho aos poucos vai mudando seu modo de agir, numa verdadeira renovação, o que seria o próprio espírito do natal. Tudo é magistralmente desenvolvido, com ótima produção e elenco afiado. Um filme adorável onde todos os aspectos parecem bem encaixados, resultando numa excelente dica para esse período de natal. É um dos melhores de sua espécie e se você é fã dos livros de Dickens se torna indispensável.

O Homem Que Inventou o Natal (The Man Who Invented Christmas, Canadá, Irlanda, 2017) Direção: Bharat Nalluri / Roteiro: Susan Coyne, Les Standiford, baseados no livro "The Man Who Invented Christmas" de Les Standiford / Elenco: Dan Stevens, Christopher Plummer, Jonathan Pryce, Ger Ryan, Anna Murphy, Miles Jupp / Sinopse: O escritor Charles Dickens (Dan Stevens) passa por um período ruim em sua carreira. Seus últimos livros fracassaram em vendas e as editoras não querem mais publicar seus novos romances. Procurando por inspiração e precisando de dinheiro ele cria um conto de natal, cujo personagem principal seria o famigerado Sr. Scrooge (Christopher Plummer).

Pablo Aluísio.

Alta Fidelidade

Fim de ano chegando é uma boa oportunidade para rever alguns filmes do passado, alguns que não assistia há quase vinte anos! É o caso desse "Alta Fidelidade" que só havia visto uma vez, em seu lançamento original. Continua sendo uma boa fita, valorizada por um roteiro muito bom, cheio de boas ideias e ótimos diálogos. O protagonista é um cara chamado Rob (John Cusack). Ele já está no seus trinta e poucos anos, mas nunca acertou nos relacionamentos. Quando leva mais um fora, dessa vez de uma garota em que ele apostava, tudo o leva de volta a uma reflexão sobre o seu próprio passado. Detalhe importante: Rob é dono de uma loja de discos de vinil. Ele sempre está fazendo listas, do tipo "top 5" sobre música em geral e decide rever e fazer sua própria lista de maiores foras que levou. Mais radical do que isso. Ele decide ir atrás de suas antigas namoradas para ver o que aconteceu com elas, o que estão fazendo da vida, talvez descobrir com isso o que estaria errado com ele mesmo em seus relacionamentos amorosos. Quem sabe elas poderiam dar uma pista...

Durante o tempo todo a chamada quarta parede é ignorada, o que faz com que Rob converse o tempo todo com o espectador. Claro que isso cria uma certa cumplicidade com o público, além de ser uma jogada marota do roteiro para criar carisma no personagem principal. O clima é de romantismo mais sarcástico, tudo embalado com um clima vintage, nostálgico, que vai bater forte em quem curte não apenas cinema, mas também música antiga. E de quebra o filme ainda traz um elenco coadjuvante muito bom, a começar por uma linda e ainda jovem Catherine Zeta-Jones. Ela foi a top 5 na vida de Rob, mas em seu reencontro parte daquele encanto se vai. Claro, para contrabalancear, também temos que aturar os excessos de Jack Black, mas nem ele consegue estragar esse bom filme sobre amor, discos de vinil e problemas pessoais, não necessariamente nessa ordem. Reveja e no mínimo tenha saudades de um tempo que já é passado distante para muitos... quem diria...

Alta Fidelidade (High Fidelity, Estados Unidos, 2000) Direção: Stephen Frears / Roteiro: D.V. DeVincentis / Elenco: John Cusack, Catherine Zeta-Jones, Jack Black, Tim Robbins, Lisa Bonet, Iben Hjejle, Todd Louiso, Joan Cusack / Sinopse: O filme acompanha a vida de Rob (Cusack) que tem uma loja de discos de vinil e muitos problemas de relacionamento com as mulheres, de seu passado e do seu presente. Filme premiado pelo Globo de Ouro na categoria de Melhor Ator (John Cusack).

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

Aquaman

O grande mérito de Aquaman é que pela primeira vez a DC Comics não ficou com receios de produzir um filme para o cinema que fosse a cara dos quadrinhos. Tudo é muito colorido, movimentado, ao espectador fica a impressão de que está mesmo vendo uma revista em quadrinhos. E isso se refere a praticamente tudo, inclusive a aventura e a trama que é meio bobinha, isso é certo, mas que funciona bem na tela. Isso não significa que o filme não tenha problemas, longe disso. Um deles é que aquele espectador que não comprar seu estilo não vai gostar nada, nada do que verá. O mundo debaixo do oceano, os figurinos exagerados, alguns parecendo mais fantasias de carnaval, quem não curtir esse tipo de coisa exagerada vai ficar muito irritado com sua direção de arte kitsch.

Só que isso nem é o grande problema do filme. Em minha opinião o grande erro foi escalar o grandalhão brutalizado Jason Momoa para interpretar Aquaman. Nos quadrinhos ele é um sujeito forte, tudo bem, mas também é um loiro com cara de galã e até bons modos. Com Momoa ele virou quase um bárbaro (quem lembrou do Conan?) que prefere sair no braço do que ter uma boa conversa. Além disso, não vamos deixar de dizer, não tem nada a ver com a beleza sofisticada de Nicole Kidman, sua mãe no filme. Ficou forçado. Porém como é um filme de pura ação e fantasia, poucos vão reclamar. O que vai valer no final das contas são os cenários exagerados (diria alguns até mesmo meio bregas) que desfilam pela tela. Nesse aspecto o filme até que funciona muito bem. É uma aventura colorida e escapista. Não espere nada muito além disso.

Aquaman (Estados Unidos, 2018) Direção: James Wan / Roteiro: David Leslie Johnson-McGoldrick, Will Beall / Elenco: Jason Momoa, Patrick Wilson, Nicole Kidman, Amber Heard, Willem Dafoe, Dolph Lundgren, Yahya Abdul-Mateen II / Sinopse: Adaptação para o cinema das aventuras do personagem Aquaman, criado em 1941 por Paul Norris e Mort Weisinger, cuja primeira aparição nos quadrinhos se deu na revista More Fun Comics #73.

Pablo Aluísio.

Halloween

Michael Myers está de volta! 40 anos depois da estreia do primeiro filme da franquia "Halloween" os estúdios decidiram que não poderiam deixar passar essa data em branco. Assim tiraram o velho psicopata da aposentadoria para faturar mais alguns milhões nas bilheterias. E sob o ponto de vista comercial o filme deu muito certo mesmo, faturando quase 250 milhões de dólares - um número bem satisfatório em termos de filmes de terror, ainda mais quando se gastou apenas 10 milhões em sua produção. Lucro certo e de certa maneira bem fácil. É a força do nome de certas franquias que trazem esse tipo de retorno lucrativo para os produtores. Tiro certo e no alvo! Já sob o ponto de vista puramente cinematográfico... bem, não há outro veredito: o filme é fraco mesmo. Basicamente uma forçada de barra para trazer Myers de volta às ruas na noite de Halloween. Quando o filme começa um casal de jornalista investigativos decide ir até o manicômio onde Myers vive para tentar tirar pelo menos uma palavra de sua boca. Ele está há décadas sem falar nada, com ninguém, nem com seu médico. A tentativa de entrevista fracassa, mas o destino parece estar a favor de Myers. Quando ele é transferido para outro estabelecimento prisional o ônibus onde está derrapa e sofre um acidente. De repente o antigo matador está de volta às ruas, em plena liberdade. E o que ele faz quando isso acontece? Ora, simples de saber, ele sai matando a esmo pelas ruas da cidade.

Pior para Laurie Strode (Curtis). Ela foi uma de suas primeiras vítimas. Tem verdadeira obsessão com o passado, o que a tornou uma mulher completamente paranoica e estranha. Agora ela vai precisar defender não apenas sua filha, mas também sua neta, da sede de morte de Mike Myers. E o roteiro é basicamente isso. Claro que o final se revela logo dúbio, para deixar uma porta aberta para futuros filmes. Produtores não são bobos, eles esperam para ver o resultado comercial do filme. Como deu certo nas bilheterias é bem provável que uma nova leva de filmes venha por aí. Haja sangue jorrando...

Halloween (Estados Unidos, 2018) Direção: David Gordon Green / Roteiro: Jeff Fradley, Danny McBride / Elenco: Jamie Lee Curtis, Judy Greer, Andi Matichak / Sinopse: Depois de ficar décadas aprisionado numa instituição para loucos homicidas, o assassino em série Michael Myers está de volta às ruas após seu ônibus de transporte sofrer um acidente. Andando solto na noite de Halloween ele finalmente vai saciar sua sede de sangue humano.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

Um Refúgio

O filme se passa na Guerra Civil americana. Logo na introdução os produtores colocaram uma frase do general da União William Sherman, um dos mais notórios e infames carniceiros daquele conflito que devastou os Estados Unidos. Na opinião de Sherman a guerra sempre seria um lugar de crueldade e violência, não importando as outras coisas que se atribuíam a ela. Nesse ponto ele tinha razão, haja visto que ele promovia todos os tipos de atrocidades por onde passava. Foi certamente uma figura histórica desprezível. Pois bem, o filme mostra uma fazenda no sul prestes a ser invadida pelas tropas de Sherman. Sua tática era destruir não apenas os exércitos confederados, mas também o espírito dos sulistas. Para isso valia de tudo, até mesmo crimes de guerra como estupros, assassinatos à sangue frio e violência irracional. E é justamente isso que ocorre quando dois batedores do exército da União chegam em um pequeno povoado do sul.

Ao se depararem com a bela Augusta (Brit Marling) eles resolvem persegui-la, indo até sua fazenda no meio rural. O pior é que Augusta está praticamente indefesa. Os homens da casa foram embora lutar na guerra e lá ficaram apenas ela, sua irmã mais jovem que está doente e uma escrava negra. Os yankees estão chegando com toda a brutalidade conhecida e Augusta precisa defendê-las! Para isso conta apenas com um velho rifle e muita coragem. O roteiro explora basicamente essa situação e o faz muito bem.

Obviamente em temos de guerra era de se esperar por muita violência e isso certamente você encontrará no filme. Há inclusive cenas de estupro e assassinatos sumários. O ponto de vista de uma mulher, civil, tentando sobreviver a uma guerra insana como aquela, é o grande triunfo desse roteiro, porque ao invés de explorar as grandes batalhas ele foca sua ponto de vista para o medo e a agonia de quem está fora do campo de batalha, em casa, mas que teve que lidar com tudo após a própria guerra chegar em sua porta. Um bom filme, valorizado por algumas belas cenas como a que está no poster, com Augusta vendo o horizonte vermelho por causa das explosões no front de batalha.

The Keeping Room (Estados Unidos, 2014) Direção: Daniel Barber / Roteiro: Julia Hart / Elenco: Brit Marling, Hailee Steinfeld, Sam Worthington / Sinopse: Três mulheres tentam sobreviver em uma velha casa de fazenda do sul quando os primeiros soldados da União chegam na região durante a Guerra Civil Americana. Em tempos de vida ou morte apenas as mais fortes conseguirão sobreviver.

Pablo Aluísio.

Fúria em Alto Mar

Quando o filme começa dois submarinos, um americano e um russo, atravessam o mar embaixo de grossas camadas de gelo. De repente algo acontece com o submarino russo que vai ao fundo. Depois a embarcação americana é igualmente atacada por um torpedo e afunda. O que teria acontecido? Para a missão de investigação e resgate é enviado o capitão Joe Glass (Gerard Butler). Ele não tem muito experiência de comando, mas conta com uma boa tripulação em um submarino nuclear de última geração. Assim começa esse "Fúria em Alto Mar" que tinha tudo para dar certo. Boa produção, elenco muito bom, efeitos digitais bem feitos. Tudo parecia se encaixar. O problema vem do roteiro. É um velho problema desses novos filmes de Hollywood. Os roteiristas subestimam completamente a inteligência dos espectadores e começam a forçar a barra com situações bobas, juvenis, inverossímeis ao extremo.

Tudo bem fazer um filme sobre submarinos. Esse é aliás um dos estilos de filmes de guerra mais consagrados. O problema é fazer um filme bobo. Para se ter uma ideia do tamanho da bobagem, em determinado momento a missão do submarino comandado pelo personagem de Butler passa a ser ir até um dos mais seguros portos da marinha russa, onde está metade da frota daquele país, para resgatar o próprio presidente russo de um golpe militar! Que bobagem! Com isso nem mesmo a mais bem feita produção e nem mesmo o melhor elenco conseguem escapar da vergonha alheia. Se tivessem apostado numa trama adulta e séria, esse seria um grande filme sobre a marinha. Do jeito que ficou só aborrece e causa decepção!

Fúria em Alto Mar (Hunter Killer, Estados Unidos, 2018) Direção: Donovan Marsh / Roteiro: Arne Schmidt, Jamie Moss / Elenco: Gerard Butler, Gary Oldman, Common, Alexander Diachenko, Michael Nyqvist / Sinopse: Joe Glass (Gerard Butler) é o capitão de um submarino americano que é enviado para uma missão extremamente perigosa, que poderá até mesmo causar uma guerra nuclear entre as potências mundiais.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

A Última Estação

Excelente filme que conta a história das últimas semanas de vida do escritor russo Leon Tolstói (Christopher Plummer). Ele ficou mundialmente conhecido ao escrever verdadeiras obras primas da literatura mundial como Guerra e Paz (1869) e Anna Karenina (1877). No filme seu editor e amigo de longa data manda um jovem rapaz chamado Valentin (James McAvoy) para trabalhar como seu secretário particular. Uma vez na casa de Leon Tolstói ele passa a vivenciar tudo o que estava acontecendo em sua vida pessoal, inclusive seu conturbado relacionamento com a esposa, Sofya (Helen Mirren), uma mulher de temperamento forte e explosivo. Um dos aspectos mais interessantes é que o velho escritor tinha planos de levar em frente um movimento baseado em uma nova forma de encarar a vida. Entre as coisas que pregava estava o desprendimento de coisas materiais. O problema é que ele próprio era um conde, membro da elite e da nobreza russa, vivendo em uma bela mansão, com muitos servos trabalhando em sua propriedade rural. Até que um dia ele acaba brigando com a esposa e decide colocar em prática seus ensinamentos, com consequências trágicas. Tudo o que se vê na tela foi baseado em fatos históricos reais.

Além de ter um ótimo roteiro, esse filme ainda conta com um elenco primoroso, a começar por Christopher Plummer, com longa barba grisalha e quase irreconhecível em sua caracterização de Tolstói; Helen Mirren dispensa maiores apresentações, uma das grandes damas do cinema atual. E completando o elenco de talentos temos até mesmo Paul Giamatti como o amigo de longa data e editor de Leon Tolstói. Ele tem uma posição interessante no meio de tantos personagens marcantes, porque no fundo almeja que o velho escritor doe todos os direitos autorais de sua obra para a humanidade, algo que enfurece a esposa do autor, afinal esse seria o grande tesouro para a família dele. Enfim, ótimo filme que conta uma história que se não fosse baseada em tudo o que aconteceu, poderia facilmente se passar por mais um romance escrito pelo próprio Tolstói.

A Última Estação (The Last Station, Inglaterra, Alemanha, Rússia, 2009) Direção: Michael Hoffman / Roteiro: Michael Hoffman, Jay Parini / Elenco: Christopher Plummer, Helen Mirren, James McAvoy, Paul Giamatti / Sinopse: No fim de sua vida, o escritor russo Leon Tolstói (Christopher Plummer) decide colocar em prática tudo aquilo que pregou em vida na sua obra literária. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Atriz (Helen Mirren) e Melhor Ator (Christopher Plummer). Também indicado ao Globo de Ouro e ao Screen Actors Guild Awards nas mesmas categorias.

Pablo Aluísio.