quarta-feira, 18 de março de 2009

Elvis Presley - Deus é o Elvis Maior

"Deus é o Elvis Maior" é um documentário produzido e dirigido por Rebecca Cammisa que mostra a rotina da irmã Dolores Hart, que em 1963 largou uma carreira promissora de atriz em Hollywood para ingressar na abadia de Regina Laudis (uma fazenda em Connecticut nos Estados Unidos ) e seguir a vida como freira beneditina. Atualmente ela exerce o posto de madre priori. Dolores Hart ficou famosa como atriz em Hollywood entre 1957 e 1962, fez cerca de dez filmes, trabalhando ao lado da grandes personalidades do cinema como: Marlon Brando, Karl Malden e Montgomery Clift. Mas seu nome ficou conhecido mesmo após atuar em dois filmes ao lado do mito Elvis Presley: “A Mulher que Eu Amo” e “Balada Sangrenta”. Reza a lenda que Dolores que na época era conhecida como a sucessora do mito Marilyn Monroe, começou a ter a sua vida modificada quando no início dos anos 60 esteve em Roma nas filmagens da vida de São Francisco de Assis; ela fazia o papel de Santa Clara. Poucos anos depois, visitando um convento de beneditinas em Nova York, descobriu que era o lugar onde gostaria de passar o resto de sua vida. Quando foi se apresentar à abadessa do convento, disse: "...Daqui em diante não terei mais nenhuma preocupação com a vida de atriz..."

O documentário que foi indicado ao Oscar em 2012, tem 40 minutos e, com narração da própria Dolores, mostra o dia a dia de clausura da famosa madre e as outras irmãs, dentro do convento. A convivência com os animais da fazenda, os pássaros, a paz, o silêncio, as cartas que Dolores recebe até hoje de seus fãs do cinema e também dos fãs de Elvis, além da sua imensa felicidade e gratidão a Deus. Dolores também narra os momentos de sua chegada ao convento em 1963, quando todas as freiras apostavam que ela não aguentaria a vida monástica. A parte mais melancólica do documentário diz respeito ao período de sua vida quando estava de casamento marcado com Don Robinson. Depois de pouco tempo de noivado, ela decidiu abandonar tudo (inclusive o noivo) para ingressar para sempre no monastério. Um documentário muito bom, muito humano e muito emocionante.

Deus é o Elvis Maior (God Is The Bigger Elvis, EUA, 2012) Direção: Rebecca Cammisa, Julie Anderson / Produção: Julie Anderson, Rebeca Cammisa / Elenco: Dolores Hart / Sinopse: Documentário sobre a vida da atriz Dolores Hart, mais conhecida por seus papéis ao lado de Elvis Presley e por seu desempenho no drama Where the Boys Are, que em 1963 optou em deixar Hollywood para trás e se tornar uma freira beneditina.

Telmo Vilela Jr.

terça-feira, 17 de março de 2009

Elvis Presley - Protegendo o Rei

Título no Brasil: Protegendo o Rei
Título Original: Protecting the King
Ano de Produção: 2007
País: Estados Unidos
Estúdio: Impello Films
Direção: D. Edward Stanley
Roteiro: D. Edward Stanley, Marty Poole
Elenco: Matt Barr, Greg Collins, Tom Sizemore

Sinopse: 
No palco Elvis Presley é adorado como um dos maiores ídolos da música de todos os tempos. Na vida privada porém é um homem torturado, traído pela esposa, cercado de parasitas, sem amigos, completamente viciado em drogas pesadas, que tenta manter seus vários problemas com dependência química longe da imprensa e do seu público. Rodeado por um grupo de guarda-costas que o protegem do mundo exterior ele vai caminhando rapidamente para um trágico fim.

Comentários:
O filme é baseado nos relatos de pessoas próximas a Elvis durante seus anos finais. Parte do material vem do famoso livro de guarda-costas que, demitidos, resolveram dar o troco a Elvis revelando aspectos de sua vida privada. O retrato do cantor aqui não é dos melhores. Presley é apenas uma sombra, um sujeito totalmente viciado que não consegue sequer ir ao banheiro sozinho. Quando não está nos palcos (também drogado) passa os dias trancado em seu quarto, sem ver a luz do dia, usando drogas ministradas por médicos de aluguel. Sempre dopado não consegue mais separar alucinações da realidade. Os fãs do cantor certamente vão ficar chocados pois o mito se revela em seu lado mais humano e auto destrutivo. Além das drogas pesadas o Elvis de "Protecting the King" é um pervertido, um maníaco e um sujeito violento que não pensa duas vezes antes de sair dando tiros a esmo. Ele trata mal as mulheres ao seu redor e não tem nenhuma consideração pela vida alheia. Sentiu o drama? Bem, vamos aos fatos. Em primeiro lugar é bom avisar que a produção desse filme não é boa. Tudo soa bem artificial e os atores são meras caricaturas. Desnecessário esclarecer, por exemplo, que o ator que interpreta Elvis exagera até o último grau, pois fica o tempo todo tentando ganhar o espectador nos maneirismos mas não consegue obter nenhum sucesso. No geral é realmente um filme fraco e sensacionalista ao extremo que não acrescenta em nada. Afinal de contas é complicado confiar na palavra de pessoas que foram empregadas do cantor e que depois de demitidas resolveram escandalizar o máximo que podiam. Melhor ignorar realmente.

Pablo Aluísio.

Elvis Presley - 10 Filmes obscuros sobre Elvis Presley que você nunca ouviu falar!

Elvis Presley foi um dos grandes mitos da cultura pop. Cantor e ator, ele foi um dos mais populares artistas de todos os tempos. E como tal também virou personagem de vários filmes que o mostraram em diversas situações. Conheça dez filmes sobre Elvis que você muito provavelmente nunca tenha ouvido falar.

1. Elvis Stories (1989) Dir: Ben Stiller / Elenco: Jeremy Piven, Jeff Kahn, John Cusack / Comentários: Quase uma brincadeira feita em torno das centenas de histórias escandalosas publicadas em tabloides sensacionalistas sobre Elvis. Produção independente que pouca gente conhece. Entre os pequenos contos estão "Elvis is John Lennon" e "Hairdresser Possessed by Elvis". Divertido mas alguns fãs podem se incomodar pelas bizarrices exploradas pelo roteiro.

2. Blue Suede Wings (2007) Dir: Marian Yeager / Elenco: Breuer Bass, Zach Hopkins, Leslie Langee / Comentários: No mínimo bizarro. Um garoto de oito anos fica obcecado em conhecer a fada dos dentes (uma figura popular nos EUA) e quando acorda dá de cara com... Elvis Presley! O famoso cantor aqui é interpretado por Zach Hopkins. O roteiro é até bem intencionado mas o resultado é bem fora do comum.

3. Tears of a King (2007) Dir: Rob Diamond / Elenco: Sebastian Anzaldo, John T. Armstrong, Bryce Bishop / Comentários: Feito com apenas 170 mil dólares (uma mixaria para os padrões americanos) esse filme independente mostra os últimos dias de Elvis. Sem qualquer preocupação em ser historicamente correto ele mostra o lado mais problemático do cantor e seu vício em drogas de farmácia. Destaque para um encontro (que nunca existiu) entre Elvis e Frank Sinatra em Las Vegas, poucos dias antes da morte do rei.

4. Tales from the Catholic Church of Elvis! (2009) Dir: Mercy Malick, Michael Traynor / Elenco: Mercy Malick, Larry Gelman, Mary Eileen O'Donnell / Comentários: Filme muito louco sobre um grupo de garotas, estudantes de uma escola católica de Las Vegas, que decide se converter a uma nova religião que tem como principal nome não Jesus Cristo mas sim Elvis Presley! Obviamente uma brincadeira com o nível de fanatismo que certos fãs demonstram em suas vidas. O roteiro não sabe se vira drama ou comédia, embora seja impossível não rir da bizarrice generalizada da fita!

5. När Elvis kom på besök (2006) Dir: Andreas Tibblin / Elenco: Josef Säterhagen, Ben Solimanaznavi, Leila Haji / Comentários: Elvis atravessa fronteiras. Nessa produção dinamarquesa ele surge como um americano que, de passeio pela Dinamarca, acaba influenciando um grupo de jovens que sonham um dia serem roqueiros. Nem pense que se trata de algo historicamente correto. Elvis jamais pisou os pés na Dinamarca mas o filme até que diverte pela imaginação. Elvis é interpretado pelo ator Ben Solimanaznavi (que não é nada parecido com o real Presley).

6. Boulevard Cafe (1997) Dir: Russ Weatherford / Elenco:  Heath Black, Vanise Castillo, Jake Myers / Comentários: Elvis Presley (Craig Newell) após passar anos escondido decide voltar. Vai para uma feira de covers dele mesmo mas é reprovado por não ser tão exagerado quanto seus concorrentes. Então se apaixona por uma garota que imita Marilyn Monroe. Como se não bastasse decide finalmente virar um cover de James Dean, seu ídolo de juventude. Precisa dizer mais alguma coisa? Super bizarra a produção.

7. Luckytown (2000) Dir: Paul Nicholas / Elenco: Kirsten Dunst, James Caan, Vincent Kartheiser / Comentários: Garota chega em Las Vegas em busca do pai e acaba conhecendo o "mundo Elvis" que impera na cidade. Filme estranho mas com bom elenco. Elvis Presley surge como um fantasma na estória.

8. Easy Six (2003) Dir: Chris Iovenko / Elenco: Julian Sands, Alex Sol, Ruth Williamson, James Belushi / Comentários: O famoso ator e comediante James Belushi interpreta um Elvis Presley gordo e balofo nessa mistura de drama e comédia que não teve qualquer repercussão em seu lançamento e que depois desapareceu de circulação. Diversão ligeira.

9. Dixie (1989) Dir: Martin Davidson / Elenco: Ally Sheedy, Virginia Madsen, Phoebe Cates / Comentários: Três jovens garotas tentam encontrar os homens de seus sonhos no Alabama dos anos 1950, durante o auge da crise dos movimentos civis. Elas são fãs de Elvis Presley e ele surge na pele do ator Michael St. Gerard.

10. Liberace: Behind the Music (1988) Dir: David Greene / Elenco: Victor Garber, Saul Rubinek, Michael Dolan / Comentários: Durante a temporada de 1957 do cantor Liberace em Las Vegas ele é apresentado a um novo cantor jovem que está tentando fazer sucesso na cidade. Seu nome? Elvis Presley. Paul Hipp interpreta o jovem Presley nesse telefilme bem interessante que, apesar de ser bom, apresenta alguns pequeninos erros históricos e de data.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 16 de março de 2009

Elvis Presley - The Final Curtain CD 6

Finalmente chegamos no sexto e último CD dessa coleção "The Final Curtain". Como não poderia deixar de ser aqui temos o último show realizado por Elvis Presley no dia 26 de junho de 1977 na cidade de Indianapolis. Muito já foi dito dessa apresentação. Autores que muito provavelmente jamais o ouviram já disseram abobrinhas como a que ele teria sido fenomenal ou então seu extremo oposto, que teria sido medíocre, com Elvis tropeçando no palco, parando a apresentação para cair no chão logo após, nos bastidores, entre outras inúmeras bobagens. Os jornalistas brasileiros realmente nunca primaram muito pela verdade histórica preferindo o simples sensacionalismo para impressionar os seus leitores. Deixando tudo isso de lado o fato real é que o último concerto de Elvis nem foi excepcional e nem tampouco medíocre. Foi apenas bom, correto e pra falar a verdade um pouco melhor do que seus últimos shows (ele é bem superior do que aquele que foi realizado em Madison, dois dias antes, por exemplo). Há momentos realmente inspirados como "Bridge Over Troubled Water" onde Elvis se esforça para cantar tudo de forma impecável e há momentos fracos, principalmente em seus antigos hits, o que aliás acontecia com habitualidade durante os anos 70.

Como se trata do último show da turnê, Elvis procura se despedir de uma boa maneira. Não há grandes deslizes e nem muitos momentos brilhantes. Segundo alguns autores e biógrafos Elvis chegou muito mal na cidade, alguns afirmando inclusive que ele realmente estava muito doente nesse dia. Se é fato ou não é complicado afirmar qualquer coisa hoje com certeza, o que podemos porém dizer é que ouvindo o show não percebemos nenhum tipo de desconforto por parte do cantor, que parece inclusive muito bem humorado, brincando com seus músicos de palco. Se ele realmente estava mal de saúde soube perfeitamente esconder isso do público ou então estamos na presença de mais uma daquelas histórias que sempre foram carregadas nas tintas. Outro fato chama a atenção: o show teve uma duração maior do que seus costumeiros concertos por essa época. Algo que de certa forma desmente um possível mal estar por parte dele, pois se isso fosse verdade ele simplesmente teria encerrado tudo mais cedo (como fez em Madison). Não foi o que aconteceu. O show é tranquilo, transcorre sem atropelos, nada fora do normal acontece. Depois de se despedir do público Elvis foi imediatamente para seu avião particular Lisa Marie e de lá rumou em direção à Memphis. Essa foi a única coisa mais fora da rotina que aconteceu mas não significa que algo de errado estava acontecendo com ele naquele momento.

Em termos de qualidade sonora não temos muitas novidades. O show em Indianapolis sempre surgiu para os fãs em qualidade Audience, alguns com pouca ou uma mínima qualidade de gravação. Em troca da possibilidade de ouvirmos Elvis Presley em seu último show fomos obrigados a engolir muitos CD desprezíveis nesse quesito. Só para lembrar alguns títulos: Adios - The Final Performance (o primeiro CD com Indianapolis e o mais conhecido também), The Last Show, The Last Farewell, The Last Live Session e The Final Farewell. Nenhum deles satisfazendo qualquer critério de qualidade sonora. Há muitos anos há um boato de que existe um tape em soundboard desse último show. Para alguns esses tapes estariam nas mãos da família de um antigo engenheiro de som que trabalhou para Elvis. Para outros o registro estaria nas mãos de colecionadores europeus e por aí vai. O fato é que o boato tem mais ou menos uns 30 anos e até agora nada surgiu o que nos leva a conclusão de que se trata apenas de uma lenda urbana (que eu gostaria muito que fosse verdade). De qualquer forma, enquanto não surge, ficamos presos a essas gravações que apesar de serem ruins como são nos trazem os últimos momentos do Rei do Rock no local onde ele realmente reinava, o palco.

Elvis Presley - The Final Curtain CD 6
01. Also Sprach Zarathustra
02. See See Rider
03. I Got A Woman/Amen
04. Love Me
05. Fairytale
06. You Gave Me A Mountain
07. Jailhouse Rock
08. O Sole Mio / It's Now Or Never
09. Little Sister
10. Teddy Bear/Don't Be Cruel
11. Release Me
12. I Can't Stop Loving You
13. Bridge Over Troubled Water
14. Introductions
15. Early Morning Rain
16. What'd I Say
17. Johnny B. Goode
18. Introductions Continued
19. I Really Don't Want To Know
20. Introductions Conclusion
21. Hurt
22. Hound Dog
23. Special Thanks By Elvis
24. Can't Help Falling In Love
25. Closing Vamp

Pablo Aluísio.

Elvis Presley - The Final Curtain CD 5

O quinto CD da coleção The Final Curtain traz um soundboard inédito do show realizado por Elvis na cidade de Madison no dia 24 de junho de 1977. Esse foi o antepenúltimo concerto da vida de Elvis. Isso por si só já chama a atenção. Depois dessa apresentação Presley só pisaria no palco mais duas vezes (sendo que seu último show seria realizado apenas dois dias depois). Por essa razão estamos aqui tratando de um concerto de fim de turnê, com tudo o que de ruim isso possa significar. Cansaço, exaustão, tédio, desinteresse, tudo isso pode abater um artista de 42 anos de idade com muito tempo de estrada. E infelizmente é justamente isso que acontece. Elvis parece não ter mais pique. Soa cansado, entediado, muitas vezes sem a menor vontade de proporcionar aos presentes uma boa apresentação. O velho problema da dispersão ataca o cantor em vários momentos. Ele começa a contar piadas, a falar com seus membros de grupo, a ironizar certos trechos de algumas canções e no meio disso tudo se esquece de cantar corretamente (o que afinal era justamente o que todos esperavam dele).

Embora seja material inédito o consenso geral entre os fãs foi a constatação da má performance do cantor em Madison. Mas não é só. Não podemos esquecer que a qualidade sonora do concerto também deixa muito a desejar. O som soa abafado, distante, parece que a banda está a milhas de distância de Elvis. Os solos de guitarra mais parecem ecos perdidos no fundo de um poço, por exemplo. O show em si é muito curto (embora esteja incompleto) mostrando que Elvis tinha consciência de sua má atuação o que fez encurtar tudo para ir embora logo. Já conhecia a apresentação de Madison pelo péssimo CD Audience "One Night" por isso não me surpreendi muito. Aliás é importante falar que muitos audiences, apesar de suas conhecidas más qualidades sonoras podem muitas vezes, por trazer a energia do público, fazer com que certos shows pareçam ser melhores do que realmente são. É o caso de Madison. O Audience passava a impressão que o show não havia sido tão mal. Depois de ouvir esse novo soundboard finalmente caímos na real de um concerto realmente fraco feito por parte de Presley.

Nessa altura do texto você pode se perguntar: Mas existe algo de bom nesse show de Madison? A resposta é sim. No meio de músicas massacradas pelo cantor (como uma das piores versões que já ouvi de "Jailhouse Rock" e um medley de "Teddy Bear / Don´t Be Cruel" de dar vergonha alheia) Elvis solta pequeninas faíscas de seu grande talento. Isso acontece em poucos momentos, é verdade, mas estão lá. A singela versão de "Earl Morning Rain", por exemplo, me agrada. Essa música tem aquele tipo de melodia que nos cativa. Pena que o som está realmente péssimo! Bem melhor está "I Really Don´t Want To Know" que é a única interpretação acima da média feita por Elvis nessa noite, embora seja tão curtinha que faça pouca diferença no saldo final. De resto muita mediocridade, inclusive duas versões cantadas em solo por Sherril Nielsen (Danny Boy entre elas). Não consigo entender, logo em "Danny Boy" uma das mais belas gravações feitas por Elvis em estúdio ele simplesmente se ausenta e deixa para Nielsen apresentar. Enfim, em conclusão posso dizer que todo e qualquer soundboard inédito é muito bem vindo mesmo que deixe a desejar em termos de performance. Historicamente é válido, apesar dos pesares.

Elvis Presley - The Final Curtain CD 5
01. See See Rider
02. I Got A Woman/Amen
03. Love Me
04. If You Love Me (Let Me Know)
05. You Gave Me A Mountain
06. Jailhouse Rock
07. O Sole Mio/It's Now Or Never
08. One Night
09. Teddy Bear/Don't Be Cruel
10. And I Love You So
11. Danny Boy (S. Nielsen)
12. Walk With Me (S. Nielsen)
13. Love Me Tender
14. Introductions
15. Early Morning Rain
16. What'd I Say
17. Johnny B. Goode
18. Introductions Continued
19. I Really Don't Want To Know
20. Introductions Conclusion
21. Hound Dog
22. Introduction of Vernon Presley
23. Can't Help Falling In Love
24. Closing Vamp

Pablo Aluísio.

domingo, 15 de março de 2009

Elvis Presley - The Final Curtain CD 4

Chegamos ao quarto CD da coleção The Final Curtain. Aqui temos uma boa e uma má notícia. A boa é que podemos finalmente ouvir material realmente inédito com o show gravado em Saginaw no dia 2 de maio de 1977. Muitos (inclusive esse que escreve) só conheciam o concerto pelo sofrível bootleg audience "Springtime in Saginaw". Assim podemos ouvir finalmente em soundboard essa mesma apresentação. Não é um som de qualidade superior, diria até que deixa muito a desejar mas mesmo assim é válido o lançamento. Pena que a performance de Elvis esteja pouco inspirada. Essa é a má notícia. Além do set list de rotina Elvis não leva adiante algumas canções que poderiam se transformar em preciosos momentos (como Trouble de King Creole que ele apenas "brinca" de cantar). Que pena pois uma versão completa do clássico Trouble viria bem a calhar em um momento como esse. Infelizmente tudo fica apenas na vontade. Aliás a cidade de Saginaw é bem conhecida pelos fãs de Elvis uma vez que foi aqui que ele também se apresentou para os trabalhos de parte do especial "Elvis in Concert". Pelo jeito apesar de fraca performance o público gostou o que fez ele retornar depois.

No mais nada de muito relevante acontece durante a apresentação. Elvis surge aqui nesse registro pouco concentrado, disperso, soltando piadinhas em demasia e desinteressado. Para quem gosta de imprevistos e curiosidades que aconteciam no shows de Elvis Presley nos anos 70 há uma falha técnica no microfone do cantor bem no comecinho de "Polk Salad Annie". Como sempre fazia nessas ocasiões Elvis brinca muito com o fato, tira onda e depois reinicia a música (lembra o mesmo problema que surgiu em Las Vegas durante as filmagens de "That´s The Way It Is"). A lamentar apenas que pouco se captou da reação de Elvis no momento da falha do microfone. Como há pouca captação do som ambiente também ficamos momentaneamente em um silêncio incômodo, como se simplesmente a faixa tivesse acabado sem mais nem menos. Para falar a verdade o concerto em si vai acontecendo meio que ao acaso. Elvis parece um pouco fora de tom, deixando passar vários trechos de canções ao perder sua deixa. Uma situação um pouco desanimadora. Vale pelo resgate e pouco além disso.

Para completar o CD os produtores colocaram algumas canções avulsas de quatro concertos diferentes de Elvis realizados em Toledo (23 de abril), Duluth (29 de abril) e Chicago (1 e 2 de maio). Nenhuma novidade nessas faixas. O show de Toledo, por exemplo, já está há bastante tempo disponível no CD 2 do bootleg "Goodbye Memphis", já o concerto de Duluth pode ser conferido no CD "A Day in Duluth". A faixa "My Way" creditada como gravada em Chicago na realidade foi apresentada por Elvis em Toledo, o que demonstra um deslize por parte de quem organizou as canções. Além do mais está mal situada ao lado de outra versão de "My Way" supostamente também gravada na mesma cidade. Como eu já escrevi ao me referir ao outro CD dessa coleção não aprecio mesmo esse sistema de jogar momentos avulsos, misturando músicas de concertos diferentes, num tremendo balaio de gatos. Tudo soa desorganizado, jogado ao acaso. Seria bem melhor que colocassem dois concertos por CD (já que os shows de Elvis também eram curtos em duração). Dessa forma seria bem melhor no quesito organização. Enfim, se fosse definir sinteticamente esse quarto CD da coleção diria que ele é rotineiro, apesar de trazer algum material inédito.

Elvis Presley - The Final Curtain CD 4
01. That's All Right
02. Trouble
03. I Got A Woman/Amen
04. Love Me
05. Happy Birthday To You
06. Hound Dog
07. Trying To Get To You
08. Jailhouse Rock
09. My Way
10. Little Sister
11. Teddy Bear/Don't Be Cruel
12. Help Me
13. O Sole Mio/It's Now Or Never
14. Love Me Tender
15. Why Me Lord
16. Polk Salad Annie/Microphone Change Over
17. Polk Salad Annie
18. Mystery Train/Tiger Man
19. Can't Help Falling In Love
20. Polk Salad Annie
21. Big Boss Man
22. Bridge Over Troubled Water
23. My Way
24. Fairytale
25. My Way

Pablo Aluísio.

Elvis Presley - The Final Curtain CD 3

Infelizmente o CD 3 da coleção "The Final Curtain" nada traz de inédito. Basicamente o material é retirado de dois bootlegs bem conhecidos dos fãs de Elvis: "Coming On Strong" (que trazia o show do dia 16 de fevereiro de 1977 em Montgomery) e "Moody Blue and Other Great Performances" (que trazia o concerto realizado no dia 21 de fevereiro de 1977 em Charlotte, uma cidade da Carolina do Norte). Para quem nunca adquiriu esse material antes pode ser bem interessante conhecer essas apresentações que trazem pequenas novidades no set list habitual de Elvis nos anos 70. No show em Montgomery, por exemplo, temos uma muito rara "Where No Stands Alone" do álbum "How Great Thou Art". A canção é executada sobriamente, com basicamente Elvis em capela, acompanhando suavemente por piano e o grupo vocal. De certa forma destoa da versão do estúdio que é naturalmente grandiosa em seus arranjos. Como se trata de uma música religiosa Elvis mantém a concentração e a interpreta corretamente, muito inspirado.

A versão de "Unchained Melody" nesse mesmo concerto também é um ponto alto. Crua, sem os artifícios da versão de estúdio que conhecemos do álbum oficial Moody Blue a música revela uma interpretação natural, sem firulas mas também extremamente inspirada. Curiosa a inclusão dessa canção nos shows de Elvis em 1977, uma vez que de maneira geral Elvis vinha seguindo uma seleção musical em suas apresentações que não trazia novidades. Parecia até que ele não queria mais suar tanto a camisa. Felizmente isso caiu por terra pela inclusão de canções como essa que exigiam bem mais dele, tanto do ponto de interpretação vocal como instrumental, uma vez que ele fazia questão de tocar a música ao piano.

Do show seguinte, Charlotte, a grande novidade é a apresentação ao vivo de "Moody Blue". A música gravada em Graceland tinha boa melodia, letra e era uma bela novidade no repertório do cantor. Além disso tinha uma pegada bem anos 70 o que a tornava potencialmente candidata a virar hit nas rádios, coisa que vinha faltando a Elvis ultimamente. Assim em um raro esforço em mostrar novidades no palco Elvis a apresentou aqui nesse concerto. A execução mostra vacilos tanto por parte de Elvis como da banda, o que é normal em se tratando de uma música nova, grande novidade para eles que vinham numa espécie de controle remoto, cantando e tocando quase sempre as mesmas músicas. O fato porém é que mesmo com esses pequenos problemas "Moody Blue" é uma preciosidade para os fãs do cantor, uma vez que não se sabe bem o porquê Elvis literalmente abandonou a música nos shows seguintes. Como é rara seu valor é maior. O resto do material é de rotina. Em termos de performance ele não está particularmente brilhante mas também fica muito longe do medíocre. No final das contas esses registros afastam de certa forma a visão melodramática de um Elvis caindo no palco em seus últimos concertos, coisa que definitivamente não é verdade. Ele estava lá, trabalhando de forma digna, na média, com pequenos espasmos de brilhantismo, o que é normal para todo e qualquer artista de sua idade.

Elvis Presley - The Final Curtain CD 3
01. You Gave Me A Mountain
02. O Sole Mio/It's Now Or Never
03. Little Sister
04. Teddy Bear/Don't Be Cruel
05. My Way
06. Polk Salad Annie
07. Hurt
08. Hound Dog
09. Elvis Talks/Striptease
10. Where No One Stands Alone
11. Unchained Melody
12. Can't Help Falling In Love/Closing Vamp
13. Are You Lonesome Tonight
14. Reconsider Baby
15. Love Me
16. Moody Blue
17. You Gave Me A Mountain
18. Jailhouse Rock
19. O Sole Mio/It's Now Or Never
20. Little Sister
21. Teddy Bear/Don’t Be Cruel
22. My Way
23. Release Me
24. Hurt
25. Why Me Lord

Pablo Aluísio.

sábado, 14 de março de 2009

Elvis Presley - The Final Curtain CD 2

O segundo CD da coleção The Final Curtain já é bem mais interessante que o volume 1. Finalmente aparecem os primeiros registros realmente inéditos. O concerto que Elvis realizou na cidade de Orlando, por exemplo, só havia sido lançado antes em bootlegs sem qualidade sonora decente e aqui finalmente temos praticamente a íntegra do que foi encontrado até agora em sonoridade digna (embora longe de ser perfeita). Como o CD 2 traz faixas de concertos diferentes temos várias oscilações de qualidade, com algumas canções gravadas em bom nível técnico (como How Great Thou Art) intercaladas com registros de qualidade medíocre (como Love Me). Nesse aspecto puramente sonoro o CD começa mal, é verdade, principalmente nas primeiras faixas com vários problemas de gravação (alguns bizarros) mas depois ao longo do CD as coisas vão paulatinamente melhorando.

Como já foi dito as doze primeiras canções do CD foram gravadas em Orlando no dia 15 de fevereiro de 1977. Esse concerto é o grande chamariz desse segundo CD pois era dado como inexistente por longos anos. Orlando já era conhecido em qualidade Audience pelos fãs através do bootleg "Going Back In Time" mas do jeito que se apresenta aqui é realmente novidade. Obviamente como se tratava de um Audience (significa que foi gravado no meio da audiência) a qualidade sonora ia do sofrível ao medíocre. Agora temos acesso a um material com melhoria bem considerável. Não é perfeito, há erros de equalização e captação (em algumas ocasiões as caixas chegam próximas a explosão pelo volume desequilibrado) mas não há como negar a importância do aparecimento desse soundboard. Se fosse qualificar diria que as músicas desse show surgem em um nível de bom para mediano (embora tenha sido gravado na mesa de som) sem muito rigor técnico. De qualquer forma convenhamos que já é um avanço e tanto. Em termos de performance Elvis vai de oito a oitenta. Entre as canções apenas "You Gave a Mountain" se destaca mais embora o resto do concerto seja no mínimo curioso.

Depois do show em Orlando há uma salada com canções tiradas de nada mais, nada menos, do que sete shows diferentes. Não gosto desse tipo de seleção pois demonstra pouco rigor e passa a sensação de desleixo, além de ser tudo obviamente incompleto. Do show em Columbia temos, por exemplo, apenas duas faixas (Release Me e Trying To Get You). Nada de muito inspirado embora Elvis procure cantar tudo de forma correta e profissional. Esse show pode ser ouvido na íntegra no bootleg "Release Me" só que em sistema Audience, sem grande qualidade. Aqui as coisas melhoram. As quatro faixas seguintes foram gravadas em Charlote, no dia 20 de fevereiro. Esse show já é bem conhecido pelos fãs e colecionadores de bootlegs. Basta lembrar do CD FTD Unchained Melody. O grande destaque entre essas faixas é justamente Moody Blue (que infelizmente não passa de uma tentativa fracassado por parte de Elvis em apresentar material novo ao público - ele tenta, brinca, ri um pouco e desiste!). Depois dessas canções gravadas em Charlote a única coisa mais relevante é o medley gospel "Bossom Of Abraham / Better You Run" gravado em Alexandria. A faixa já havia sido lançada antes no bootleg "The Event" mas agora está bem melhor, chegando até mesmo a parecer um ensaio já que mal conseguimos ouvir o público. Como o CD citado não é muito conhecido vai ser uma boa surpresa para muitos. Eu sempre aconselho os fãs a adquirirem os bootlegs com as íntegras desse show mas como se apresenta aqui até que pode ser válido, muito embora como eu já disse o material esteja incompleto. Em resumo, o CD 2 não é perfeito mas já traz novidades interessantes (coisa que falta definitivamente no volume 1 da coleção).

Elvis Presley - The Final Curtain CD 2
01. Love Me
02. If You Love Me (Let Me Know)
03. You Gave Me A Mountain
04. O Sole Mio / It's Now Or Never
05. All Shook Up/Teddy Bear/Don't Be Cruel
06. Help Me
07. Big Boss Man
08. My Way
09. Introductions
10. Hurt
11. Hound Dog
12. Can't Help Falling In Love
13. Release Me
14. Trying To Get To You
15. Fairytale
16. My Way
17. Moody Blue
18. How Great Thou Art
19. Blue Christmas
20. My Way
21. That's All Right
22. Bosom Of Abraham/You Better Run
23. And I Love You So
24. Fever
25. Hurt
26. Heartbreak Hotel
27. Blue Suede Shoes.

Pablo Aluísio.