segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Marley & Eu

Título no Brasil: Marley & Eu
Título Original: Marley & Me
Ano de Produção: 2008
País: Estados Unidos
Estúdio: Fox 2000 Pictures, Regency Enterprises
Direção: David Frankel
Roteiro: Scott Frank, Don Roos
Elenco: Owen Wilson, Jennifer Aniston, Eric Dane

Sinopse: 
O jovem casal formado por John (Owen Wilson) e Jenny (Jennifer Aniston) resolve adotar um cachorrinho da raça Labrador Retriever chamado Marley. Quando pequeno, Marley era uma gracinha, impossível de resistir, mas ao crescer se torna um cão bagunceiro, indisciplinado e desobediente, causando muitas confusões para seus donos. Sua lealdade e amor porém conquistam o casal, que vai passando pelas dificuldades da vida ao seu lado até o dia em que Marley precisa dizer adeus. 

Comentários:
Esse filme foi lançado sem alarde nos cinemas, sem qualquer tipo de pretensão e de repente se tornou um grande sucesso de bilheteria. Cachorrinhos faturando horrores para o cinema não é novidade, basta lembrar de Lassie, Rin-Tin-Tin e Benji. Hollywood porém não acreditava mais nesse tipo de produção. Era considerado algo ultrapassado, fora de moda. Os fãs de filmes sobre animais domésticos então tiveram que por longos anos se contentar com os telefilmes sobre a eterna amizade entre homem e cão. Isso até "Marley & Me" provar que havia toda uma legião de cinéfilos dispostos a consumir esse tipo de fita. Temos que reconhecer que o roteiro é bobinho, sem novidades, mas isso em momento nenhum se torna um defeito. O filme conquista mesmo por sua simplicidade e bonita história que foi baseada em fatos reais, que virou livro e também fez sucesso nas livrarias. Aliás será praticamente impossível não se emocionar com os momentos finais do filme já que tudo é muito bem encenado, mostrando os últimos momentos do querido Marley. Assista e não chore se puder! Filme premiado pelo BMI Film & TV Awards, Kids' Choice Awards e Teen Choice Awards.

Pablo Aluísio.

domingo, 16 de fevereiro de 2014

A Sombra do Batman

Título no Brasil: A Sombra do Batman
Título Original: Beware the Batman
Ano de Produção: 2013 / 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros, DC Comics
Direção: Sam Liu, Rick Morales, Curt Geda 
Roteiro: Mark Banker, Erin Maher,
Elenco: Anthony Ruivivar, JB Blanc, Sumalee Montano

Sinopse: 
Após testemunhar a morte de seus pais por um criminoso em Gotham City o jovem milionário Bruce Wayne resolve assumir uma nova identidade, a de Batman, um cavaleiro das trevas que começa a caçar todos os bandidos soltos nas ruas da grande cidade. No meio da criminalidade o aviso então se alastra: "Cuidado com a sombra do Batman!"

Comentários:
DVD que traz todos os treze primeiros episódios da série "A Sombra do Batman". No total são mais de duas horas e meia de animação com episódios que duram em média pouco mais de 20 minutos. Infelizmente os produtores não resolveram apostar em uma animação ao estilo tradicional, investindo em computação gráfica. O resultado é irregular. A verdade é que fora do mundo milionário do cinema, com seus amplos recursos técnicos e generosos orçamentos, a CGI nem sempre funciona muito bem. Em termos de roteiro a série também traz algumas novidades que podem desagradar os mais tradicionalistas como um mordomo Alfred brutamontes (com passado de agente secreto) e novos vilões, personagens pouco conhecidos como o Professor Porco, o Sr. Sapão e Magpie, uma cleptomaníaca com surtos psicóticos. Não que nada disso vá desagradar a garotada que acompanhará a série no Cartoon Network. Caso você esteja curioso para conhecer e gosta das aventuras do Batman então pode ser até uma opção meramente mediana para o fim de semana.

Pablo Aluísio.

O Rei da Califórnia

Título no Brasil: O Rei da Califórnia
Título Original: King of California
Ano de Produção: 2007
País: Estados Unidos
Estúdio: Millennium Films
Direção: Mike Cahill
Roteiro: Mike Cahill
Elenco: Michael Douglas, Evan Rachel Wood, Willis Burks II

Sinopse: 
Após ser internado por longos anos em instituições psiquiátricas, Charlie (Michael Douglas) ganha a liberdade. Ele tem uma filha, Miranda (Evan Rachel Wood), com quem mantém uma relação complicada. De volta às ruas Charlie começa a se convencer que há nos subúrbios da cidade onde mora um antigo tesouro espanhol enterrado, algo que seria a solução de todos os seus problemas financeiros. Seu alvo passa a ser um mercado de conveniência das redondezas que ele acredita ter sido construído em cima do local onde os espanhóis teriam escondido a fortuna.

Comentários:
Comédia muito despretensiosa estrelada por um envelhecido Michael Douglas. O roteiro tenta pegar carona com a modinha de filmes indies que fizeram sucesso entre a juventude em 2007. O problema é que o enredo é pouco atraente, muito bobo mesmo e não desperta maior interesse (talvez por essa razão o filme tenha sido um grande fracasso de bilheteria). É curioso ver um ator como Michael Douglas, que sempre preferiu estrelar blockbusters oportunistas, encarar um projeto como esse. Um filme pequeno, simples, que certamente não teria a menor chance de se destacar comercialmente nas bilheterias. Por falar nelas há muito tempo que Douglas não consegue mais se destacar no mercado. Abrindo o jogo seu último filme realmente relevante foi "Traffic", lançado há quase quinze anos. É certo que ele tentou se reerguer com "Wall Street: O Dinheiro Nunca Dorme" mas os resultados comerciais foram bem mornos. Assim o ator ultimamente tem se limitado a pequenos filmes como esse, que não trazem grandes ricos e nem maiores responsabilidades. "King of California" não marca e tem todos os atributos de uma comédia descartável ao estilo Sessão da Tarde. No fundo é o retrato da própria carreira de Michael Douglas, que já foi brilhante no passado mas que hoje em dia não reluz mais.

Pablo Aluísio.

sábado, 15 de fevereiro de 2014

Os Seus, Os Meus e os Nossos

Título no Brasil: Os Seus, Os Meus e os Nossos
Título Original: Yours, Mine and Ours
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures, Metro-Goldwyn-Mayer
Direção: Raja Gosnell
Roteiro: Ron Burch, David Kidd
Elenco: Dennis Quaid, Rene Russo, Jerry O'Connell

Sinopse:
Frank Beardsley (Dennis Quaid) perdeu a mulher e com oito filhos se tornou um viúvo solitário. Convenhamos não é nada fácil, principalmente nos dias de hoje. Eis que descobre finalmente que a vida continua e resolve procurar por novos relacionamentos. Acaba reencontrando a namoradinha da escola, uma antiga paixão, que ora vejam só, também está viúva. Detalhe: ela tem 10 filhos! Mesmo com tanta prole resolvem se casar, o que dará origem a muitas confusões pois a convivência de tanta gente junta certamente não será tão pacífica como desejam seus pais!

Comentários:
Essa comédia é na verdade um remake de um antigo filme estrelado pela humorista Lucille Ball em 1968 também chamado "Os Seus, Os Meus, Os Nossos". Não há grandes novidades no roteiro, que segue basicamente com o mesmo enredo. Apenas pequenos detalhes fazem diferença como o número de filhos que no original eram vinte e não dezoito como aqui! Além da confusão natural de se ter uma família com tantos filhos o roteiro procura tirar humor do fato dos filhos de pais diferentes possuírem também educações diferentes. Os filhos dele são organizados, disciplinados, estudiosos e sérios. Os filhos dela são pura bagunça e indisciplina. Funciona? Em termos, se você não estiver esperando por algo excepcionalmente engraçado até pode vir a se divertir. O curioso é que famílias numerosas vão se tornando cada vez mais raras nos dias de hoje, ao contrário do passado, onde dez filhos era algo até comum. Talvez por essa razão a estória soe bem mais datada hoje em dia do que antigamente com a estrela de "I Love Lucy". Mesmo assim, se não estiver fazendo nada na noite de sábado quem sabe a fita não se torne uma boa opção de fim de noite. Bom programa.

Pablo Aluísio.

Gagarin

Título no Brasil: Gagarin
Título Original: Gagarin: Pervyy v kosmose
Ano de Produção: 2013
País: Rússia
Estúdio: Kremlin Films
Direção: Pavel Parkhomenko
Roteiro: Andrei Dmitriyev, Oleg Kapanets
Elenco: Yaroslav Zhalnin, Mikhail Filippov, Olga Ivanova

Sinopse:
Yuri Alekseievitch Gagarin (Yaroslav Zhalnin) é um jovem de origem humilde do interior, filho de um simples carpinteiro, que decide ir para a cidade grande em busca de novas oportunidades. Na escola técnica acaba chamando a atenção dos professores por seu empenho nos estudos e logo é enviado para a força aérea russa. Lá se torna um piloto de caças e após alguns anos decide se candidatar ao programa espacial da União Soviética, naquele momento em uma verdadeira corrida espacial contra os americanos. De um universo de dois mil candidatos ele consegue se classificar entre um seleto grupo de apenas 20 pilotos designados para participar da primeira missão espacial da história. Após exaustivos treinamentos e testes, finalmente é escolhido como o primeiro homem a ir para o espaço em 1961, um feito histórico para a ciência.

Comentários:
Já que os americanos certamente nunca fariam um filme sobre Yuri Gagarin os russos foram lá e realizaram esse excelente retrato desse herói soviético, o primeiro homem a entrar em órbita. O roteiro tem duas linhas narrativas bem claras. Na primeira acompanhamos Gagarin em sua histórica missão. Os preparativos, a decolagem do imenso foguete que levou ao espaço a nave Vostok 1, a tensão nos bastidores e finalmente todos os momentos que concretizaram esse vôo histórico. Tudo mostrado com excelente nível técnico, ótimos efeitos visuais e produção requintada. Na segunda linha narrativa o roteiro mostra as origens humildes de Gagarin, aspectos da vida familiar do cosmonauta, a dura vida de trabalhador de seu pai e sua relação com a esposa e suas duas filhas. De forma inteligente o filme deixa as questões ideológicas que impulsionaram o programa soviético de lado. Como os russos ainda hoje se sentem desconfortáveis com o passado socialista de seu país (já que vivem dias de democracia), o importante é de fato mostrar a missão do ponto de vista quase que exclusivamente científico. O líder soviético Nikita Kruschev surge em cena, feliz e contente com o sucesso da missão que usará como fonte de propaganda mas é só. Nada avança muito nesse aspecto. O que torna esse filme realmente muito bom são as cenas em que Gagarin passeia em volta da Terra, olhando para a imensidão do cosmos. Nessa parte o roteiro conseguiu captar toda a emoção daquele momento. Assim "Gagarin" é um ótimo filme, que merece ser assistido com um ponto de vista na história e outro nos avanços maravilhosos da ciência.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Evocando Espíritos

Título no Brasil: Evocando Espíritos
Título Original: The Haunting in Connecticut
Ano de Produção: 2009
País: Estados Unidos
Estúdio: Lionsgate, Gold Circle Films
Direção: Peter Cornwell
Roteiro: Adam Simon, Tim Metcalfe
Elenco: Virginia Madsen, Martin Donovan, Elias Koteas

Sinopse: 
Uma família se muda para uma antiga casa em Southington, Connecticut. O imóvel, há muitos anos abandonado, é comprado por uma verdadeira pechincha. No começo tudo parece transcorrer muito bem até que pequenos eventos inexplicáveis começam a surgir no meio da noite. Inicialmente os familiares tentam ignorar mas depois que parte desconhecida da casa é descoberta, uma câmara de embalsamento de corpos no porão, as coisas começam a sair do controle. Acontece que na década de 1920 o local serviu de casa funerária. Algumas fotos aterrorizantes de corpos são encontradas no fundo escuro do local e várias manifestações de espíritos malignos começam a surgir de forma recorrente. O que a família poderá fazer para se proteger desses eventos sinistros?

Comentários:
A proposta dessa franquia "Evocando Espíritos" até que é bem interessante. Adaptar para o cinema velhas histórias de assombração. Esse filme, por exemplo, foi baseado numa história real que ocorreu no estado americano de Connecticut. Inclusive esses acontecimentos já tinham sido explorados em um programa do canal Discovery, chamado "Assombrações". Por essa razão assim que o filme começou me lembrei imediatamente do que tinha visto na TV. A casa existe até os dias atuais e é considerada amaldiçoada pelos moradores da região. No programa do Discovery o local era mostrado pela primeira vez na televisão americana. Os produtores desse filme fizeram nesse aspecto um belo trabalho de reconstituição histórica, recriando a velha residência em estúdio. O filme é curioso e interessante por seu tema mas também apresenta alguns problemas. Nas mãos de um diretor melhor acredito que a estória iria render mais. Talvez Peter Cornwell tenha se equivocado por não ser tão sutil como era de esperar. Os fantasmas surgem muitas vezes de forma banal, quebrando o suspense e a tensão que situações assim poderiam gerar. Também subestima muito a inteligência do espectador, sempre tentando explicar os mínimos detalhes de tudo o que acontece (o que é desnecessário). De qualquer maneira do jeito que está não está ruim. Bem melhor é a continuação, "Evocando Espíritos 2", que também foi baseado em um fato supostamente real mas de forma bem melhor. Esse primeiro, infelizmente, perde uma ótima oportunidade de ser uma pequena obra prima do terror.

Pablo Aluísio. 

U.S. Marshals - Os Federais

Título no Brasil: U.S. Marshals - Os Federais
Título Original: U.S. Marshals
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Stuart Baird
Roteiro: Roy Huggins, John Pogue
Elenco: Tommy Lee Jones, Wesley Snipes, Robert Downey Jr., Joe Pantoliano

Sinopse: 
Samuel Gerard (Tommy Lee Jones) é um agente federal que tem a missão de recapturar o assassino fugitivo Mark Roberts (Wesley Snipes) que conseguiu escapar das garras da lei após se libertar quando o avião que o transportava em direção à prisão sofreu um acidente. Ao lado do experiente Gerard surge um agente bem mais jovem e novato, John Royce (Robert Downey Jr.) que o ajudará a pegar Roberts. O que poucos sabem porém é que o procurado não é um fugitivo comum, mas sim um criminoso envolvido numa complexa rede de interesses envolvendo políticos poderosos.

Comentários:
"U.S. Marshals - Os Federais" foi vendido na época de seu lançamento como uma espécie de continuação do sucesso "O Fugitivo". Na realidade não é bem disso que se trata. O único elo de ligação vem mesmo do personagem do agente Samuel Gerard, novamente interpretado pelo ator Tommy Lee Jones. É verdade que a estrutura do roteiro de uma forma em geral procura se assemelhar bastante ao filme anterior, mas isso não coloca a fita necessariamente como uma sequência direta daquela produção com Harrison Ford. São fitas de certa forma bem independentes, que podem ser assistidas isoladamente, sem perda nenhuma da compreensão de suas tramas. O diretor Stuart Baird é um caso curioso. Uma rara transição da mesa de edição para a direção. Ele ficou conhecido por ter realizado a edição de vários filmes de ação famosos, especialmente com Bruce Willis e seu talento em dar agilidade nas cenas levou a Warner a apostar nele como diretor de fitas de ação. Depois de dirigir o bom e competente "Momento Crítico" ele foi designado para esse "U.S. Marshals" e não decepcionou. Os fãs de "Star Trek" também o conhecem bem pois ele dirigiu uma boa aventura da franquia em 2002, "Nêmesis". Assim temos aqui um policial ágil, com muita adrenalina e como não poderia deixar de ser, ótimas cenas de perseguição. Tudo mostrado em um bom ritmo, feito especialmente para o espectador não desgrudar os olhos da tela. Se você gosta desse estilo de filme certamente não pode deixar de conferir.

Pablo Aluísio.

Arraste-me para o Inferno

Título no Brasil: Arraste-me para o Inferno
Título Original: Drag Me to Hell
Ano de Produção: 2009
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Sam Raimi
Roteiro: Sam Raimi, Ivan Raimi
Elenco: Alison Lohman, Justin Long, Ruth Livier

Sinopse: 
Christine Brown nega um novo empréstimo para uma velha senhora que sem essa quantia ficaria sem casa. Já idosa e abandonada à própria sorte ela é despejada de sua residência e resolve despejar toda a sua fúria lançando uma maldição secular contra Brown. Esse feitiço acaba atraindo todos os tipos de energias e espíritos negativos para a vida da pobre moça que se vê assim em um verdadeiro inferno na Terra.

Comentários:
Eu não me surpreendi com o filme porque antes de assistir já tinha lido várias críticas dizendo que era algo ao estilo "Uma Noite Alucinante", então já sabia de antemão o que iria encontrar: muitas cenas escatológicas, muito humor negro e um final pra lá de esquisito. Eu até gostei e pra falar a verdade me diverti. Dentro do que ele propõe (ser um tipo de "terrir" - terror para rir) até que Raimi se saiu bem. O filme tem uma levada meio despretensiosa mesmo, acho inclusive que ele fez esse para relaxar das tensões que sofreu ao dirigir "Homem Aranha". Os personagens são todos caricaturais ao extremo, mostrando o tempo todo que Sam Raimi jamais quis fazer algo mais sério. A velha cigana que joga uma maldição é um exemplo disso. Raimi quase fez dela um clichê ambulante das antigas bruxas de desenho animado e produções antigas de terror. Na cena do atropelamento então o cineasta deixa claro suas reais intenções. É um filme para se ver com muita pipoca, cercado dos amigos no cinema, com todos dando risadas dos absurdos do roteiro. Houve quem levasse à sério mas isso, repito, não estava nos planos de Raimi. Se você quiser um passatempo descompromissado, que joga e satiriza com os clichês dos filmes de terror, esta fita certamente pode ser uma boa opção.

Pablo Aluísio.