domingo, 3 de novembro de 2024

Imperador Romano Sétimo Severo

Imperador Romano Sétimo Severo
Dois séculos depois da morte de Cristo, o Império Romano continuava sua longa jornada de decadência social, moral e política. O cargo de Imperador era descaradamente vendido pelos guardas pretorianos. Quem pagasse mais, levava o Império. Assim subiram ao poder homens ricos, mas inescrupulosos, corruptos que desejavam apenas saquear os tesouros imperiais. A situação ficou tão absurda e afrontosa que muitos governadores de provinciais se revoltaram contra essa situação. 

Entre esses governadores estava Sétimo Severo. Ele reuniu uma grande legião e marchou em direção a Roma. Após uma guerra civil bem sangrenta finalmente recebeu o apoio político e militar dos demais governadores e se tornou o novo Imperador de Roma, prometendo colocar ordem na anarquia e no caos, varrendo da cidade eterna os políticos corruptos e os militares sem honra. 

Seu primeiro ato como Imperador foi acabar com a guarda Pretoriana. Criada por Augusto, essa ordem militar se tornou um elemento nocivo para o Império. Seus membros estavam vendendo cargos públicos em troca de dinheiro e propriedades. Eles também foram responsáveis pela morte de vários imperadores no passado. Então era mesmo um elemento a ser destruído dentro do império. Vários guardas pretorianos foram presos por seus crimes e outros fugiram para não caírem presos também. 

Outra investida de Sétimo Severo foi o Senado. Havia um grupo de senadores corruptos. Doze deles em especial foram presos e condenados à morte. Depois disso o novo imperador nomeou homens de sua confiança ao Senado e entregou as forças do império para militares honrados e honestos que tinham demonstrado seu valor no campo de batalha. 

Com os políticos certos no Senado e com o controle do poderio militar, finalmente o Imperador conseguiu governar em paz. E fez um bom governo a ponto de ter grande popularidade entre o povo romano. Na política externa enfrentou uma grave rebelião de um império vizinho que dominava a região da Mesopotâmia. Sagrou-se vencedor nessa guerra e construiu um arco de triunfo em celebração a essa grande vitória. O Imperador Sétimo Severo viveu até a idade de 65 anos e morreu de gota. Não foi assassinado como havia acontecido com muitos outros Imperadores do passado. 

Pablo Aluísio. 

sábado, 2 de novembro de 2024

Elvis Presley - Kissin' Cousins - Parte 1

Elvis Presley - Kissin' Cousins - Parte 1
Esse filme Kissin' Cousins tem muita coisa em comum com Harum Scarum. São boas trilhas sonoras de Elvis para filmes muito ruins. O filme Kissin' Cousins até que não era tão ruim como Harum Scarum. Por outro lado sua trilha sonora era ligeiramente inferior. E ambos foram produzidos pelas mesmas companhias, a MGM no cinema e a RCA Victor no disco. Quando Kissin' Cousins chegou aos cinemas em 1964 o público até estava animado por causa do sucesso de "Viva Las Vegas" que foi indiscutivelmente um dos melhores musicais de Elvis nos anos 60. Só que tudo se transformaria em um balde de água fria. 

Se "Viva las Vegas" tinha boa produção e uma linda Ann-Margret, "Kissin' Cousins" não tinha nada disso. Era uma produção B onde Elvis interpretava dois personagens, um com os cabelos pretos do cantor e outro usando uma peruca loira! Dois papéis em um filme que não deixou saudades. Uma paródia em cima de pessoas caipiras em um tom tão caricato que nos dias de hoje iria soar até mesmo como um desrespeito, algo ofensivo. No Brasil o filme recebeu um nome "digno" dessa coisa toda. Em nosso país o filme recebeu o nome de "Com Caipira Não se Brinca". Pois é, enquanto Elvis afundava nesse tipo de filme os Beatles surfavam a onda da Beatlemania nos Estados Unidos! 

Mas vamos para as músicas da trilha sonora, que eu considero um bom disco. Inclusive até que vendeu muito bem, chegando ao oitavo lugar entre os mais vendidos da Billboard. Nem merecia tanto sucesso comercial assim. Pois bem, o disco abre com a faixa "Kissin' Cousins (Number 2)". Como havia dois personagens interpretados por Elvis, os produtores acharam por bem também colocar duas músicas temas na trilha sonora! Essa faixa Number 2 não é melhor do que a Number 1. Ainda assim é uma boa música. Não faz feio. 

Certa vez eu dei boas risadas quando um colunista brasileiro escreveu que a música "Smokey Mountain Boy" era sobre um garoto que gostava de fumar nas montanhas! Não, caro boboca, tradução completamente errada. As montanhas do Kentucky (onde a história do filme se passa) são conhecidas como Smokey Mountains por causa das fortes neblinas que as encobrem no inverno. Nada a ver com gente fumante no alto da montanha! Chegou a ser engraçado essa tradução bizarra. Essa música é justamente sobre essas pessoas que moram no alto da montanha. É uma faixa até legal, em ritmo de marcha, toda assoviada no arranjo. Dizem que os assovios são de membros do Jordanaires. Ficou interessante. 

Pablo Aluísio. 

The Beatles - Beatles For Sale - Parte 1

The Beatles - Beatles For Sale - Parte 1 
"No Reply" é uma beleza de melodia. Com John Lennon nos vocais principais (em voz dobrada dentro dos estúdios), é um dos melhores momentos desse disco. Não sei exatamente a razão, mas essa canção sempre me levou a ter um sentimento de estar ouvindo uma antiga trilha sonora da era do cinema mudo, onde as trilhas dos filmes eram executados por pianistas dentro das salas de cinema. Tem uma sonoridade de música antiga, do começo do século XX. Poderia estar em uma velha película estrelada por Douglas Fairbanks.

Agora imagine ser um dos roqueiros mais populares do mundo, ser exaltado em todos os lugares por onde passava, com milhares de fãs lhe idolatrando, ter fama e sucesso financeiro e ainda assim escrever uma música chamada "Eu sou um Perdedor" ("I'm a Loser"). Foi justamente isso que John Lennon fez, bem ali na onda da Beatlemania. Era coisa para poucos. Na letra John afirmava várias vezes que era um perdedor e nada daquilo que as pessoas pensavam. John Lennon, sem favor nenhum, foi um dos maiores letristas da história do rock. E para deixar ainda mais sua marca registrada ele também acrescentou sua característica gaita. Lennon em estado puro.

"Rock and Roll Music" foi composta, gravada e lançada originalmente por um dos pais do rock, Chuck Berry. Esse foi um artista único, com uma história que era puro rock ´n´roll. Negro, sempre envolvido com tretas na justiça, onde vivia entrando e saindo da cadeia, era um tipo marginal em sua vida pessoal. Porém como artista seu talento era inegável. Certa vez John Lennon o encontrou pessoalmente em um programa na TV americana durante os anos 70. Sem nem pensar duas vezes se derreteu de elogios na frente dele, o chamando de "meu herói". Realmente, para aquela geração roqueira ele foi mesmo um símbolo, um herói do movimento.

"I'll Follow the Sun" é linda! Simplesmente isso, uma das mais lindas músicas gravadas pelos Beatles. É impressionante como aqueles jovens conseguiam criar algo tão belo no estúdio. O produtor George Martin também acertou muito ao sugerir aos Beatles que eles fizessem arranjos simples e belos, com solos de violão e o baixo de Paul em segundo plano, quase imperceptível. Esse tipo de sonoridade relaxante e romântica iria ressurgir alguns anos depois no clássico "Here Comes The Sun". Tinha o mesmo sentimento, o mesmo feeling.

Pablo Aluísio. 

sexta-feira, 1 de novembro de 2024

O Ursinho Pooh 2

Título no Brasil: O Ursinho Pooh 2: Sangue e Mel
Título Original: Winnie-the-Pooh: Blood and Honey II
Ano de Lançamento: 2024
País: Estados Unidos
Estúdio: Premiere Entertainment
Direção: Rhys Frake-Waterfield
Roteiro: Rhys Frake-Waterfield
Elenco: Scott Chambers, Tallulah Evans, Ryan Oliva

Sinopse:
O escritor Christopher Robin que publicou uma série de livros infantis de sucesso com o personagem do ursinho Pooh e sua turma, volta para a região onde nasceu. Ele está decidido a enfrentar os seres monstruosos que habitam a floresta e que agora aterrorizam os moradores da cidade. Vai jorrar sangue pra todos os lados! 

Comentários:
O primeiro filme fez um bom lucro, então os produtores decidiram fazer essa continuação. Pelo menos agora tomaram vergonha na cara e contrataram uma equipe de roteiristas para dar um jeito na história. Copiando as ideias de "A Ilha do Dr. Moreau" eles criaram as justificativas para a existência desses monstros, seres híbridos entre animais selvagens e seres humanos. Pois é, originalidade não é com essa gente mesmo! Essa franquia de terror só existe mesmo porque o Ursinho Pooh, um clássico da literatura infantil, entrou em domínio público. Testando os limites da legalidade eles então produziram esses dois filmes do estilo mais sangrento de terror, o slasher. Sendo bastante generoso, até que ficou bom. E nesse segundo filme não pouparam nem a figura do escritor dos livros infantis pois ele também entrou na dança, se tornando um personagem do filme. É a liberdade de expressão testando seus próprios limites. Enfim, se você gosta desse tipo de filme, arrisque! Penso que até vai curtir o resultado final. 

Pablo Aluísio.

O Grito

Título no Brasil: O Grito 
Título Original:  O Grito
Ano de Lançamento: 2024
País: Brasil
Estúdio: Netflix
Direção: Rodrigo Giannetto
Roteiro: Rodrigo Giannetto
Elenco: Familiares dos prisioneiros do Regime Disciplinar Diferenciado

Sinopse:
Documentário que mostra o drama das famílias dos condenados ao regime carcerário diferenciado que passou a vigorar há alguns anos no Brasil. Esses detentos ficam privados do contato com seus familiares, muitas vezes levados para cidades distantes onde vivem as suas famílias. 

Comentários:
Gostei desse documentário. Ele levanta questões importantes sobre a realidade da população carcerária no Brasil. E mostra o drama dos familiares que acabam perdendo contato com os prisionaieros que vão para o Regime Disciplinar Diferenciado, onde são transferidos para presídios federais distantes de suas cidades de origem. Um aspecto que me chanou a atenção foi a boa escolha do documentário em mostrar esse drama de forma personalizada, não apenas com números e estatísticas. Quando o ser humano vem em primeiro plano a situação se torna muito mais real para o espectador. 

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 30 de outubro de 2024

Manhunter - Caçador de Assassinos

Manhunter - Caçador de Assassinos 
Muita gente pensa que a primeira vez que o personagem Hannibal Lecter foi adaptado para o cinema foi no sucesso "O Silêncio dos Inocentes". Ledo engano. A estreia do canibal mais famoso da sétima arte se deu nesse filme dos anos 80. Quem o interpretou aqui foi o ator Brian Cox. Gosto muito de seu trabalho, mas tenho que reconhecer que sua interpretação desse psicopata não chegou nem aos pés do Anthony Hopkins. Aliás vamos ser sinceros. Quem engrandeceu o Hannibal como personagem ícone do cinema foi mesmo Hopkins. Cox nem teve uma boa oportunidade para isso, uma vez que ele tem apenas duas cenas no filme inteiro! Pois é, meus caros, nesse primeiro filme o Hannibal foi colocado mesmo numa posição bem secundária. 

Só que não se engane sobre essa questão. Esse filme é bom! Ele na realidade foi adaptado do livro "Dragão Vermelho" que acabou sendo o segundo com Hopkins no papel de Hannibal. Claro que essa adaptação não chega a ser perfeita. O histórico de vida e os traumas do psicopata Fada dos Dentes nem chega perto de ser bem desenvolvido, mas a despeito dessa falha o filme consegue funcionar. Para uma produção dos anos 80 inclusive o filme pode ser considerado até acima da média no final das contas. 

Manhunter - Caçador de Assassinos (Manhunter, Estados Unidos, 1986) Direção: Michael Mann / Roteiro: Thomas Harris, Michael Mann / Elenco: William Petersen, Brian Cox, Tom Noonan, Stephen Lang / Sinopse: Após a morte violenta de toda uma família, um especialista do FBI em crimes envolvendo assassino em série entra no caso. E o assassino à solta parece se inspirar nos crimes cometidos por Hannibal Lecter no passado. 

Pablo Aluísio.

terça-feira, 29 de outubro de 2024

Caravana de Bravos

Caravana de Bravos
Dois cowboys, que vivem de comprar e vender cavalos selvagens, são contratados como guias de uma caravana de Mórmons que precisam cruzar o deserto para chegar na região onde eles querem construir uma nova comunidade religiosa. A jornada não vai ser das mais simples. Além do clima hostil, que exigirá muito de todos os membros da caravana, ainda existem perigos por causa da presença de bandoleiros e criminosos, além dos nativos selvagens que estão por todas as partes e rejeitam a presença do homem branco em suas terras ancestrais. 

Esse é um filme menor e pouco conhecido da filmografia do grande John Ford. No elenco não há nenhum grande astro da era de ouro do western. E o filme foi feito com produção apertada, resultando em uma película de pouca metragem, com pouco menos de 80 minutos de duração. Isso não significa em nenhum momento que seja um faroeste ruim, nada disso. Todos os elementos que se esperam encontrar em um bom faroeste estão aqui. Porém é fato que esse é um dos filmes mais modestos e menos pretensiosos desse diretor que iria se notabilizar pelas grandes obras cinematográficas que iria dirigir em seus anos seguintes. 

Caravana de Bravos (Wagon Master, Estados Unidos, 1950) Direção: John Ford / Roteiro: Frank S. Nugent, Patrick Ford, John Ford / Elenco: Ben Johnson, Joanne Dru, Harry Carey Jr. / Sinopse: Esse western, também conhecido como "Caravana Perdida", conta a história de um grupo de pioneiros que viajam rumo ao deserto do oeste dos Estados Unidos em busca de um novo recomeço. E no caminho enfrentam todos os tipos de adversidades. 

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 28 de outubro de 2024

O Segredo das Joias

O Segredo das Joias
Mais um clássico, muito bem dirigido, pelo mestre John Huston. Na história uma quadrilha de criminosos é recrutada para um plano ousado, um roubo de joias em um banco. O cofre é bem guardado, mas o plano do roubo é muito bem arquitetado por um homem que acabou de sair da prisão. Ele é conhecido no meio criminal como "O Doutor". De certo modo é um gênio do crime. Só que para realizar seu plano ele precisa de um financiador. Um advogado ouve sobre o roubo e decide bancar a empreitada criminosa. Só que ele esconde o fato de que na realidade está falido e não tem como comprar as joias depois que elas forem roubadas. 

É um autêntico filme de crime, produzido no começo dos anos 50. Curiosamente dentro do bom elenco quem iria se tornar mesmo uma estrela era a ainda jovem Marilyn Monroe. Ela interpreta a jovem amante do advogado que está envolvido no roubo das joias. Chamada de Angela, a personagem de Marilyn não passa de uma Sugar Baby bem ingênua que em um primeiro momento mente para salvar seu amante mais velho das garras da polícia. E isso poderia inclusive lhe trazer muitos problemas. Marilyn Monroe já estava nesse filme com o visual que a consagraria no cinema, com cabelos platinados. Ainda bem magra e jovem ela estava linda em cena! Só não tinham ainda lhe dado a chance para brilhar, o que iria acontecer em breve na sua carreira. 

O Segredo das Joias (The Asphalt Jungle, Estados Unidos, 1950) Direção: John Huston / Roteiro: Ben Maddow, John Huston, W.R. Burnett / Elenco: Sterling Hayden, Louis Calhern, Jean Hagen, Sam Jaffe, Marilyn Monroe / Sinopse: Quadrilha é formada para realizar um bem planejado roubo de joias. Filme indicado ao Oscar nas categorias de melhor direção, melhor roteiro, melhor ator coadjuvante (Sam Jaffe) e melhor direção de fotografia (Harold Rosson). 

Pablo Aluísio. 

domingo, 27 de outubro de 2024

Imperador Romano Commodus

Imperador Romano Commodus
Cômodo (do latim Commodus) era o filho do bom imperador Marco Aurélio. Dessa maneira ele sempre teve do bom e do melhor desde criança. Cresceu no luxo e na riqueza. Era o herdeiro ao maior império do mundo. Talvez por essa razão também criou todos os vícios que se possa imaginar desde muito jovem. Não gostava de estudar, de trabalhar e nem se interessava pelo Império como um todo. Queria apenas desfrutar de sua riqueza e da influência e poder do pai imperador. 

Quando Marco Aurélio morreu todos em Roma ficaram receosos. Commodus não era o homem certo para assumir o maior império do mundo. Ele era considerado um tolo, um frívolo e em muitos aspectos um imbecil. Também tinha uma personalidade muito tóxica e vil. Não tinha nenhum grande valor pessoal. Era egoísta, mesquinho e não via nenhum problema em matar as pessoas que ficavam em seu caminho. E os erros começaram logo cedo em seu governo. Logo de começo decidiu retirar as tropas romanas das fronteiras da Germânia. Ele não queria morrer naquela fronteira como havia acontecido com seu pai. 

Foi um grande erro pois com a saída das legiões romanas o Império ficou sem defesa em suas fronteiras. Não demorou muito e multidões de povos bárbaros começaram a invadir vilas romanas por todo o império. O caos havia se instalado e dessa vez esses povos indefesos não contavam mais com a proteção militar de Roma. Muitos massacres foram promovidos, milhares morreram nas mãos dos Germânicos, Vândalos e Visigodos, entre outros grupos de menor expressão. 

Enquanto seu povo era massacrado pelos bárbaros, Commodus passava o dia treinando com gladiadores pois ele era louco pelos violentos jogos de arena em Roma. Negligenciou a administração imperial e jogou tudo nas mãos de pessoas que se diziam suas amigas. O problema é que eles eram parasitas, corruptos e ex-escravos que não tinham nenhuma afeição ou elo de ligação com a nação romana. Eles apenas queriam a riqueza dos cofres públicos e nada mais. 

Com tantos roubos, o povo romano começou a passar fome, mas o imperador ignorou tudo. Mandou executar seus inimigos e acabou sendo alvo de uma grande conspiração que planejava sua morte. Inicialmente envenenaram sua comida, mas Commodus sobreviveu. Depois compraram um lutador conhecido como Narciso de que o imperador gostava muito e que gozava de sua intimidade, a ponto de frequentar seus aposentos privados. Durante o banho do imperador esse lutador o imobilizou e terminou por estrangulá-lo. Era o ano de 192 e o imperador foi assassinado com apenas 31 anos de idade. Sua morte significou o fim de sua dinastia, conhecida como Nerva-Antonina. No cinema esse imperador acabaria imortalizado no grande sucesso "Gladiador". 

Pablo Aluísio. 

sábado, 26 de outubro de 2024

Elvis Presley - Elvis Country - Parte 5

Elvis Presley - Elvis Country - Parte 5
Bom, finalizando essa série de textos sobre esse disco do Elvis, vamos tecer mais alguns comentários sobre as músicas que faltam. Eu gosto de "Make the World Go Away", mas temos que considerar que esse é quase um hino emocional. O Elvis gostava desse tipo de música, bem evocativa, diria quase exagerada. Ele também jamais escondeu que adorava esses grandes arranjos vocais, afinal seu sonho, desde a juventude, sempre foi a de fazer parte de um quarteto vocal gospel, pois ele adorava esse tipo de sonoridade. Era algo que sempre o levava a lembrar dos primeiros anos, quando colecionava discos desse estilo musical. Então certamente aqui se sentiu plenamente gratificado com esse tipo de gravação. 

"I Washed My Hands in Muddy Water" era uma canção tipicamente sulista, falando de coisas do sul. Certamente não era o tipo de música que Elvis gravava para fazer sucesso em grandes centros urbanos como Nova Iorque ou Chicago. Nada disso. Essa era uma música de interior, das pequenas comunidades que viviam no Sul dos Estados Unidos. Uma boa faixa do álbum, com jeito de jam session, o que no fundo era mesmo. Essa era mais uma jam que ficou tão boa que entrou no disco oficial, embora parte dela tenha sido cortada. 

O LP Elvis Country vendeu muito bem em seu lançamento original. Foi o disco mais bem sucedido de Elvis naquele ano. Era realmente um produto comercial voltado para o sucesso pois Elvis sempre teve forte ligação com a country music que nunca deixou de ser o gênero musical mais popular do Sul. E a capa, com Elvis garotinho, no mais puro estilo sulista, também tem um charme todo especial. Não é de se admirar que o disco tenha vendido tantas cópias. 

No Brasil ocorreu um absurdo. O LP não foi lançado em nosso país na época. Só ganhou uma edição em nosso país muito tempo depois, nos anos 90, quando finalmente o disco ganhou sua versão nacional, já no final da era do vinil. Era um disco simples, sem luxos, mas que serviu para marcar espaço nas lojas de discos pelo Brasil afora. E naquela ocasião tive a oportunidade de adquirir uma cópia, que tenho até os dias atuais. 

Pablo Aluísio.