sábado, 7 de setembro de 2024

Elvis Presley - Elvis Country - Parte 3

 Elvis Presley - Elvis Country - Parte 3
"The Fool" geralmente é confundida com "Fool". São duas músicas diferentes. A segunda saiu no álbum "Elvis" de 1973. Inclusive esse disco ao longo dos anos acabaria ficando conhecido de forma popular como "Fool Album" porque essa era a primeira música do disco e como o nome "Elvis" soava genérico demais, os próprios fãs deram essa denominação informal a esse LP. Das duas músicas do tolo, eu prefiro mesmo a desse disco "Elvis Country". É uma boa canção que contou inclusive com uma excelente performance por parte do cantor. Procure por outros takes alternativos dessa mesma gravação. Alguns deles são melhores do que essa versão oficial que ouvimos aqui. 

"I Really Don't Want to Know" foi uma das últimas gravações de estúdio de Elvis desse excelente compositor, o Don Robertson. Nos anos 60 esse compositor foi responsável por algumas das melhores baladas românticas dos discos de Elvis. Ele era ótimo nesse tipo de composição. Muitas trilhas sonoras fracas inclusive foram salvas em parte por causa de Robertson. Como não poderia deixar de ser, essa faixa era bem na linha country music. Algo que fugia do padrão de Robertson que sempre preferiu compor músicas românticas do homem urbano, de seu tempo. 

"There Goes My Everything" foi outra canção que ganhou versões diferentes dentro da discografia de Elvis. Essa do álbum "Elvis Country" é bem mais conhecida que sua irmã menos popular "He is My Everything". O ritmo era o mesmo, a mesma melodia. A diferença vinha no conteúdo da letra. A segunda trazia uma letra religiosa, gospel, sendo colocada no álbum "He Touched Me", o último dos três discos de música gospel da discografia oficial de Elvis. Comparando as duas, são bem parecidas, mas eu ainda pefiro "There Goes My Everything". Nem sempre estou no espírito certo para ouvir músicas religiosas.

"It's Your Baby, You Rock It" bem poderia estar em algum disco do Eagles. É uma faixa bem na linha desse grupo de country rock que foi um dos mais populares nos Estados Unidos durante a década de 1970. Essa faixa foi outra que levou Elvis a gravar diversos takes para chegar naquele que mais gostava. É um dos melhores momentos desse álbum, com guitarra de James Burton bem marcante e presente. Entra fácil na lista das cinco melhores músicas desse álbum de Elvis Presley 

Pablo Aluísio. 

The Beatles - Help! - Parte 3

Para muitos a maior obra-prima da carreira dos Beatles é o clássico romântico "Yesterday". Quando Paul escreveu a música, após pensar na melodia ao acordar numa certa manhã, ele ficou convencido que a música não era original. De que ele apenas estava se lembrando de uma antiga música cantada por seu pai. O velho tinha feito parte de uma banda de jazz nos anos 30 e estava sempre tocando velhas músicas ao piano quando a família se reunia. Será que era isso mesmo que estava acontecendo?

Paul levou a música para o produtor George Martin que não se lembrava de nenhuma música com aquelas notas. Logo era mesmo uma criação pura da mente de Paul. Ao falar com o produtor esse deu a ideia de que usar um quarteto de cordas na gravação da faixa, pois assim ela ganharia um acompanhando clássico que depois a imortalizaria. Isso também significava tirar os demais Beatles da gravação. A música teria apenas Paul, os músicos clássicos e George Martin arranjando tudo.

Paul escolheu pelo caminho certo. Optou por um arranjo clássico. A gravação ficou maravilhosa e os demais três Beatles ficaram completamente de fora da versão original. Melhor assim. O resto é história. Considerada a música com o maior número de versões da história da música, "Yesterday" se tornou ainda maior que os próprios Beatles, ganhando vida própria. Curiosamente ela foi mal posicionada na trilha sonora, ficando perdida lá no final do Lado B do vinil. Nem em single foi lançada na Inglaterra. Mesmo assim logo se destacou, virando um grande hit da época. Um daqueles sucessos que rompem o teste do tempo. Ainda hoje é uma das melodias mais conhecidas em todo o mundo.

Para compensar o romantismo de "Yesterday" John Lennon resolveu trazer um cover bem barulhento para fechar o álbum, justamente a música que viria logo a seguir do clássico imortal de Paul. Estamos falando do rock "Dizzy, Miss Lizzy" de autoria de Larry Williams. Seria um dos últimos covers da discografia dos Beatles pois eles logo iriam abandonar essa coisa de gravar músicas de outros artistas em seus álbuns. A partir de determinado momento os Beatles decidiram que só iriam gravar músicas de sua própria autoria, fossem da dupla Lennon e McCartney ou de George Harrison. Eles fechariam para sempre o espaço para outros compositores em seus discos.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 6 de setembro de 2024

Clube dos Vândalos

Título no Brasil: Clube dos Vândalos 
Título Original: The Bikeriders
Ano de Lançamento: 2023
País: Estados Unidos
Estúdio: Focus Features
Direção: Jeff Nichols
Roteiro: Jeff Nichols, Danny Lyon
Elenco: Austin Butler, Jodie Comer, Tom Hardy, Michael Shannon, Mike Faist, Damon Herriman

Sinopse:
Um jornalista investigativo decide contar em seu próximo livro a história de um motoclube muito conhecido (e temido) na Califórnia. Sua principal fonte de informações vem da esposa de um dos membros mais conceituados dentro daquele grupo. E ela vai contando para seu interlocutor todas as histórias que viveu ao lado daqueles motoqueiros rebeldes. 

Comentários:
Um filme muito bom! Gostei bastante! O roteiro foi baseado em um livro que foi escrito tendo como assunto o famoso motoclube Hell´s Angels. Esse jornalista que escreveu o livro original captou bem o momento de transição daquele grupo. De simples amantes de motocicletas, que se reuniam para curtir as motos, até tudo se transformar em uma grande organização criminosa, com vários de seus membros tendo muitos problemas com as leis. O elenco, todo bom, ganha destaque. O ator Austin Butler acerta mais uma vez. Desde que fez Elvis ele só acertou na escolha dos projetos em que tem trabalhado. Só fez coisa boa. O rapaz sabe escolher bem os filmes e séries em que atua. Aqui não foge a essa regra. O filme, que é, repito, muito bom, só erra um pouquinho quando não se aprofunda nas atividades criminosas do motoclube. Penso que o filme assim ganharia muito mais carga dramática. De qualquer forma essa omissão não desmerece o filme em seu conjunto. É um produto cinematográfico de qualidade. Não deixe de assistir. 

Pablo Aluísio.

Transação Perigosa

Título no Brasil: Transação Perigosa
Título Original: Cash Out
Ano de Lançamento: 2024
País: Estados Unidos
Estúdio: BondIt Media Capital
Direção: Randall Emmett
Roteiro: Dipo Oseni, Doug Richardson
Elenco: John Travolta, Kristin Davis, Lukas Haas

Sinopse:
Mason Goddard (Travolta) é um criminoso profissional. Depois de uma complicada operação de roubos de carros que valem milhões, ele precisa ajudar seu próprio irmão que resolveu se envolver em um roubo a banco, mas sem ter um plano bem elaborado para tanto. Mason precisa tirar ele de lá com vida e quem sabe sair com alguns milhões de dólares dessa operação. 

Comentários:
O ator John Travolta segue na ativa. Depois da perda do filho e da esposa, a atriz Kelly Preston, ele segue sua carreira em frente, agora também produzindo seus filmes. Tudo isso deve ser parabenizado. Agora verdade também seja dita. O John Travolta não é mais relevante para a indústria do cinema. Ele tem feito alguns filmes bem fraquinhos, fitas de ação bem genéricas. Esse é um caso bem nessa linha. O filme, se encarado com baixas expectativas, até pode divertir. Tem aquela pegada com um pouco de humor e tudo mais. Travolta até se esforça em se empenhar no filme. Ele andou fazendo algumas visitas ao Brasil e isso talvez explique porque a trilha sonora conte com algumas músicas brasileiras. No geral é um filme simples, que procura seguir uma determinada linha de filmes de ação. Diverte sem maiores pretensões. O Travolta está mantendo sua carreira viva com fitas como essa. Só não se sabe até quando. 

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 5 de setembro de 2024

Tudo Pela Arte

Tudo Pela Arte
Filme dos mais interessantes. Um professor de arte e jornalista é contratado por um comerciante de obras de arte para ir em sua casa, passar alguns dias de descanso e lazer. Chegando lá, ele é sondado para um serviço bem peculiar. Ele entrará em contato com um pintor veterano que há muitas décadas vive isolado e longe do fervor do mundo das artes. No passado ele pintou um quadro que foi considerado uma verdadeira obra-prima da pintura. Um marco da arte dos Estados Unidos. Depois disso se isolou, virou um homem recluso. Nunca mais lançou nenhuma obra nova. Claro que para esse comerciante passa a ser bem interessante que ele volte a pintar, para ganhar alguns milhões com seus novos quadros. Só que para isso acontecer tem que acontecer alguma coisa que o faça mudar de ideia. O professor tem que se aproximar desse pintor, fazer amizade, para quem sabe o convencer a voltar para a ativa. 

O elenco é muito bom e traz algumas surpresas. A maior delas é a presença de Mick Jagger interpretando o merchand de artes. Um tipo bem ganancioso e astuto, que precisa de novas pinturas daquele velho artista que preferiu a reclusão e o isolamento social. Esse personagem do pintor trágico é interpretado pelo veterano Donald Sutherland em um dos seus últimos trabalhos para o cinema. Por fim, para não deixar passar em branco, só deixo uma ressalva em relação à história que o filme conta. O final vai surpreender muita gente e penso que de forma negativa. É um final pouco ético que vai na contramão daquela famosa frase que diz que o crime não compensa. Assista e tire suas próprias conclusões. 

Tudo pela Arte (The Burnt Orange Heresy, Estados Unidos, 2019) Direção: Giuseppe Capotondi / Roteiro: Charles Willeford, Scott B. Smith / Elenco: Donald Sutherland, Claes Bang, Elizabeth Debicki, Mick Jagger / Sinopse: Um jornalista e professor de arte é contratado por um merchand de quadros caros para fazer amizade e se aproximar de um pintor veterano que não pinta há muitas décadas. Ele tentará convencer o recluso artista à voltar para o mercado. 

Pablo Aluísio.

Adam Sandler: Love You

Adam Sandler: Love You 
Essa apresentação ao vivo do Adam Sandler chegou há poucos dias na Netflix. Vale como curiosidade em ver como se sai um ator de Hollywood em um show solo, diante de uma plateia pequena em um teatro, tudo feito praticamente sozinho, sendo apoiado apenas por um músico no palco. Como ele é um comediante, obviamente seu (curto) show se apoia no humor. Entre as histórias engraçadas e divertidas que conta ele vai cantando uma ou outra musiquinha, também todas de humor, com letras ora divertidas, ora meio sem graça e algumas realmente constrangedoras pelo mau gosto. O uso de baixarias também está presente no repertório, embora muitas vezes mais suavizadas, para se enquadrar no estilo do próprio Sandler. 

Como é de praxe eu gostei de algumas coisas e de outras não. A melhor coisa do show vem na última canção quando ele faz uma até bonita homenagem aos comediantes do presente e do passado. Cita Jerry Lewis, seu colega Jim Carrey e por aí vai. A música que canta é no fundo um agradecimento sincero a todos esses artistas. Imagens deles são exibidas em um telão no fundo do palco. O comediante Rob Schneider faz uma engraçada performance de Elvis cantando Its Now or Never. É uma piada em cima dos covers de Elvis, mas também em cima do próprio artista. Ficou divertido, não há como negar. De ruim mesmo temos algumas histórias sem graça, com desfechos fracos e outras que até começam bem, mas perdem o rumo. No saldo final vale a pena conhecer, embora passe longe de ser uma apresentação memorável. 

Adam Sandler: Love You (Estados Unidos, 2024) Direção: Josh Safdie / Roteiro: Adam Sandler / Elenco: Adam Sandler, Rob Schneider / Sinopse: Apresentação do ator Adam Sandler em um pequeno teatro de Nova Iorque. Nessa apresentação o comediante canta algumas canções e conta histórias e piadas divertidas baseadas em sua própria vida. 

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 4 de setembro de 2024

O Inferno de Dante

O Inferno de Dante 
Nos anos 90 o chamado Cinema Catástrofe ganhou uma sobrevida. Com a chegada dos efeitos digitais os produtores viram uma boa oportunidade para explorar novamente esse filão dos Disaster Movies que tanto sucesso de bilheteria havia feito nos anos 70. E dentro desse nicho surgiu um tipo de filme que na época virou modinha, mostrando grandes cidades sendo tragadas por enormes vulcões. Basta lembrar de outro filme dessa mesma época, chamado Volcano, para bem lembrar desse período no cinema americano. O Inferno de Dante veio nessa mesma onda, pegando carona no fugaz interesse que o público tinha nesse tipo de produção cinematográfica. Até porque agora a computação gráfica tornava possível qualquer cena imaginada pelos roteiristas e quando mais catastrófica fosse, melhor! 

Esse filme tive a oportunidade de ver no cinema. Naqueles tempos os efeitos especiais realmente impressionavam, mas devo avisar que vistos hoje em dia surgem mais do que datados. normal de acontecer com filmes que se sustentam apenas em efeitos especiais. O problema é que desde o seu surgimento os técnicos sabiam que os dois elementos da natureza mais complicados de se reproduzir digitalmente eram justamente o fogo e a água. E aqui temos rios de larvas vulcânicas que hoje em dia não parecem nada convincentes! De qualquer forma, no meio do pânico de um vulcão explodindo, ainda havia um bom elenco, encabeçado pelo "James Bond" Pierce Brosnan. E claro, ele interpreta o herói da história. Não poderia ser mesmo diferente. 

O Inferno de Dante (Dante's Peak, Estados Unidos, 1997) Direção: Roger Donaldson / Roteiro: Leslie Bohem / Elenco: Pierce Brosnan, Linda Hamilton, Jamie Renée Smith, Jeremy Foley / Sinopse: Um especialista em vulcões descobre que há um enorme vulcão adormecido nos Estados Unidos que está prestes a entrar em erupção, o que vai colocar em risco a vida de milhões de pessoas. 

Pablo Aluísio.

Poltergeist III

Poltergeist III
Depois de muitos nos acabei revendo esse terceiro e último filme da franquia original de Poltergeist. Sempre considerei o mais fraco filme e depois de todo esse tempo ele não melhorou em nada. Aqui o problema foi de conceito. Não tem como fazer um filme de assombração dentro de um prédio high tech de Chicago. Esse tipo de filme só funciona bem em velhas casas, mansões escuras, com sombras por todos os lados. Tem que ter um elemento gótico envolvido. Não se faz um filme bom de terror com elevadores e tecnologia de última geração. Chega a ser bizarro fazer um filme desse tipo com muita luz envolvida. Até os efeitos especiais ficam ruins no meio de tanta luminosidade. Então o roteiro já começou errado da página um. 

Agora triste mesmo é saber que a garotinha Heather O'Rourke nem chegou a assistir ao filme pronto. Ela morreu antes desse terceiro Poltergeist chegar aos cinemas. Morreu com apenas 12 anos, vítima de um erro médico. Uma tragédia enorme. E pensar que mesmo com pouca idade ela já tinha uma extensa filmografia. Além dos filmes dessa franquia ainda havia feito bastante televisão, aparecendo inclusive na popular série CHIPs. Infelizmente não teve oportunidade de crescer e quem sabe ser uma grande atriz quando adulta. Seu falecimento precoce foi mais uma crônica trágica na história do cinema. 

Poltergeist III (Estados Unidos, 1988) Direção: Gary Sherman / Roteiro: Gary Sherman, Brian Taggert / Elenco: Heather O'Rourke, Tom Skerritt, Nancy Allen / Sinopse: A gaortinha Carol Anne vai morar com seus tios em um arranha-céu de Chicago após os trágicos acontecimentos dos filmes anteriores. O problema é que os fantasmas também a seguem, procurando a menina como uma ponte para que eles escapem de sua tormenta espiritual. 

Pablo Aluísio.

terça-feira, 3 de setembro de 2024

Um Dia Voltarei

Título no Brasil: Um Dia Voltarei
Título Original: Flame of Barbary Coast
Ano de Lançamento: 1945
País: Estados Unidos
Estúdio: Republic Pictures
Direção: Joseph Kane
Roteiro: Borden Chase, Prescott Chaplin
Elenco: John Wayne, Ann Dvorak, Joseph Schildkraut

Sinopse:
Em San Francisco, no crepúsculo do velho oeste, um cowboy chamado Duke Fergus (John Wayne) se apaixona por uma bela dançarina e cantora de saloon conhecida como Ann 'Flaxen' Tarry (Ann Dvorak). Só que conquistar seu coração não vai ser tão fácil pois ele terá que disputá-la contra o magnata corrupto Tito Morell (Joseph Schildkraut). Filme indicado ao Oscar nas categoria de Melhor Som e Melhor Música Original (R. Dale Butts e Morton Scott). 

Comentários:
A Segunda Guerra Mundial estava chegando ao seu final quando John Wayne decidiu voltar aos filmes de faroeste. Só que dessa vez ele optou por um roteiro bem leve, quase uma comédia romântica passada nos tempos do velho oeste. Nada de muita ação envolvida, a história se concentrava mais nessa cantora e bailarina, cujo coração era disputada por dois homens, um magnata rico e sem escrúpulos e o cowboy de Wayne, trabalhador, de bom coração, muito ético e tudo mais. O fato curioso é que o próprio Wayne escolheu a atriz que iria trabalhar nesse papel da dançarina de saloon. E ele escolheu Ann Dvorak. Os críticos da época do lançamento original do filme criticaram a escolha pois ela já tinha passado da idade certa para interpretar essa personagem. Para Wayne isso entretanto era irrelevante. Ele estava interessado mesmo em seus talentos como cantora e dançarina. E nesse aspecto a veterana realmente não deixou nada a desejar. 

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 2 de setembro de 2024

Charada

Charada
Nesse filme a atriz Audrey Hepburn interpreta uma norte-americana em Paris que precisa lidar não apenas com a morte misteriosa de seu marido, mas também com um grupo de homens desconhecidos que passam a lhe perseguir pelas ruas da capital francesa. Eles parecem querer alguma coisa, a localização de uma fortuna que teria sido roubada por seu marido quando ele estava prestando serviço militar durante a segunda guerra mundial. Na época um pelotão de soldados americanos decidiu roubar uma fortuna que havia sido deixada pelos nazistas. Depois do fim da guerra houve uma série de traições entre eles, ficando todo o dinheiro nas mãos desse que foi morto. Só que o mistério persiste: onde foi parar todo aquele dinheiro roubado pelos militares americanos?

Um bom filme clássico. Durante todo o tempo fiquei imaginando essa história nas mãos de Alfred Hitchcock. Certamente isso teria resultado em um dos melhores filmes de suspense da história, afinal a trama que move o filme é muito boa. Só que isso não aconteceu. O filme foi dirigido pelo cineasta Stanley Donen, que até fez um bom filme, mas sem nunca sair do comum, do banal. Sobra de bom mesmo as sempre carismáticas presenças de Audrey Hepburn (sempre elegante) e Cary Grant, aqui interpretando um sujeito que muda de identidade como quem muda de roupa. O elenco coadjuvante também é muito interessante. Walter Matthau interpreta um agente da CIA (mas não vá confiar muito nisso!) e James Coburn surge como um dos ex-militares que vai usar de tudo, inclusive de violência, para colocar as mãos no dinheiro roubado dos nazistas. Enfim, bom filme, gostei, mas devo confessar que poderia ser bem melhor. 

Charada (Charade, Estados Unidos, 1963) Direção: Stanley Donen / Roteiro: Peter Stone, Marc Behm / Elenco: Cary Grant, Audrey Hepburn, Walter Matthau, James Coburn, George Kennedy / Sinopse: Uma jovem viúva norte-americana passa a ser perseguida pelas ruas de Paris por um grupo de ex-militares que estão em busca de uma fortuna nazista que teria sido roubada pelo seu marido falecido durante a guerra mundial. Filme indicado ao Oscar na categoria de melhor música original. 

Pablo Aluísio.