quarta-feira, 26 de julho de 2023

De Palma

De Palma
Para quem gosta de cinema de verdade esse filme é praticamente obrigatório. Traz uma longa entrevista com o diretor Brian De Palma onde ele relembra todos os seus filmes, os bastidores, as dificuldades em ser um cineasta autoral em Hollywood, além dos projetos que ficaram pelo meio do caminho. E obviamente há também uma farta dose de revelações de bastidores sobre como foi trabalhar com determinados atores. Por exemplo, ficamos sabendo que Sean Connery odiou o fato de seu personagem ser morto em "Os Intocáveis" e que Robert De Niro levou semanas para aceitar interpretar o mafioso Al Capone nessa produção que até hoje é considerada a definitiva sobre esse famoso gângster de Chicago. Para Kevin Costner sobram elogios e em relação a John Travolta há uma espécie de frustração pelo filme que fizeram juntos não ter dado certo, comercialmente falando. 

O diretor lamenta, com muita sinceridade e honestidade, o fracasso de certos filmes que ele dirigiu e que gostava muito como, por exemplo, "Um Tiro na Noite". Também fala bastante sobre "Scarface" e "O Pagamento Final", dois filmes em que dirigiu Al Pacino. O ator inclusive não teve o melhor dos relacionamentos com o diretor enquanto estava trabalhando ao seu lado. Em uma ocasião, cansado das repetições de uma mesma cena que durou praticamente toda uma madrugada,  Pacino simplesmente pegou o metrô de Nova Iorque e foi embora para casa, bem no meio das filmagens. Para De Palma, Pacino era um gênio, mas também um profissional muito temperamental e explosivo, tal como certos personagens que interpretou em sua vida. Enfim, primoroso e saboroso, é um depoimento do coração desse que sempre foi um dos meus diretores de cinema preferido. Um mestre da sétima arte. 

De Palma (Estados Unidos, 2015) Direção: Noah Baumbach, Jake Paltrow / Roteiro: Noah Baumbach, Jake Paltrow / Elenco: Brian De Palma, Mark Hamill, Amy Irving / Sinopse: Documentário sobre a carreira do diretor Brian De Palma. Através de uma longa entrevista ele relembra todo a sua filmografia, fazendo um painel e um panorama bem honesto sobre seu trabalho em Hollywood durante sua trajetória de cineasta. 

Pablo Aluísio.

terça-feira, 25 de julho de 2023

O Mau Exemplo de Cameron Post

O Mau Exemplo de Cameron Post 
A adolescente Cameron Post parece ser uma garota como qualquer outra de sua idade. Quando se forma no colegial ela participa do baile da escola, uma tradição nos Estados Unidos. Só que nessa noite um segredo dela é revelado. Ela é pega no maior amasso com outra aluna em um carro no estacionamento. A notícia de que ela é lésbica se espalha e chega em sua tia. Religiosa fanática evangélica, ela então exige que Post vá para um acampamento da igreja que tem como objetivo "tratar" esse "desvio" de orientação sexual. Sim, um daqueles famigerados tratamentos que nos últimos anos passou a ser conhecido popularmente como "cura gay"!

Hoje em dia esse tipo de "tratamento" é condenado pela psicologia, pela ciência e em diversas partes do mundo é uma atividade proibida. Não há como defender, esse tipo de abordagem causava grande pressão psicológica nos adolescentes, fazendo com que muitos deles tomassem atitudes extremas como auto mutilação e suicidio! Temas que não são ignorados pelo roteiro do filme. Era realmente uma situação terrível. Só que a história desse filme se passa nos anos 80 quando tudo isso era visto com uma certa normalidade. Se bem que a personagem principal, interpretada pela talentosa atriz Chloë Grace Moretz, já sabia muito bem que aqueles evangélicos que cuidavam do acampamento não passavam de um bando de idiotas. O próprio pastor que cuidava dos jovens era um gay muito enrustido e mal resolvido consigo mesmo. Enfim, um bom filme com bela pegada indie. Gostei bastante e recomendo. 

O Mau Exemplo de Cameron Post (The Miseducation of Cameron Post, Estados Unidos, 2018) Direção: Desiree Akhavan / Roteiro: Desiree Akhavan, Cecilia Frugiuele, Emily M. Danforth / Elenco: Chloë Grace Moretz, Steven Hauck, Quinn Shephard / Sinopse: Jovem adolescente lésbica é enviada para um acampamento administrado por uma igreja evangélica para supostamente "se curar" de sua homossexualidade. Algo que definitivamente não vai dar muito certo! 

Pablo Aluísio.

A Pirâmide Perdida

Título no Brasil: A Pirâmide Perdida
Título Original: Unknown - The Lost Pyramid
Ano de Lançamento: 2023
País: Estados Unidos
Estúdio: Big Dreams Entertainment
Direção: Max Salomon
Roteiro: Max Salomon
Elenco: Zahi Hawass, Mostafa Waziri, Tori Finlayson

Sinopse:
Documentário presente na grade de programação da Netflix, parte integrante do pacote do selo "Explorando o Desconhecido" que mostra o trabalho da arqueologia no Egito. O objetivo dos arqueólogos seria encontrar os últimos grandes tesouros do Egito Antigo. 

Comentários:
Assistindo a mais esse novo documentário sobre arqueologia me peguei pensando na seguinte questão: Será mesmo que ainda existe algum tesouro enterrado nas areias do Egito?  Complicado pensar que sim, afinal foram milênios de escavações naquela região, envolvendo ladrões de tumbas, caçadores de tesouros e até mesmo arqueólogos em fase mais recente da história. Para muitos ainda há muito o que descobrir, inclusive uma grande pirâmide que estaria enterrada pelas areias do deserto. Essa última possibilidade achei bem sem consistência, mais parecendo apenas um mote de roteiro para justificar a produção desse novo documentário. De qualquer forma, apesar do ceticismo que vem da razão, quem sabe um dia não venham a descobrir algo formidável. Seria realmente maravilhoso. 

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 24 de julho de 2023

The Flash

The Flash
Falaram muito mal desse filme, principalmente dentro da comunidade nerd. Eu vi gente que lê quadrinhos babando de raiva do resultado desse filme. Tudo exagero! Como cinéfilo que raramente lê gibis, tudo o que eu queria era apenas ter um bom passatempo pela frente, uma diversão pipoca. E foi o que eu encontrei. Veja, é uma questão de expectativas. O Nerdola espera o santo graal da sétima arte porque ele basicamente idolatra essa galeria de personagens. Uma pessoa comum não tem esse tipo de percepção desse tipo de produto. Eu vejo os super-heróis como personagens da cultura pop e nada mais. Cada artista que for trabalhar com eles que faça bom proveito, que crie as histórias que quiser. Eu não veja nada como sagrado ou canônico, muito longe disso. 

Dito isso, eu gostei desse filme. É um filme pipoca divertido. E tem coisas legais em seu roteiro. Por exemplo, o uso do Batman dos anos 80, dos filmes de Tim Burton, com Michael Keaton vestindo o traje negro do morcego, é uma boa ideia no meu ponto de vista. A homenagem digital ao Christopher Reeve é respeitosa. O Nicolas Cage como Superman também virou uma boa piada. Até mesmo o roteiro que copia descaradamente (e não esconde isso) os filmes da franquia "De Volta para o Futuro" também achei uma boa sacada. A brincadeira sobre o ator que estrelou os filmes na realidade paralela vai agradar quem conhece cinema. Nada me aborreceu nesse filme, nem o Flash idiota da realidade distorcida. No final é tudo diversão, pipoca e cultura pop. Não estamos lidando com nada sagrado por aqui. 

The Flash (Estados Unidos, 2023) Direção: Andy Muschietti / Roteiro: Christina Hodson, John Francis Daley, Jonathan Goldstein / Elenco: Ezra Miller, Michael Keaton, Michael Shannon, Jeremy Irons, Ben Affleck, George Clooney, Gal Gadot, Jason Momoa, Sasha Calle / Sinopse: Por mero acaso o Flash descobre que pode voltar ao passado quando corre mais rápido do que a velocidade da luz. Ele quer mudar o que aconteceu, salvar a vida de sua mãe que foi assassinada. Mas ao mudar o passado ele cria uma  realidade paralela de sérias consequências para toda a humanidade. 

Pablo Aluísio.

Batman Contra o Capuz Vermelho

Título no Brasil: Batman Contra o Capuz Vermelho
Título Original: Batman Under The Reed Hood
Ano de Produção: 2010
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros, DC Comics
Direção: Brandon Vietti
Roteiro: Brandon Vietti, Bob Kane
Elenco: Bruce Greenwood, Jensen Ackles, John Di Maggio, Neil Patrick Harris

Sinopse: 
Batman enfrenta o seu maior desafio quando o misterioso “Red Hood” toma Gotham City de assalto. Metade super-herói, metade criminoso, “Red Hood” (O Capuz Vermelho) começa a limpar Gotham City com a eficiência de Batman, mas não seguindo o seu código de ética. Matar é um opção e quando o Coringa se junta à festa segredos serão revelados e feridas antigas serão reabertas. 

Comentários: 
Se com exceção de Batman, atualmente a DC ainda não conseguiu se estruturar bem no cinema como a Marvel, ao menos no departamento de longas de animações feitos para o mercado de vídeo ela tem superado a concorrente. Diferente da Marvel que opta por animações mais simplistas e mais voltada para pura pancadaria, a DC tem trazido boas adaptações de alguns momentos dos quadrinhos, procurando equilibrar a aventura com algum conteúdo bem desenvolvido e valorizando as dicotomias e situações psicológicas que envolvem seus personagens. Talvez seu melhor momento (até agora) seja esta história do Batman. Usa como referências momentos-chaves dos quadrinhos e cria uma trama própria com muita ação e suspense, permitindo-se ter uma certa dose de violência e tensão. As cenas de ação são de qualidade, devido a boa técnica da animação e direção, e as alterações necessárias da fonte original para melhor funcionamento na história são simples e espertas. 

Pablo Aluísio e R. Martins. 

domingo, 23 de julho de 2023

Klute, O Passado Condena

Klute, O Passado Condena
Nesse filme uma bela e jovem Jane Fonda interpreta uma prostituta de Nova Iorque. Ela foi para a grande cidade em busca de trabalho como modelo ou atriz. Só que os testes nem sempre deram certo e o grande número de jovens mulheres como ela, com os mesmos sonhos, torna tudo muito mais complicado. A saída para sobreviver foi então se tornar uma garota de programa de luxo atendendo homens velhos, ricos e solitários. E tudo corria com uma certa normalidade até que um de seus clientes desaparece sem deixar vestígios. Um engenheiro da Pensilvânia que vai para Nova Iorque e desaparece do mapa. A polícia não tem respostas para o caso. Os familiares então contratam um detetive, John Klute (Donald Sutherland), para investigar. Descobre que o desaparecido gostava de contratar prostitutas. Mas as coisas se complicam ainda mais quando algumas delas são encontradas assassinadas. O que estaria por trás desses crimes e desses eventos trágicos?

Temos aqui um bom filme da década de 1970. A direção foi do ótimo cineasta Alan J. Pakula. O elenco está todo ótimo. Jane Fonda, jovem e linda, com um penteado moderno, se destaca. O papai Henry Fonda não gostou muito de ver sua filha nesse papel, mas para ela era antes de tudo um grande desafio interpretar uma profissional do sexo. Conhecida por ser uma ativista de direitos humanos e uma progressista em suas opiniões políticas, ela encontrou um belo desafio nesse papel. Não cai na vulgaridade, mesmo em certos diálogos mais fortes e tem boa atuação nas cenas mais ousadas. E ela levou o Oscar por esse trabalho! Uma premiação que surpreendeu muita gente na época. De qualquer forma merece todos os elogios. O mesmo vale para o eterno esquisitão Donald Sutherland no papel do detetive meio estranho. Por fim Roy Scheider surge como um cafetão violento e explorador da personagem de Jane. Um trio de talento que sustentaria qualquer filme, vamos ser sinceros. Enfim, tudo em seus devidos lugares. Um filme que sem dúvida merece recomendação. Bom momento da filmografia de suspense policial dos anos 70. 

Klute, O Passado Condena (Klute, Estados Unidos, 1971) Direção: Alan J. Pakula / Roteiro: Andy Lewis, David E. Lewis / Elenco: Jane Fonda, Donald Sutherland, Roy Scheider, Charles Cioffi / Sinopse: Uma jovem prostituta de Nova Iorque vira alvo de investigação de um detetive particular após o desaparecimento de um de seus clientes. E a morte de outras profissionais do sexo levam a crer que há uma rede de crimes por trás de tudo. Filme premiado com o Oscar de melhor atriz (Jane Fonda). 

Pablo Aluísio.

sábado, 22 de julho de 2023

The Keepers

The Keepers
Em 1969 Cathy Cesnik, uma jovem freira, foi brutalmente assassinada em um bosque isolado nas cercanias da cidade de Baltimore. Ele era professora em uma escola católica só para moças. Uma pessoa querida por todas as alunas. Sua morte causou grande comoção na comunidade, mas o crime jamais foi solucionado pela polícia. Os anos passaram e essas alunas, agora casadas, mães de família, se reencontraram em um fórum no Facebook. Relembrando os velhos tempos veio à tona novamente o assassinato da freira. E então as coisas começaram a ficar mais claras sobre o que de fato teria acontecido. Essa minissérie documental da Netflix revela todos os pormenores desse crime terrível. 

Por mais incrível que isso possa parecer o principal suspeito era um padre chamado Joseph Maskell que também trabalhava na mesma escola católica da jovem freira. As ex-alunas afirmavam que ele era na verdade um abusador, um sujeito asqueroso que usava sua batina para abusar sexualmente das jovens alunas da escola, muitas delas menores de idade. E quando elas contaram os seus crimes para a freira, essa se prontificou a dizer que iria denuncia-lo. Pouco depois, foi encontrada morta. Agora junte as peças. Nem precisa ser Sherlock Holmes para desvendar um crime como esse. E por qual razão esse padre nunca foi formalmente acusado da morte da freira? Algumas coisas supostamente poderiam explicar esse absurdo. Como, por exemplo, o fato dele ser também o capelão da corporação policial de Baltimore, além do próprio acobertamento do crime por parte da Igreja Católica. Pois é, teríamos aqui mais um esqueleto no armário da Igreja nos Estados Unidos. Um dos mais terríveis, é bom frisar! Algo que se um dia for realmente confirmado será mais um sério abalo na imagem dessa instituição religiosa. 

The Keepers (Estados Unidos, 2017) Direção: Ryan White / Roteiro: Ryan White / Elenco: Gemma Hoskins, Jean Hargadon Wehnerl / Sinopse: Documentário em sete episódios da Netfix que conta a história real do assassinato de uma jovem freira na cidade de Baltimore, nos Estados Unidos, no final da década de 1960. Membros do clero da Igreja Católica estariam supostamente envolvidos com o crime. 

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 21 de julho de 2023

The Crown - Quinta Temporada

The Crown - Quinta Temporada
Cheguei no final da quinta temporada da série "The Crown". O foco aqui é o final do casamento entre Charles e Diana. Não havia mais salvação entre eles. Charles continuava apaixonado por Camilla Parker Bowles e não parecia disposto a largar dela. Nem o fato de ser uma mulher casada fez grande diferença. É claro que a imprensa inglesa fez a festa com os diversos escândalos envolvidos. Não apenas pelo fato de Charles ser um homem casado tendo como amante uma mulher também casada, mas pelos telefonemas que foram vazados entre eles. Em uma das ligações Charles dizia querer ser o absorvente intimo de Camilla! Baixaria total!

Por outro lado notei que a série aliviou em relação a Diana. É fato notório que ela também tinha muitos amantes, inclusive empregados de sua rica propriedade m Londres. Chegou a ser amante até do sujeito que cuidava de seus cavalos! Mas a série, provavelmente por respeito à memória da falecida princesa ou talvez com medo de processos milionários, colocou tudo para debaixo do tapete. Passou pano mesmo! Esperei pelo episódio de sua morte, mas a série, por uma jogada de marketing jogou esse evento trático que certamente vai dar muita audiência para a temporada seguinte. De qualquer forma, de modo geral, não há o que reclamar. O nível de qualidade de The Crown continua simplesmente excelente! 

The Crown - Quinta Temporada (Reino Unido, 2022) Direção: Jessica Hobbs, entre outros / Roteiro: Peter Morgan, Meriel Baistow-Clare, entre outros / Elenco: Imelda Staunton, Jonathan Pryce, Dominic West / Sinopse: Quinta temporada da série "The Crown" mostrando o fim do casamento de Charles e Diana e a crise que a monarquia inglesa passou nas décadas de 1980 e 1990. 
 
Pablo Aluísio.

quinta-feira, 20 de julho de 2023

Wham!

Wham!
Documentário da Netflix contando a história da dupla de música pop dos anos 80, o Wham! Era formado pelos amigos de infância George Michael e Andrew Ridgeley. Eles adoravam música e decidiram que iriam formar uma banda, ainda nos tempos de colégio. Conforme o tempo foi passando os demais colegas de escola deixaram o Wham!, só que os dois seguiram firme em busca de seus sonhos. E deu certo! Na década de 1980 eles estouraram nas rádios e paradas de sucesso com um repertório que era a cara daqueles anos. Um som cheio de sintetizadores e letras que, para os padrões atuais, soariam bem inocentes. Como eram jovens se apresentando em roupas coloridas, com músicas bem dançantes, lotaram estádios e foram mesmo um fenômeno de popularidade. 

Só que se o sucesso foi enorme, a duração da dupla também foi fugaz. Os produtores e a gravadora logo entenderam que o sucesso deles se devia basicamente apenas ao carisma e talento de George Michael. Ele virou ídolo adolescente, com posters nos quartos das garotas e tietagem sem freios. Assim ficava meio óbvio para todos que ele tinha que partir para uma carreira solo de sucesso. E foi isso mesmo que fez, colecionando recordes de vendas de discos, se tornando nesse processo um dos mais populares cantores dos anos 80. Com isso a dupla se desfez, mas não sem antes fazer muito sucesso com seu pop dos anos 80. Gostei do documentário, bem nostálgico e evocativo daqueles anos. Quem viveu aquela época certamente vai curtir. 

Wham! (Wham!, Reino Unido, 2023) Direção: Chris Smith / Roteiro: Chris Smith / Elenco: George Michael, Andrew Ridgeley, Bono Vox, David Bowie / Sinopse: Documentário da Netflix contando a história de sucesso da dupla de pop music inglesa Wham! Formado por dois jovens eles chegaram ao topo das paradas e das vendas de discos durante os anos 80. 

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 19 de julho de 2023

Pânico VI

Pânico VI 
Eu não estava esperando nada desse filme. Algo normal para um sexto filme de uma franquia de que nunca gostei. Só que, para minha surpresa, esse terror não me aborreceu. É um filme OK, bem mediano, mas que dá para assistir numa boa. O curioso é que o filme acabou fazendo boa bilheteria nos Estados Unidos. Filmes de terror sempre vão ser lucrativos, essa é uma regra não escrita em Hollywood. Eles custam pouco e sempre tem um público cativo disposto a pagar um bilhete para levar alguns sustinhos, mesmo que eles sejam fracos ou repetitivos. Eu atribuo também a boa bilheteria por causa da presença da Wandinha, ou melhor dizendo, da atriz Jenna Ortega. Se tem alguma atriz em alta entre adolescentes atualmente, certamente é ela! Levou muita gente ao cinema apenas por estar no elenco. Boa jogada de marketing dos produtores. 

Já os atores dos primeiros filmes, os veteranos, estão presentes também, mas logo são descartados. Fica claro que os produtores querem se livrar deles, trazendo novos astros para dar um novo sopro de vida para a franquia. É por aí mesmo. Passem o bastão logo! De forma em geral o roteiro segue o básico, mas traz algumas boas novidades. A premissa de que a vítima do passado pode se tornar o assassino do presente é algo que a psicologia já confirmou. Além disso o assassino de Pânico, ao contrário de outras franquias de terror, é coletivo. São vários criminosos e não apenas um. Assim a galeria de personagens interessantes pode tornar cada filme mais atrativo para os jovens, sem a necessidade de sair costurando a história com os outros filmes anteriores. 

Pânico VI (Scream VI, Estados Unidos, 2023) Direção: Matt Bettinelli-Olpin, Tyler Gillett / Roteiro: James Vanderbilt, Guy Busick, Kevin Williamson / Elenco: Courteney Cox, Melissa Barrera, Jenna Ortega / Sinopse: Duas jovens irmãs tentam sobreviver a uma nova série de ataques do assassino conhecido como Ghostface. E tudo levar a crer que seja uma pessoa de seu passado, tentando se vingar de algo que aconteceu anos atrás. 

Pablo Aluísio.