Em 1969 Cathy Cesnik, uma jovem freira, foi brutalmente assassinada em um bosque isolado nas cercanias da cidade de Baltimore. Ele era professora em uma escola católica só para moças. Uma pessoa querida por todas as alunas. Sua morte causou grande comoção na comunidade, mas o crime jamais foi solucionado pela polícia. Os anos passaram e essas alunas, agora casadas, mães de família, se reencontraram em um fórum no Facebook. Relembrando os velhos tempos veio à tona novamente o assassinato da freira. E então as coisas começaram a ficar mais claras sobre o que de fato teria acontecido. Essa minissérie documental da Netflix revela todos os pormenores desse crime terrível.
Por mais incrível que isso possa parecer o principal suspeito era um padre chamado Joseph Maskell que também trabalhava na mesma escola católica da jovem freira. As ex-alunas afirmavam que ele era na verdade um abusador, um sujeito asqueroso que usava sua batina para abusar sexualmente das jovens alunas da escola, muitas delas menores de idade. E quando elas contaram os seus crimes para a freira, essa se prontificou a dizer que iria denuncia-lo. Pouco depois, foi encontrada morta. Agora junte as peças. Nem precisa ser Sherlock Holmes para desvendar um crime como esse. E por qual razão esse padre nunca foi formalmente acusado da morte da freira? Algumas coisas supostamente poderiam explicar esse absurdo. Como, por exemplo, o fato dele ser também o capelão da corporação policial de Baltimore, além do próprio acobertamento do crime por parte da Igreja Católica. Pois é, teríamos aqui mais um esqueleto no armário da Igreja nos Estados Unidos. Um dos mais terríveis, é bom frisar! Algo que se um dia for realmente confirmado será mais um sério abalo na imagem dessa instituição religiosa.
The Keepers (Estados Unidos, 2017) Direção: Ryan White / Roteiro: Ryan White / Elenco: Gemma Hoskins, Jean Hargadon Wehnerl / Sinopse: Documentário em sete episódios da Netfix que conta a história real do assassinato de uma jovem freira na cidade de Baltimore, nos Estados Unidos, no final da década de 1960. Membros do clero da Igreja Católica estariam supostamente envolvidos com o crime.
Pablo Aluísio.