Esse filme teve uma certa repercussão quando chegou aos cinemas. A crítica, de modo em geral, até gostou. O público foi conferir, o que rendeu uma boa bilheteria. Brad Pitt ainda é um grande chamariz de bilheteria. De minha parte achei o filme apenas apropriado, regular, nada demais. O estilo tenta imitar Tarantino, mas fracassa monumentalmente nesse objetivo. O filme mostra um grupo de assassinos e criminosos disputando uma mala com milhões de dólares dentro de um trem-bala no Japão. Brad Pitt interpreta um criminoso que tem, pelo menos a primeira vista, um objetivo simples, roubar a tal mala e descer na próximo parada. Só que a mala está sendo protegida por dois assassinos profissionais. Então o jogo vira meio do avesso, se tornando um banho de sangue.
O filme exagera nas cenas de ação e assume aquele tom excessivo, que eu muitas vezes não suporto muito bem. Os personagens são fracamente desenvolvidos, até porque o que importa aqui é ação. São tipos clichês apenas. Também há toques de humor, mas em piadas que eu não considerei particularmente engraçadas, só deslocadas no contexto do filme, de uma forma em geral. Brad Pitt está no controle remoto. Como parece ser o seu modo de operar e atuar nos seus últimos filmes. Parece que perdeu a vontade de fazer bons filmes ou se importar com o que está atuando. Parece estar sempre no controle remoto, o que é uma pena. Deixou de ser um ator em busca de desafios, de bons roteiros, de filmes relevantes. Hoje em dia, também atuando como produtor, só aposta no banal e no previsível.
Trem-Bala (Bullet Train, Estados Unidos, 2022) Direção: David Leitch / Roteiro: Zak Olkewicz, Kôtarô Isaka / Elenco: Brad Pitt, Michael Shannon, Sandra Bullock, Joey King, Aaron Taylor-Johnson / Sinopse: O filme mostra um grupo de assassinos e criminosos disputando uma mala com milhões de dólares dentro de um trem-bala no Japão.
Pablo Aluísio.