Esse filme tem um lado humano muito bonito. É a história de um senhorzinho de 80 anos que descobre que seu irmão está muito doente. Ele quer visitá-lo, mas há dois problemas. O primeiro é que o irmão mora há 500 Km de sua casa. O segundo é que ele não tem carteira de motorista e nem dinheiro para pagar uma passagem de ônibus. Então diante de todos esses problemas o que ele faz? Sobe em seu cortador de grama e segue viagem pelas estradas do meio oeste dos Estados Unidos. A história real (daí o título do filme) despertou a curiosidade do cineasta David Lynch que resolveu fazer esse filme, assumindo não apenas a direção como também bancando a produção, colocando dinheiro de seu próprio bolso para contar a história.
O filme tem uma linda fotografia e conta com a atuação muito preciosa do ator Richard Farnsworth. Por sua atuação aliás ele foi indicado ao Oscar, fato que me levou a assistir ao filme. Aos 79 anos de idade acabou sendo o ator mais velho a concorrer ao prêmio na época. Muito carismático, acabou falecendo um ano depois, em 2000. Bom, além do enredo inusitado o filme vale também pela sempre caprichada direção de Lynch, um cineasta que sempre procurou fugir dos padrões, do convencional. A história do velhinho atravessando os Estados Unidos encaixava bem nesse tipo de proposta de cinema. Um filme bonito, simpático e belo de se ver. Vale bastante a pena.
Uma História Real (The Straight Story, Estados Unidos, 1999) Direção: David Lynch / Roteiro: John Roach, Mary Sweeney / Elenco: Richard Farnsworth, Sissy Spacek, Jane Galloway Heitz / Sinopse: Filme com roteiro baseado em fatos reais. Aos 80 anos de idade Alvin (Richard Farnsworth) decide subir em seu cortador de grama para ir visitar o irmão doente que mora há mais de 500 km de sua casa. No caminho acaba conhecendo pessoas e cidades que jamais sonhara existir. Filme indicado ao Oscar e ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Ator (Richard Farnsworth).
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019
domingo, 10 de fevereiro de 2019
A Justiceira
Miss Meadows (Katie Holmes) aparenta ser uma doce e muito delicada professorinha de crianças que nas horas vagas resolve trazer um pouco de ordem e justiça para o seu bairro. Assim, por baixo de sua imagem delicada como um flor, encontra-se uma mulher com mentalidade de menina que não aceita infrações à lei e a ordem por parte de criminosos em geral. Filme estranho com gente esquisita. Katie Holmes dá vida a essa bizarra personagem chamada Miss Meadows. Embora ela seja uma mulher adulta, se veste com roupas de garotinha, fala com voz de criança e tem atitudes de adolescente boba. Ao mesmo tempo é capaz de atos de extrema violência, sacando de sua bolsinha de menina uma arma, passando fogo em meliantes em geral, desde ladrões, passando por pedófilos e assaltantes. Curiosamente não perde sua forma delicada de agir nem nos momentos mais violentos.
A caracterização de Katie Holmes ficou esquisita (o que de certa forma combina com o clima geral da produção). Ela já passou da idade de interpretar um papel assim - seria melhor uma atriz mais jovem - e em certos momentos não consegue passar a ternura necessária para caracterizar adequadamente a personagem Miss Meadows, principalmente nas cenas de dança. Com tachinhas em seus sapatos de boneca, ela sai dançando pelas ruas, lendo poesias pueris ao mesmo tempo em que precisa se defender de predadores sexuais. Se você acha que isso não é estranho o bastante o que podemos dizer de seu namoro com o xerife? A cena de sexo dos dois é uma das coisas mais bizarras que já vi no cinema nos últimos tempos. Embora o enredo se passe no mundo atual ela mais parece ter saído de um filme dos anos 1950, com seu figurino antigo e seu velho carro clássico. Em suma é isso, um filme de complicada definição, adequado apenas a uma específica parcela do público que goste de filmes que fujam completamente do usual, do comum e do ordinário. Um exercício de humor negro com pegada bizonha que fará a cabeça de poucos.
A Justiceira (Miss Meadows, Estados Unidos, 2014) Direção: Karen Leigh Hopkins / Roteiro: Karen Leigh Hopkins / Elenco: Katie Holmes, James Badge Dale, Callan Mulvey / Sinopse: Professora infantil resolve agir como justiceira nas horas vagas, eliminando criminosos e impondo a lei e a ordem com as próprias mãos, usando para isso de todos os métodos mais violentos de que conhece. Filme indicado ao Oldenburg Film Festival na categoria de Melhor Direção.
Pablo Aluísio.
A caracterização de Katie Holmes ficou esquisita (o que de certa forma combina com o clima geral da produção). Ela já passou da idade de interpretar um papel assim - seria melhor uma atriz mais jovem - e em certos momentos não consegue passar a ternura necessária para caracterizar adequadamente a personagem Miss Meadows, principalmente nas cenas de dança. Com tachinhas em seus sapatos de boneca, ela sai dançando pelas ruas, lendo poesias pueris ao mesmo tempo em que precisa se defender de predadores sexuais. Se você acha que isso não é estranho o bastante o que podemos dizer de seu namoro com o xerife? A cena de sexo dos dois é uma das coisas mais bizarras que já vi no cinema nos últimos tempos. Embora o enredo se passe no mundo atual ela mais parece ter saído de um filme dos anos 1950, com seu figurino antigo e seu velho carro clássico. Em suma é isso, um filme de complicada definição, adequado apenas a uma específica parcela do público que goste de filmes que fujam completamente do usual, do comum e do ordinário. Um exercício de humor negro com pegada bizonha que fará a cabeça de poucos.
A Justiceira (Miss Meadows, Estados Unidos, 2014) Direção: Karen Leigh Hopkins / Roteiro: Karen Leigh Hopkins / Elenco: Katie Holmes, James Badge Dale, Callan Mulvey / Sinopse: Professora infantil resolve agir como justiceira nas horas vagas, eliminando criminosos e impondo a lei e a ordem com as próprias mãos, usando para isso de todos os métodos mais violentos de que conhece. Filme indicado ao Oldenburg Film Festival na categoria de Melhor Direção.
Pablo Aluísio.
Doce Lar
Melanie Smooter (Reese Witherspoon) fica eufórica quando é pedida em casamento pelo boa pinta e partidão Andrew Hennings (Patrick Dempsey). Só tem um probleminha que ela precisa resolver antes de aceitar o maravilhoso pedido: resolver seu antigo casamento pois ela ainda não conseguiu se divorciar do caipirão Jake Perry (Josh Lucas). Assim ela resolve fazer uma viagem rápida à cidade natal no Alabama para formalizar seu divórcio do primeiro casamento, mas... voltar para o antigo lar acaba mexendo completamente com ela, ao relembrar sua antiga vida e os amores do seu passado. Simpática comédia romântica cujo roteiro se baseia nas diferenças regionais dos estados americanos. Reese Witherspoon, sulista de nascimento como sua personagem (a atriz nasceu em New Orleans, na Louisiana), encarna uma garota do Alabama que consegue dar a volta por cima na cidade grande, mas que precisa retornar ao seu "lar" no Alabama para "consertar" um erro de seu passado.
Eu costumo dizer que Reese Witherspoon nem é tão bonita e passa longe de ser uma maravilhosa atriz, mas tem um talento e tanto para escolher os filmes certos a estrelar. Veja o caso desse aqui, uma comédia romântica até despretensiosa, de orçamento meramente mediano (custou pouco mais de 30 milhões de dólares, uma pechincha, tendo Reese como uma das produtoras) e que acabou faturando muito bem nas bilheterias americanas. A fotografia é bonita, os figurinos são de bom gosto e se no final ficamos com aquele sentimento de termos visto uma obra vazia, mas bonitinha, tudo bem, valeu o tempo perdido. Já para os fãs da atriz o filme é uma indicação certeira pois a personagem do filme tem muito dela mesma.
Doce Lar (Sweet Home Alabama, Estados Unidos, 2002) Estúdio: Touchstone Pictures / Direção: Andy Tennant / Roteiro: Douglas J. Eboch, C. Jay Cox / Elenco: Reese Witherspoon, Patrick Dempsey, Josh Lucas, Candice Bergen / Sinopse: Melanie Smooter (Reese Witherspoon) encontrou o homem perfeito, o amor de sua vida. Ele quer se casar com ela, mas Melanie já é casada, com um caipirão do interior. Tentando consertar esse problemão ela então decide voltar para sua cidade natal, para finalmente se divorciar do primeiro marido, mas... quem consegue entender as razões do coração? Filme indicado ao MTV Movie Awards e ao Teen Choice Awards na categoria de Melhor Atriz (Reese Witherspoon).
Pablo Aluísio.
Eu costumo dizer que Reese Witherspoon nem é tão bonita e passa longe de ser uma maravilhosa atriz, mas tem um talento e tanto para escolher os filmes certos a estrelar. Veja o caso desse aqui, uma comédia romântica até despretensiosa, de orçamento meramente mediano (custou pouco mais de 30 milhões de dólares, uma pechincha, tendo Reese como uma das produtoras) e que acabou faturando muito bem nas bilheterias americanas. A fotografia é bonita, os figurinos são de bom gosto e se no final ficamos com aquele sentimento de termos visto uma obra vazia, mas bonitinha, tudo bem, valeu o tempo perdido. Já para os fãs da atriz o filme é uma indicação certeira pois a personagem do filme tem muito dela mesma.
Doce Lar (Sweet Home Alabama, Estados Unidos, 2002) Estúdio: Touchstone Pictures / Direção: Andy Tennant / Roteiro: Douglas J. Eboch, C. Jay Cox / Elenco: Reese Witherspoon, Patrick Dempsey, Josh Lucas, Candice Bergen / Sinopse: Melanie Smooter (Reese Witherspoon) encontrou o homem perfeito, o amor de sua vida. Ele quer se casar com ela, mas Melanie já é casada, com um caipirão do interior. Tentando consertar esse problemão ela então decide voltar para sua cidade natal, para finalmente se divorciar do primeiro marido, mas... quem consegue entender as razões do coração? Filme indicado ao MTV Movie Awards e ao Teen Choice Awards na categoria de Melhor Atriz (Reese Witherspoon).
Pablo Aluísio.
sábado, 9 de fevereiro de 2019
Duas Irmãs, Uma Paixão
Ao chegar na idade de se casar, a jovem Charlotte von Lengefeld (Henriette Confurius) é enviada para a corte de Weimar. Sua mãe torce para que ela arranje logo um marido bem situado na aristocracia alemã, pois pertencente à pequena nobreza o que lhe resta mesmo é conseguir um bom casamento para que tenha estabilidade pelo resto de sua vida. Charlotte porém acaba conhecendo um poeta pobre, mas talentoso e acaba se apaixonando por ele! Para piorar o rapaz também acaba roubando o coração da própria irmã de Charlotte, Caroline von Lengefeld (Hannah Herzsprung), que embora já seja casada não se sente feliz em seu casamento sem amor que fora arranjado por sua mãe no passado. Romance alemão que conta uma história bem pouco comum. O enredo se passa no século XVIII. A Alemanha vive uma época próspera, mas a família Lengefeld passa por dificuldades financeiras após a morte do pai. Sem muitas alternativas a mãe então decide usar suas filhas para manter o mesmo padrão de vida de antes. A ideia é arranjar maridos ricos para elas o mais rapidamente possível. A mais velha Caroline (Herzsprung) logo se casa com um nobre esnobe do qual ela não sente nenhum amor. A mais jovem Charlotte (Confurius) pensa trilhar outro caminha e acaba se apaixonando por um poeta pobretão, um rapaz que sua mãe acha completamente indigno de se casar com ela por causa de seus poucos e inexistentes recursos econômicos.
A partir daí já se sabe mais ou menos o que acontecerá. As duas irmãs ficam apaixonadas pelo poeta e acabam fazendo um pacto entre elas. Ao invés de brigarem pelo amor do rapaz resolvem partilhar o que sentem. Assim elas aceitam, de bom grado, entrar em um triângulo amoroso apaixonado com ele, sem remorsos ou culpas, apenas procurando evitar que seu caso amoroso incomum se torne público, o que certamente causaria um grande escândalo na sociedade. O filme tem boa reconstituição de época e reproduz com fidelidade os modos de ser, os protocolos sociais e a maneira como as pessoas daquela época se relacionavam entre si. Muitos cortejos, cerimônias e flertes inocentes. Em um momento de apogeu da literatura há uma pequena aparição do aclamado escritor Johann Wolfgang von Goethe em cena. O roteiro também mostra que não é de hoje que existe essa dualidade entre o verdadeiro amor romântico e os casamentos por conveniência, muitas vezes arranjados pelas próprias famílias visando apenas a segurança financeira de suas filhas que com o tempo se tornam infelizes, deprimidas e devastadas do ponto de vista emocional. De um lado a verdadeira paixão e do outro a pura hipocrisia social. Nesse duelo de sentimentos quem acaba ganhando mesmo é o espectador que acaba assistindo a um belo filme, muito bonito, com bela fotografia e um argumento pouco usual nas produções atuais.
Duas Irmãs, Uma Paixão (Die Geliebten Schwestern, Alemanha, Áustria, Suíça, 2014) Estúdio: Bavaria Filmverleih und Produktions / Direção: Dominik Graf /;Roteiro: Dominik Graf / Elenco: Hannah Herzsprung, Florian Stetter, Henriette Confurius / Sinopse: Jovem da pequena nobreza é enviada para a corte pela mãe, para arranjar um marido rico, mas acaba se apaixonando por um poeta pobre. Filme vencedor do Bavarian Film Awards na categoria de Melhor Fotografia. Também indicado aos prêmios do Berlin International Film Festival, German Film Awards e German Film Critics Association Awards.
Pablo Aluísio.
A partir daí já se sabe mais ou menos o que acontecerá. As duas irmãs ficam apaixonadas pelo poeta e acabam fazendo um pacto entre elas. Ao invés de brigarem pelo amor do rapaz resolvem partilhar o que sentem. Assim elas aceitam, de bom grado, entrar em um triângulo amoroso apaixonado com ele, sem remorsos ou culpas, apenas procurando evitar que seu caso amoroso incomum se torne público, o que certamente causaria um grande escândalo na sociedade. O filme tem boa reconstituição de época e reproduz com fidelidade os modos de ser, os protocolos sociais e a maneira como as pessoas daquela época se relacionavam entre si. Muitos cortejos, cerimônias e flertes inocentes. Em um momento de apogeu da literatura há uma pequena aparição do aclamado escritor Johann Wolfgang von Goethe em cena. O roteiro também mostra que não é de hoje que existe essa dualidade entre o verdadeiro amor romântico e os casamentos por conveniência, muitas vezes arranjados pelas próprias famílias visando apenas a segurança financeira de suas filhas que com o tempo se tornam infelizes, deprimidas e devastadas do ponto de vista emocional. De um lado a verdadeira paixão e do outro a pura hipocrisia social. Nesse duelo de sentimentos quem acaba ganhando mesmo é o espectador que acaba assistindo a um belo filme, muito bonito, com bela fotografia e um argumento pouco usual nas produções atuais.
Duas Irmãs, Uma Paixão (Die Geliebten Schwestern, Alemanha, Áustria, Suíça, 2014) Estúdio: Bavaria Filmverleih und Produktions / Direção: Dominik Graf /;Roteiro: Dominik Graf / Elenco: Hannah Herzsprung, Florian Stetter, Henriette Confurius / Sinopse: Jovem da pequena nobreza é enviada para a corte pela mãe, para arranjar um marido rico, mas acaba se apaixonando por um poeta pobre. Filme vencedor do Bavarian Film Awards na categoria de Melhor Fotografia. Também indicado aos prêmios do Berlin International Film Festival, German Film Awards e German Film Critics Association Awards.
Pablo Aluísio.
Galveston
É um filme triste e melancólico sobre duas pessoas sem salvação, sem redenção. Roy (Ben Foster) trabalha para um agenciador de apostas ilegais. Sempre que alguém fica devendo, sem pagar, ele é enviado para acertar as contas. Isso significa quebrar as pernas do devedor ou até algo pior como um tiro na cabeça. Durante um dos "serviços" Roy é surpreendido numa casa com uma quadrilha bem armada. No meio do tiroteio ele ainda consegue salvar a pele de uma jovem de 19 anos conhecida como Rocky (Elle Fanning). Ela estava amarrada numa cadeira em um dos cômodos da casa. Mãe solteira, sem dinheiro, ela se prostituiu para alimentar a filha. Um desastre social. Aos poucos, na estrada, Roy e Rocky começam a se chegar, ficando mais próximos. O problema é que além da polícia estar atrás de Roy, seus antigos comparsas querem sua morte. Ele está de posse de alguns documentos comprometedores que poderia prejudicar seu antigo patrão. Assim começa a chantagear o chefão! Quer 75 mil dólares por eles! Caso contrário vai entregar tudo para as autoridades. Uma ideia mais do que perigosa.
O grande trunfo de "Galveston" é o ator Ben Foster. Sempre o elogiei, acho um dos atores mais viscerais de sua geração, aquele tipo de profissional que se entrega de corpo e alma ao seu personagem. O seu Roy é um criminoso que sabe que em breve vai morrer de um câncer no pulmão, causado pelo fumo e por isso tem seu instinto de sobrevivência bem baixo. Ele não parece se importar. Já a jovem que o acompanha na estrada, a Rocky, é uma garota recém saída da adolescência, sem rumo nenhum na vida. Vivendo em motéis de beira de estrada, ele arranja dinheiro como dá, muitas vezes fazendo programas. Alta, magra, branca e desengonçada, é um destaque na interpretação inspirada de Elle Fanning. Ao assistir a esse novo filme espere por bom cinema, que não faz concessões. Só não vá esperar por um final feliz. Isso o filme definitivamente não lhe dará. Aliás achei o desfecho ora lírico, ora brutal demais, o que não deixou de ser algo contraditório. Mesmo assim, dentro da proposta dos personagens principais, estava mais do que no caminho do desenrolar da trama. É um bom drama sobre gente perdida na vida que tenta viver um dia de cada vez, mesmo sabendo que a estrada em que se encontram não levará ninguém para lugar nenhum.
Galveston (Estados Unidos, 2018) Direção: Mélanie Laurent / Roteiro: Mélanie Laurent / Elenco: Ben Foster, Elle Fanning, Lili Reinhart, Anniston Price, Jeffrey Grover, Christopher Amitrano / Sinopse: Após um crime, um casal pega a estrada. Eles mal se conhecem, mas acabam criando uma aproximação em decorrência da situação limite em que passam a viver, fugindo da polícia e dos bandidos, antigos comparsas de Roy (Foster).
Pablo Aluísio.
O grande trunfo de "Galveston" é o ator Ben Foster. Sempre o elogiei, acho um dos atores mais viscerais de sua geração, aquele tipo de profissional que se entrega de corpo e alma ao seu personagem. O seu Roy é um criminoso que sabe que em breve vai morrer de um câncer no pulmão, causado pelo fumo e por isso tem seu instinto de sobrevivência bem baixo. Ele não parece se importar. Já a jovem que o acompanha na estrada, a Rocky, é uma garota recém saída da adolescência, sem rumo nenhum na vida. Vivendo em motéis de beira de estrada, ele arranja dinheiro como dá, muitas vezes fazendo programas. Alta, magra, branca e desengonçada, é um destaque na interpretação inspirada de Elle Fanning. Ao assistir a esse novo filme espere por bom cinema, que não faz concessões. Só não vá esperar por um final feliz. Isso o filme definitivamente não lhe dará. Aliás achei o desfecho ora lírico, ora brutal demais, o que não deixou de ser algo contraditório. Mesmo assim, dentro da proposta dos personagens principais, estava mais do que no caminho do desenrolar da trama. É um bom drama sobre gente perdida na vida que tenta viver um dia de cada vez, mesmo sabendo que a estrada em que se encontram não levará ninguém para lugar nenhum.
Galveston (Estados Unidos, 2018) Direção: Mélanie Laurent / Roteiro: Mélanie Laurent / Elenco: Ben Foster, Elle Fanning, Lili Reinhart, Anniston Price, Jeffrey Grover, Christopher Amitrano / Sinopse: Após um crime, um casal pega a estrada. Eles mal se conhecem, mas acabam criando uma aproximação em decorrência da situação limite em que passam a viver, fugindo da polícia e dos bandidos, antigos comparsas de Roy (Foster).
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019
Terror em Silent Hill
Filme de terror que acabou dando origem a uma nova franquia no cinema, para surpresa de muita gente que não colocava muito fé na produção. Como é baseado em um game popular toda a trama soa até bem simples. Veja que enredo básico. Uma mãe sai em uma busca desesperada do paradeiro de sua filha desaparecida, dentro dos limites de uma cidade estranha e desolada, chamada Silent Hill. Conforme ela entra naquele lugar escuro, sombrio e com névoa eterna, ela vai encontrando seres e criaturas bem esquisitas que definitivamente não parecem ser desse mundo. Provavelmente ele atravessou a cortina que separa o universo dos vidos, da dos mortos. O problema é que são entidades perigosas, que habitam as trevas. Sair viva de lá vai ser um grande desafio. "Terror em Silent Hill" é aquele tipo de filme em que você não deve se preocupar muito em termos de roteiro, atuação ou direção. O que vale aqui realmente é agradar aos fãs do jogo de terror e isso, em razão das péssimas adaptações feitas nos últimos anos, era um desafio e tanto a se superar.
Falando sinceramente praticamente quase todos os filmes baseados em games foram ruins. Poucos se salvaram. A boa notícia é que o diretor Christophe Gans conseguiu superar essa barreira. Ele obviamente passou longe de criar uma obra prima do terror, mas em compensação realizou um filme correto, equilibrado, que conta (bem) seu enredo de forma simples e sem exageros desnecessários. Quem diria que isso tudo iria resultar em bom cinema? Agora, o que se sobressai mesmo em "Silent Hill" é a sua maravilhosa direção de arte, figurinos e maquiagem. A sucessão de monstros que desfilam na tela realmente impressiona pela originalidade. São seres bizarros, disformes, sem paralelo. Some-se a isso um filme curto, eficiente e bem feito e você certamente terá um bom divertimento pela frente. "Terror em Silent Hill" é angustiante na medida certa e funciona muito bem para quem deseja ter alguns bons sustos. Vale a recomendação.
Terror em Silent Hill (Silent Hill, Estados Unidos, 2006) Direção: Christophe Gans / Roteiro: Roger Avary / Elenco: Radha Mitchell, Laurie Holden, Sean Bean / Sinopse: O filme conta a história da trajetória de uma mãe desesperada em encontrar sua filha desaparecida em uma cidade abandonada e sinistra. Filme baseado e adaptado do famoso jogo de vídeogame. Indicado ao prêmio do Fangoria Chainsaw Awards em cinco categorias, entre elas Melhor Direção de Arte, Melhor Maquiagem e Melhores Efeitos Especiais.
Pablo Aluísio.
Falando sinceramente praticamente quase todos os filmes baseados em games foram ruins. Poucos se salvaram. A boa notícia é que o diretor Christophe Gans conseguiu superar essa barreira. Ele obviamente passou longe de criar uma obra prima do terror, mas em compensação realizou um filme correto, equilibrado, que conta (bem) seu enredo de forma simples e sem exageros desnecessários. Quem diria que isso tudo iria resultar em bom cinema? Agora, o que se sobressai mesmo em "Silent Hill" é a sua maravilhosa direção de arte, figurinos e maquiagem. A sucessão de monstros que desfilam na tela realmente impressiona pela originalidade. São seres bizarros, disformes, sem paralelo. Some-se a isso um filme curto, eficiente e bem feito e você certamente terá um bom divertimento pela frente. "Terror em Silent Hill" é angustiante na medida certa e funciona muito bem para quem deseja ter alguns bons sustos. Vale a recomendação.
Terror em Silent Hill (Silent Hill, Estados Unidos, 2006) Direção: Christophe Gans / Roteiro: Roger Avary / Elenco: Radha Mitchell, Laurie Holden, Sean Bean / Sinopse: O filme conta a história da trajetória de uma mãe desesperada em encontrar sua filha desaparecida em uma cidade abandonada e sinistra. Filme baseado e adaptado do famoso jogo de vídeogame. Indicado ao prêmio do Fangoria Chainsaw Awards em cinco categorias, entre elas Melhor Direção de Arte, Melhor Maquiagem e Melhores Efeitos Especiais.
Pablo Aluísio.
Wolverine: Imortal
No Japão moderno, Wolverine (Hugh Jackman) acaba tendo que enfrentar um mundo desconhecido onde terá que superar um inimigo mortal numa batalha de vida ou morte, que mudará sua personalidade para sempre. Indo ao máximo de seus limites físicos e emocionais, ele combate não apenas opositores poderosos, mas também uma luta interior contra sua própria imortalidade, emergindo desse processo ainda mais poderoso e ciente de seus poderes. Segunda tentativa de emplacar uma franquia apenas com o personagem Wolverine. Em tempos onde pipocam adaptações de quadrinhos por todos os lados, não haveria como ignorar um dos heróis mais populares das HQs. Apesar de ser bem superior ao primeiro filme solo desse membro famoso do grupo X-Men, o fato é que ainda não chegaram no produto ideal. O original foi bem malhado pela crítica que apontou diversos erros, até mesmo uma surpreendente falta de capricho por parte do estúdio em relação ao roteiro e produção. Parecia que a Marvel pensava ter um produto à prova de falhas e por essa razão não se importou muito em realizar algo realmente bom.
O resultado comercial e artístico deixou bastante a desejar. Agora tenta-se algo novo. O roteiro leva Wolverine para o Japão onde se tem uma boa chance de mudar os ares do personagem, trazendo uma bela direção de arte que aproveita ao máximo a riqueza da arte oriental. Há boas cenas de ação, uma certa influência da cultura samurai e uma estorinha até bacana, mas nada muito além disso. Pela importância do Wolverine, os fãs esperam sempre algo a mais, porém acabaram recebendo apenas um bom filme, com enredo redondinho e produção mediana. Ainda não é o filme definitivo do dono das garras de adamantium.
Wolverine - Imortal (The Wolverine, Estados Unidos, 2013) Estúdio: Twentieth Century Fox / Direção: James Mangold / Roteiro: Mark Bomback, Scott Frank / Elenco: Hugh Jackman, Will Yun Lee, Tao Okamoto / Sinopse: Wolverine vai até o Japão enfrentar um perigoso vilão e a si mesmo, numa luta interior. Filme indicado ao prêmio da Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films na categoria de Melhor Adaptação de personagens em quadrinhos. Também indicado ao People's Choice Awards na categoria de Melhor Filme de Ação.
Pablo Aluísio.
O resultado comercial e artístico deixou bastante a desejar. Agora tenta-se algo novo. O roteiro leva Wolverine para o Japão onde se tem uma boa chance de mudar os ares do personagem, trazendo uma bela direção de arte que aproveita ao máximo a riqueza da arte oriental. Há boas cenas de ação, uma certa influência da cultura samurai e uma estorinha até bacana, mas nada muito além disso. Pela importância do Wolverine, os fãs esperam sempre algo a mais, porém acabaram recebendo apenas um bom filme, com enredo redondinho e produção mediana. Ainda não é o filme definitivo do dono das garras de adamantium.
Wolverine - Imortal (The Wolverine, Estados Unidos, 2013) Estúdio: Twentieth Century Fox / Direção: James Mangold / Roteiro: Mark Bomback, Scott Frank / Elenco: Hugh Jackman, Will Yun Lee, Tao Okamoto / Sinopse: Wolverine vai até o Japão enfrentar um perigoso vilão e a si mesmo, numa luta interior. Filme indicado ao prêmio da Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films na categoria de Melhor Adaptação de personagens em quadrinhos. Também indicado ao People's Choice Awards na categoria de Melhor Filme de Ação.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019
O Aviador
Revi esse filme do grande Martin Scorsese. OK, rever pura e simplesmente a versão original seria algo meio óbvio. Assim procurei por essa versão especial, estendida, com quase três horas de duração. Como se sabe muitos diretores precisam fazer cortes para que seus filmes sejam comercialmente viáveis. Depois, mais tarde, eles finalmente fazem seu corte pessoal, acrescentando cenas deletadas, etc. Se você só viu a primeira versão, a original, não precisa se preocupar muito. As mudanças são pontuais. Algumas cenas duram mais, possuem maiores linhas de diálogo, mas é só. A narrativa segue a primeira espinha dorsal que Scorsese criou para seu filme que chegou aos cinemas em 2004. Como sabemos o roteiro conta a história real do bilionário Howard Hughes. Ele foi um dos homens mais ricos do mundo em sua época, mas sofria de diversos transtornos mentais. A riqueza acabou sendo sua ruína, pois sendo poderoso e intocável não se deixava passar por tratamentos psiquiátricos. Em razão disso foi ficando cada vez mais doido com o passar dos anos, criando uma rotina sombria, onde passava o tempo todo trancado dentro de uma sala escura, onde eram exibidos seus velhos filmes (ele também havia sido produtor e diretor em Hollywood). Obcecado por germes e bactérias, não conseguia mais viver como um homem normal, geralmente ficava sem roupas, urinando em garrafas, as mesmas que traziam leite, um dos poucos alimentos que admitia consumir. Não admitia ver mais ninguém e falava com seus subordinados através de uma porta trancada.
O filme obviamente foca nos primeiros anos de Hughes, quando ele era, digamos assim, mais normal. Namorando estrelas do cinema, comprando companhias aéreas e fechando grandes contratos com a força aérea, ele foi ficando cada vez mais rico a cada ano, enquanto a loucura ia também dominando sua mente. No filme já surgem os primeiros sintomas, com a obsessão de lavar as mãos até arrancar sangue, do pavor de tocar em outras pessoas, e da paranoia, representado pelas escutas que mandava instalar nas casas e telefones das mulheres com quem se relacionava. Depois de alguns anos virou um doido varrido e seu nome também virou sinônimo de milionário excêntrico e anormal. Leonardo DiCaprio interpreta o louco, mas não levou o Oscar. A velha maldição que o perseguiu por anos e anos. Quem se saiu melhor foi sua colega de cena, Cate Blanchett. Sinceramente falando não achei grande coisa sua interpretação. Ela interpreta a atriz Katharine Hepburn. Com cabelos naturais loiros (Hepburn tinha cabelos pretos) ela em pouco lembra a famosa estrela. Não merecia ter levado o Oscar. Quem merecia vencer mesmo era o diretor Martin Scorsese. Mestre em contar histórias, ele recriou nos mínimos detalhes os grandes momentos de Hughes. Só faltou mesmo mostrar o fim de sua vida, quando ele se tornou um homem completamente insano, afundado em sua própria loucura sem limites.
O Aviador (The Aviator, Estados Unidos, 2004) Direção: Martin Scorsese / Roteiro: John Logan / Elenco: Leonardo DiCaprio, Cate Blanchett, Kate Beckinsale, John C. Reilly, Alec Baldwin, Alan Alda, Ian Holm / Sinopse: O filme conta a história do milionário Howard Hughes (DiCaprio). Investidor e construtor de aviões, acabou sucumbindo a uma grave doença mental em seus últimos anos. Vencedor do Oscar nas categorias de Melhor Atriz Coadjuvante (Cate Blanchett), Melhor Fotografia (Robert Richardson), Melhor figurino (Sandy Powell) e Melhor Direção de Arte (Dante Ferretti e Francesca Lo Schiavo).
Pablo Aluísio.
O filme obviamente foca nos primeiros anos de Hughes, quando ele era, digamos assim, mais normal. Namorando estrelas do cinema, comprando companhias aéreas e fechando grandes contratos com a força aérea, ele foi ficando cada vez mais rico a cada ano, enquanto a loucura ia também dominando sua mente. No filme já surgem os primeiros sintomas, com a obsessão de lavar as mãos até arrancar sangue, do pavor de tocar em outras pessoas, e da paranoia, representado pelas escutas que mandava instalar nas casas e telefones das mulheres com quem se relacionava. Depois de alguns anos virou um doido varrido e seu nome também virou sinônimo de milionário excêntrico e anormal. Leonardo DiCaprio interpreta o louco, mas não levou o Oscar. A velha maldição que o perseguiu por anos e anos. Quem se saiu melhor foi sua colega de cena, Cate Blanchett. Sinceramente falando não achei grande coisa sua interpretação. Ela interpreta a atriz Katharine Hepburn. Com cabelos naturais loiros (Hepburn tinha cabelos pretos) ela em pouco lembra a famosa estrela. Não merecia ter levado o Oscar. Quem merecia vencer mesmo era o diretor Martin Scorsese. Mestre em contar histórias, ele recriou nos mínimos detalhes os grandes momentos de Hughes. Só faltou mesmo mostrar o fim de sua vida, quando ele se tornou um homem completamente insano, afundado em sua própria loucura sem limites.
O Aviador (The Aviator, Estados Unidos, 2004) Direção: Martin Scorsese / Roteiro: John Logan / Elenco: Leonardo DiCaprio, Cate Blanchett, Kate Beckinsale, John C. Reilly, Alec Baldwin, Alan Alda, Ian Holm / Sinopse: O filme conta a história do milionário Howard Hughes (DiCaprio). Investidor e construtor de aviões, acabou sucumbindo a uma grave doença mental em seus últimos anos. Vencedor do Oscar nas categorias de Melhor Atriz Coadjuvante (Cate Blanchett), Melhor Fotografia (Robert Richardson), Melhor figurino (Sandy Powell) e Melhor Direção de Arte (Dante Ferretti e Francesca Lo Schiavo).
Pablo Aluísio.
As Vantagens de Ser Invisível
Durante os anos 80 o introvertido Charlie (Logan Lerman) chega em um novo colégio. Como novato, ele sente dificuldades em se enturmar para fazer novas amizades. A salvação vem com dois alunos que parecem fora do comum, mas logo se mostram bem colegas dele. Ela se chama Sam (Emma Watson) e ele Patrick (Ezra Miller). Juntos acabam formando um grupinho de amigos para atravessar essa fase tão complicada da vida chamada adolescência. Filmes sobre adolescentes americanos sempre são problemáticos. Ou são comédias debiloides ou então fitas de pura vulgaridade, pura desculpa para mostrar jovens seminuas e muita nudez gratuita. Só na década de 1980 é que surgiram bons filmes no gênero, justamente aqueles assinados pelo mestre John Hughes. Talvez por essa razão o enredo de "The Perks of Being a Wallflower" se passe justamente nesse momento histórico.
O diretor Stephen Chbosky obviamente busca uma identificação com aqueles antigos filmes. Cada um dos personagens procura retratar jovens reais e não caricatos, como já estamos acostumados a ver. O drama de Charlie talvez seja o mais complicado de superar. Além da timidez e da falta de jeito com as garotas, ele ainda tem que superar uma série de sintomas que podem indicar o surgimento de algum tipo de problema mental. Para Patrick a situação é ainda mais delicada já que ele é gay e namora às escondidas o principal atleta da escola. Se descobrirem certamente ele passará por uma situação extremamente comprometedora - isso para não dizer perigosa. O diretor realizou um bom filme, honesto e correto dentro de suas possibilidades. Além disso traz a cultuada (pelo menos entre os adolescentes que gostam de cinema) Emma Watson, aqui tentando se livrar um pouquinho do estigma de ter sido uma das protagonistas da franquia Harry Potter.
As Vantagens de Ser Invisível (The Perks of Being a Wallflower, Estados Unidos, 2012) Estúdio: Columbia Pictures / Direção: Stephen Chbosky / Roteiro: Stephen Chbosky / Elenco: Emma Watson, Nina Dobrev, Logan Lerman, Paul Rudd, Kate Walsh, Patrick de Ledebur / Sinopse: o filme conta a estória de um adolescente tentando se encaixar numa nova escola, fazendo novas amizades e cultivando outros amigos.
Pablo Aluísio.
O diretor Stephen Chbosky obviamente busca uma identificação com aqueles antigos filmes. Cada um dos personagens procura retratar jovens reais e não caricatos, como já estamos acostumados a ver. O drama de Charlie talvez seja o mais complicado de superar. Além da timidez e da falta de jeito com as garotas, ele ainda tem que superar uma série de sintomas que podem indicar o surgimento de algum tipo de problema mental. Para Patrick a situação é ainda mais delicada já que ele é gay e namora às escondidas o principal atleta da escola. Se descobrirem certamente ele passará por uma situação extremamente comprometedora - isso para não dizer perigosa. O diretor realizou um bom filme, honesto e correto dentro de suas possibilidades. Além disso traz a cultuada (pelo menos entre os adolescentes que gostam de cinema) Emma Watson, aqui tentando se livrar um pouquinho do estigma de ter sido uma das protagonistas da franquia Harry Potter.
As Vantagens de Ser Invisível (The Perks of Being a Wallflower, Estados Unidos, 2012) Estúdio: Columbia Pictures / Direção: Stephen Chbosky / Roteiro: Stephen Chbosky / Elenco: Emma Watson, Nina Dobrev, Logan Lerman, Paul Rudd, Kate Walsh, Patrick de Ledebur / Sinopse: o filme conta a estória de um adolescente tentando se encaixar numa nova escola, fazendo novas amizades e cultivando outros amigos.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019
Coração Louco
A trama é bem singela e de acordo com o universo da música country dos Estados Unidos, com suas letras sobre solidão, desilusões amorosas e redenções. No filme Bad Blake (Jeff Bridges) é um músico decadente que precisa reavaliar sua vida e carreira após tantos anos de estrada. Agora ele terá que lutar de uma vez por todas pelo amor de sua vida. Esse mundo da country music americana sempre foi fonte para belos musicais melodramáticos, afinal de contas o material preferido de compositores e cantores do gênero sempre foi baseado no amor perdido e nas grandes históricas românticas sem final feliz. Agora temos um roteiro que mais parece a letra de uma baladona country. "Coração Louco" explora justamente esse universo. O personagem interpretado por Jeff Bridges é um achado e tanto, um sujeito que vive na tênue linha que separa o sucesso do fracasso, a felicidade da desilusão. Bridges inclusive foi premiado com o Oscar e o Globo de Ouro de Melhor Ator, premiações mais do que justas, coroando anos de uma carreira brilhante em Hollywood. Já estava na hora mesmo dele ser devidamente reconhecido pela academia de cinema.
Cabelos despenteados, olhar de cansaço emocional e uma certa postura de quem já não quer mais provar nada em sua vida, o ator encontrou um veículo perfeito para desenvolver todo o seu talento. O elenco de apoio também é maravilhoso, com destaque para o veterano Robert Duvall que tem um vínculo emocional muito forte com todo o projeto. Como se trata também de uma estória fortemente ligada ao mundo e sentimento country a premiação de Melhor Música ("The Weary Kind", escrita por Ryan Bingham e T Bone Burnett) foi mais do que merecida e oportuna. Assim se você gosta de country music e romantismo, "Crazy Heart" é de fato uma excelente opção de cinema para esse fim de noite.
Coração Louco (Crazy Heart, Estados Unidos, 2009) Estúdio: Fox Searchlight Pictures / Direção: Scott Cooper / Roteiro: Scott Cooper, Thomas Cobb / Elenco: Jeff Bridges, Maggie Gyllenhaal, Robert Duvall, Tom Bower / Sinopse: O filme conta a história de um músico veterano que após anos de carreira precisa consertar tanto sua vida profissional, como também a emocional. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Atriz Coadjuvante (Maggie Gyllenhaal). Vencedor do Oscar nas categorias de Melhor Ator (Jeff Bridges) e Melhor Música. Vencedor do Globo de Ouro na categoria de Melhor Ator (Jeff Bridges). Também indicado ao BAFTA Awards na categoria de Melhor Ator (Jeff Bridges).
Pablo Aluísio.
Cabelos despenteados, olhar de cansaço emocional e uma certa postura de quem já não quer mais provar nada em sua vida, o ator encontrou um veículo perfeito para desenvolver todo o seu talento. O elenco de apoio também é maravilhoso, com destaque para o veterano Robert Duvall que tem um vínculo emocional muito forte com todo o projeto. Como se trata também de uma estória fortemente ligada ao mundo e sentimento country a premiação de Melhor Música ("The Weary Kind", escrita por Ryan Bingham e T Bone Burnett) foi mais do que merecida e oportuna. Assim se você gosta de country music e romantismo, "Crazy Heart" é de fato uma excelente opção de cinema para esse fim de noite.
Coração Louco (Crazy Heart, Estados Unidos, 2009) Estúdio: Fox Searchlight Pictures / Direção: Scott Cooper / Roteiro: Scott Cooper, Thomas Cobb / Elenco: Jeff Bridges, Maggie Gyllenhaal, Robert Duvall, Tom Bower / Sinopse: O filme conta a história de um músico veterano que após anos de carreira precisa consertar tanto sua vida profissional, como também a emocional. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Atriz Coadjuvante (Maggie Gyllenhaal). Vencedor do Oscar nas categorias de Melhor Ator (Jeff Bridges) e Melhor Música. Vencedor do Globo de Ouro na categoria de Melhor Ator (Jeff Bridges). Também indicado ao BAFTA Awards na categoria de Melhor Ator (Jeff Bridges).
Pablo Aluísio.
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