Título no Brasil: O Amanhã Que Não Virá
Título Original: Kiss Tomorrow Goodbye
Ano de Produção: 1950
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Gordon Douglas
Roteiro: Harry Brown, Horace McCoy
Elenco: James Cagney, Barbara Payton, Helena Carter
Sinopse:
Ralph Cotter (James Cagney) é um prisioneiro condenado que decide fugir após uma distração dos guardas. Na fuga seu colega de cela acaba sendo morto. Isso porém não é problema para Cotter que está desesperado em ser novamente um homem livre, para dar continuidade em sua vida no crime. De volta às ruas, ele acaba se envolvendo em um roubo, mas após ser pego pelo inspetor de polícia descobre que ele pode ser corrompido por dinheiro. Isso coloca o policial nas mão de Cotter, que agora não vê mais limites para seus planos no mundo do crime.
Comentários:
James Cagney foi o mais adorado vilão do cinema americano. Baixinho, atarracado e com cara de mau, ele construiu toda a sua carreira interpretando bandidos, assassinos e gangsters, todos com raro brilhantismo. Na era de ouro do cinema clássico ele foi o mais famoso "homem mau" das telas de cinema. Aqui Cagney volta a interpretar um criminoso, um sujeito que em nenhum momento tenta se fingir de bonzinho ou ser dado a crises de consciência. Pelo contrário, seu personagem Ralph Cotter é um escroque assumido. Após gravar o inspetor de polícia negociando com ele uma propina ele começa a ter o tira nas mãos. Ao lado de um advogado também sujo (Luther Adler, em excelente atuação como Keith 'Cherokee' Mandon) ele acaba percebendo que não haverá mais limites para seus golpes no mundo da criminalidade. Como porém nada é perfeito, acaba cometendo dois erros, justamente ao se envolver com as mulheres erradas, a irmã de seu companheiro morto na fuga e a filha de um milionário e político influente. Quem conhece a carreira de James Cagney sabe que em todo filme seu personagem deveria protagonizar uma cena de extrema violência. Algumas vezes ele amassava uma fruta na cara de alguma mulher que ousasse lhe enfrentar. Aqui ele perde a cabeça após ser agredido por uma garota e lhe dá uma surra com toalhas de banho - imagine algo assim em plenos anos 1950, onde o moralismo era muito presente, inclusive em filmes. O público adorava até porque todos tinham pago para ver o lado mais perverso e cruel de Cagney e certamente saíam plenamente satisfeitos do cinema após verem cenas como essa.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 21 de dezembro de 2018
quinta-feira, 20 de dezembro de 2018
A Piscina Mortal
Título no Brasil: A Piscina Mortal
Título Original: The Drowning Pool
Ano de Produção: 1975
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Stuart Rosenberg
Roteiro: Tracy Keenan Wynn, Lorenzo Semple Jr.
Elenco: Paul Newman, Joanne Woodward, Anthony Franciosa
Sinopse:
O detetive Harper (Paul Newman) é contratado por uma antiga namorada, que agora vive como rica dama da sociedade em New Orleans, para desvendar um mistério envolvendo aspectos obscuros de seu ciclo familiar e social. Seguindo pistas e descobrindo relações ilícitas, Harper acaba desvendando uma complexa rede criminosa envolvendo figurões da cidade.
Comentários:
Um raro momento em que Paul Newman voltou a interpretar o mesmo personagem em uma sequência, isso porque "The Drowning Pool" nada mais é do que uma continuação de "Harper - O Caçador de Aventuras" de 1966. O detetive Lew Harper, com todo seu jeito de sujeito malandro que consegue se sair das maiores enrascadas, pelo visto cativou mesmo Newman que retornou ao mesmo papel quase dez anos depois. Como não poderia ser diferente Newman resolveu trazer também sua esposa de longa data, Joanne Woodward, para o elenco. A Warner aliás já vinha tentando filmar esse script há muitos anos, mas sempre esbarrava na negativa de Paul Newman, já que naquela época sequências não eram tão comuns como hoje em dia. Depois de ter sido reescrito várias vezes finalmente o roteiro foi considerado satisfatório pelo ator que resolveu topar encarnar o cínico detetive mais uma vez. Nesse segundo filme - que passa bem longe de ser tão bom quanto o original - o personagem de Newman desvenda uma trama (típica de produções como essa) bem menos complicada. A cena final no grande tanque do balneário quase levou o filme a ser indicado ao Oscar na categoria Melhores Efeitos Especiais. Por fim, como mera curiosidade, esse filme foi também um dos primeiros da carreira da atriz Melanie Griffith que aqui interpreta a personagem coadjuvante Schuyler. No saldo final vale a pena assistir, embora não seja dos melhores filmes do mito Paul Newman.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Drowning Pool
Ano de Produção: 1975
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Stuart Rosenberg
Roteiro: Tracy Keenan Wynn, Lorenzo Semple Jr.
Elenco: Paul Newman, Joanne Woodward, Anthony Franciosa
Sinopse:
O detetive Harper (Paul Newman) é contratado por uma antiga namorada, que agora vive como rica dama da sociedade em New Orleans, para desvendar um mistério envolvendo aspectos obscuros de seu ciclo familiar e social. Seguindo pistas e descobrindo relações ilícitas, Harper acaba desvendando uma complexa rede criminosa envolvendo figurões da cidade.
Comentários:
Um raro momento em que Paul Newman voltou a interpretar o mesmo personagem em uma sequência, isso porque "The Drowning Pool" nada mais é do que uma continuação de "Harper - O Caçador de Aventuras" de 1966. O detetive Lew Harper, com todo seu jeito de sujeito malandro que consegue se sair das maiores enrascadas, pelo visto cativou mesmo Newman que retornou ao mesmo papel quase dez anos depois. Como não poderia ser diferente Newman resolveu trazer também sua esposa de longa data, Joanne Woodward, para o elenco. A Warner aliás já vinha tentando filmar esse script há muitos anos, mas sempre esbarrava na negativa de Paul Newman, já que naquela época sequências não eram tão comuns como hoje em dia. Depois de ter sido reescrito várias vezes finalmente o roteiro foi considerado satisfatório pelo ator que resolveu topar encarnar o cínico detetive mais uma vez. Nesse segundo filme - que passa bem longe de ser tão bom quanto o original - o personagem de Newman desvenda uma trama (típica de produções como essa) bem menos complicada. A cena final no grande tanque do balneário quase levou o filme a ser indicado ao Oscar na categoria Melhores Efeitos Especiais. Por fim, como mera curiosidade, esse filme foi também um dos primeiros da carreira da atriz Melanie Griffith que aqui interpreta a personagem coadjuvante Schuyler. No saldo final vale a pena assistir, embora não seja dos melhores filmes do mito Paul Newman.
Pablo Aluísio.
No Velho Chicago
Título no Brasil: No Velho Chicago
Título Original: In Old Chicago
Ano de Produção: 1937
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Henry King
Roteiro: Lamar Trotti, Sonya Levien
Elenco: Tyrone Power, Alice Faye, Don Ameche
Sinopse:
O filme narra a épica história de uma família de irlandeses que se muda para a cidade de Chicago para um recomeço em suas vidas. Após viverem anos bem duros na cidade a prosperidade começa finalmente a abençoar seus integrantes até que todos são atingidos pelo grande incêndio que praticamente destruiu toda a cidade, em um dos eventos mais terríveis da história americana. Filme indicado a seis Oscars, inclusive Melhor Filme, Direção e Roteiro. Vencedor do Oscar nas categorias de Melhor Atriz Coadjuvante (Alice Brady) e Melhor Assistente de Direção (Robert D. Webb).
Comentários:
"In Old Chicago" foi uma das produções mais caras da história dos estúdios Fox. Na época - década de 1930 - eles ousaram reconstruir em cenários grandiosos toda a arquitetura da velha Chicago só para depois queimar tudo em um incêndio que recriasse na tela a grande tragédia da história daquela cidade. De certa forma o roteiro, personagens e o enredo são meros panos de fundo para essa cena que até os dias de hoje causa impacto por causa da excelente reconstituição histórica. O filme de certa forma acabou se tornando o predecessor de todo um gênero cinematográfico, a do cinema catástrofe, que teria seu auge muitas décadas depois, nos anos 1970, quando se tornou realmente uma febre nas bilheterias. O cineasta Henry King teve que enfrentar tantos problemas na realização desse filme que sofreu um ataque cardíaco em plena filmagem. Como não poderia ser interrompida a filmagem continuou, sendo assumida por seu jovem assistente, Robert D. Webb, que acabaria sendo premiado com um Oscar numa categoria que já não existe mais. Assim deixamos a dica desse filme que mostra, acima de tudo, a grande excelência técnica que o cinema americano sempre teve, mesmo em seus primórdios.
Pablo Aluísio.
Título Original: In Old Chicago
Ano de Produção: 1937
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Henry King
Roteiro: Lamar Trotti, Sonya Levien
Elenco: Tyrone Power, Alice Faye, Don Ameche
Sinopse:
O filme narra a épica história de uma família de irlandeses que se muda para a cidade de Chicago para um recomeço em suas vidas. Após viverem anos bem duros na cidade a prosperidade começa finalmente a abençoar seus integrantes até que todos são atingidos pelo grande incêndio que praticamente destruiu toda a cidade, em um dos eventos mais terríveis da história americana. Filme indicado a seis Oscars, inclusive Melhor Filme, Direção e Roteiro. Vencedor do Oscar nas categorias de Melhor Atriz Coadjuvante (Alice Brady) e Melhor Assistente de Direção (Robert D. Webb).
Comentários:
"In Old Chicago" foi uma das produções mais caras da história dos estúdios Fox. Na época - década de 1930 - eles ousaram reconstruir em cenários grandiosos toda a arquitetura da velha Chicago só para depois queimar tudo em um incêndio que recriasse na tela a grande tragédia da história daquela cidade. De certa forma o roteiro, personagens e o enredo são meros panos de fundo para essa cena que até os dias de hoje causa impacto por causa da excelente reconstituição histórica. O filme de certa forma acabou se tornando o predecessor de todo um gênero cinematográfico, a do cinema catástrofe, que teria seu auge muitas décadas depois, nos anos 1970, quando se tornou realmente uma febre nas bilheterias. O cineasta Henry King teve que enfrentar tantos problemas na realização desse filme que sofreu um ataque cardíaco em plena filmagem. Como não poderia ser interrompida a filmagem continuou, sendo assumida por seu jovem assistente, Robert D. Webb, que acabaria sendo premiado com um Oscar numa categoria que já não existe mais. Assim deixamos a dica desse filme que mostra, acima de tudo, a grande excelência técnica que o cinema americano sempre teve, mesmo em seus primórdios.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 19 de dezembro de 2018
Deus Sabe Quanto Amei
Uma coisa Frank Sinatra sabia fazer muito bem: escolher os roteiros certos para atuar. Um exemplo é esse "Deus Sabe Quanto Amei", filme lançado em 1958 que acabou sendo indicado em várias categorias do Oscar, Não espere ver o cantor interpretando alguma bela canção no filme. Aqui o foco é bem outro. Quando o filme começa o encontramos cochilando em uma cadeira de ônibus. Depois de uma noite de bebedeiras seus colegas de farda o colocaram em um ônibus que ia em direção à sua cidade natal. Quando ele acorda já está de volta ao velho lar, numa cidadezinha de Indiana. Chega também ao seu lado a corista e garota de farras interpretada por Shirley MacLaine. O porre foi tão grande que ele nem sequer lembra dela! Pior, agora que seu serviço militar acabou ele precisa encontrar algo com que trabalhar. Seu desejo sempre foi ser escritor, mas muito indisciplinado e dado a farras, jamais conseguiu ter sucesso na carreira. Isso apesar de ter realmente talento com as letras.
O jeito então passa a ser procurar pelo irmão, que não vê há anos. Ele se tornou um comerciante bem sucedido no ramo de joias. Os dois não se dão muito bem, por arestas não aparadas no passado. Porém nem tudo é desilusão e amargura. Dave (o personagem de Sinatra) também acaba conhecendo e se apaixonando pela professora Gwen French (Martha Hyer). Ela resiste, uma vez que o estilo de vida de Dave é tudo o que ela reprova. Completando o quadro de personagens interessantes desse bom drama temos ainda um jogador de cartas inveterado, sempre com um grande chapéu texano na cabeça, interpretado pelo sempre carismático Dean Martin. Enfim, é um drama romântico muito bom, com excelente roteiro. Com mais de duas horas de duração jamais cai no marasmo ou cansa o espectador, pelo contrário, mantém o interesse até o final. Como eu escrevi antes, Frank Sinatra sabia muito bem escolher onde trabalhar em Hollywood. Era um sujeito esperto e inteligente, disso não tenho a menor dúvida.
Deus Sabe Quanto Amei (Some Came Running, Estados Unidos, 1958) Direção: Vincente Minnelli / Roteiro: John Patrick, baseado no romance escrito por James Jones / Elenco: Frank Sinatra, Dean Martin, Shirley MacLaine, Martha Hyer, Arthur Kennedy / Sinopse: Após prestar o serviço militar, Dave Hirsh (Sinatra) está de volta à sua cidade natal. Ele precisa encontrar algo o que fazer da vida. Ele tem planos de ser um escritor, mas isso ainda não se concretizou. Acaba se apaixonando por uma professora que, mesmo gostando dele, não se entrega à nova paixão. Filme indicado ao Oscar nas categorias de melhor atriz (Shirley MacLaine), melhor ator coadjuvante (Arthur Kennedy), melhor atriz coadjuvante (Martha Hyer), melhor figurino (Walter Plunkett) e melhor música original ("To Love and Be Loved").
Pablo Aluísio.
O jeito então passa a ser procurar pelo irmão, que não vê há anos. Ele se tornou um comerciante bem sucedido no ramo de joias. Os dois não se dão muito bem, por arestas não aparadas no passado. Porém nem tudo é desilusão e amargura. Dave (o personagem de Sinatra) também acaba conhecendo e se apaixonando pela professora Gwen French (Martha Hyer). Ela resiste, uma vez que o estilo de vida de Dave é tudo o que ela reprova. Completando o quadro de personagens interessantes desse bom drama temos ainda um jogador de cartas inveterado, sempre com um grande chapéu texano na cabeça, interpretado pelo sempre carismático Dean Martin. Enfim, é um drama romântico muito bom, com excelente roteiro. Com mais de duas horas de duração jamais cai no marasmo ou cansa o espectador, pelo contrário, mantém o interesse até o final. Como eu escrevi antes, Frank Sinatra sabia muito bem escolher onde trabalhar em Hollywood. Era um sujeito esperto e inteligente, disso não tenho a menor dúvida.
Deus Sabe Quanto Amei (Some Came Running, Estados Unidos, 1958) Direção: Vincente Minnelli / Roteiro: John Patrick, baseado no romance escrito por James Jones / Elenco: Frank Sinatra, Dean Martin, Shirley MacLaine, Martha Hyer, Arthur Kennedy / Sinopse: Após prestar o serviço militar, Dave Hirsh (Sinatra) está de volta à sua cidade natal. Ele precisa encontrar algo o que fazer da vida. Ele tem planos de ser um escritor, mas isso ainda não se concretizou. Acaba se apaixonando por uma professora que, mesmo gostando dele, não se entrega à nova paixão. Filme indicado ao Oscar nas categorias de melhor atriz (Shirley MacLaine), melhor ator coadjuvante (Arthur Kennedy), melhor atriz coadjuvante (Martha Hyer), melhor figurino (Walter Plunkett) e melhor música original ("To Love and Be Loved").
Pablo Aluísio.
Noites de Rumba
Título no Brasil: Noites de Rumba
Título Original: Las Vegas Nights
Ano de Produção: 1941
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Ralph Murphy
Roteiro: Ernest Pagano, Harry Clork
Elenco: Constance Moore, Bert Wheeler, Tommy Dorsey, Frank Sinatra, Phil Regan, Lillian Cornell
Sinopse:
Um número de vaudeville herda um prédio velho e destruído e decide tentar transformá-lo em uma nova boate da moda. Primeiro filme da carreira do cantor Frank Sinatra. Musical da Paramount Pictures.
Comentários:
Qual foi o primeiro filme de Frank Sinatra? A resposta está aqui! É esse "Noites de Rumba", onde ele apareceu como cantor da orquestra maravilhosa de Tommy Dorsey. Seu personagem nem foi creditado com um nome, afinal ele não passava de um figurante de luxo, embora cantasse em cena uma bela canção. Note o ano em que o filme foi lançado, 1941, em plena segunda guerra mundial. Sinatra teve que enfrentar acusações de que era um covarde que não foi lutar na guerra ao lado de outros patriotas. Pura besteira. De uma forma ou outra esse filme acabou sendo indicado a um Oscar. Para a primeira vez de Sinatra no cinema até que não foi uma estreia ruim.
Pablo Aluísio.
Título Original: Las Vegas Nights
Ano de Produção: 1941
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Ralph Murphy
Roteiro: Ernest Pagano, Harry Clork
Elenco: Constance Moore, Bert Wheeler, Tommy Dorsey, Frank Sinatra, Phil Regan, Lillian Cornell
Sinopse:
Um número de vaudeville herda um prédio velho e destruído e decide tentar transformá-lo em uma nova boate da moda. Primeiro filme da carreira do cantor Frank Sinatra. Musical da Paramount Pictures.
Comentários:
Qual foi o primeiro filme de Frank Sinatra? A resposta está aqui! É esse "Noites de Rumba", onde ele apareceu como cantor da orquestra maravilhosa de Tommy Dorsey. Seu personagem nem foi creditado com um nome, afinal ele não passava de um figurante de luxo, embora cantasse em cena uma bela canção. Note o ano em que o filme foi lançado, 1941, em plena segunda guerra mundial. Sinatra teve que enfrentar acusações de que era um covarde que não foi lutar na guerra ao lado de outros patriotas. Pura besteira. De uma forma ou outra esse filme acabou sendo indicado a um Oscar. Para a primeira vez de Sinatra no cinema até que não foi uma estreia ruim.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 18 de dezembro de 2018
O Álamo
Título no Brasil: O Álamo
Título Original: The Alamo
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: Touchstone Pictures
Direção: John Lee Hancock
Roteiro: Leslie Bohem, Stephen Gaghan
Elenco: Dennis Quaid, Billy Bob Thornton, Jason Patric, Patrick Wilson, Emilio Echevarría
Sinopse:
Em San Antonio, no ano de 1836, um grupo de americanos encurralados no forte Álamo decide ficar e resistir ao enorme exército liderado pelo general mexicano Antonio Lopez de Santa Ana. Eles estão em menor número e com pouco armamento mas mesmo assim resolvem lutar com honra e bravura, uma atitude de coragem que entrou para a história do Texas.
Comentários:
Mais um remake, dessa vez do clássico filme dirigido por John Wayne. O enredo é o tradicional, já bem conhecido dos fãs de western em geral. Obviamente há todo aquele clima de ufanismo sempre presente quando levam essa história para as telas, pois afinal de contas esse é o tipo de enredo que exige uma certa postura de seus realizadores pois caso contrário podem mexer com um vespeiro, principalmente em relação aos texanos. Talvez por causa desse excessivo respeito esse novo filme sobre o Álamo tenha ficado muito burocrático, sem vida, sem impacto. Certo, a história é mostrada de forma muito correta, mas em minha forma de ver correção demais, sem espaço para uma visão mais original sobre tudo, só acaba rendendo muita chatice. Outro ponto que me deixou desapontado foi a escolha de certos atores para determinados personagens. Ok, gosto muito de Dennis Quaid, mas ele está muito mal na pele de Sam Houston (cujo nome batizaria a futura capital do Texas). Billy Bob Thornton como o famoso Davy Crockett também não me convenceu em nada. Aqui temos realmente um filme cujo medo de reações adversas acabou estragando o resultado final. Um pouquinho mais de ousadia cairia muito bem. Filme indicado ao Harry Awards.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Alamo
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: Touchstone Pictures
Direção: John Lee Hancock
Roteiro: Leslie Bohem, Stephen Gaghan
Elenco: Dennis Quaid, Billy Bob Thornton, Jason Patric, Patrick Wilson, Emilio Echevarría
Sinopse:
Em San Antonio, no ano de 1836, um grupo de americanos encurralados no forte Álamo decide ficar e resistir ao enorme exército liderado pelo general mexicano Antonio Lopez de Santa Ana. Eles estão em menor número e com pouco armamento mas mesmo assim resolvem lutar com honra e bravura, uma atitude de coragem que entrou para a história do Texas.
Comentários:
Mais um remake, dessa vez do clássico filme dirigido por John Wayne. O enredo é o tradicional, já bem conhecido dos fãs de western em geral. Obviamente há todo aquele clima de ufanismo sempre presente quando levam essa história para as telas, pois afinal de contas esse é o tipo de enredo que exige uma certa postura de seus realizadores pois caso contrário podem mexer com um vespeiro, principalmente em relação aos texanos. Talvez por causa desse excessivo respeito esse novo filme sobre o Álamo tenha ficado muito burocrático, sem vida, sem impacto. Certo, a história é mostrada de forma muito correta, mas em minha forma de ver correção demais, sem espaço para uma visão mais original sobre tudo, só acaba rendendo muita chatice. Outro ponto que me deixou desapontado foi a escolha de certos atores para determinados personagens. Ok, gosto muito de Dennis Quaid, mas ele está muito mal na pele de Sam Houston (cujo nome batizaria a futura capital do Texas). Billy Bob Thornton como o famoso Davy Crockett também não me convenceu em nada. Aqui temos realmente um filme cujo medo de reações adversas acabou estragando o resultado final. Um pouquinho mais de ousadia cairia muito bem. Filme indicado ao Harry Awards.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 17 de dezembro de 2018
O Homem Intrépido
Título no Brasil: O Homem Intrépido
Título Original: The Kansan
Ano de Produção: 1943
País: Estados Unidos
Estúdio: United Artists
Direção: George Archainbaud
Roteiro: Harold Shumate, Frank Gruber
Elenco: Richard Dix, Jane Wyatt, Albert Dekker
Sinopse:
Durante um assalto ao banco local realizado pela infame quadrilha de Jesse James, o cowboy John Bonniwell (Richard Dix) acaba sendo ferido em um intenso tiroteio com os bandidos. Levado ao hospital da cidade acaba ficando vários dias inconsciente e quando acorda descobre, surpreso, que foi eleito pela população como o novo xerife da região. Com certo receio acaba aceitando o cargo, porém terá que bater de frente com um poderoso banqueiro, que ambiciona controlar a tudo e a todos com o poder de seu dinheiro. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Música (Gerard Carbonara).
Comentários:
"The Kansan" foi realizado bem no meio da II Guerra Mundial. Enquanto os soldados ianques lutavam na Europa e no Pacífico a vida continuava para os americanos em geral e o cinema não perdia tempo em faturar em cima da imagem do herói tipicamente norte-americano, a do cowboy. Nesse "O Homem Intrépido" o ator Richard Dix interpreta mais um xerife honesto e honrado que decide impor seu ponto de vista em uma região dominada por bandoleiros, foras-da-lei e banqueiros inescrupulosos e gananciosos. O roteiro aliás explora um aspecto muito interessante da colonização do oeste, pois muitas vezes os grupos armados de bandidos que infestavam as cidades eram bancados por cidadãos supostamente honestos e acima de qualquer suspeita! Diante disso muitos xerifes tinham que viver no fio da navalha, tentando se manter no cargo, embora cientes que havia muita corrupção nas altas esferas do poder. No elenco podemos destacar a figura da bela atriz Jane Wyatt, que apesar do nome não tinha parentesco com o mais famoso xerife de todos os tempos, Wyatt Earp. Ela traz uma certa doçura necessária a um filme repleto de sujeitos mal encarados, sujos e violentos. Assim deixamos a dica desse "The Kansan", mais um bom faroeste da década de 1940 que explora a figura sempre lendária e mitológica do xerife no velho oeste americano.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Kansan
Ano de Produção: 1943
País: Estados Unidos
Estúdio: United Artists
Direção: George Archainbaud
Roteiro: Harold Shumate, Frank Gruber
Elenco: Richard Dix, Jane Wyatt, Albert Dekker
Sinopse:
Durante um assalto ao banco local realizado pela infame quadrilha de Jesse James, o cowboy John Bonniwell (Richard Dix) acaba sendo ferido em um intenso tiroteio com os bandidos. Levado ao hospital da cidade acaba ficando vários dias inconsciente e quando acorda descobre, surpreso, que foi eleito pela população como o novo xerife da região. Com certo receio acaba aceitando o cargo, porém terá que bater de frente com um poderoso banqueiro, que ambiciona controlar a tudo e a todos com o poder de seu dinheiro. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Música (Gerard Carbonara).
Comentários:
"The Kansan" foi realizado bem no meio da II Guerra Mundial. Enquanto os soldados ianques lutavam na Europa e no Pacífico a vida continuava para os americanos em geral e o cinema não perdia tempo em faturar em cima da imagem do herói tipicamente norte-americano, a do cowboy. Nesse "O Homem Intrépido" o ator Richard Dix interpreta mais um xerife honesto e honrado que decide impor seu ponto de vista em uma região dominada por bandoleiros, foras-da-lei e banqueiros inescrupulosos e gananciosos. O roteiro aliás explora um aspecto muito interessante da colonização do oeste, pois muitas vezes os grupos armados de bandidos que infestavam as cidades eram bancados por cidadãos supostamente honestos e acima de qualquer suspeita! Diante disso muitos xerifes tinham que viver no fio da navalha, tentando se manter no cargo, embora cientes que havia muita corrupção nas altas esferas do poder. No elenco podemos destacar a figura da bela atriz Jane Wyatt, que apesar do nome não tinha parentesco com o mais famoso xerife de todos os tempos, Wyatt Earp. Ela traz uma certa doçura necessária a um filme repleto de sujeitos mal encarados, sujos e violentos. Assim deixamos a dica desse "The Kansan", mais um bom faroeste da década de 1940 que explora a figura sempre lendária e mitológica do xerife no velho oeste americano.
Pablo Aluísio.
Semeando a Morte no Texas
Título no Brasil: Semeando a Morte no Texas
Título Original: Seminò Morte... Lo Chiamavano il Castigo di Dio
Ano de Produção: 1972
País: Itália
Estúdio: Virginia Cinematografica
Direção: Roberto Mauri
Roteiro: Roberto Bianchi Montero, Roberto Mauri
Elenco: Brad Harris, José Torres, Vassili Karis
Sinopse:
Django (Brad Harris) acaba caindo numa armadilha. Estando no lugar errado, na hora errada, ele acaba sendo acusado de um roubo de banco. Assim é jogado na cadeia junto ao bandoleiro Spirito Santo (José Torres). Depois de algumas tentativas finalmente consegue fugir para encontrar os verdadeiros criminosos, que ao que tudo indica, contam com o apoio de pessoas importantes, inclusive de autoridades públicas que seriam os verdadeiros autores intelectuais do crime.
Comentários:
O diretor Roberto Mauri (assinando sob o pseudônimo americano de Robert Johnson) ficou conhecido pelos faroestes italianos de baixo orçamento que dirigiu. "A Vingança é o Meu Perdão" de 1968 e "Sartana no Vale dos Gaviões" de 1970 até possuem seus admiradores dentro do gênero Western Spaghetti. O problema é que a partir de determinado momento Mauri começou a diminuir ainda mais os orçamentos de seus filmes, chegando ao ponto de tudo parecer muito fraco e mal produzido na tela. A crítica italiana não perdoou isso nessa fita, chegando ao ponto de chamar o filme de "Um exercício de incompetência"! De fato há pouca coisa realmente boa nessa produção. Os diálogos são mínimos e as cenas de ação são de uma gratuidade espantosa. O simples ato de servir um whisky quente em um saloon já serve de desculpas para um tiroteio sem fim envolvendo quase duas dezenas de cowboys mal encarados e fedorentos. Pior será o pobre azarado que se deparar com uma cópia dublada em inglês pois o serviço de dublagem que realizaram foi realmente de péssima qualidade. As poucas falas mais desenvolvidas são ditas pelo vilão, Scott (Vassili Karis), que passa tempo demais explicando nos menores detalhes seus planos para liquidar Django. Há muitos ângulos distorcidos e cenas mal realizadas. De bom mesmo temos apenas uma trilha sonora pra lá de excêntrica e uma direção de arte muito boa no poster original do filme. Fora isso é de fato um faroeste bem decepcionante de modo em geral. Só recomendado para fãs radicais e hardcore do pistoleiro Django.
Pablo Aluísio.
Título Original: Seminò Morte... Lo Chiamavano il Castigo di Dio
Ano de Produção: 1972
País: Itália
Estúdio: Virginia Cinematografica
Direção: Roberto Mauri
Roteiro: Roberto Bianchi Montero, Roberto Mauri
Elenco: Brad Harris, José Torres, Vassili Karis
Sinopse:
Django (Brad Harris) acaba caindo numa armadilha. Estando no lugar errado, na hora errada, ele acaba sendo acusado de um roubo de banco. Assim é jogado na cadeia junto ao bandoleiro Spirito Santo (José Torres). Depois de algumas tentativas finalmente consegue fugir para encontrar os verdadeiros criminosos, que ao que tudo indica, contam com o apoio de pessoas importantes, inclusive de autoridades públicas que seriam os verdadeiros autores intelectuais do crime.
Comentários:
O diretor Roberto Mauri (assinando sob o pseudônimo americano de Robert Johnson) ficou conhecido pelos faroestes italianos de baixo orçamento que dirigiu. "A Vingança é o Meu Perdão" de 1968 e "Sartana no Vale dos Gaviões" de 1970 até possuem seus admiradores dentro do gênero Western Spaghetti. O problema é que a partir de determinado momento Mauri começou a diminuir ainda mais os orçamentos de seus filmes, chegando ao ponto de tudo parecer muito fraco e mal produzido na tela. A crítica italiana não perdoou isso nessa fita, chegando ao ponto de chamar o filme de "Um exercício de incompetência"! De fato há pouca coisa realmente boa nessa produção. Os diálogos são mínimos e as cenas de ação são de uma gratuidade espantosa. O simples ato de servir um whisky quente em um saloon já serve de desculpas para um tiroteio sem fim envolvendo quase duas dezenas de cowboys mal encarados e fedorentos. Pior será o pobre azarado que se deparar com uma cópia dublada em inglês pois o serviço de dublagem que realizaram foi realmente de péssima qualidade. As poucas falas mais desenvolvidas são ditas pelo vilão, Scott (Vassili Karis), que passa tempo demais explicando nos menores detalhes seus planos para liquidar Django. Há muitos ângulos distorcidos e cenas mal realizadas. De bom mesmo temos apenas uma trilha sonora pra lá de excêntrica e uma direção de arte muito boa no poster original do filme. Fora isso é de fato um faroeste bem decepcionante de modo em geral. Só recomendado para fãs radicais e hardcore do pistoleiro Django.
Pablo Aluísio.
domingo, 16 de dezembro de 2018
Marcado para Morrer
Título no Brasil: Marcado para Morrer
Título Original: Ride the Man Down
Ano de Produção: 1952
País: Estados Unidos
Estúdio: Republic Pictures
Direção: Joseph Kane
Roteiro: Mary C. McCall Jr, Luke Short
Elenco: Brian Donlevy, Rod Cameron, Ella Raines
Sinopse:
Após a morte do dono de um extenso e produtivo rancho numa nevasca, se forma uma severa disputa entre criadores de gado da região para tomar posse da propriedade. Acontece que ele morreu sem deixar herdeiros. Em uma época onde as leis de sucessão não eram muito claras, começa uma verdadeira guerra entre os fazendeiros para dominar o local. Bide Marriner (Brian Donlevy) e Red Courteen (Jim Davis) são os candidatos mais propensos para ganhar o rancho. As coisas mudam porém quando o cowboy Ray Cavanaugh (Paul Fix) mata John Evarts (James Bell), que estava administrando o rancho, atirando covardemente pelas suas costas, ficando claro a partir desse crime que a disputa será resolvida mesmo na base das armas em punho.
Comentários:
Esse western estrelado por Brian Donlevy tem um roteiro curioso que mostra um aspecto histórico na conquista do oeste americano. Acontece que a Constituição dos Estados Unidos afirmava que as terras seriam ocupadas pela posse dos colonos por sua ordem de chegada na região. Trocando em miúdos, a terra seria de quem chegasse primeiro por lá, naquelas regiões selvagens! Não havia necessariamente direito de propriedade reconhecido em cartório ou algo sequer parecido a isso. Quando um rancheiro morria sem deixar herdeiros era comum haver uma disputa sangrenta pelo rancho, principalmente se ele fosse valioso, bem localizado, com terras produtivas e boas para a criação de gado. É justamente essa a situação central do enredo desse filme. O fato porém é que a Republic Pictures tinha um complexo roteiro para filmar, mas com orçamento pequeno. Assim uma estória que daria margem a um filme com mais de duas horas e meia de duração acabou sendo condensado em meros 70 minutos de projeção. Nem preciso dizer que tudo ficou muito truncado por causa disso. Some-se a isso o fato de que muitas cenas rodadas de noite foram prejudicadas por problemas de iluminação. Mesmo assim, com esses pequenos problemas pontuais, "Ride the Man Down" ainda consegue ser um bom entretenimento, principalmente se você tiver algum interesse em história americana da colonização do velho oeste.
Pablo Aluísio.
Título Original: Ride the Man Down
Ano de Produção: 1952
País: Estados Unidos
Estúdio: Republic Pictures
Direção: Joseph Kane
Roteiro: Mary C. McCall Jr, Luke Short
Elenco: Brian Donlevy, Rod Cameron, Ella Raines
Sinopse:
Após a morte do dono de um extenso e produtivo rancho numa nevasca, se forma uma severa disputa entre criadores de gado da região para tomar posse da propriedade. Acontece que ele morreu sem deixar herdeiros. Em uma época onde as leis de sucessão não eram muito claras, começa uma verdadeira guerra entre os fazendeiros para dominar o local. Bide Marriner (Brian Donlevy) e Red Courteen (Jim Davis) são os candidatos mais propensos para ganhar o rancho. As coisas mudam porém quando o cowboy Ray Cavanaugh (Paul Fix) mata John Evarts (James Bell), que estava administrando o rancho, atirando covardemente pelas suas costas, ficando claro a partir desse crime que a disputa será resolvida mesmo na base das armas em punho.
Comentários:
Esse western estrelado por Brian Donlevy tem um roteiro curioso que mostra um aspecto histórico na conquista do oeste americano. Acontece que a Constituição dos Estados Unidos afirmava que as terras seriam ocupadas pela posse dos colonos por sua ordem de chegada na região. Trocando em miúdos, a terra seria de quem chegasse primeiro por lá, naquelas regiões selvagens! Não havia necessariamente direito de propriedade reconhecido em cartório ou algo sequer parecido a isso. Quando um rancheiro morria sem deixar herdeiros era comum haver uma disputa sangrenta pelo rancho, principalmente se ele fosse valioso, bem localizado, com terras produtivas e boas para a criação de gado. É justamente essa a situação central do enredo desse filme. O fato porém é que a Republic Pictures tinha um complexo roteiro para filmar, mas com orçamento pequeno. Assim uma estória que daria margem a um filme com mais de duas horas e meia de duração acabou sendo condensado em meros 70 minutos de projeção. Nem preciso dizer que tudo ficou muito truncado por causa disso. Some-se a isso o fato de que muitas cenas rodadas de noite foram prejudicadas por problemas de iluminação. Mesmo assim, com esses pequenos problemas pontuais, "Ride the Man Down" ainda consegue ser um bom entretenimento, principalmente se você tiver algum interesse em história americana da colonização do velho oeste.
Pablo Aluísio.
Os Canhões de San Sebastian
Título no Brasil: Os Canhões de San Sebastian
Título Original: La Bataille de San Sebastian
Ano de Produção: 1968
País: Itália, França, México
Estúdio: Compagnie Internationale de Productions Cinématographiques
Direção: Henri Verneuil
Roteiro: William Barby Faherty, Serge Gance
Elenco: Anthony Quinn, Anjanette Comer, Charles Bronson, Sam Jaffe
Sinopse:
Leon Alastray (Anthony Quinn) é um bandoleiro que acaba sendo confundido com um sacerdote assassinado. Ao chegar na aldeia de San Sebastian ele entende que aquele povo vive em constante medo causado pelos ataques regulares ao povoado, onde seus poucos bens e sua comida viram alvos de ladrões violentos que chegam na região, aterrorizam os moradores e depois vão embora com o produto de seu saque. Assim Leon logo decide ajudar aquelas pessoas injustiçadas a se defenderem desses bandidos, organizando um verdadeiro exército de resistência.
Comentários:
Western Spaghetti que fez muito sucesso nos cinemas durante os anos 1960. Uma produção internacional envolvendo três países, Itália, França e México, e que contou em seu elenco com dois famosos atores do cinema americano, Anthony Quinn e Charles Bronson. Isso demonstrava que a indústria de cinema italiano estava forte o suficiente para contratar atores americanos para suas películas. O curioso é que esses profissionais eram considerados, até de forma injusta, como atores de segundo escalão em Hollywood. Assim eles deixaram a Califórnia para trás e foram para a Europa, onde contaram com produções melhores para se tornarem estrelas por lá. O mesmo caminho trilhou Clint Eastwood no começo de sua carreira. Uma vez com o sucesso dessas produções, podiam retornar para Hollywood onde ganhavam um novo status, conquistado pela farta bilheteria de seus faroestes spaghettis. Anthony Quinn, por exemplo, tinha uma personalidade expansiva e extrovertida, excelente para esses filmes onde muitas vezes o exagero dava o tom de seus roteiros. Já Charles Bronson era o tipo ideal para encarnar sujeitos durões, de poucas palavras e muita ação. Uma dupla que casou perfeitamente bem em cena, a se lamentar apenas o fato de terem trabalhado poucas vezes juntos. Assim o que temos aqui é uma das produções mais ousadas do Western Spaghetti, um filme que não envelheceu tanto como era de se esperar. Uma excelente diversão para quem curte esse tipo de produção italiana com muitos tiros e pouca conversa fiada.
Pablo Aluísio.
Título Original: La Bataille de San Sebastian
Ano de Produção: 1968
País: Itália, França, México
Estúdio: Compagnie Internationale de Productions Cinématographiques
Direção: Henri Verneuil
Roteiro: William Barby Faherty, Serge Gance
Elenco: Anthony Quinn, Anjanette Comer, Charles Bronson, Sam Jaffe
Sinopse:
Leon Alastray (Anthony Quinn) é um bandoleiro que acaba sendo confundido com um sacerdote assassinado. Ao chegar na aldeia de San Sebastian ele entende que aquele povo vive em constante medo causado pelos ataques regulares ao povoado, onde seus poucos bens e sua comida viram alvos de ladrões violentos que chegam na região, aterrorizam os moradores e depois vão embora com o produto de seu saque. Assim Leon logo decide ajudar aquelas pessoas injustiçadas a se defenderem desses bandidos, organizando um verdadeiro exército de resistência.
Comentários:
Western Spaghetti que fez muito sucesso nos cinemas durante os anos 1960. Uma produção internacional envolvendo três países, Itália, França e México, e que contou em seu elenco com dois famosos atores do cinema americano, Anthony Quinn e Charles Bronson. Isso demonstrava que a indústria de cinema italiano estava forte o suficiente para contratar atores americanos para suas películas. O curioso é que esses profissionais eram considerados, até de forma injusta, como atores de segundo escalão em Hollywood. Assim eles deixaram a Califórnia para trás e foram para a Europa, onde contaram com produções melhores para se tornarem estrelas por lá. O mesmo caminho trilhou Clint Eastwood no começo de sua carreira. Uma vez com o sucesso dessas produções, podiam retornar para Hollywood onde ganhavam um novo status, conquistado pela farta bilheteria de seus faroestes spaghettis. Anthony Quinn, por exemplo, tinha uma personalidade expansiva e extrovertida, excelente para esses filmes onde muitas vezes o exagero dava o tom de seus roteiros. Já Charles Bronson era o tipo ideal para encarnar sujeitos durões, de poucas palavras e muita ação. Uma dupla que casou perfeitamente bem em cena, a se lamentar apenas o fato de terem trabalhado poucas vezes juntos. Assim o que temos aqui é uma das produções mais ousadas do Western Spaghetti, um filme que não envelheceu tanto como era de se esperar. Uma excelente diversão para quem curte esse tipo de produção italiana com muitos tiros e pouca conversa fiada.
Pablo Aluísio.
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