sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

O Amanhã Que Não Virá

Título no Brasil: O Amanhã Que Não Virá
Título Original: Kiss Tomorrow Goodbye
Ano de Produção: 1950
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Gordon Douglas
Roteiro: Harry Brown, Horace McCoy
Elenco: James Cagney, Barbara Payton, Helena Carter

Sinopse:
Ralph Cotter (James Cagney) é um prisioneiro condenado que decide fugir após uma distração dos guardas. Na fuga seu colega de cela acaba sendo morto. Isso porém não é problema para Cotter que está desesperado em ser novamente um homem livre, para dar continuidade em sua vida no crime. De volta às ruas, ele acaba se envolvendo em um roubo, mas após ser pego pelo inspetor de polícia descobre que ele pode ser corrompido por dinheiro. Isso coloca o policial nas mão de Cotter, que agora não vê mais limites para seus planos no mundo do crime.

Comentários:
James Cagney foi o mais adorado vilão do cinema americano. Baixinho, atarracado e com cara de mau, ele construiu toda a sua carreira interpretando bandidos, assassinos e gangsters, todos com raro brilhantismo. Na era de ouro do cinema clássico ele foi o mais famoso "homem mau" das telas de cinema. Aqui Cagney volta a interpretar um criminoso, um sujeito que em nenhum momento tenta se fingir de bonzinho ou ser dado a crises de consciência. Pelo contrário, seu personagem Ralph Cotter é um escroque assumido. Após gravar o inspetor de polícia negociando com ele uma propina ele começa a ter o tira nas mãos. Ao lado de um advogado também sujo (Luther Adler, em excelente atuação como Keith 'Cherokee' Mandon) ele acaba percebendo que não haverá mais limites para seus golpes no mundo da criminalidade. Como porém nada é perfeito, acaba cometendo dois erros, justamente ao se envolver com as mulheres erradas, a irmã de seu companheiro morto na fuga e a filha de um milionário e político influente. Quem conhece a carreira de James Cagney sabe que em todo filme seu personagem deveria protagonizar uma cena de extrema violência. Algumas vezes ele amassava uma fruta na cara de alguma mulher que ousasse lhe enfrentar. Aqui ele perde a cabeça após ser agredido por uma garota e lhe dá uma surra com toalhas de banho - imagine algo assim em plenos anos 1950, onde o moralismo era muito presente, inclusive em filmes. O público adorava até porque todos tinham pago para ver o lado mais perverso e cruel de Cagney e certamente saíam plenamente satisfeitos do cinema após verem cenas como essa.

Pablo Aluísio.

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