Esse filme de terror, lançado recentemente nos cinemas brasileiros, tem colecionado críticas positivas. De fato é um filme muito bom, diria até mesmo acima da média do que se anda produzindo nesses últimos anos. O roteiro não tem pressa em desenvolver sua história mostrando inicialmente uma família comum, em luto, pela morte da avó. Senhora idosa, morreu já sofrendo de problemas de senilidade. É feito o funeral, a filha fica muito triste com sua morte, mas a vida segue. A família tem histórico de problemas mentais, um típico caso genético envolvendo alguns familiares no passado.
A coisa começa a mudar de foco quando a presença da avó falecida passa a ser sentida. Depois a tragédia volta a abater a família, quando a pequena Charlie, a caçula, tem uma morte horrível, quando retornava de volta para a casa de uma festinha com o irmão mais velho. Duas mortes, bem próximas. Claro que a morte da criança arrasa com a mãe (em boa interpretação da atriz Toni Collette). Destruída emocionalmente ela procura ajuda em um grupo de apoio e lá conhece uma senhora que lhe diz que conheceu um médium que tem o poder de entrar em contato com os mortos.
Bom, se você conhece filmes de terror sabe muito bem que invocações de pessoas falecidas sempre acabam mal. É uma premissa da religião cristã tradicional. A invocação de mortos vai contra as escrituras, é considerada uma abominação perante os olhos de Deus. Claro que a entidade espiritual que atende ao chamado não é a da criança morta, mas sim o puro mal... bem, ir além seria estragar as surpresas do filme. Basta dizer que gostei bastante do resultado final. Apenas uma coisa me incomodou: não gosto de finais onde o mal impera. Ainda sou um tradicionalista que aprecia finais felizes onde o mal é derrotado e o universo reencontra seu equilíbrio. Não foi o caso aqui. Provavelmente os produtores estão de olho em futuras continuações. Nasce uma nova franquia de terror? Bom, só o tempo dirá... Enquanto isso não deixe de assistir a esse "Hereditário", um filme de terror com o estilo dos filmes do passado.
Hereditário (Hereditary, Estados Unidos, 2018) Direção: Ari Aster / Roteiro: Ari Aster / Elenco: Toni Collette, Milly Shapiro, Gabriel Byrne / Sinopse: Uma família americana sofre duas tragédias. Primeiro morre a avó, uma senhora que já sofria de problemas de demência. Depois morre a sua pequena neta Charlie (Milly Shapiro), a caçula de apenas 13 anos. Desesperada e arrasada pelas mortes, Annie (Collette) decide invocar seus espíritos. Péssima, péssima ideia.
Pablo Aluísio.
sábado, 1 de setembro de 2018
Construindo uma Carreira
Filme adolescente do começo dos anos 90, esse "Construindo uma Carreira" só chama a atenção nos dias de hoje por causa da presença da atriz Jennifer Connelly. Ela havia se tornado estrela teen nos anos 80 quando estrelou filmes como "Labirinto", aquela fantasia cheia de criaturas criadas pelo Jim Henson que trazia ainda um David Bowie com um penteado pra lá de esquisito. Deixando de lado os bichinhos falantes e os efeitos especiais a Connelly então começou a estrelar filmes com temáticas mais ligadas com as pessoas de sua idade, algo menos fantasioso, mais próximo da realidade.
Essa comédia romântica traz dois jovens. Jim Dodge Frank Whaley) foi esnobado pela "princesa do colégio" na época do ensino médio. Aquele tipo de paixão platônica adolescente que não dá em nada. Agora trabalha como vigia noturno numa loja. Josie McClellan (Jennifer Connelly) é a garota pelo qual ele era apaixonado. Riquinha, um dia decide desafiar o pai se escondendo durante a noite justamente na loja onde Jim trabalha. Os dois se encontram lá e bem... se você já assistiu uma comédia romântica adolescente antes na sua vida sabe exatamente o que acontece. Bobinho e descartável esse filme vale para ver a Jennifer Connelly ainda bem jovem e muito bonita. Fora isso, nada de muito interessante.
Construindo uma Carreira (Career Opportunities, Estados Unidos, 1991) Direção: Bryan Gordon / Roteiro: John Hughes / Elenco: Jennifer Connelly, Frank Whaley, Dermot Mulroney / Sinopse: Rapaz jovem trabalha como vigia noturno numa empresa. Uma noite ele acaba encontrando o grande amor de sua adolescência, a bela Josie McClellan (Jennifer Connelly), se escondendo justamente na loja onde trabalha.
Pablo Aluísio.
Essa comédia romântica traz dois jovens. Jim Dodge Frank Whaley) foi esnobado pela "princesa do colégio" na época do ensino médio. Aquele tipo de paixão platônica adolescente que não dá em nada. Agora trabalha como vigia noturno numa loja. Josie McClellan (Jennifer Connelly) é a garota pelo qual ele era apaixonado. Riquinha, um dia decide desafiar o pai se escondendo durante a noite justamente na loja onde Jim trabalha. Os dois se encontram lá e bem... se você já assistiu uma comédia romântica adolescente antes na sua vida sabe exatamente o que acontece. Bobinho e descartável esse filme vale para ver a Jennifer Connelly ainda bem jovem e muito bonita. Fora isso, nada de muito interessante.
Construindo uma Carreira (Career Opportunities, Estados Unidos, 1991) Direção: Bryan Gordon / Roteiro: John Hughes / Elenco: Jennifer Connelly, Frank Whaley, Dermot Mulroney / Sinopse: Rapaz jovem trabalha como vigia noturno numa empresa. Uma noite ele acaba encontrando o grande amor de sua adolescência, a bela Josie McClellan (Jennifer Connelly), se escondendo justamente na loja onde trabalha.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 27 de agosto de 2018
Cromwell, O Homem de Ferro
Título no Brasil: Cromwell, O Homem de Ferro
Título Original: Cromwell
Ano de Produção: 1970
País: Inglaterra, Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Ken Hughes
Roteiro: Ken Hughes
Elenco: Richard Harris, Alec Guinness, Robert Morley, Dorothy Tutin, Timothy Dalton, Frank Finlay
Sinopse:
Durante o tirânico reinado do Rei Charles 'Stuart' I (Alec Guinness) um corajoso político chamado Oliver Cromwell (Richard Harris) decide liderar um movimento em prol de um parlamento livre, forte e imune às ameaças do poder monárquico. Para isso contará também com o apoio do povo da Inglaterra.
Comentários:
Épico histórico que resgata a biografia de uma das figuras mais importantes da história da Inglaterra, o parlamentar e rebelde Oliver Cromwell. Ele foi responsável por colocar em dúvida o sistema absolutista inglês, onde a vontade do rei era lei e todos os direitos dependiam única e exclusivamente de sua vontade pessoal. Não havia direitos fundamentais aos cidadãos comuns do reino. Com Cromwell de fato nasceu a chamada monarquia constitucional ou parlamentar, onde o parlamento ganhava maior importância e poder representando justamente a vontade de todo o povo. Além de trazer um roteiro muito bem escrito, com bela produção (o filme chegou a vencer o Oscar de melhor figurino) o filme ainda tinha dois monstros da arte de representar. Um deles era Sir Alec Guinness. Não poderia haver escolha melhor para representar a aristocracia em toda a sua soberba e prepotência. Já o protagonista era interpretado por outro grande ator, o mestre Richard Harris. Com tantos talentos desfilando na tela o resultado não poderia ser outro. Eis aqui um dos mais bonitos e bem realizados clássicos que já tive o prazer de assistir.
Pablo Aluísio.
Título Original: Cromwell
Ano de Produção: 1970
País: Inglaterra, Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Ken Hughes
Roteiro: Ken Hughes
Elenco: Richard Harris, Alec Guinness, Robert Morley, Dorothy Tutin, Timothy Dalton, Frank Finlay
Sinopse:
Durante o tirânico reinado do Rei Charles 'Stuart' I (Alec Guinness) um corajoso político chamado Oliver Cromwell (Richard Harris) decide liderar um movimento em prol de um parlamento livre, forte e imune às ameaças do poder monárquico. Para isso contará também com o apoio do povo da Inglaterra.
Comentários:
Épico histórico que resgata a biografia de uma das figuras mais importantes da história da Inglaterra, o parlamentar e rebelde Oliver Cromwell. Ele foi responsável por colocar em dúvida o sistema absolutista inglês, onde a vontade do rei era lei e todos os direitos dependiam única e exclusivamente de sua vontade pessoal. Não havia direitos fundamentais aos cidadãos comuns do reino. Com Cromwell de fato nasceu a chamada monarquia constitucional ou parlamentar, onde o parlamento ganhava maior importância e poder representando justamente a vontade de todo o povo. Além de trazer um roteiro muito bem escrito, com bela produção (o filme chegou a vencer o Oscar de melhor figurino) o filme ainda tinha dois monstros da arte de representar. Um deles era Sir Alec Guinness. Não poderia haver escolha melhor para representar a aristocracia em toda a sua soberba e prepotência. Já o protagonista era interpretado por outro grande ator, o mestre Richard Harris. Com tantos talentos desfilando na tela o resultado não poderia ser outro. Eis aqui um dos mais bonitos e bem realizados clássicos que já tive o prazer de assistir.
Pablo Aluísio.
domingo, 26 de agosto de 2018
O Túmulo Vazio
Só o fato do filme apresentar a dupla formada por Boris Karloff e Bela Lugosi no elenco já o qualificaria como um clássico do terror. Mas isso é apenas o começo. Esse suspense é muito bom, acima da média. A história, embora ficcional, foi baseada em fatos reais acontecidos na cidade de Edimburgo durante o século XIX. Naqueles tempos escuros e sombrios a medicina ainda engatinhava em seus fundamentos realmente científicos. Para realizar experiências havia uma grande demanda por cadáveres, só que a lei apenas permitia o uso de corpos de criminosos executados. A solução então era contrabandear dos cemitérios os corpos dos recém enterrados. O serviço sujo geralmente era contratado por médicos, cirurgiões e professores de medicina. Quem geralmente realizava o trabalho eram homens pobres, desesperados para ter alguma renda.
No filme esse "serviço" passa a ser feito por John Gray (Boris Karloff). Todas as madrugadas ele entrava furtivamente nos cemitérios para desenterrar os mortos que tinham sido sepultados naquele dia. Depois os corpos eram levados para a faculdade de medicina, sob os cuidados do professor de medicina Dr. Wolfe MacFarlane (Henry Daniell). O grande Bela Lugosi interpreta um dos empregados do Dr. MacFarlane que sabendo da história toda passa a chantagear todos os envolvidos naquele crime.
O filme me surpreendeu porque nunca derrapa para o exagero ou para o susto barato. Ao contrário disso apresenta um excelente roteiro, muito bem escrito, com o clima noir predominando em todas as cenas. A figura do desprezível John Gray carregando os cadáveres em seus ombros já era assustador o suficiente para a época. A cena final também é muito bem escrita, apostando mais no terror psicológico do que em qualquer outro artifício barato. Por fim não poderia deixar de elogiar Boris Karloff. Esse foi um grande mestre dos filmes de terror. Ele não usou maquiagem e nem qualquer outro recurso artificial para tornar seu personagem mais assustador. Contou apenas com seu talento natural de ator e no final seu trabalho se mostrou absolutamente impecável.
O Túmulo Vazio (The Body Snatcher, Estados Unidos, 1945) Direção: Robert Wise / Roteiro: Philip MacDonald, baseado no conto de terror escrito por Robert Louis Stevenson / Elenco: Boris Karloff, Bela Lugosi, Henry Daniell, Edith Atwater / Sinopse: Precisando de corpos recentemente falecidos o Dr. Wolfe MacFarlane (Henry Daniell) passa a contratar os serviços sujos do charreteiro John Gray (Boris Karloff). Seu trabalho passa a ser invadir o cemitério durante as madrugadas para roubar corpos para a faculdade de medicina em Edimburgo. Um crime que vai acabar trazendo tragédia e morte para todos os envolvidos.
Pablo Aluísio.
No filme esse "serviço" passa a ser feito por John Gray (Boris Karloff). Todas as madrugadas ele entrava furtivamente nos cemitérios para desenterrar os mortos que tinham sido sepultados naquele dia. Depois os corpos eram levados para a faculdade de medicina, sob os cuidados do professor de medicina Dr. Wolfe MacFarlane (Henry Daniell). O grande Bela Lugosi interpreta um dos empregados do Dr. MacFarlane que sabendo da história toda passa a chantagear todos os envolvidos naquele crime.
O filme me surpreendeu porque nunca derrapa para o exagero ou para o susto barato. Ao contrário disso apresenta um excelente roteiro, muito bem escrito, com o clima noir predominando em todas as cenas. A figura do desprezível John Gray carregando os cadáveres em seus ombros já era assustador o suficiente para a época. A cena final também é muito bem escrita, apostando mais no terror psicológico do que em qualquer outro artifício barato. Por fim não poderia deixar de elogiar Boris Karloff. Esse foi um grande mestre dos filmes de terror. Ele não usou maquiagem e nem qualquer outro recurso artificial para tornar seu personagem mais assustador. Contou apenas com seu talento natural de ator e no final seu trabalho se mostrou absolutamente impecável.
O Túmulo Vazio (The Body Snatcher, Estados Unidos, 1945) Direção: Robert Wise / Roteiro: Philip MacDonald, baseado no conto de terror escrito por Robert Louis Stevenson / Elenco: Boris Karloff, Bela Lugosi, Henry Daniell, Edith Atwater / Sinopse: Precisando de corpos recentemente falecidos o Dr. Wolfe MacFarlane (Henry Daniell) passa a contratar os serviços sujos do charreteiro John Gray (Boris Karloff). Seu trabalho passa a ser invadir o cemitério durante as madrugadas para roubar corpos para a faculdade de medicina em Edimburgo. Um crime que vai acabar trazendo tragédia e morte para todos os envolvidos.
Pablo Aluísio.
sábado, 25 de agosto de 2018
E Agora Brilha o Sol
Título no Brasil: E Agora Brilha o Sol
Título Original: The Sun Also Rises
Ano de Produção: 1957
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Henry King
Roteiro: Peter Viertel, baseado na obra de Ernest Hemingway
Elenco: Tyrone Power, Ava Gardner, Errol Flynn, Mel Ferrer, Robert Evans
Sinopse:
Paris, 1920. O jornalista americano Jake Barnes (Tyrone Power) vive em Paris, aproveitando o belo cenário cultural da cidade. Sua vida tranquila acaba sendo abalada quando encontra casualmente pela noite com a bela Brett Ashley (Ava Gardner). É uma antiga paixão de Barnes. Ele a conheceu em um hospital para soldados feridos na Espanha. A reaproximação acaba revivendo antigos sentimentos em Barnes que há anos estavam adormecidos.
Comentários:
Temos aqui um bonito clássico romântico do cinema americano baseado na obra de Ernest Hemingway. Quem assistiu a outras adaptações de livros desse autor para o cinema perceberá uma incrível semelhança de enredo com outros filmes dessa mesma linha. Só para citar um exemplo, também temos aqui um jovem soldado ferido que acaba se apaixonando pela enfermeira que o tratou após retornar destroçado, física e emocionalmente, do front de batalha. É um tema recorrente nos escritos de Hemingway, simplesmente porque há claros toques autobiográficos em seus romances. Pois bem, embora isso não seja oficialmente reconhecido pelos especialistas em seus livros, o fato é que a estória e a trama desse romance parece seguir os passos de "Adeus às Armas", uma das grandes obras do escritor. É uma espécia de continuação daquilo que assistimos no filme homônimo (que foi estrelado por Rock Hudson e que já comentamos aqui em nosso blog). O grande diferencial é que deixa claro desde o começo as tristes consequências dos ferimentos no personagem principal Jake Barnes (interpretado com elegância por Tyrone Power), que agora sabemos teve uma sequela terrível dos danos sofridos no campo de batalha, pois se tornou impotente. Essa condição o destrói emocionalmente pois ele fica numa posição de nunca consumar seu relacionamento com o amor de sua vida, Brett Ashley, na pele de Ava Gardner, incrivelmente bela em cena.
Título Original: The Sun Also Rises
Ano de Produção: 1957
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Henry King
Roteiro: Peter Viertel, baseado na obra de Ernest Hemingway
Elenco: Tyrone Power, Ava Gardner, Errol Flynn, Mel Ferrer, Robert Evans
Sinopse:
Paris, 1920. O jornalista americano Jake Barnes (Tyrone Power) vive em Paris, aproveitando o belo cenário cultural da cidade. Sua vida tranquila acaba sendo abalada quando encontra casualmente pela noite com a bela Brett Ashley (Ava Gardner). É uma antiga paixão de Barnes. Ele a conheceu em um hospital para soldados feridos na Espanha. A reaproximação acaba revivendo antigos sentimentos em Barnes que há anos estavam adormecidos.
Comentários:
Temos aqui um bonito clássico romântico do cinema americano baseado na obra de Ernest Hemingway. Quem assistiu a outras adaptações de livros desse autor para o cinema perceberá uma incrível semelhança de enredo com outros filmes dessa mesma linha. Só para citar um exemplo, também temos aqui um jovem soldado ferido que acaba se apaixonando pela enfermeira que o tratou após retornar destroçado, física e emocionalmente, do front de batalha. É um tema recorrente nos escritos de Hemingway, simplesmente porque há claros toques autobiográficos em seus romances. Pois bem, embora isso não seja oficialmente reconhecido pelos especialistas em seus livros, o fato é que a estória e a trama desse romance parece seguir os passos de "Adeus às Armas", uma das grandes obras do escritor. É uma espécia de continuação daquilo que assistimos no filme homônimo (que foi estrelado por Rock Hudson e que já comentamos aqui em nosso blog). O grande diferencial é que deixa claro desde o começo as tristes consequências dos ferimentos no personagem principal Jake Barnes (interpretado com elegância por Tyrone Power), que agora sabemos teve uma sequela terrível dos danos sofridos no campo de batalha, pois se tornou impotente. Essa condição o destrói emocionalmente pois ele fica numa posição de nunca consumar seu relacionamento com o amor de sua vida, Brett Ashley, na pele de Ava Gardner, incrivelmente bela em cena.
Ela também o ama e diante de sua resistência começa a seduzir outros homens em sua presença, o colocando em situações constrangedoras e delicadas. Infelizmente o próprio autor não levou esse drama pessoal até o limite, preferindo em determinado momento de sua estória apostar em um incômodo deslumbramento com as touradas espanholas, algo que me deixou um pouco desconfortável pois considero uma tradição bem estúpida, que promove abusos contra os direitos dos animais. Essa consciência porém ainda não existia na época e Ernest Hemingway parece completamente absorvido pelo clima em torno do tal "esporte". Isso acaba desviando o foco principal do que vemos e o filme assim vai se diluindo cada vez mais, até virar uma mera peça publicitária de turismo para as tradições e esportes tipicamente ibéricos. A impressão que passa é que Ernest Hemingway pisou no freio, como se tivesse desistido de aprofundar mais esse drama na vida do personagem principal! De qualquer maneira é preciso deixar claro que isso não é culpa nem da direção e nem da produção do filme - que é de fato classe A, realmente excelente. A culpa deve recair sobre o próprio Ernest Hemingway que parecia esgotado e sem ideias novas quando escreveu esse romance. Do ponto de vista cinematografico porém o filme vale sua indicação por causa da bela fotografia e da direção de arte bem caprichada. No fundo um belo e bem produzido romance passado numa Espanha linda e convidativa - com direito até mesmo a uma Paris maravilhosa e deslumbrante ao amanhecer, como mero pano de fundo.
Pablo Aluísio.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 24 de agosto de 2018
A Noite de Núpcias
Título no Brasil: A Noite de Núpcias
Título Original: Tradita
Ano de Produção: 1954
País: França, Itália
Estúdio: Flora Film
Direção: Mario Bonnard
Roteiro: Vittorio Nino Novarese, Mario Bonnard
Elenco: Brigitte Bardot, Pierre Cressoy, Lucia Bosé, Giorgio Albertazzi, Camillo Pilotto, Tonio Selwart
Sinopse:
A história do filme se passa na Itália, no ano de 1915. Uma família da velha aristocracia mora em um antigo castelo. Nele habitam a viúva de um conde e seus dois filhos. Um deles tem problemas físicos, o outro é um aventureiro que adora mulheres e jogatina. No horizonte a ameaça de uma guerra iminente com as forças do império austro-húngaro.
Comentários:
Provavelmente esse dramalhão europeu estaria completamente esquecido nos dias de hoje se não fosse a presença maravilhosa de uma jovem Brigitte Bardot. A atriz ainda não era a grande estrela de cinema que iria se tornar nos anos que viriam, mas já era uma beldade, uma das mulheres mais bonitas do cinema, ainda na flor da juventude. Se Bardot não foi a mulher mais bonita de seu tempo, chegou bem perto disso. Claro que o filme tira proveito de sua beleza estonteante. O diretor Mario Bonnard privilegia a presença da atriz em cada cena, embora sua personagem não seja uma das principais. No mais o filme até tem bons figurinos e reconstituição de época. É uma pena que Brigitte Bardot nunca tenha se esforçado para ir aos Estados Unidos fazer filmes melhores quando era jovem e deslumbrante. A barreira da língua inglesa sempre foi um obstáculo para ela. De qualquer forma mesmo ficando na Europa ela conseguiu se tornar um dos maiores símbolos sexuais da história do cinema mundial. Não foi pouca coisa.
Pablo Aluísio.
Título Original: Tradita
Ano de Produção: 1954
País: França, Itália
Estúdio: Flora Film
Direção: Mario Bonnard
Roteiro: Vittorio Nino Novarese, Mario Bonnard
Elenco: Brigitte Bardot, Pierre Cressoy, Lucia Bosé, Giorgio Albertazzi, Camillo Pilotto, Tonio Selwart
Sinopse:
A história do filme se passa na Itália, no ano de 1915. Uma família da velha aristocracia mora em um antigo castelo. Nele habitam a viúva de um conde e seus dois filhos. Um deles tem problemas físicos, o outro é um aventureiro que adora mulheres e jogatina. No horizonte a ameaça de uma guerra iminente com as forças do império austro-húngaro.
Comentários:
Provavelmente esse dramalhão europeu estaria completamente esquecido nos dias de hoje se não fosse a presença maravilhosa de uma jovem Brigitte Bardot. A atriz ainda não era a grande estrela de cinema que iria se tornar nos anos que viriam, mas já era uma beldade, uma das mulheres mais bonitas do cinema, ainda na flor da juventude. Se Bardot não foi a mulher mais bonita de seu tempo, chegou bem perto disso. Claro que o filme tira proveito de sua beleza estonteante. O diretor Mario Bonnard privilegia a presença da atriz em cada cena, embora sua personagem não seja uma das principais. No mais o filme até tem bons figurinos e reconstituição de época. É uma pena que Brigitte Bardot nunca tenha se esforçado para ir aos Estados Unidos fazer filmes melhores quando era jovem e deslumbrante. A barreira da língua inglesa sempre foi um obstáculo para ela. De qualquer forma mesmo ficando na Europa ela conseguiu se tornar um dos maiores símbolos sexuais da história do cinema mundial. Não foi pouca coisa.
Pablo Aluísio.
A Noite de 23 de Maio
Título no Brasil: A Noite de 23 de Maio
Título Original: Mystery Street
Ano de Produção: 1950
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: John Sturges
Roteiro: Sydney Boehm, Richard Brooks
Elenco: Ricardo Montalban, Sally Forrest, Bruce Bennett, Elsa Lanchester, Marshall Thompson, Jan Sterling
Sinopse:
Peter Moralas (Ricardo Montalban) é um detetive que procura solucionar um crime. Um corpo foi encontrado nas areias de uma praia deserta localizada em
Massachusetts. Ele então decide contar com a ajuda de um professor de Harvard, o Dr. McAdoo (Bruce Bennett), um expert em cenas de crime. A dupla então começa a desvendar o mistério do assassinato.
Comentários:
O ator Ricardo Montalban fez muito sucesso em Hollywood. Ele era mexicano e acabou sendo escalado para interpretar personagens estrangeiros, em papéis exóticos. Acabou criando um nicho próprio dentro da indústria cinematográfica dos Estados Unidos. Aqui ele está muito bem como um detetive ao estilo cinema noir. Até o figurino segue o tradicional, com sobretudo e capa, chapéu e cigarro no canto da boca. Poderia ser Bogart, mas era Montalban. Aliás o roteiro foi escrito pensando-se nesse outro ator, mas como ele nao pôde atuar, o detetive acabou sendo interpretado por Ricardo. Não ficou mal, de jeito nenhum. O resultado ficou tão bom que o filme acabou sendo indicado ao Oscar na categoria de melhor roteiro, algo que ninguém esperava. Filmes de detetives particulares desvendando crimes eram como os filmes de faroeste, esnobados pelos membros da academia.
Pablo Aluísio.
Título Original: Mystery Street
Ano de Produção: 1950
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: John Sturges
Roteiro: Sydney Boehm, Richard Brooks
Elenco: Ricardo Montalban, Sally Forrest, Bruce Bennett, Elsa Lanchester, Marshall Thompson, Jan Sterling
Sinopse:
Peter Moralas (Ricardo Montalban) é um detetive que procura solucionar um crime. Um corpo foi encontrado nas areias de uma praia deserta localizada em
Massachusetts. Ele então decide contar com a ajuda de um professor de Harvard, o Dr. McAdoo (Bruce Bennett), um expert em cenas de crime. A dupla então começa a desvendar o mistério do assassinato.
Comentários:
O ator Ricardo Montalban fez muito sucesso em Hollywood. Ele era mexicano e acabou sendo escalado para interpretar personagens estrangeiros, em papéis exóticos. Acabou criando um nicho próprio dentro da indústria cinematográfica dos Estados Unidos. Aqui ele está muito bem como um detetive ao estilo cinema noir. Até o figurino segue o tradicional, com sobretudo e capa, chapéu e cigarro no canto da boca. Poderia ser Bogart, mas era Montalban. Aliás o roteiro foi escrito pensando-se nesse outro ator, mas como ele nao pôde atuar, o detetive acabou sendo interpretado por Ricardo. Não ficou mal, de jeito nenhum. O resultado ficou tão bom que o filme acabou sendo indicado ao Oscar na categoria de melhor roteiro, algo que ninguém esperava. Filmes de detetives particulares desvendando crimes eram como os filmes de faroeste, esnobados pelos membros da academia.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 23 de agosto de 2018
Nevada Smith
Steve McQueen interpreta o filho de um minerador que vê seus pais serem mortos por uma quadrilha de ladrões. Eles invadem o pequeno rancho onde viviam atrás de ouro. Como não havia nada para lhes dar a crueldade dos bandidos se traduziu em tortura e morte. Depois da morte do pai branco e da mãe indígena, Max Sand (Steve McQueen) decide dedicar sua vida a uma vingança obsessiva. Enquanto ele não encontrar os três assassinos de seus pais não terá paz de espírito. O problema é que sendo jovem demais, não tem a experiência necessária para enfrentar esse tipo de criminoso. Um tipo simplório, analfabeto, que não tem também muita habilidade em portar uma arma de fogo. Esse tipo de coisa ele acabará adquirindo em sua jornada, onde acabará encontrando pessoas dispostas a lhe ajudar.
O filme é realmente muito bom. Embora a vingança seja a espinha dorsal do enredo os roteiristas decidiram explorar outros aspectos do personagem. Em determinado momento ele decide roubar um banco só para ser enviado para a prisão estadual onde estão dois dos homens que ele deseja matar. A tal prisão é localizada em um pântano impossível de atravessar. Malária, mosquitos, cobras venenosas e crocodilos impedem qualquer prisioneiro de fugir. Claro que McQueen vai tentar sua sorte ao ir embora da prisão. Essa parte do filme inclusive me lembrou um pouco de "Papillon", outro clássico do ator.
O único problema maior que vi em todo o filme foi o fato de que Steve McQueen não tinha a idade adequada para seu papel. O personagem que interpreta é um jovem inexperiente, sem muita noção da vida. Também seria um mestiço, com traços indígenas. Bom, em termos de juventude e falta de experiência de vida, McQueen não se parecia em nada com seu personagem. Alguém consegue visualizar esse ator como um jovem completamente inexperiente com armas e com a vida? Impossível. E sobre o fato de ser mestiço, outro problema. O loiro McQueen não tinha mesmo nenhum traço de sangue indígena correndo em suas veias. De qualquer maneira, tirando esses dois probleminhas, o filme funciona muito bem. É outro pequeno clássico assinado pelo excelente cineasta Henry Hathaway;
Nevada Smith (Estados Unidos, 1966) Direção: Henry Hathaway / Roteiro: Harold Robbins, baseado no livro "The Carpetbaggers" escrito por John Michael Hayes / Elenco: Steve McQueen, Karl Malden, Brian Keith, Arthur Kennedy, Suzanne Pleshette / Sinopse: Quando seus pais são mortos em seu rancho por três assassinos o jovem Max (McQueen) decide que vai dedicar toda a sua vida para vingar as mortes. Assim ele parte rumo ao velho oeste em busca dos homens. Assim que os encontra decide acertar a balança da justiça.
Pablo Aluísio.
O filme é realmente muito bom. Embora a vingança seja a espinha dorsal do enredo os roteiristas decidiram explorar outros aspectos do personagem. Em determinado momento ele decide roubar um banco só para ser enviado para a prisão estadual onde estão dois dos homens que ele deseja matar. A tal prisão é localizada em um pântano impossível de atravessar. Malária, mosquitos, cobras venenosas e crocodilos impedem qualquer prisioneiro de fugir. Claro que McQueen vai tentar sua sorte ao ir embora da prisão. Essa parte do filme inclusive me lembrou um pouco de "Papillon", outro clássico do ator.
O único problema maior que vi em todo o filme foi o fato de que Steve McQueen não tinha a idade adequada para seu papel. O personagem que interpreta é um jovem inexperiente, sem muita noção da vida. Também seria um mestiço, com traços indígenas. Bom, em termos de juventude e falta de experiência de vida, McQueen não se parecia em nada com seu personagem. Alguém consegue visualizar esse ator como um jovem completamente inexperiente com armas e com a vida? Impossível. E sobre o fato de ser mestiço, outro problema. O loiro McQueen não tinha mesmo nenhum traço de sangue indígena correndo em suas veias. De qualquer maneira, tirando esses dois probleminhas, o filme funciona muito bem. É outro pequeno clássico assinado pelo excelente cineasta Henry Hathaway;
Nevada Smith (Estados Unidos, 1966) Direção: Henry Hathaway / Roteiro: Harold Robbins, baseado no livro "The Carpetbaggers" escrito por John Michael Hayes / Elenco: Steve McQueen, Karl Malden, Brian Keith, Arthur Kennedy, Suzanne Pleshette / Sinopse: Quando seus pais são mortos em seu rancho por três assassinos o jovem Max (McQueen) decide que vai dedicar toda a sua vida para vingar as mortes. Assim ele parte rumo ao velho oeste em busca dos homens. Assim que os encontra decide acertar a balança da justiça.
Pablo Aluísio.
Mercadores de Intrigas
Título no Brasil: Mercadores de Intrigas
Título Original: South of St. Louis
Ano de Produção: 1949
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Ray Enright
Roteiro: Zachary Gold, James R. Webb
Elenco: Joel McCrea, Alexis Smith, Zachary Scott
Sinopse:
Após retornar de uma viagem o rancheiro Kip Davis (Joel McCrea) descobre que seu rancho foi devastado e incendiado por tropas da União durante a Guerra Civil Americana. Revoltado e procurando por vingança ele decide ajudar o exército confederado inimigo, contrabandeando armas e munições na fronteira entre Estados Unidos e México. Seu objetivo é sobreviver às conturbadas viagens pois a região está sob forte controle dos soldados do norte. A pena para quem ajudar os rebeldes é a forca.
Comentários:
Um western onde os mocinhos são os confederados, os rebeldes, os sulistas, num dos conflitos mais sangrentos da história dos Estados Unidos, a Guerra Civil Americana. Logo no começo do filme Kip Davis (Joel McCrea) chega em seu rancho chamado "3 sinos" (o nome se dá porque na verdade pertence a três sócios, amigos de Kip). Tudo está queimado e destruído. A quadrilha de Luke Cottrell (Victor Jory), um bando de guerrilheiros pagos pelo exército da União, não deixou absolutamente nada de pé. Esse personagem realmente existiu e era tão violento e brutal ao lado de seus homens que a população civil os chamavam de "gorilas". Pois bem, após destruírem tudo pelo qual lutou em sua vida por anos, Davis resolve ir até a cidade fronteiriça de Brownsville para acertar contas com Cottrell e seus bandoleiros. A cena em que ambos se encontram finalmente é ótima, uma longa sequência para quem gosta de brigas com punhos! Mais tarde, ainda nessa mesma localidade Kip Davis aceita o convite de uma cantora de saloon, Rouge de Lisle (Alexis Smith), para levar um carregamento até o outro lado da fronteira, em uma região dominado pelo exército confederado.
Título Original: South of St. Louis
Ano de Produção: 1949
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Ray Enright
Roteiro: Zachary Gold, James R. Webb
Elenco: Joel McCrea, Alexis Smith, Zachary Scott
Sinopse:
Após retornar de uma viagem o rancheiro Kip Davis (Joel McCrea) descobre que seu rancho foi devastado e incendiado por tropas da União durante a Guerra Civil Americana. Revoltado e procurando por vingança ele decide ajudar o exército confederado inimigo, contrabandeando armas e munições na fronteira entre Estados Unidos e México. Seu objetivo é sobreviver às conturbadas viagens pois a região está sob forte controle dos soldados do norte. A pena para quem ajudar os rebeldes é a forca.
Comentários:
Um western onde os mocinhos são os confederados, os rebeldes, os sulistas, num dos conflitos mais sangrentos da história dos Estados Unidos, a Guerra Civil Americana. Logo no começo do filme Kip Davis (Joel McCrea) chega em seu rancho chamado "3 sinos" (o nome se dá porque na verdade pertence a três sócios, amigos de Kip). Tudo está queimado e destruído. A quadrilha de Luke Cottrell (Victor Jory), um bando de guerrilheiros pagos pelo exército da União, não deixou absolutamente nada de pé. Esse personagem realmente existiu e era tão violento e brutal ao lado de seus homens que a população civil os chamavam de "gorilas". Pois bem, após destruírem tudo pelo qual lutou em sua vida por anos, Davis resolve ir até a cidade fronteiriça de Brownsville para acertar contas com Cottrell e seus bandoleiros. A cena em que ambos se encontram finalmente é ótima, uma longa sequência para quem gosta de brigas com punhos! Mais tarde, ainda nessa mesma localidade Kip Davis aceita o convite de uma cantora de saloon, Rouge de Lisle (Alexis Smith), para levar um carregamento até o outro lado da fronteira, em uma região dominado pelo exército confederado.
Inicialmente Davis pensa ser uma carga de móveis e coisas sem grande importância, mas depois descobre que na verdade são armas e munições para o exército rebelde do sul. Como é um sulista nato e está completamente revoltado com as barbaridades cometidas pelo exército do norte, decide se assumir como contrabandista de armas. Afinal de contas em uma guerra há mais de uma maneira de se lutar pelo lado que se acredita. O ator Joel McCrea continua com sua boa presença de cena. Ele era um daqueles tipos de atores que convenciam plenamente como cowboys do velho oeste. Rude, mas honesto, resolve lutar a guerra ao seu modo. A atriz Alexis Smith que interpreta a artista de cabarés Rouge realmente exagera nas caras e bocas, criando até mesmo situações de humor involuntário com seus exageros cênicos. No meio de tiros, duelos e perseguições de caravanas e diligências, "South of St. Louis" pode ser considerado um bom faroeste, bem produzido, com roteiro bem escrito e estória interessante. Além do mais o resultado final é valorizado por um argumento que fugia dos padrões da época, em que personagens de pura ficção e reais convivem em um mundo devastado pela guerra que em essência era lutada mesmo por irmãos de uma mesma pátria.
Pablo Aluísio.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 22 de agosto de 2018
Uma Pistola para Ringo
Título Original: Una pistola per Ringo
Ano de Lançamento: 1965
País: Itália
Estúdio: PCM
Direção: Duccio Tessari
Roteiro: Duccio Tessari, Alfonso Balcázar
Elenco: Giuliano Gemma, Fernando Sancho, Lorella De Luca, Lorenzo Columbo, Maria Estela
Sinopse:
Um pistoleiro de origem desconhecida, pois ninguém sabe exatamente de onde veio e por que estaria ali naquela região, tem a tarefa de se infiltrar em um rancho invadido por bandidos mexicanos e salvar seus reféns, incluindo a noiva do xerife local.
Comentários:
Esse pode ser considerado o primeiro filme de faroeste espagueti da carreira do Giuliano Gemma. Ele foi, ao lado de Franco Nero, um dos principais nomes desse novo estilo de filme que era produzido em massa na Itália dos anos 60 e que virou uma febre de popularidade em todo o mundo, inclusive no Brasil. Para se ter uma ideia de como esse foi mesmo um dos melhores produzidos naquela época, recentemente o diretor Tarantino (um especialista nesse segmento, vamos colocar dessa forma) elegeu esse "Uma Pistola Para Ringo" como um dos dez melhores filmes de western spaghetti da história! Na juventude ele havia trabalhado em locadoras e conhecia todos esses filmes. Quem somos nós para discordar de sua qualificada opinião, não é mesmo?
Pablo Aluísio.
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