Dizem os leitores de quadrinhos que o Deadpool tem os piores gibis da Marvel. São péssimos. Já no cinema o personagem parece ter encontrado seu espaço. Esse segundo filme confirma isso. O estúdio investiu 110 milhões de dólares em uma produção que está indo bem nas bilheterias. Basicamente o enredo segue em frente o que vimos no primeiro filme. Agora o herói tem planos de se casar e ter filhos, mas tudo acaba em segundos quando seu apartamento é invadido por vilões que matam sua noiva com um tiro certeiro. A partir daí o Deadpool que sempre foi insano vai ficando cada vez mais maluco, tentando inclusive se matar, quase sempre sem sucesso.
Confesso que é um pouco complicado gostar desse Deadpool. Ele não é um herói Marvel convencional. Embora seja praticamente indestrutível, sua principal característica é ser uma metralhadora verbal de bobagens. O sujeito não cala a boca nunca, sempre com uma piadinha na ponta da língua. Algumas vezes funciona, mas no geral se torna algo até cansativo. Para ajudar a passar o tempo há pelo menos alguns coadjuvantes interessantes, como o vilão Fanático (muito popular nos quadrinhos) e o X-Men Colossus. Aliás a tentativa desse último em recrutar o Deadpool para o grupo liderado pelo professor Xavier rende algumas das melhores piadas do filme.
Fora isso nada de muito relevante. A chamada quarta parede é quebrada várias vezes, com Deadpool criticando o próprio filme, zoando o roteiro, dizendo que é fraco demais. Boa opção. Nos créditos finais o ator Ryan Reynolds aparece abrindo um roteiro do Lanterna Verde. Como se sabe esse foi um dos maiores fracassos dos quadrinhos no cinema. Assim o Deadpool acaba dando um tiro em sua cabeça para que ele deixe de lado essa má ideia. No geral essa acaba sendo a melhor piada de todo o filme, que se passa longe de ser um dos melhores da Marvel, mas que pelo menos entretém dentro de suas possibilidades. Diante disso até que não foi uma perda de tempo conferir esse Deadpool 2. Até que vale a pena assistir.
Deadpool 2 (Idem, Estados Unidos, 2018) Direção: David Leitch / Roteiro: Rhett Reese, Paul Wernick / Elenco: Ryan Reynolds, Josh Brolin, Morena Baccarin / Sinopse: Após a morte da amada, o Deadpool decide tocar o terror em si mesmo, adotando um comportamento suicida. As coisas vão acontecendo até o surgimento de um jovem mutante, que consegue produzir chamas em suas mãos. Com a chegada de um enviado do futuro para matar o garoto, caberá a Deadpool solucionar todos os problemas, mas claro, sem deixar o seu conhecido humor ácido de lado.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 11 de junho de 2018
A Lei da Noite
Não deu certo essa tentativa do ator Ben Affleck em reviver os antigos filmes de gângsters. A produção é boa, com excelentes figurinos de época, carros clássicos de um passado que já se foi, além de uma direção de arte muito bonita, porém tudo isso não adianta muito. O filme se perde no artificialismo. Pelo visto Affleck não teve muita habilidade em reviver a era de Al Capone. Ele interpreta um sujeito que vai para a guerra e sobrevive ao front. De volta aos Estados Unidos ele percebe que o mundo do crime pode ser bem promissor para alguém como ele que deseja fazer fortuna rápido. Só que isso obviamente tem um preço, nada barato de se pagar.
Então o personagem de Ben Affleck se torna um figurão da máfia irlandesa em Boston. Em plena época da lei seca o caminho mais natural passa a ser o contrabando de bebidas e assim ele vai ficando cada vez mais rico e poderoso. O céu passa a ser o limite. Se aliando aos mafiosos italianos ele então passa a colocar em prática um velho sonho, o de construir um cassino. Problemas à vista. "A Lei da Noite" não conseguiu me convencer em praticamente nada. Ben Affleck está particularmente ruim em seu papel. Talvez fazer tantas coisas no filme, como dirigir, escrever o roteiro e atuar, tenha sido demais para Affleck. O que restou é um filme fraco, algumas vezes confuso e sem rumo. Poderia ser uma boa chance de revitalizar esse gênero cinematográfico, mas não deu. Ficou tudo no meio do caminho.
A Lei da Noite (Live by Night, Estados Unidos, 2016) Direção: Ben Affleck / Roteiro: Ben Affleck, baseado na novela policial escrita por Dennis Lehane/ Elenco: Ben Affleck, Elle Fanning, Chris Cooper, Zoe Saldana, Brendan Gleeson / Sinopse: Gângster irlandês de Boston se une com a máfia italiana para dominar o mundo do crime em Tampa, na Flórida. Eles ganham muito dinheiro com o contrabando de bebidas durante a lei seca. As coisas porém começam a dar errado quando decidem construir um cassino na região.
Pablo Aluísio.
Então o personagem de Ben Affleck se torna um figurão da máfia irlandesa em Boston. Em plena época da lei seca o caminho mais natural passa a ser o contrabando de bebidas e assim ele vai ficando cada vez mais rico e poderoso. O céu passa a ser o limite. Se aliando aos mafiosos italianos ele então passa a colocar em prática um velho sonho, o de construir um cassino. Problemas à vista. "A Lei da Noite" não conseguiu me convencer em praticamente nada. Ben Affleck está particularmente ruim em seu papel. Talvez fazer tantas coisas no filme, como dirigir, escrever o roteiro e atuar, tenha sido demais para Affleck. O que restou é um filme fraco, algumas vezes confuso e sem rumo. Poderia ser uma boa chance de revitalizar esse gênero cinematográfico, mas não deu. Ficou tudo no meio do caminho.
A Lei da Noite (Live by Night, Estados Unidos, 2016) Direção: Ben Affleck / Roteiro: Ben Affleck, baseado na novela policial escrita por Dennis Lehane/ Elenco: Ben Affleck, Elle Fanning, Chris Cooper, Zoe Saldana, Brendan Gleeson / Sinopse: Gângster irlandês de Boston se une com a máfia italiana para dominar o mundo do crime em Tampa, na Flórida. Eles ganham muito dinheiro com o contrabando de bebidas durante a lei seca. As coisas porém começam a dar errado quando decidem construir um cassino na região.
Pablo Aluísio.
domingo, 10 de junho de 2018
Bem-vinda, estranha
Esse filme é um suspense psicológico que conta com apenas três personagens. Dois irmãos e a namorada de um deles. Alice (Abbey Lee) acaba indo parar numa distante e isolada casa onde vive seu irmão, Ethan (Caleb Landry Jones). Ele está escrevendo um livro que pretende publicar em breve. Ela não é uma visita bem-vinda. Acontece que no passado Alice resolveu seduzir o segundo marido de sua mãe. Isso a abalou tanto que ela simplesmente sumiu. Alguns boatos dizem que ela teria ido para o mar e lá se cometido suicídio. Outros dizem que ela simplesmente foi embora para nunca mais voltar. Por essa razão Ethan não gosta e nem fica à vontade ao lado de sua irmã. Completando o trio central de personagens surge Misty, a namorada de Ethan. Ela é interpretada por Riley Keough, a neta de Elvis Presley, que tem feito uma carreira interessante em filmes e séries para TV.
Pois bem, desde o primeiro momento Alice e Misty não se dão bem. Alice tem um comportamento possessivo, com nuances de desequilíbrio emocional e Misty é uma jovem atriz que não parece disposta a suportar abusos por parte da irmã de seu namorado. O roteiro vai se desenvolvendo aos poucos, lembrando em certos momentos do ritmo do cinema europeu, mais especificamente dos filmes franceses. Há aquele clima de tensão entre todos que vai desembocar em algo muito mais sério, um crime, que não convém explicar aqui. Um spoiler poderia estragar as surpresas do filme. Então é isso, não é um suspense tradicional ou que siga uma linha narrativa mais previsível. Dentro de sua proposta até que é um filme bem curioso e interessante.
Bem-vinda, estranha (Welcome the Stranger, Estados Unidos, 2018) Direção: Justin Kelly / Roteiro: Justin Kelly / Elenco: Abbey Lee, Caleb Landry Jones, Riley Keough / Sinopse: Apenas três pessoas, a irmã, o irmão e sua namorada, convivem numa casa isolada. A tensão entre eles vai aumentando com o passar do tempo. A irmã não gosta da namorada do irmão, que por sua vez acredita que a presença dela faz mal a ele. As diferenças vão dar origem a algo bem mais sinistro e sombrio.
Pablo Aluísio.
Pois bem, desde o primeiro momento Alice e Misty não se dão bem. Alice tem um comportamento possessivo, com nuances de desequilíbrio emocional e Misty é uma jovem atriz que não parece disposta a suportar abusos por parte da irmã de seu namorado. O roteiro vai se desenvolvendo aos poucos, lembrando em certos momentos do ritmo do cinema europeu, mais especificamente dos filmes franceses. Há aquele clima de tensão entre todos que vai desembocar em algo muito mais sério, um crime, que não convém explicar aqui. Um spoiler poderia estragar as surpresas do filme. Então é isso, não é um suspense tradicional ou que siga uma linha narrativa mais previsível. Dentro de sua proposta até que é um filme bem curioso e interessante.
Bem-vinda, estranha (Welcome the Stranger, Estados Unidos, 2018) Direção: Justin Kelly / Roteiro: Justin Kelly / Elenco: Abbey Lee, Caleb Landry Jones, Riley Keough / Sinopse: Apenas três pessoas, a irmã, o irmão e sua namorada, convivem numa casa isolada. A tensão entre eles vai aumentando com o passar do tempo. A irmã não gosta da namorada do irmão, que por sua vez acredita que a presença dela faz mal a ele. As diferenças vão dar origem a algo bem mais sinistro e sombrio.
Pablo Aluísio.
Hitch - Conselheiro Amoroso
Título no Brasil: Hitch - Conselheiro Amoroso
Título Original: Hitch
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Andy Tennant
Roteiro: Kevin Bisch
Elenco: Will Smith, Eva Mendes, Kevin James, Amber Valletta, Julie Ann Emery, Adam Arkin
Sinopse:
A profissão de Hitch (Will Smith) não é nada comum. Ele ganha a vida ensinando outros homens a conquistarem as mulheres, um conselheiro de relacionamentos, ou como ele mesmo gosta de dizer, um conselheiro amoroso. Agora seu novo cliente, Albert (Kevin James), tentará conquistar a mulher de seus sonhos.
Comentários:
Provavelmente assisti no cinema, mas não era preciso tanto. O filme é daquele tipo que aposta em apenas uma piada. Aqui o roteiro tenta tirar graça em cima de um sujeito desajeitado com as mulheres. Como ele só tem decepções e frustrações nesse campo de sua vida o jeito é contratar um profissional da area. Assim, com as "aulas", ele começa uma nova vida de conquistador. Embora o ator Kevin James esteja bem em seu papel, é bem a praia dele, a escolha de Will Smith foi equivocada. Smith nunca teve a elegância e a sofisticação que o papel exige. Ele sempre foi mais um palhaço em cena do que qualquer outra coisa. Daí os produtores apertam um botão e ele de repente vai se transformar em um galã conquistador? Não dá, vamos convir. Assim o filme sofre com esse erro de escolha do elenco. No final se torna cansativo por ser forçado demais. Bola fora!
Pablo Aluísio.
Título Original: Hitch
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Andy Tennant
Roteiro: Kevin Bisch
Elenco: Will Smith, Eva Mendes, Kevin James, Amber Valletta, Julie Ann Emery, Adam Arkin
Sinopse:
A profissão de Hitch (Will Smith) não é nada comum. Ele ganha a vida ensinando outros homens a conquistarem as mulheres, um conselheiro de relacionamentos, ou como ele mesmo gosta de dizer, um conselheiro amoroso. Agora seu novo cliente, Albert (Kevin James), tentará conquistar a mulher de seus sonhos.
Comentários:
Provavelmente assisti no cinema, mas não era preciso tanto. O filme é daquele tipo que aposta em apenas uma piada. Aqui o roteiro tenta tirar graça em cima de um sujeito desajeitado com as mulheres. Como ele só tem decepções e frustrações nesse campo de sua vida o jeito é contratar um profissional da area. Assim, com as "aulas", ele começa uma nova vida de conquistador. Embora o ator Kevin James esteja bem em seu papel, é bem a praia dele, a escolha de Will Smith foi equivocada. Smith nunca teve a elegância e a sofisticação que o papel exige. Ele sempre foi mais um palhaço em cena do que qualquer outra coisa. Daí os produtores apertam um botão e ele de repente vai se transformar em um galã conquistador? Não dá, vamos convir. Assim o filme sofre com esse erro de escolha do elenco. No final se torna cansativo por ser forçado demais. Bola fora!
Pablo Aluísio.
sábado, 9 de junho de 2018
Jackie
O tempo vai passando e algumas figuras históricas vão caindo no esquecimento. Apenas o cinema com sua mágica consegue trazê-las de volta aos holofotes da mídia em geral. Foi basicamente isso que aconteceu com essa cinebiografia da esposa do presidente John Kennedy. Ele foi assassinado em Dallas, em um dos momentos mais cruciais da história dos Estados Unidos. Enquanto JFK levava tiros certeiros na cabeça, Jackie tentava inutilmente juntar seus miolos que se espalhavam pelo banco e traseira do carro onde estavam. Só isso já bastaria para colocá-la na história, mas a ex-primeira dama teve uma vida pessoal que foi muito além do fato de ter participado de um momento tão trágico e triste como esse.
Na pele da atriz Natalie Portman a protagonista ganha ares ainda mais sutis e elegantes do que a primeira-dama da vida real. Particularmente gostei bastante do filme, inclusive no aspecto narrativo. A história é contada em ritmo de flashback, quando Jackie Kennedy concorda em conceder uma longa entrevista nos jardins de sua casa. É verdade que nem sempre Portman consegue se sair bem em cena, com alguns deslizes na sua caracterização, mas mesmo assim considero seu trabalho acima da média. Para ela foi uma oportunidade incrível de levantar a carreira, pois conseguiu arrancar uma indicação ao Oscar, algo que estava bem longe de seus planos nesse momento de sua filmografia. Enfim, apesar de ter seus momentos de baixa, "Jackie" acabou se tornando um bom resgate histórico de sua personagem principal. Afinal como esquecer aquele vestido cor-de-rosa, tão característico dos anos 60, manchado todo de sangue? É uma visão que entrou para sempre na iconografia do povo norte-americano.
Jackie (Idem, Estados Unidos, 2016) Estúdio: Fox Searchlight Pictures / Direção: Pablo Larraín / Roteiro: Noah Oppenheim / Elenco: Natalie Portman, Peter Sarsgaard, John Hurt, Billy Crudup / Sinopse: Filme baseado em fatos reais. Anos após o assassinato de seu marido, a ex-primeira-dama Jackie Kennedy (Natalie Portman) aceita receber a visita de um jornalista para uma entrevista. Enquanto suas lembranças vão se atropelando em sua memória, ela vai recordando momentos bons e trágicos de sua vida, como a vida na Casa Branca, as aparições públicas na TV, os grandes bailes e, é claro, o dia trágico em que seu marido, o presidente JFK, foi morto em Dallas durante uma parada em carro aberto pelas ruas da cidade. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Atriz (Natalie Portman), Melhor Figurino (Madeline Fontaine) e Melhor Música (Mica Levi).
Pablo Aluísio.
Na pele da atriz Natalie Portman a protagonista ganha ares ainda mais sutis e elegantes do que a primeira-dama da vida real. Particularmente gostei bastante do filme, inclusive no aspecto narrativo. A história é contada em ritmo de flashback, quando Jackie Kennedy concorda em conceder uma longa entrevista nos jardins de sua casa. É verdade que nem sempre Portman consegue se sair bem em cena, com alguns deslizes na sua caracterização, mas mesmo assim considero seu trabalho acima da média. Para ela foi uma oportunidade incrível de levantar a carreira, pois conseguiu arrancar uma indicação ao Oscar, algo que estava bem longe de seus planos nesse momento de sua filmografia. Enfim, apesar de ter seus momentos de baixa, "Jackie" acabou se tornando um bom resgate histórico de sua personagem principal. Afinal como esquecer aquele vestido cor-de-rosa, tão característico dos anos 60, manchado todo de sangue? É uma visão que entrou para sempre na iconografia do povo norte-americano.
Jackie (Idem, Estados Unidos, 2016) Estúdio: Fox Searchlight Pictures / Direção: Pablo Larraín / Roteiro: Noah Oppenheim / Elenco: Natalie Portman, Peter Sarsgaard, John Hurt, Billy Crudup / Sinopse: Filme baseado em fatos reais. Anos após o assassinato de seu marido, a ex-primeira-dama Jackie Kennedy (Natalie Portman) aceita receber a visita de um jornalista para uma entrevista. Enquanto suas lembranças vão se atropelando em sua memória, ela vai recordando momentos bons e trágicos de sua vida, como a vida na Casa Branca, as aparições públicas na TV, os grandes bailes e, é claro, o dia trágico em que seu marido, o presidente JFK, foi morto em Dallas durante uma parada em carro aberto pelas ruas da cidade. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Atriz (Natalie Portman), Melhor Figurino (Madeline Fontaine) e Melhor Música (Mica Levi).
Pablo Aluísio.
Assassin's Creed
É muito complicado achar um filme baseado em game que seja realmente bom. A maioria dessas adaptações são bem decepcionantes, mal feitas e com roteiros ocos. Esse "Assassin's Creed" foi mais uma tentativa falha nesse sentido. O filme mostra dois grupos rivais que lutam na surdina. A vida continua no mundo lá fora, enquanto esses clãs vão se enfrentando ao longo dos séculos. Um deles é bem conhecido dos estudantes de história, são os cavaleiros templários. O outro é mais sui generis e responde apenas pela alcunha de assassinos. O cenário de confronto são as seculares cidades da velha Europa. A população em geral mal sabe o que está acontecendo nos becos e picos escuros das velhas construções.
Agora a disputa recai sobre um objeto chamado de "A maçã do Éden". Tudo bem, mais simbólico do que isso, impossível. Pena que com tudo já armado - afinal é basicamente o mesmo enredo dos games - o roteiro desse filme deixe a desejar. Há lutas bem coreografadas e uma boa produção, mas tudo se perde em um ritmo preguiçoso e displicente, que acaba transformando um filme que deveria ser ágil por natureza em algo arrastado e com pouca agilidade. Era algo improvável de encontrar em um filme como esse. No geral os fãs dos games vão se decepcionar, enquanto o público mais ligado em cinema vai dar pouca importância. Acabou ficando no meio do caminho, sem conquistar o apreço do público das duas mídias, o que no final era o que importava, não é mesmo?
Assassin's Creed (Idem, Estados Unidos, Inglaterra, 2016) Estúdio: Regency Enterprises / Direção: Justin Kurzel / Roteiro: Michael Lesslie, Adam Cooper / Elenco: Michael Fassbender, Marion Cotillard, Jeremy Irons, Charlotte Rampling, Brendan Gleeson / Sinopse: Durante séculos cavaleiros templários e assassinos (um grupo rival) se enfrentam na Europa. Agora eles estão em luta para colocar as mãos em um artefato histórico poderoso, a maçã do Éden, que se acredita ser o mesmo citado no livro do gênesis. Para saber o lugar exato onde foi parar a maçã, os templários criam uma tecnologia inovadora que permite sondar a memória genética dos atuais descendentes dos antigos assassinos.
Pablo Aluísio.
Agora a disputa recai sobre um objeto chamado de "A maçã do Éden". Tudo bem, mais simbólico do que isso, impossível. Pena que com tudo já armado - afinal é basicamente o mesmo enredo dos games - o roteiro desse filme deixe a desejar. Há lutas bem coreografadas e uma boa produção, mas tudo se perde em um ritmo preguiçoso e displicente, que acaba transformando um filme que deveria ser ágil por natureza em algo arrastado e com pouca agilidade. Era algo improvável de encontrar em um filme como esse. No geral os fãs dos games vão se decepcionar, enquanto o público mais ligado em cinema vai dar pouca importância. Acabou ficando no meio do caminho, sem conquistar o apreço do público das duas mídias, o que no final era o que importava, não é mesmo?
Assassin's Creed (Idem, Estados Unidos, Inglaterra, 2016) Estúdio: Regency Enterprises / Direção: Justin Kurzel / Roteiro: Michael Lesslie, Adam Cooper / Elenco: Michael Fassbender, Marion Cotillard, Jeremy Irons, Charlotte Rampling, Brendan Gleeson / Sinopse: Durante séculos cavaleiros templários e assassinos (um grupo rival) se enfrentam na Europa. Agora eles estão em luta para colocar as mãos em um artefato histórico poderoso, a maçã do Éden, que se acredita ser o mesmo citado no livro do gênesis. Para saber o lugar exato onde foi parar a maçã, os templários criam uma tecnologia inovadora que permite sondar a memória genética dos atuais descendentes dos antigos assassinos.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 8 de junho de 2018
Jurassic World: Reino Ameaçado
Quando o filme começa descobrimos que a ilha que abrigou o Jurassic Park está com os dias contados. Uma erupção vulcânica vai destruir tudo, matando inclusive os dinossauros que nela habitam. Então surge uma questão a ser discutida dentro da sociedade: os dinos devem ser resgatados ou não? Alguns defendem que isso é a vontade de Deus, promover uma segunda extinção desses animais, enquanto outros, os protetores dos animais, defendem que eles devem ser salvos da destruição. O congresso americano debate a questão e decide que o governo não fará nada pelos bichos. Assim um magnata decide promover uma grande expedição de resgate na ilha. Algumas espécies serão tiradas do lugar antes que ele some de mapa. As intenções dessa grande corporação porém nunca ficam muito claras. Eles dizem publicamente que o resgate será feito para salvar a vida dos bichos, mas será verdade? Quanto custaria um dinossauro desses no mercado negro? Trinta milhões? Cinquenta milhões de dólares? Tudo vai sendo desvendando aos poucos para o espectador.
Pois bem, esse é mais um filme da bem sucedida franquia inaugurada há muitos anos por Steven Spielberg quando ele dirigiu o primeiro filme que foi um sucesso estrondoso. Embora mantenha o controle dos filmes hoje em dia, através de sua companhia cinematográfica (a Amblin Entertainment), Spielberg não mais dirige os filmes. Geralmente ele passa a bola para algum diretor mais jovem e promissor. No caso aqui o escolhido foi J.A. Bayona, de "O Orfanato", "Sete Minutos Depois da Meia-Noite" e da série "Penny Dreadful". O cineasta espanhol fez um bom trabalho. "Jurassic World: Reino Ameaçado" é um filme eficiente, com roteiro redondinho e que mantém a chama acessa desse universo bem acessa.
Claro que não se pode comparar esse filme ao original. Aqui a intenção é apenas abrir as portas para outros futuros filmes que certamente virão por aí. Spielberg é além de um grande diretor, um grande produtor que sabe o que faz. Essa produção aqui custou meros 170 milhões de dólares, bem menos do que "Han Solo" seu principal concorrente nas bilheterias. Acabou faturando mais e sendo mais bem sucedido do que o concorrente da Disney. Bem conduzido, esse novo filme da saga Jurasssic Park só tem um probleminha em minha opinião. As cenas finais foram rodadas em uma fotografia muito escura. Qual é o sentido de desenvolver dinossauros super realistas para escondê-los em sombras e penumbra? E se você for assistir tudo em 3D as coisas vão ficar ainda mais escuras! Fora isso, tudo bem OK. O parque dos dinossauros pelo visto ficou mesmo pequeno para esses monstros. Agora o mundo pertence a eles (assista ao filme e entenda bem o que eu quis dizer nessa frase final).
Jurassic World: Reino Ameaçado (Jurassic World: Fallen Kingdom, Estados Unidos, 2018) Direção: J.A. Bayona / Roteiro: Derek Connolly, Colin Trevorrow / Elenco: Chris Pratt, Bryce Dallas Howard, Rafe Spall, Toby Jones, Jeff Goldblum / Sinopse: Após o colapso da ilha onde um dia funcionou o Jurassic Park, um magnata decide resgatar algumas espécies de uma segunda extinção. Sua intenção oficial seria a preservação dos dinossauros, mas parece haver algo a mais, uma forma lucrativa de lidar com todos esses répteis maravilhosos.
Pablo Aluísio.
Pois bem, esse é mais um filme da bem sucedida franquia inaugurada há muitos anos por Steven Spielberg quando ele dirigiu o primeiro filme que foi um sucesso estrondoso. Embora mantenha o controle dos filmes hoje em dia, através de sua companhia cinematográfica (a Amblin Entertainment), Spielberg não mais dirige os filmes. Geralmente ele passa a bola para algum diretor mais jovem e promissor. No caso aqui o escolhido foi J.A. Bayona, de "O Orfanato", "Sete Minutos Depois da Meia-Noite" e da série "Penny Dreadful". O cineasta espanhol fez um bom trabalho. "Jurassic World: Reino Ameaçado" é um filme eficiente, com roteiro redondinho e que mantém a chama acessa desse universo bem acessa.
Claro que não se pode comparar esse filme ao original. Aqui a intenção é apenas abrir as portas para outros futuros filmes que certamente virão por aí. Spielberg é além de um grande diretor, um grande produtor que sabe o que faz. Essa produção aqui custou meros 170 milhões de dólares, bem menos do que "Han Solo" seu principal concorrente nas bilheterias. Acabou faturando mais e sendo mais bem sucedido do que o concorrente da Disney. Bem conduzido, esse novo filme da saga Jurasssic Park só tem um probleminha em minha opinião. As cenas finais foram rodadas em uma fotografia muito escura. Qual é o sentido de desenvolver dinossauros super realistas para escondê-los em sombras e penumbra? E se você for assistir tudo em 3D as coisas vão ficar ainda mais escuras! Fora isso, tudo bem OK. O parque dos dinossauros pelo visto ficou mesmo pequeno para esses monstros. Agora o mundo pertence a eles (assista ao filme e entenda bem o que eu quis dizer nessa frase final).
Jurassic World: Reino Ameaçado (Jurassic World: Fallen Kingdom, Estados Unidos, 2018) Direção: J.A. Bayona / Roteiro: Derek Connolly, Colin Trevorrow / Elenco: Chris Pratt, Bryce Dallas Howard, Rafe Spall, Toby Jones, Jeff Goldblum / Sinopse: Após o colapso da ilha onde um dia funcionou o Jurassic Park, um magnata decide resgatar algumas espécies de uma segunda extinção. Sua intenção oficial seria a preservação dos dinossauros, mas parece haver algo a mais, uma forma lucrativa de lidar com todos esses répteis maravilhosos.
Pablo Aluísio.
Han Solo
Depois que a Disney comprou a marca "Star Wars" estamos tendo lançamentos regulares dessa franquia. Essa produção foi uma das mais problemáticas do estúdio até esse momento. Custou 300 milhões de dólares, teve problemas no set de filmagens e não conseguiu ter o retorno de bilheteria que os produtores queriam. Também foi bem criticada nos Estados Unidos. Para muitos se trata de um filme inútil que conta um enredo vazio. O protagonista, como não poderia deixar de ser, é o bom e velho Han Solo, mas sem sinal de Harrison Ford, que se aposentou. Em seu lugar entrou o quase desconhecido Alden Ehrenreich que obviamente não tem nem um por cento do carisma de Ford. Mesmo assim até que consegue se sair bem em um filme que realmente peca por ter um roteiro genérico demais para nos importamos com ele.
A ideia é contar as origens de Han Solo, suas aventuras na juventude, bem antes dele se unir aos rebeldes, algo que só iria acontecer no episódio 4, que é o primeiro filme "Guerra nas Estrelas" de 1977. Assim acompanhamos Han Solo se envolvendo em confusões no pequeno planeta de onde veio. Com tanta gente querendo seu pescoço (ele é uma espécie de trambiqueiro de bom coração), só resta fugir. E ele vai embora, acabando, vejam só, como soldado do império. Depois disso ele conhece um fora-da-lei, um assaltante de trens chamado Beckett (Woody Harrelson). Junto a Han Solo ele parte para um roubo de um mineral importante para o chefão criminoso Dryden Vos (Paul Bettany). A ação não cessa, porque como já expliquei, o roteiro é genérico. Uma cena de ação atrás da outra. O alívio romântico vem com a personagem Qi'ra (Emilia Clarke), pela qual Solo é apaixonado.
A atriz Emilia Clarke aliás é um dos bons motivos para ver esse filme. Sua personagem tem mais camadas do que os demais. Ela apresenta um comportamento dúbio, ora se aliando aos interesses de Solo, ora o traindo quando lhe convém. O diretor Ron Howard acabou fazendo um filme morno. Há vários pontos em aberto, mostrando que a intenção do roteiro era abrir brechas para novos filmes apenas com as aventuras de Han Solo. Será que vai acontecer? Tenho minhas dúvidas. Acho que provavelmente a Disney vai arquivar esse spin-off, uma vez que ele acabou não agradando nem ao público e nem à crítica. É esperar para ver.
Han Solo: Uma História Star Wars (Solo: A Star Wars Story, Estados Unidos, 2018) Direção: Ron Howard / Roteiro: Jonathan Kasdan, Lawrence Kasdan / Elenco: Alden Ehrenreich, Woody Harrelson, Emilia Clarke, Donald Glover, Paul Bettany / Sinopse: Após tentar passar a perna em uma figura do submundo de seu planeta de origem, o jovem Han Solo decide que é hora de ir embora. Ele consegue atingir esse objetivo, entra em uma nave e acaba parando nas fileiras do exército imperial, em plena guerra pelo controle da galáxia.
Pablo Aluísio.
A ideia é contar as origens de Han Solo, suas aventuras na juventude, bem antes dele se unir aos rebeldes, algo que só iria acontecer no episódio 4, que é o primeiro filme "Guerra nas Estrelas" de 1977. Assim acompanhamos Han Solo se envolvendo em confusões no pequeno planeta de onde veio. Com tanta gente querendo seu pescoço (ele é uma espécie de trambiqueiro de bom coração), só resta fugir. E ele vai embora, acabando, vejam só, como soldado do império. Depois disso ele conhece um fora-da-lei, um assaltante de trens chamado Beckett (Woody Harrelson). Junto a Han Solo ele parte para um roubo de um mineral importante para o chefão criminoso Dryden Vos (Paul Bettany). A ação não cessa, porque como já expliquei, o roteiro é genérico. Uma cena de ação atrás da outra. O alívio romântico vem com a personagem Qi'ra (Emilia Clarke), pela qual Solo é apaixonado.
A atriz Emilia Clarke aliás é um dos bons motivos para ver esse filme. Sua personagem tem mais camadas do que os demais. Ela apresenta um comportamento dúbio, ora se aliando aos interesses de Solo, ora o traindo quando lhe convém. O diretor Ron Howard acabou fazendo um filme morno. Há vários pontos em aberto, mostrando que a intenção do roteiro era abrir brechas para novos filmes apenas com as aventuras de Han Solo. Será que vai acontecer? Tenho minhas dúvidas. Acho que provavelmente a Disney vai arquivar esse spin-off, uma vez que ele acabou não agradando nem ao público e nem à crítica. É esperar para ver.
Han Solo: Uma História Star Wars (Solo: A Star Wars Story, Estados Unidos, 2018) Direção: Ron Howard / Roteiro: Jonathan Kasdan, Lawrence Kasdan / Elenco: Alden Ehrenreich, Woody Harrelson, Emilia Clarke, Donald Glover, Paul Bettany / Sinopse: Após tentar passar a perna em uma figura do submundo de seu planeta de origem, o jovem Han Solo decide que é hora de ir embora. Ele consegue atingir esse objetivo, entra em uma nave e acaba parando nas fileiras do exército imperial, em plena guerra pelo controle da galáxia.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 7 de junho de 2018
A Chegada
Esse filme prima muito mais pela inteligência do que propriamente pelo sensacionalismo que sempre está presente em filmes sobre contatos entre a humanidade e seres alienígenas. Partindo do pressuposto (meio óbvio) de que civilizações extraterrestres seriam mais desenvolvidas que nós, o filme mostra a chegada de estranhas espaçonaves por todo o planeta e a tentativa de se comunicar com esses estranhos seres. A protagonista é uma especialista em línguas e símbolos, a Dra. Louise Banks (Amy Adams), que precisa decifrar a forma como os aliens tentam entrar em contato conosco. Ela é levada pelas forças armadas até o local de pouso de uma dessas naves e uma vez lá tenta abrir um ponte de comunicação, algo muito complexo de se realizar com sucesso.
O roteiro porém vai além. Ele não se limita a mostrar esse primeiro contato, mas também envolver conceitos como outras dimensões e até mesmo viagens no espaço-tempo. Com tantas nuances diferentes para explorar no curto espaço de tempo de um filme, não foram poucos os espectadores que acabaram se perdendo no fio da meada da narrativa. Não vejo isso como algo negativo, mas sim altamente positivo. É uma maneira de entendermos que Hollywood não está parada, contente em apenas explorar velhos clichês, mas também avançar em busca de textos mais rebuscados e complexos. Uma maneira de se comunicar com essa nova geração que está ai, uma juventude que já nasce cercada de tecnologia por todos os lados. Não subestimando a capacidade de compreensão dessa moçada, o filme acaba ganhando muitos pontos a seu favor.
A Chegada (Arrival, Estados Unidos, 2016) Direção: Denis Villeneuve / Roteiro: Eric Heisserer, Ted Chiang / Elenco: Amy Adams, Jeremy Renner, Forest Whitaker, Michael Stuhlbarg / Sinopse: Especialista em línguas e linguagens é levada pelo governo americano para uma região remota onde aterrisou uma nave espacial de origem desconhecida. Ela terá que tentar abrir um canal de comunicação com os estranhos seres alienígenas que vieram do espaço.
Pablo Aluísio.
O roteiro porém vai além. Ele não se limita a mostrar esse primeiro contato, mas também envolver conceitos como outras dimensões e até mesmo viagens no espaço-tempo. Com tantas nuances diferentes para explorar no curto espaço de tempo de um filme, não foram poucos os espectadores que acabaram se perdendo no fio da meada da narrativa. Não vejo isso como algo negativo, mas sim altamente positivo. É uma maneira de entendermos que Hollywood não está parada, contente em apenas explorar velhos clichês, mas também avançar em busca de textos mais rebuscados e complexos. Uma maneira de se comunicar com essa nova geração que está ai, uma juventude que já nasce cercada de tecnologia por todos os lados. Não subestimando a capacidade de compreensão dessa moçada, o filme acaba ganhando muitos pontos a seu favor.
A Chegada (Arrival, Estados Unidos, 2016) Direção: Denis Villeneuve / Roteiro: Eric Heisserer, Ted Chiang / Elenco: Amy Adams, Jeremy Renner, Forest Whitaker, Michael Stuhlbarg / Sinopse: Especialista em línguas e linguagens é levada pelo governo americano para uma região remota onde aterrisou uma nave espacial de origem desconhecida. Ela terá que tentar abrir um canal de comunicação com os estranhos seres alienígenas que vieram do espaço.
Pablo Aluísio.
A Última Fortaleza
Um filme de prisão com alguns elementos que o diferenciam do lugar comum. Antes de tudo não se trata de uma prisão comum, mas sim de uma prisão militar de segurança máxima. Lá dentro cumpre pena o ex-General Irwin (Robert Redford). Condenado por um crime que nunca cometeu, ele começa a travar um jogo psicológico com o diretor do estabelecimento, o Coronel Winter (James Gandolfini). Além de ser menos preparado intelectualmente que seu principal prisioneiro, Winter esconde seu complexo de inferioridade abusando de sua posição, criando um clima de tensão entre os prisioneiros, após decidir administrar tudo com punhos de ferro.
Um filme com excelente elenco, um roteiro até bem inspirado, mas que no final consegue ser apenas OK. Provavelmente se tivesse sido produzido dez anos antes tivesse maior impacto. O destaque vai mesmo para o duelo que se trava entre Robert Redford e James Gandolfini. Dois grandes atores que só trabalharam uma vez, justamente nessa produção. Em minha opinião, apesar da experiência de Redford, quem se sai melhor é Gandolfini, pois seu personagem tem uma personalidade mais complexa do ponto de vista psicológico. O terceiro elemento do elenco, Mark Ruffalo, acaba sendo engolido pelos dois. Se limitando a fazer expressões de amuado (sua "especialidade") ele termina passando vergonha no meio de dois grandes atores em cena, ambos dando o melhor de si. Enfim deixo aqui a dica desse filme muito razoável que pouca gente viu ou se lembra de ter visto.
A Última Fortaleza (The Last Castle, Estados Unidos, 2001) Direção: Rod Lurie / Roteiro: David Scarpa / Elenco: Robert Redford, James Gandolfini, Mark Ruffalo / Sinopse: Um ex-General condecorado, condenado injustamente, enfrente um Coronel, diretor de uma prisão militar. Em jogo o controle do estabelecimento prisional e o destino de todos aqueles homens encarcerados, dispostos a iniciarem uma grande e violenta rebelião.
Pablo Aluísio.
Um filme com excelente elenco, um roteiro até bem inspirado, mas que no final consegue ser apenas OK. Provavelmente se tivesse sido produzido dez anos antes tivesse maior impacto. O destaque vai mesmo para o duelo que se trava entre Robert Redford e James Gandolfini. Dois grandes atores que só trabalharam uma vez, justamente nessa produção. Em minha opinião, apesar da experiência de Redford, quem se sai melhor é Gandolfini, pois seu personagem tem uma personalidade mais complexa do ponto de vista psicológico. O terceiro elemento do elenco, Mark Ruffalo, acaba sendo engolido pelos dois. Se limitando a fazer expressões de amuado (sua "especialidade") ele termina passando vergonha no meio de dois grandes atores em cena, ambos dando o melhor de si. Enfim deixo aqui a dica desse filme muito razoável que pouca gente viu ou se lembra de ter visto.
A Última Fortaleza (The Last Castle, Estados Unidos, 2001) Direção: Rod Lurie / Roteiro: David Scarpa / Elenco: Robert Redford, James Gandolfini, Mark Ruffalo / Sinopse: Um ex-General condecorado, condenado injustamente, enfrente um Coronel, diretor de uma prisão militar. Em jogo o controle do estabelecimento prisional e o destino de todos aqueles homens encarcerados, dispostos a iniciarem uma grande e violenta rebelião.
Pablo Aluísio.
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