Quando o filme começa descobrimos que a ilha que abrigou o Jurassic Park está com os dias contados. Uma erupção vulcânica vai destruir tudo, matando inclusive os dinossauros que nela habitam. Então surge uma questão a ser discutida dentro da sociedade: os dinos devem ser resgatados ou não? Alguns defendem que isso é a vontade de Deus, promover uma segunda extinção desses animais, enquanto outros, os protetores dos animais, defendem que eles devem ser salvos da destruição. O congresso americano debate a questão e decide que o governo não fará nada pelos bichos. Assim um magnata decide promover uma grande expedição de resgate na ilha. Algumas espécies serão tiradas do lugar antes que ele some de mapa. As intenções dessa grande corporação porém nunca ficam muito claras. Eles dizem publicamente que o resgate será feito para salvar a vida dos bichos, mas será verdade? Quanto custaria um dinossauro desses no mercado negro? Trinta milhões? Cinquenta milhões de dólares? Tudo vai sendo desvendando aos poucos para o espectador.
Pois bem, esse é mais um filme da bem sucedida franquia inaugurada há muitos anos por Steven Spielberg quando ele dirigiu o primeiro filme que foi um sucesso estrondoso. Embora mantenha o controle dos filmes hoje em dia, através de sua companhia cinematográfica (a Amblin Entertainment), Spielberg não mais dirige os filmes. Geralmente ele passa a bola para algum diretor mais jovem e promissor. No caso aqui o escolhido foi J.A. Bayona, de "O Orfanato", "Sete Minutos Depois da Meia-Noite" e da série "Penny Dreadful". O cineasta espanhol fez um bom trabalho. "Jurassic World: Reino Ameaçado" é um filme eficiente, com roteiro redondinho e que mantém a chama acessa desse universo bem acessa.
Claro que não se pode comparar esse filme ao original. Aqui a intenção é apenas abrir as portas para outros futuros filmes que certamente virão por aí. Spielberg é além de um grande diretor, um grande produtor que sabe o que faz. Essa produção aqui custou meros 170 milhões de dólares, bem menos do que "Han Solo" seu principal concorrente nas bilheterias. Acabou faturando mais e sendo mais bem sucedido do que o concorrente da Disney. Bem conduzido, esse novo filme da saga Jurasssic Park só tem um probleminha em minha opinião. As cenas finais foram rodadas em uma fotografia muito escura. Qual é o sentido de desenvolver dinossauros super realistas para escondê-los em sombras e penumbra? E se você for assistir tudo em 3D as coisas vão ficar ainda mais escuras! Fora isso, tudo bem OK. O parque dos dinossauros pelo visto ficou mesmo pequeno para esses monstros. Agora o mundo pertence a eles (assista ao filme e entenda bem o que eu quis dizer nessa frase final).
Jurassic World: Reino Ameaçado (Jurassic World: Fallen Kingdom, Estados Unidos, 2018) Direção: J.A. Bayona / Roteiro: Derek Connolly, Colin Trevorrow / Elenco: Chris Pratt, Bryce Dallas Howard, Rafe Spall, Toby Jones, Jeff Goldblum / Sinopse: Após o colapso da ilha onde um dia funcionou o Jurassic Park, um magnata decide resgatar algumas espécies de uma segunda extinção. Sua intenção oficial seria a preservação dos dinossauros, mas parece haver algo a mais, uma forma lucrativa de lidar com todos esses répteis maravilhosos.
Pablo Aluísio.
"As cenas finais foram rodadas em uma fotografia muito escura. Qual é o sentido de desenvolver dinossauros super realistas para escondê-los em sombras e penumbra?" Pablo, sigamos a lógica: se há penumbra aonde deveria haver luz, algo precisa não ser visto.
ResponderExcluirÉ uma tentativa de fazer um pouco de suspense. Tudo bem, pode ser uma opção do roteiro, desde que tudo não fique absolutamente escuro, onde não se vê nada. Não há suspense na escuridão completa. PS: não assistam esse filme em 3D - pois vocês não vão ver absolutamente nada!
ResponderExcluirEu quis dizer esconder alguma coisa que não ficou a contento.
ResponderExcluirTambém tem isso, claro. Boa observação.
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