Título no Brasil: Quebrando Todas as Regras
Título Original: Breaking All the Rules
Ano de Produção: 1985
País: Estados Unidos
Estúdio: Filmline Productions
Direção: James Orr
Roteiro: Edith Rey
Elenco: Carl Marotte, Thor Bishopric, Carolyn Dunn
Sinopse:
O filme acompanha dois jovens e duas garotas que se apaixonam no verão, em um parque, durante os anos 80. Romance e diversão juvenil para os saudosistas daquela década que deixou saudades em todos que a viveram.
Comentários:
Um filme dos anos 80 que eu não asisti nos anos 80. E isso é curioso porque já naquela década eu era louco por filmes e não deixava passar nada em branco. Via tudo o que eu podia. Mas esse aqui em escapou, só fui ver muitos anos depois na TV a cabo (e não me perguntem a razão de um filme como esse estar sendo exibido em um canal a cabo nos dias de hoje). Enfim, não é lá grande coisa, na verdade é um filme mesmo um tanto obscuro. Vale pelas roupas, pelas músicas da trilha sonora (cheia de sintetizadores, uma praga dos anos 80) e alguns figurinos, cabelos armados, etc. Os anos 80 foram os anos em que me me tornei cinéfilo e por essa razão sempre terei carinho especial por filmes daquela época. Bons tempos.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 22 de janeiro de 2015
quarta-feira, 21 de janeiro de 2015
E Agora, Meu Amor?
Título no Brasil: E Agora, Meu Amor?
Título Original: Fools Rush In
Ano de Produção: 1992
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Andy Tennant
Roteiro: Joan Taylor. Katherine Reback
Elenco: Matthew Perry, Salma Hayek, Jon Tenney
Sinopse:
Jovem casal, depois de um encontro casual, descobre que a garota está grávida! Claro, um choque para todos os envolvidos. Então decidem se casar, sem ter a menor ideia do que viria pela frente.
Comentários:
Quando esse filme foi lançado o ator Matthew Perry estava ainda colhendo os frutos da série de grande sucesso "Friends". Olhando para o passado podemos perceber que cada um deles, dos atores e atrizes de "Friends" tiveram sua chance no cinema. Alguns deram certo, outros não, mas os estúdios de cinema estavam sempre procurando por uma brecha para faturar em cima da popularidade da série de TV. Esse filme aqui não fez muito sucesso (tanto que a maioria das pessoas já esqueceram que ele um dia existiu), mas isso também não quer dizer que fosse um filme ruim. Pelo contrário, tem seus pontos positivos. OK, o Matthew Perry não se tornou um astro de cinema e anos depois teria sérios problemas com drogas, mas aqui, pelo menos por um breve período, ele teve sim uma boa experiência com a sétima arte. Pena que sua carreira na tela grande não foi em frente.
Pablo Aluísio.
Título Original: Fools Rush In
Ano de Produção: 1992
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Andy Tennant
Roteiro: Joan Taylor. Katherine Reback
Elenco: Matthew Perry, Salma Hayek, Jon Tenney
Sinopse:
Jovem casal, depois de um encontro casual, descobre que a garota está grávida! Claro, um choque para todos os envolvidos. Então decidem se casar, sem ter a menor ideia do que viria pela frente.
Comentários:
Quando esse filme foi lançado o ator Matthew Perry estava ainda colhendo os frutos da série de grande sucesso "Friends". Olhando para o passado podemos perceber que cada um deles, dos atores e atrizes de "Friends" tiveram sua chance no cinema. Alguns deram certo, outros não, mas os estúdios de cinema estavam sempre procurando por uma brecha para faturar em cima da popularidade da série de TV. Esse filme aqui não fez muito sucesso (tanto que a maioria das pessoas já esqueceram que ele um dia existiu), mas isso também não quer dizer que fosse um filme ruim. Pelo contrário, tem seus pontos positivos. OK, o Matthew Perry não se tornou um astro de cinema e anos depois teria sérios problemas com drogas, mas aqui, pelo menos por um breve período, ele teve sim uma boa experiência com a sétima arte. Pena que sua carreira na tela grande não foi em frente.
Pablo Aluísio.
Um Duende em Nova York
Título no Brasil: Um Duende em Nova York
Título Original: Elf
Ano de Produção: 2003
País: Estadps Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: Jon Favreau
Roteiro: David Berenbaum
Elenco: Will Ferrell, James Caan, Bob Newhart
Sinopse:
Durante toda a vida Buddy (Ferrell) pensou ser um Elfo do Papai Noel que morava no pólo norte. Só que ele não é! Sim, ele é um ser humano. Decepcionado e surpreso ele decide ir para Nova Iorque para entender o que seria ser de verdade um homem comum.
Comentários:
Uma coisa é certa: americano gosta de uma breguice de natal como poucos povos no mundo. Essa comédia que mistura fantasia e ícones da época natalina é um subproduto dessa visão um tanto quanto boba dos americanos dessas festas de fim de ano. Ao meu ver pouca coisa se salva. A produção é boa, bem feita, não me entenda mal, mas o resultado é de doer de boboca. Eu até hoje não consegui ver graça no trabalho de Will Ferrell; Acho ele um chato sem salvação, mas tem quem goste. Ele tem público. Só lamento um ator gabaritado como James Caan fazer parte dessa presepada. Ou ele estava precisando de grana ou fazendo para passar os filmes para os netinhos. Das duas uma.
Pablo Aluísio.
Título Original: Elf
Ano de Produção: 2003
País: Estadps Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: Jon Favreau
Roteiro: David Berenbaum
Elenco: Will Ferrell, James Caan, Bob Newhart
Sinopse:
Durante toda a vida Buddy (Ferrell) pensou ser um Elfo do Papai Noel que morava no pólo norte. Só que ele não é! Sim, ele é um ser humano. Decepcionado e surpreso ele decide ir para Nova Iorque para entender o que seria ser de verdade um homem comum.
Comentários:
Uma coisa é certa: americano gosta de uma breguice de natal como poucos povos no mundo. Essa comédia que mistura fantasia e ícones da época natalina é um subproduto dessa visão um tanto quanto boba dos americanos dessas festas de fim de ano. Ao meu ver pouca coisa se salva. A produção é boa, bem feita, não me entenda mal, mas o resultado é de doer de boboca. Eu até hoje não consegui ver graça no trabalho de Will Ferrell; Acho ele um chato sem salvação, mas tem quem goste. Ele tem público. Só lamento um ator gabaritado como James Caan fazer parte dessa presepada. Ou ele estava precisando de grana ou fazendo para passar os filmes para os netinhos. Das duas uma.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 20 de janeiro de 2015
Lua de Fel
Título no Brasil: Lua de Fel
Título Original: Bitter Moon
Ano de Produção: 1992
País: Estados Unidos, França, Inglaterra
Estúdio: Canal+, Columbia Pictures Corporation
Direção: Roman Polanski
Roteiro: Pascal Bruckner, Roman Polanski
Elenco: Hugh Grant, Kristin Scott Thomas, Emmanuelle Seigner, Peter Coyote
Sinopse:
Um casal inglês em viagem de Istambul para a Índia conhece uma bela francesa, Mimi (Emmanuelle Seigner). Aos poucos começa um jogo de sedução envolvendo todos eles, primeiro o marido Nigel (Hugh Grant) e depois a esposa Fiona (Kristin Scott Thomas). Ela porém é casada com um homem bem mais velho, deficiente, chamado Oscar (Peter Coyote) que também parece interessado naquela estranha atração. Aproveitando a situação resolve contar ao casal como conheceu Mimi, muitos anos antes. Filme indicado ao prêmio da Italian National Syndicate of Film Journalists na categoria de Melhor Fotografia.
Comentários:
Mais uma tentativa por parte de Roman Polanski em ser mais aceito, do ponto de vista puramente comercial, dentro do circuito americano. Sem receios digo que aqui o cineasta não abriu mão de seu estilo mais pessoal, algo que havia sido deixado de lado no fraco " Frantic" com Harrison Ford. Com um enredo mais rico do ponto de vista cultural (graças à excelente novela escrita por Pascal Bruckner que deu origem ao roteiro), o filme procura desvendar aspectos mais profundos da sexualidade e da paixão humanas. Os personagens parecem querer sondar a todo o tempo o limite que existe entre a quebra dos valores morais e a lascívia despudorada de uma paixão puramente carnal. O mais curioso vem não da atração que aquele casal convencional sente pela jovem francesa, mas sim do próprio relacionamento dela com um homem mais velho, inválido, mas possuidor de uma mente bem doentia. O jogo que começa instigante logo desanda para tintas mais obscuras de submissão e confronto, indo até mesmo para atos de pura humilhação entre aqueles amantes. Com ecos que muitas vezes me lembrou de "O Último Tango em Paris", Polanski conseguiu realizar uma bela obra sobre a sexualidade e a forma como é encarada pelos lados mais obscuros da mente humana. Um filme para rever sempre que possível, pois aqui o mestre realmente acertou em cheio nas suas pretensões cinematográficas.
Pablo Aluísio.
Título Original: Bitter Moon
Ano de Produção: 1992
País: Estados Unidos, França, Inglaterra
Estúdio: Canal+, Columbia Pictures Corporation
Direção: Roman Polanski
Roteiro: Pascal Bruckner, Roman Polanski
Elenco: Hugh Grant, Kristin Scott Thomas, Emmanuelle Seigner, Peter Coyote
Sinopse:
Um casal inglês em viagem de Istambul para a Índia conhece uma bela francesa, Mimi (Emmanuelle Seigner). Aos poucos começa um jogo de sedução envolvendo todos eles, primeiro o marido Nigel (Hugh Grant) e depois a esposa Fiona (Kristin Scott Thomas). Ela porém é casada com um homem bem mais velho, deficiente, chamado Oscar (Peter Coyote) que também parece interessado naquela estranha atração. Aproveitando a situação resolve contar ao casal como conheceu Mimi, muitos anos antes. Filme indicado ao prêmio da Italian National Syndicate of Film Journalists na categoria de Melhor Fotografia.
Comentários:
Mais uma tentativa por parte de Roman Polanski em ser mais aceito, do ponto de vista puramente comercial, dentro do circuito americano. Sem receios digo que aqui o cineasta não abriu mão de seu estilo mais pessoal, algo que havia sido deixado de lado no fraco " Frantic" com Harrison Ford. Com um enredo mais rico do ponto de vista cultural (graças à excelente novela escrita por Pascal Bruckner que deu origem ao roteiro), o filme procura desvendar aspectos mais profundos da sexualidade e da paixão humanas. Os personagens parecem querer sondar a todo o tempo o limite que existe entre a quebra dos valores morais e a lascívia despudorada de uma paixão puramente carnal. O mais curioso vem não da atração que aquele casal convencional sente pela jovem francesa, mas sim do próprio relacionamento dela com um homem mais velho, inválido, mas possuidor de uma mente bem doentia. O jogo que começa instigante logo desanda para tintas mais obscuras de submissão e confronto, indo até mesmo para atos de pura humilhação entre aqueles amantes. Com ecos que muitas vezes me lembrou de "O Último Tango em Paris", Polanski conseguiu realizar uma bela obra sobre a sexualidade e a forma como é encarada pelos lados mais obscuros da mente humana. Um filme para rever sempre que possível, pois aqui o mestre realmente acertou em cheio nas suas pretensões cinematográficas.
Pablo Aluísio.
Batman Begins

Outro ponto forte de "Batman Begins" é seu elenco. A escolha de Christian Bale se mostrou acertada. Ele é notoriamente um ator pouco carismático ou simpático mas que se torna adequado para o personagem Batman pois esse é um sujeito com muitos demônios internos, frustrações e traumas pessoais. Assim o semblante taciturno de Bale acaba caindo como uma luva para o cavaleiro das trevas. Cillian Murphy também surge muito bem como um psiquiatra almofadinha com ar insuportável que acaba utilizando de alucinações induzidas para aumentar seus domínios. Rever os veteranos Morgan Freeman e Michael Caine sempre é um prazer e até a chatinha Katie Holmes surge bem em seu papel. Já Liam Neeson parece não ter esquecido ainda seu personagem Jedi - a todo momento ficamos com a impressão que ele vai sacar um sabre de luz! Em suma, Batman que quase sempre se deu bem nos cinemas aqui ressurge de forma muito satisfatória, em um bom roteiro que discute a diferença entre justiça e vingança de forma muito inteligente e perspicaz. "Batman Begins" é um filme à prova de falhas, bom de sua primeira à última cena, que aliás anuncia o surgimento do Coringa na franquia. Mas essa é uma outra história...
Batman Begins (Idem, Estados Unidos, 2005) Direção: Christopher Nolan / Roteiro: Christopher Nolan, David S. Goyer baseados nos personagens criados por Bob Kane / Elenco: Christian Bale, Cillian Murphy, Michael Caine, Morgan Freeman, Liam Neeson, Katie Holmes, Gary Oldman, Rutger Hauer, Tom Wilkinson, Ken Watanabe / Sinopse: Após testemunhar a morte de seus pais o milionário Bruce Wayne (Christian Bale) resolve criar um símbolo de luta contra a criminalidade que se alastra em uma Gothan City corrupta e violenta. Esse símbolo passa a ser personificado por Batman, o Cavaleiro das Trevas.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 19 de janeiro de 2015
A Outra
Título no Brasil: A Outra
Título Original: The Other Boleyn Girl
Ano de Produção: 2008
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures, Focus Features
Direção: Justin Chadwick
Roteiro: Peter Morgan, Philippa Gregory
Elenco: Natalie Portman, Scarlett Johansson, Eric Bana
Sinopse:
Duas belas irmãs, Ana e Mary Bolena, impulsionada pela ambição cega de sua família, competem pelo amor do Rei Henrique VIII (1491 - 1547), um monarca violento e despótico que passa por uma crise em seu casamento. Sua esposa Catarina de Aragão não consegue lhe dar um herdeiro homem, o que cria um problema para a linha de sucessão do rei e ele, convencido que não terá um varão, decide ir atrás de outras amantes para ocupar o trono da rainha.
Comentários:
A história de Henrique VIII, o soberbo e absoluto monarca da Inglaterra, já deu origem a vários filmes (alguns clássicos inclusive). Aqui o foco se revela um pouco diferenciado. Ao invés de tentar contar a biografia do rei, suas inúmeras esposas, seus atos de violência e sua mente sendo corrompida gradualmente pelo poder sem freios, o roteiro procura focar em uma outra personagem secundária, que nem sempre foi aproveitada adequadamente nos filmes anteriores. O próprio título já deixa claro que o filme vai se focar na "Outra Garota Bolena". Como se sabe Ana Bolena foi a segunda esposa do rei, um romance complicado, cheios de dramas, já que Henrique VIII não podia se separar de sua primeira esposa que não lhe dava herdeiros masculinos, só dando origem a filhas. Indo contra o Papa e a Igreja ele decidiu romper com Roma, anula seu primeiro casamento e finalmente se uni a Ana Bolena. Esse relacionamento porém foi trágico, pois desconfiado de que estava sendo traído, mandou decapitar Ana Bolena. Isso é o que você basicamente vê em outros filmes sobre Henrique VIII. Aqui o foco porém se direciona para Mary Bolena (Scarlett Johansson), irmã de Ana e que também desfrutou da cama do rei. Enfim, perversão, falta de valores morais e destruição dos laços religiosos por causa de amantes ocasionais, compõe o menu dessa ótima produção. Vale a pena assistir.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Other Boleyn Girl
Ano de Produção: 2008
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures, Focus Features
Direção: Justin Chadwick
Roteiro: Peter Morgan, Philippa Gregory
Elenco: Natalie Portman, Scarlett Johansson, Eric Bana
Sinopse:
Duas belas irmãs, Ana e Mary Bolena, impulsionada pela ambição cega de sua família, competem pelo amor do Rei Henrique VIII (1491 - 1547), um monarca violento e despótico que passa por uma crise em seu casamento. Sua esposa Catarina de Aragão não consegue lhe dar um herdeiro homem, o que cria um problema para a linha de sucessão do rei e ele, convencido que não terá um varão, decide ir atrás de outras amantes para ocupar o trono da rainha.
Comentários:
A história de Henrique VIII, o soberbo e absoluto monarca da Inglaterra, já deu origem a vários filmes (alguns clássicos inclusive). Aqui o foco se revela um pouco diferenciado. Ao invés de tentar contar a biografia do rei, suas inúmeras esposas, seus atos de violência e sua mente sendo corrompida gradualmente pelo poder sem freios, o roteiro procura focar em uma outra personagem secundária, que nem sempre foi aproveitada adequadamente nos filmes anteriores. O próprio título já deixa claro que o filme vai se focar na "Outra Garota Bolena". Como se sabe Ana Bolena foi a segunda esposa do rei, um romance complicado, cheios de dramas, já que Henrique VIII não podia se separar de sua primeira esposa que não lhe dava herdeiros masculinos, só dando origem a filhas. Indo contra o Papa e a Igreja ele decidiu romper com Roma, anula seu primeiro casamento e finalmente se uni a Ana Bolena. Esse relacionamento porém foi trágico, pois desconfiado de que estava sendo traído, mandou decapitar Ana Bolena. Isso é o que você basicamente vê em outros filmes sobre Henrique VIII. Aqui o foco porém se direciona para Mary Bolena (Scarlett Johansson), irmã de Ana e que também desfrutou da cama do rei. Enfim, perversão, falta de valores morais e destruição dos laços religiosos por causa de amantes ocasionais, compõe o menu dessa ótima produção. Vale a pena assistir.
Pablo Aluísio.
Busca Frenética
Título no Brasil: Busca Frenética
Título Original: Frantic
Ano de Produção: 1988
País: Estados Unidos, França
Estúdio: Warner Bros
Direção: Roman Polanski
Roteiro: Roman Polanski, Gérard Brach
Elenco: Harrison Ford, Betty Buckley, Emmanuelle Seigner
Sinopse:
O Dr. Richard Walker (Harrison Ford) é um renomado médico americano em Paris que descobre alarmado pela manhã que sua esposa simplesmente desapareceu do hotel onde ambos estão hospedados. Desesperado, Walker ganha as ruas da grande cidade francesa em busca do paradeiro de sua esposa e acaba descobrindo um enorme complô envolvendo intrigas, espionagem, criminosos, drogas e assassinato.
Comentários:
A única parceria entre o diretor Roman Polanski e Harrison Ford. Na verdade a intenção de realizar um filme bem comercial já se mostra bem clara na escolha de Polanski por Ford (naquela altura de sua carreira um dos grandes campeões de bilheteria do cinema americano). Como se sabe Polanski não pode cruzar as fronteiras dos Estados Unidos pois será preso imediatamente, fruto de uma antiga acusação de pedofilia envolvendo seu nome (ele teria tido relações indevidas com uma menor de idade numa festa na mansão de Jack Nicholson). Assim ele só pode rodar seus filmes na Europa. "Frantic" foi rodado nas ruas de Paris, capturando toda a beleza da cidade, resultando em uma bela fotografia. Pena que tirando isso e a beleza da atriz Emmanuelle Seigner (mais uma das musas jovens de Polanski, considerada na época de lançamento do filme "uma nova Brigitte Bardot, que no final das contas não deu em nada) o que resta do filme é um roteiro sem muitas novidades, uma tentativa de realizar um filme americano, com sabor Made in USA, só que rodado na Europa. Sempre considerei o resultado morno demais para ser levado à sério. Na realidade o mais comercial filme de Roman Polanski é também o mais decepcionante em termos cinematográficos.
Pablo Aluísio.
Título Original: Frantic
Ano de Produção: 1988
País: Estados Unidos, França
Estúdio: Warner Bros
Direção: Roman Polanski
Roteiro: Roman Polanski, Gérard Brach
Elenco: Harrison Ford, Betty Buckley, Emmanuelle Seigner
Sinopse:
O Dr. Richard Walker (Harrison Ford) é um renomado médico americano em Paris que descobre alarmado pela manhã que sua esposa simplesmente desapareceu do hotel onde ambos estão hospedados. Desesperado, Walker ganha as ruas da grande cidade francesa em busca do paradeiro de sua esposa e acaba descobrindo um enorme complô envolvendo intrigas, espionagem, criminosos, drogas e assassinato.
Comentários:
A única parceria entre o diretor Roman Polanski e Harrison Ford. Na verdade a intenção de realizar um filme bem comercial já se mostra bem clara na escolha de Polanski por Ford (naquela altura de sua carreira um dos grandes campeões de bilheteria do cinema americano). Como se sabe Polanski não pode cruzar as fronteiras dos Estados Unidos pois será preso imediatamente, fruto de uma antiga acusação de pedofilia envolvendo seu nome (ele teria tido relações indevidas com uma menor de idade numa festa na mansão de Jack Nicholson). Assim ele só pode rodar seus filmes na Europa. "Frantic" foi rodado nas ruas de Paris, capturando toda a beleza da cidade, resultando em uma bela fotografia. Pena que tirando isso e a beleza da atriz Emmanuelle Seigner (mais uma das musas jovens de Polanski, considerada na época de lançamento do filme "uma nova Brigitte Bardot, que no final das contas não deu em nada) o que resta do filme é um roteiro sem muitas novidades, uma tentativa de realizar um filme americano, com sabor Made in USA, só que rodado na Europa. Sempre considerei o resultado morno demais para ser levado à sério. Na realidade o mais comercial filme de Roman Polanski é também o mais decepcionante em termos cinematográficos.
Pablo Aluísio.
domingo, 18 de janeiro de 2015
The Rover - A Caçada
Título no Brasil: The Rover - A Caçada
Título Original: The Rover
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos, Austrália
Estúdio: Universal Pictures
Direção: David Michôd
Roteiro: Joel Edgerton, David Michôd
Elenco: Guy Pearce, Robert Pattinson, Scoot McNairy
Sinopse:
Dez anos após o colapso da humanidade, o viajante Eric (Guy Pearce) resolve parar para tomar algo em bar de beira de estrada. Enquanto está lá dentro uma quadrilha de assaltantes resolve roubar seu carro para seguir em frente em sua fuga pelos desertos australianos. Para Eric isso não ficará barato. Após colocar as mãos em Rey (Robert Pattinson), irmão mais jovem do líder do bando, ele empreende uma caçada sem tréguas pelos criminosos. Sua sede de justiça acaba beirando a obsessão completa. Filme indicado a cinco categorias do prêmio do Australian Film Institute.
Comentários:
Se eu escrever sobre um filme retratando um mundo pós-apocalíptico onde o enredo se desenrola no deserto implacável da distante e desolada Austrália o que virá em sua mente? Claro que "Mad Max"! Essa nova produção é quase uma releitura de "Mad Max" porém sob um novo ponto de vista e uma nova proposta. Ao invés de mostrar um mundo de ficção onde todos se vestem com figurinos esquisitos, o diretor optou por mostrar os personagens como pessoas normais, com roupas comuns onde nada parece ser muito especial. O que move o principal personagem (interpretado por Guy Pearce) é uma obsessão insana de colocar as mãos nos criminosos que roubaram seu carro durante uma fuga após um assalto mal sucedido. Para isso ele não medirá esforços e encontrará pelo caminho os tipos mais bizarros possíveis, como um anão de circo que trafica armas e uma avó que ganha a vida oferecendo seu jovem neto para se prostituir a pedófilos! Em termos de atuação devo registrar algo interessante. De maneira em geral sempre critiquei o trabalho do ator Robert Pattinson, isso porque ele nunca havia me convencido plenamente, quase sempre realizando um tipo de atuação sem muita convicção, com tiques nervosos a la James Dean. Aqui finalmente encontrei pela frente a primeira boa atuação do rapaz. Ele interpreta um tipo meio retardado, que demonstra desde o começo não ter uma mente muito normal. Pois bem, o fato inegável é que Robert Pattinson está muito bem em sua atuação, chegando ao ponto de surpreender! As fãs adolescentes que adoram seu papel de vampiro Edward Cullen provavelmente não irão gostar de seu trabalho sem nenhum glamour ou apelo sexual, mas isso no final de contas não importa pois a maior luta de Robert hoje em dia é realmente ser levado à sério como ator. Esse foi um primeiro e decisivo passo nessa direção.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Rover
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos, Austrália
Estúdio: Universal Pictures
Direção: David Michôd
Roteiro: Joel Edgerton, David Michôd
Elenco: Guy Pearce, Robert Pattinson, Scoot McNairy
Sinopse:
Dez anos após o colapso da humanidade, o viajante Eric (Guy Pearce) resolve parar para tomar algo em bar de beira de estrada. Enquanto está lá dentro uma quadrilha de assaltantes resolve roubar seu carro para seguir em frente em sua fuga pelos desertos australianos. Para Eric isso não ficará barato. Após colocar as mãos em Rey (Robert Pattinson), irmão mais jovem do líder do bando, ele empreende uma caçada sem tréguas pelos criminosos. Sua sede de justiça acaba beirando a obsessão completa. Filme indicado a cinco categorias do prêmio do Australian Film Institute.
Comentários:
Se eu escrever sobre um filme retratando um mundo pós-apocalíptico onde o enredo se desenrola no deserto implacável da distante e desolada Austrália o que virá em sua mente? Claro que "Mad Max"! Essa nova produção é quase uma releitura de "Mad Max" porém sob um novo ponto de vista e uma nova proposta. Ao invés de mostrar um mundo de ficção onde todos se vestem com figurinos esquisitos, o diretor optou por mostrar os personagens como pessoas normais, com roupas comuns onde nada parece ser muito especial. O que move o principal personagem (interpretado por Guy Pearce) é uma obsessão insana de colocar as mãos nos criminosos que roubaram seu carro durante uma fuga após um assalto mal sucedido. Para isso ele não medirá esforços e encontrará pelo caminho os tipos mais bizarros possíveis, como um anão de circo que trafica armas e uma avó que ganha a vida oferecendo seu jovem neto para se prostituir a pedófilos! Em termos de atuação devo registrar algo interessante. De maneira em geral sempre critiquei o trabalho do ator Robert Pattinson, isso porque ele nunca havia me convencido plenamente, quase sempre realizando um tipo de atuação sem muita convicção, com tiques nervosos a la James Dean. Aqui finalmente encontrei pela frente a primeira boa atuação do rapaz. Ele interpreta um tipo meio retardado, que demonstra desde o começo não ter uma mente muito normal. Pois bem, o fato inegável é que Robert Pattinson está muito bem em sua atuação, chegando ao ponto de surpreender! As fãs adolescentes que adoram seu papel de vampiro Edward Cullen provavelmente não irão gostar de seu trabalho sem nenhum glamour ou apelo sexual, mas isso no final de contas não importa pois a maior luta de Robert hoje em dia é realmente ser levado à sério como ator. Esse foi um primeiro e decisivo passo nessa direção.
Pablo Aluísio.
Um Ato de Liberdade
Título no Brasil: Um Ato de Liberdade
Título Original: Defiance
Ano de Produção: 2008
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Edward Zwick
Roteiro: Clayton Frohman, Edward Zwick
Elenco: Daniel Craig, Liev Schreiber, Jamie Bell
Sinopse:
Um grupo de judeus decide fugir para as florestas da Bielorrússia durante a ocupação nazista na Europa Oriental. Lá eles se unem a combatentes da resistência russa. Juntos decidem construir uma vila como forma de proteção em relação às tropas alemãs. Filme indicado ao Oscar e ao Globo de Ouro na categoria de Melhor trilha sonora incidental (James Newton Howard).
Comentários:
Tinha tudo para ser um grande filme. O roteiro era baseado em fatos reais, históricos até, havia um bom elenco capitaneado pelo próprio "James Bond" Daniel Craig, a produção de fato era muito bem realizada. Apesar de parecer ter todos os ingredientes presentes e no lugar certo, o filme não consegue decolar. Achei o resultado muito frio, distante, e isso não combina muito bem com o tema proposto. Era para ser algo bem mais visceral, impactante, sensibilizador. Não foi. Daniel Craig interpretando um personagem chamado Tuvia Bielski confirma o que já venho desconfiando há anos: ele não tem carisma! Craig é aquele tipo de ator que não cativa. Ele certamente é o tipo adequado para cenas de ação e brutalidade - o que talvez o tenha segurado como Bond por todos esses anos - mas fora isso não existe mais nada a explorar. Ele particularmente não tem grande talento dramático e falha em momentos mais tensos. Nesse filme há um grande drama humano envolvido, afinal a estória gira em torno de uma grande tragédia humanitária, mas Craig não esboça nenhuma emoção mais profunda. Sua expressão facial é quase sempre a mesma. Assim o que sobra é a frieza, que não se refere ao clima onde o enredo se passa, mas sim na superficialidade que no final se sobressai.
Pablo Aluísio.
Título Original: Defiance
Ano de Produção: 2008
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Edward Zwick
Roteiro: Clayton Frohman, Edward Zwick
Elenco: Daniel Craig, Liev Schreiber, Jamie Bell
Sinopse:
Um grupo de judeus decide fugir para as florestas da Bielorrússia durante a ocupação nazista na Europa Oriental. Lá eles se unem a combatentes da resistência russa. Juntos decidem construir uma vila como forma de proteção em relação às tropas alemãs. Filme indicado ao Oscar e ao Globo de Ouro na categoria de Melhor trilha sonora incidental (James Newton Howard).
Comentários:
Tinha tudo para ser um grande filme. O roteiro era baseado em fatos reais, históricos até, havia um bom elenco capitaneado pelo próprio "James Bond" Daniel Craig, a produção de fato era muito bem realizada. Apesar de parecer ter todos os ingredientes presentes e no lugar certo, o filme não consegue decolar. Achei o resultado muito frio, distante, e isso não combina muito bem com o tema proposto. Era para ser algo bem mais visceral, impactante, sensibilizador. Não foi. Daniel Craig interpretando um personagem chamado Tuvia Bielski confirma o que já venho desconfiando há anos: ele não tem carisma! Craig é aquele tipo de ator que não cativa. Ele certamente é o tipo adequado para cenas de ação e brutalidade - o que talvez o tenha segurado como Bond por todos esses anos - mas fora isso não existe mais nada a explorar. Ele particularmente não tem grande talento dramático e falha em momentos mais tensos. Nesse filme há um grande drama humano envolvido, afinal a estória gira em torno de uma grande tragédia humanitária, mas Craig não esboça nenhuma emoção mais profunda. Sua expressão facial é quase sempre a mesma. Assim o que sobra é a frieza, que não se refere ao clima onde o enredo se passa, mas sim na superficialidade que no final se sobressai.
Pablo Aluísio.
sábado, 17 de janeiro de 2015
Agente do Futuro
Título no Brasil: Agente do Futuro
Título Original: Autómata
Ano de Produção: 2014
País: Espanha, Bulgária
Estúdio: New Boyana Film Studios
Direção: Gabe Ibáñez
Roteiro: Gabe Ibáñez, Igor Legarreta
Elenco: Antonio Banderas, Melanie Griffith, Dylan McDermott, Birgitte Hjort Sørensen
Sinopse:
O ano é 2044. Tempestades solares tornaram o planeta Terra praticamente inviável para a vida humana. A radiação domina nossa atmosfera e 99% da humanidade foi aniquilada. Nesse mundo sem esperanças uma poderosa empresa cria uma série de robôs cuja principal função é servir ao homem. Eles possuem dois protocolos básicos em sua programação. O primeiro afirma que não podem ferir ou atacar seres humanos. O segundo os proíbe de se auto repararem. Quando um crime é cometido envolvendo uma dessas unidades robóticas, um agente de seguros, Jacq Vaucan (Antonio Banderas), é enviado para investigar. O que ele descobre pode mudar os rumos da tecnologia do futuro para sempre.
Comentários:
Ficção pessimista que lembra bastante o clássico "Blade Runner". O cenário é um mundo devastado. O que sobrou da humanidade vive em cidades superpovoadas e miseráveis. O personagem de Banderas acaba, quase sem querer, descobrindo que os robôs que estão espalhados pelo mundo estão evoluindo, criando uma inteligência artificial própria, que os faz ignorar os protocolos nos quais foram programados em sua construção. Isso obviamente coloca imediatamente toda a humanidade em risco. O que começa como um caso banal de investigação de seguros acaba abrindo uma caixa de Pandora de consequências imprevisíveis. Numa primeira impressão você pode pensar que vai assistir a mais um daqueles filmes bem derivativos do já citado "Blade Runner", mas há coisas promissoras nesse roteiro. Talvez o fato de ser uma produção européia tenha deixado o argumento mais livre, fora dos clichês habituais, embora eles ainda existam em grande parte do enredo. A direção de arte também é bem trabalhada, principalmente no contraste entre as cidades, sempre chuvosas e escuras, com farta poluição visual (inclusive com uso intensivo de hologramas) e o resto do planeta, deserto como o Saara, mas iluminado e com aspecto de vida real! O design dos robôs não chega a ser uma novidade, inclusive me lembrou bastante as unidades de combate da nova trilogia de "Star Wars", mesmo assim no final se mostra adequado aos propósitos da estória que se tenciona contar. A mulher de Banderas, a atriz Melanie Griffith, também está no elenco, mas sua participação, embora importante, é também fugaz. Assim deixo a recomendação dessa ficção. Não é um grande filme, passa longe disso, mas pelo menos tenta ser inteligente, algo cada vez mais raro de se encontrar hoje em dia.
Pablo Aluísio.
Título Original: Autómata
Ano de Produção: 2014
País: Espanha, Bulgária
Estúdio: New Boyana Film Studios
Direção: Gabe Ibáñez
Roteiro: Gabe Ibáñez, Igor Legarreta
Elenco: Antonio Banderas, Melanie Griffith, Dylan McDermott, Birgitte Hjort Sørensen
Sinopse:
O ano é 2044. Tempestades solares tornaram o planeta Terra praticamente inviável para a vida humana. A radiação domina nossa atmosfera e 99% da humanidade foi aniquilada. Nesse mundo sem esperanças uma poderosa empresa cria uma série de robôs cuja principal função é servir ao homem. Eles possuem dois protocolos básicos em sua programação. O primeiro afirma que não podem ferir ou atacar seres humanos. O segundo os proíbe de se auto repararem. Quando um crime é cometido envolvendo uma dessas unidades robóticas, um agente de seguros, Jacq Vaucan (Antonio Banderas), é enviado para investigar. O que ele descobre pode mudar os rumos da tecnologia do futuro para sempre.
Comentários:
Ficção pessimista que lembra bastante o clássico "Blade Runner". O cenário é um mundo devastado. O que sobrou da humanidade vive em cidades superpovoadas e miseráveis. O personagem de Banderas acaba, quase sem querer, descobrindo que os robôs que estão espalhados pelo mundo estão evoluindo, criando uma inteligência artificial própria, que os faz ignorar os protocolos nos quais foram programados em sua construção. Isso obviamente coloca imediatamente toda a humanidade em risco. O que começa como um caso banal de investigação de seguros acaba abrindo uma caixa de Pandora de consequências imprevisíveis. Numa primeira impressão você pode pensar que vai assistir a mais um daqueles filmes bem derivativos do já citado "Blade Runner", mas há coisas promissoras nesse roteiro. Talvez o fato de ser uma produção européia tenha deixado o argumento mais livre, fora dos clichês habituais, embora eles ainda existam em grande parte do enredo. A direção de arte também é bem trabalhada, principalmente no contraste entre as cidades, sempre chuvosas e escuras, com farta poluição visual (inclusive com uso intensivo de hologramas) e o resto do planeta, deserto como o Saara, mas iluminado e com aspecto de vida real! O design dos robôs não chega a ser uma novidade, inclusive me lembrou bastante as unidades de combate da nova trilogia de "Star Wars", mesmo assim no final se mostra adequado aos propósitos da estória que se tenciona contar. A mulher de Banderas, a atriz Melanie Griffith, também está no elenco, mas sua participação, embora importante, é também fugaz. Assim deixo a recomendação dessa ficção. Não é um grande filme, passa longe disso, mas pelo menos tenta ser inteligente, algo cada vez mais raro de se encontrar hoje em dia.
Pablo Aluísio.
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