sábado, 11 de janeiro de 2014
Garota em Progresso
Título Original: Girl in Progress
Ano de Produção: 2012
País: Estados Unidos
Estúdio: Anxiety Productions, Latitude Entertainment
Direção: Patricia Riggen
Roteiro: Hiram Martinez
Elenco: Eva Mendes, Cierra Ramirez, Patricia Arquette, Matthew Modine
Sinopse:
O filme narra a estória de uma mãe solteira, Grace (Eva Mendes), e sua filha adolescente Ansiedad (Cierra Ramirez). Grace se vira como garçonete para sustentar ela e sua filha. Assim que engravidou foi colocada para fora de sua casa por sua mãe e sem recursos foi vivendo de cidade em cidade, de emprego em emprego, até que chega em Seattle e se envolve com um homem casado, o ginecologista Dr. Harford (Matthew Modine), que apesar das declarações de amor não parece muito disposto a abandonar sua família para viver com ela. Já Ansiedad tem seus próprios problemas pessoais. Após ver em uma aula que todo adolescente tem que passar por certos rituais próprios da idade ela decide colocar em frente um plano para acelerar esse processo que deveria vir naturalmente em sua vida.
Comentários:
Um filme especialmente feito para o público feminino pois o roteiro explora as lutas, ansiedades, sentimentos e medos de uma mãe solteira e sua filha. Poderia facilmente virar uma dramalhão daqueles, cheios de lágrimas por todos os lados mas sabiamente o roteiro evita esse tipo de coisa. O tom é levemente bem humorado embora de uma forma em geral a fita fique bem longe de ser uma comédia. Cierra Ramirez que interpreta a filha adolescente é esperta e bem vívida. Em alguns momentos sua personagem peca por ser até cruel, como nas cenas em que para impressionar um bando de garotas populares na escola humilha sua única amiga verdadeira, que tem problemas com obesidade. Eva Mendes faz o papel da mãe e não foge muito do estereótipo de latina gostosona. Sua personagem é confusa na vida, sem saber que rumo certo tomar, mas tem bom coração. A diretora Patricia Riggen não é muito conhecida, de certa repercussão realizou apenas "Lemonade Mouth", um telefilme também sobre adolescentes em 2011. Mesmo assim realiza aqui um bom trabalho, redondinho, até previsível, mas que não aborrece e nem decepciona. É acima de tudo uma história humana sobre mãe e filha tentando sobreviver na luta diária em busca da felicidade e do amor.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 10 de janeiro de 2014
Ladyhawke - O Feitiço de Áquila
Título Original: Ladyhawke
Ano de Produção: 1985
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Richard Donner
Roteiro: Tom Mankiewicz, Edward Khmara, Michael Thomas
Elenco: Matthew Broderick, Rutger Hauer, Michelle Pfeiffer
Sinopse:
Na Idade Média um casal que se ama vive o drama de estarem sempre juntos mas eternamente separados. Isabeau (Michelle Pfeiffer) é uma linda mulher, fruto do desejo de muitos homens, inclusive do Bispo de Áquila (John Wood). Ele a deseja ardentemente mas ela não o ama e sim um cavaleiro errante, Etienne Navarre (Rutger Hauer). Inconformado pela rejeição o Bispo então resolve lançar uma terrível maldição sobre o casal, de dia a bela Isabeau toma a forma de uma águia e de noite seu amado se transforma em um lobo, assim jamais conseguem se encontrar em sua forma humana. Para ajudar e tentar encontrar uma saída para a maldição os apaixonados começam a contar com a ajuda de Phillipe Gaston (Matthew Broderick), o único que conseguiu fugir das garras de Áquila!
Comentários:
Maravilhosa fantasia dos anos 80 que mexeu bastante com o coração dos mais românticos. "Ladyhawke" é até hoje considerado um dos melhores romances do cinema americano. Seu diferencial é que tudo se passa em um enredo de realismo fantástico muito bem escrito, cortesia do ótimo roteirista Tom Mankiewicz que já havia escrito alguns excelentes roteiros antes, entre eles os dos filmes "Superman- o Filme" e "Superman II" e de três aventuras de James Bond ("Os Diamantes São Eternos", "Viva e Deixe Morrer" e "007 Contra o Homem da Pistola de Ouro"). Some-se a isso a ótima fase pela qual vinha passando o excelente cineasta Richard Donner e você entenderá porque temos aqui uma fantasia oitentista que até hoje cativa e agrada ao público. O elenco é fantástico, com a linda (estava mais maravilhosa do que nunca) Michelle Pfeiffer e Matthew Broderick, sempre carismático. Rutger Hauer antes de decair na carreira também estava extremamente enigmático. Excelente direção de arte e reconstituição de época completam o quadro desse romance sui generis, especialmente recomendado para os apaixonados de plantão. Se é o seu caso não deixe de assistir.
Pablo Aluísio.
O Tempo e o Vento
Título Original: O Tempo e o Vento
Ano de Produção: 2013
País: Brasil
Estúdio: Globo Filmes
Direção: Jayme Monjardim
Roteiro: Tabajara Ruas, baseado na obra de Erico Veríssimo
Elenco: Fernanda Montenegro, Thiago Lacerda, Marjorie Estiano, Cléo Pires
Sinopse:
Em seu leito de morte Bibiana Terra Cambará (Fernanda Montenegro) relembra os principais fatos da história de sua família, algo que se confunde até mesmo com a fundação do estado do Rio Grande do Sul e toda a sua riqueza cultural. Assim conhecemos o surgimento do primeiro membro da família Terra, Pedro, que criado numa das sete missões acaba tendo que ir embora após o massacre dos religiosos e índios. Após ser encontrado agonizando em um leito de rio ele é levado para uma estância e lá se enamora de Ana Terra, dando origem a uma linhagem que se desenvolverá no transcorrer de todos os fatos importantes da região.
Comentários:
O imortal livro de Erico Veríssimo já havia sido adaptado com muito sucesso em formato de minissérie pela Globo mas agora volta como longa-metragem para o cinema. Gosto de dizer que Jayme Monjardim é um dos poucos cineastas (e diretores de telenovelas) no Brasil que conseguem trazer para sua obra elegância, sofisticação e talento. Seus trabalhos realmente possuem um diferencial em relação ao que é feito em nosso país. É um profissional de excelente nível, com pleno domínio das técnicas em sua direção. Um exemplo bem claro disso temo aqui, onde ele demonstra ter muito respeito com o livro que adapta para as telas. Essa nova versão de "O Tempo e o Vento" é muito bem realizada, com aquele tipo de capricho que vemos em que grandes produções. A fotografia se aproveita dos Pampas gaúchos de forma brilhante. Se existem problemas no filme certamente a culpa não é de Monjardim.
Talvez o calcanhar de Áquiles desse filme esteja em pontos dissonantes encontrado em seu elenco. Claro que Fernanda Montenegro está maravilhosa como Bibiana Terra Cambará, já idosa, relembrando todo o passado de sua família. Suas cenas ao lado de Thiago Lacerda são inspiradas. Já esse, na pele do carismático Capitão Rodrigo Cambará, também não decepciona. Claro que quem teve a oportunidade de ver a série com Tarcísio Meira nesse papel vai perceber que na interpretação de Meira o Capitão Rodrigo tinha mais vivacidade, mais presença, quase uma força da natureza. Com Lacerda temos uma boa caracterização mas nada excepcional ou que se compare ao trabalho realizado por Tarcísio Meira antes. Agora o ponto fraco mesmo vai para a atriz Cléo Pires. Sua personagem Ana Terra é uma das mais fortes dessa saga de "O Tempo e o Vento" mas Pires definitivamente não tem a garra e a experiência dramática para enfrentar o papel. Nas cenas mais dramáticas, vitais, ela não consegue passar para o espectador nem paixão, nem força, nem ira. Mesmo com esse problema eu deixarei a recomendação dessa nova versão. A trama é tão forte e marcante que consegue superar até mesmo falhas pontuais como essa. No geral temos que admitir que é um bom momento do cinema nacional atual.
Pablo Aluísio.
The Commitments - Loucos Pela Fama
Título Original: The Commitments
Ano de Produção: 1991
País: Inglaterra, Irlanda
Estúdio: Ardmore Studios, Herbert Road
Direção: Alan Parker
Roteiro: Dick Clement, Ian La Frenais, Roddy Doyle
Elenco: Robert Arkins, Michael Aherne, Angeline Ball
Sinopse:
Jimmy Rabbitte (Robert Arkins) está na pior. Desempregado e sem vias de melhorar de vida em um futuro próximo ele resolve finalmente colocar um antigo sonho de pé, formando uma banda de soul music para arrasar nos clubes noturnos de Dublin. Para isso resolve convocar músicos experientes e outros nem tanto para formar um grupo musical chamado The Commitments. Durante os primeiros ensaios tudo parece correr muito bem, inclusive ele logo descobre que há de fato um grande som saindo daquela união. As coisas porém logo começam a sair dos trilhos quando uma guerra de egos entre os músicos começa a destruir o seu projeto internamente.
Comentários:
Alan Parker sempre foi um cineasta genial. Aqui ele retorna para o gênero musical no qual sempre se deu muito bem. O cenário é uma Irlanda católica com muitos problemas sociais. O desemprego é alto e a falta de perspectivas dos mais jovens é assustadora. No meio da dureza do dia a dia um jovem resolve formar uma banda com pessoas da cidade, dando origem aos The Commitments, um grupo formado por músicos bem talentosos mas igualmente viscerais, geniosos e complicados de se lidar. A grande sacada de Alan Parker foi ter reunido um elenco formado por músicos profissionais que nunca tinham atuado antes em suas vidas. Essa falta de experiência acaba trazendo muito para o resultado do filme pois o espectador em determinado momento começa a pensar estar realmente assistindo a um documentário tal a veracidade das atuações dos membros da banda. Some-se a isso a ampla liberdade que Parker deu a todos em cena e você logo entenderá que de fato muitos estão interpretando a si mesmos! Já a música que ouvimos é de primeira qualidade, só grandes sons e ótimas performances. Por essa razão sempre coloquei "The Commitments" entre os grandes musicais da década de 1990. Um show de musicalidade de bom gosto, acima de tudo!
Pablo Aluísio.
Orca - A Baleia Assassina
Título no Brasil: Orca - A Baleia Assassina
Título Original: Orca
Ano de Produção: 1977
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Michael Anderson
Roteiro: Luciano Vincenzoni, Sergio Donati
Elenco: Richard Harris, Charlotte Rampling, Bo Derek
Sinopse:
Um pescador mata uma baleia Orca grávida de alguns meses. O feto é destruído, assim como a mãe, que é morta sem qualquer tipo de remorso, deixando inconsolado o parceiro macho da família. Agora o animal partirá para sua vingança sanguinária contra os homens por seus atos bárbaros e crimes contra a natureza.
Comentários:
Ótimo momento do cinema pipoca dos anos 1970! Eu sempre encarei o filme como uma atualização de "Moby Dick" embora haja diferenças marcantes. Na verdade foi uma forma de trazer aquela história tão famosa para os tempos atuais. Os efeitos visuais, apesar do tempo, ainda continuam bastante satisfatórios e a Orca do filme (na verdade vários animais diferentes que foram usados ao longo das filmagens) faz o espectador realmente pensar que está diante de um verdadeiro monstro dos oceanos. O roteiro é até simples, diria até mesmo hoje em dia ingênuo e dá emoções humanas (como vingança) às Orcas mas isso não tira a satisfação de ainda rever a produção. No elenco vale destacar a presença de dois ótimos veteranos, Richard Harris (perfeito em seu papel), e Charlotte Rampling, além é claro de Bo Derek, considerada na época uma das mulheres mais bonitas do cinema. Enfim, no meio da onda de filmes com peixes assassinos (embora as baleias sejam mamíferos) Orca marcou bastante em seu lançamento - para desespero dos centros náuticos onde as orcas sempre foram mostradas como animais fofinhos.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 9 de janeiro de 2014
Terreno Proibido
Bom filme australiano ambientado na Primeira Guerra Mundial que ficou conhecida na história como a "guerra das trincheiras", onde cada palmo de chão era disputado de forma feroz. O roteiro se concentra em mostrar três militares ingleses que acabam ficando na conhecida "Terra de Ninguém", uma faixa de terra localizada entre dois exércitos inimigos durante uma guerra. Um dos soldados perdeu a perna, está com forte hemorragia, outro é muito jovem e a obrigação de manter todos vivos recaem sobre os ombros do experiente sargento Arthur Wilkins (interpretado por Johan Earl que também é um dos diretores do filme).
A reconstituição de época é boa, mostrando bem como eram os fronts da Primeira Guerra, com muita lama, arames farpados e trincheiras infectas. Uma das boas cenas do filme acontece quando as tropas alemãs promovem um ataque de gás (era bem comum nesse conflito o uso de armas químicas e biológicas que anos depois seriam proibidas por tratados internacionais). Há uma pequena subtrama sobre a esposa do sargento Wilkins que na Inglaterra acaba engravidando de outro homem e resolve promover um aborto impensado mas que não atrapalha as cenas de batalha que são o principal foco da produção. Enfim, "Terreno Proibido" é um bom filme de guerra, movimentado, sangrento e cruel, como a própria guerra que retrata.
Terreno Proibido (Forbidden Ground, Austrália, 2013) Estúdio: 24/7 Films, Armzfx, Scarlet Fire Films / Direção: Johan Earl, Adrian Powers / Roteiro: Johan Earl, Adrian Powers / Elenco: Johan Earl, Tim Pocock, Martin Copping ; Sinopse: Filme australiano ambientado na Primeira Grande Guerra Mundial.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 8 de janeiro de 2014
Chevrolet Azul
Título Original: Blue Caprice
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: SimonSays Entertainment
Direção: Alexandre Moors
Roteiro: R.F.I. Porto
Elenco: Isaiah Washington, Tequan Richmond, Tim Blake
Sinopse:
Em férias no Caribe o americano John Allen Muhammad (Isaiah Washington), um veterano de guerra, acaba conhecendo o adolescente Lee Boyd Malvo (Tequan Richmond). Como o rapaz passa os dias na rua, sem pai e com uma mãe negligente, John resolve levar ele para os Estados Unidos em busca de um futuro melhor. Isso acaba criando uma relação de pai e filho entre ambos. Na América, após uma fase complicada, pois sua ex-esposa luta pela guarda de seus filhos, o antes ponderado John começa a entrar em um processo de enlouquecimento e fúria. Junto ao seu pupilo decide adaptar um velho carro Chevrolet azul para matar pessoas aleatoriamente pelas ruas. Seria a sua vingança contra a sociedade. A onda de assassinatos acaba causando pânico e terror em toda a população da região.
Comentários:
Excelente filme que fez parte do Festival de Sundance em 2013. É uma tentativa de entender a mente de um dos serial killers mais sangrentos da história dos Estados Unidos, o chamado "Atirador de Washington". Ao contrário de outros psicopatas esse não agiu sozinho mas em dupla com um jovem negro que conhecera no Caribe em férias. Juntos eles causaram terror pelo país. Viajando em um antigo carro Chevrolet os assassinos escolhiam suas vítimas aleatoriamente, geralmente em mercadinhos ou postos de gasolina. Eles retiraram o banco de trás de seu carro e o transformaram num local adequado para que um franco-atirador escolhesse e executasse as pessoas que iriam morrer. Ao contrário de outros psicopatas famosos não havia um tipo ideal de vítima, eles matavam homens, mulheres (inclusive mulheres grávidas) e crianças.
O caso se tornou mundialmente conhecido por causa da insanidade das matanças e da completa ausência de um motivo mais forte e plausível que justificasse tantas mortes. O filme em si é muito bom, pois procura desvendar a história de uma forma gradual, que vai envolvendo o espectador. O roteiro se beneficia de certa forma pois a história é no fundo tão surreal que mais parece ficção. A dupla central de atores está excepcionalmente bem. O que vemos aqui é um homem mais velho influenciando a mente de um jovem de forma completa, quase como uma lavagem cerebral. De uma forma ou outra a dupla caiu nas garras da justiça americana. John Allen Muhammad foi executado com pena de morte em 2009 e seu cúmplice cumpre pena de prisão perpetua. Assista ao filme e conheça a história desses psicopatas ferozes para entender melhor que o puro mal existe e é uma realidade.
Pablo Aluísio.
Espelhos do Medo
Título Original: Mirrors
Ano de Produção: 2008
País: Estados Unidos
Estúdio: Regency Enterprises
Direção: Alexandre Aja
Roteiro: Alexandre Aja, Grégory Levasseur
Elenco: Kiefer Sutherland, Paula Patton, Amy Smart, Mary Beth Peil
Sinopse:
O ex-detetive Ben Carson (Kiefer Sutherland) precisa arranjar um novo meio de vida após ser suspenso do departamento de polícia de Nova York. Em uma operação mal sucedida ele havia atirado contra um policial infiltrado no mundo do crime. Após um inquérito administrativo foi finalmente afastado. Se sua vida profissional não anda bem, pior vai sua vida pessoal. O problema com bebidas se agravou depois de sair da polícia o que fez com que seu casamento entrasse em crise. Agora tenta um recomeço trabalhando como guarda noturno numa loja de departamentos. A nova função porém lhe aguarda muitas surpresas, nem todas boas.
Comentários:
Filme com toques de terror e suspense que tenta dar uma sobrevida para Kiefer Sutherland em sua carreira no cinema. Como se sabe ele só encontrou realmente o estrelado no mundo da TV quando começou a protagonizar a extremamente bem sucedida série "24 Horas" da Fox. Oito temporadas de sucesso depois ele tentou novamente se tornar um nome quente em Hollywood com esse estranho "Espelhos do Medo". Infelizmente esse é aquele tipo de filme que nunca decola. A premissa é até bem interessante quando o diretor, usando de inúmeras referências de filmes clássicos, especialmente os de Orson Welles, tenta criar medo e suspense no espectador usando espelhos mas em pouco tempo isso se torna cansativo. A trama supostamente sobrenatural que encobre tudo também não é das mais interessantes. Assim o que temos é na realidade um exercício de estilo que no fundo se revela bem vazio. O filme não foi bem de bilheteria e passou em brancas nuvens (inclusive no Brasil). Pois é, não foi dessa vez que Kiefer Sutherland conseguiu retornar para Hollywood com o êxito comercial que desejava.
Pablo Aluísio.
Gimme Shelter
Título Original: Gimme Shelter
Ano de Produção: 1970
País: Estados Unidos
Estúdio: Maysles Films
Direção: Albert Maysles, David Maysles
Roteiro: David Maysles
Elenco: Mick Jagger, Keith Richards, Mick Taylor
Sinopse:
Este documentário acompanha os Rolling Stones numa turnê pelos EUA em 1969. As apresentações culminaram com o concerto de Altamont, em que um jovem foi assassinado, anunciando o fim do sonho hippie de paz e amor.
Comentários:
Em shows cheios de energia e performances únicas, a lendária banda inglesa mostra por que tinha tudo a ver com a rebeldia dos anos 60. O problema é que junto da fama e da pose de bad boys os Stones também serviam de porta bandeira da cultura das drogas. Mais cedo ou mais tarde essa mensagem iria dar em algo ruim. E deu. Em entrevista John Lennon sutilmente sugeriu que a culpa seria dos próprios Stones. Ele afirmou que o grupo criou um clima pesado e o que aconteceu foi consequência disso. O fato aconteceu por falta de planejamento, até amadorismo por parte do grupo. Ao invés de contratar profissionais para cuidar da segurança do concerto os Stones contrataram os motoqueiros do grupo Hell´s Angels. Os Angels eram em sua maioria foras da lei, então o que aconteceu fatalmente iria ocorrer. No meio do empurra empurra da multidão, bem em frente ao palco, um briga entre um Angel e um jovem acabou mal. Ele foi morto bem ali, na frente de Mick Jagger e cia, com tudo sendo registrado pelas câmeras desse filme. O documentário é bom, sem dúvida, mas apesar da importância de ter captado a morte desse movimento hippie não o acho tão bem montado e editado. De qualquer forma é histórico, pelo menos para os que curtem a história do Rock.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 7 de janeiro de 2014
Sonhadora
Título Original: Dreamer: Inspired by a True Story
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos
Estúdio: Dreamworks
Direção: John Gatins
Roteiro: John Gatins
Elenco: Kurt Russell, Dakota Fanning, Kris Kristofferson, Freddy Rodriguez, Luis Guzman, Elisabeth Shue
Sinopse:
O treinador Ben Crane (Kurt Russell) e sua filha, Cale Crane (Dakota Fanning), resolvem cuidar de um cavalo muito ferido. Não tarda para crescer um carinho muito grande entre eles. Aos poucos o animal vai se recuperando, ficando novamente saudável e superando todas as expectativas se torna um grande corredor das pistas. Em vista disso o treinador Crane decide ir mais longe e resolve inscrever o animal na Breeder's Cup, uma competição de cavalos de corrida.
Comentários:
Produzido pelo estúdio de Steven Spielberg e contando com um elenco acima da média esse "Sonhadora" até que não é mal. Na verdade esse tipo de filme sempre existiu em Hollywood, basta lembrar do recente "Cavalo de Guerra" (do próprio Spielberg), "Seabiscuit" ou indo mais em direção ao passado, do famoso "O Corcel Negro" de 1979. Essa produção porém é bem mais modesta do que os citados, que foram lançados em cinema e se tornaram, cada um ao seu jeito, sucessos de bilheteria. O roteiro usa e abusa de um certo chantagismo emocional com o espectador, usando até mesmo de fartas doses de pieguice (que sempre foi a marca registrada de Spielberg, aliás) mas que não chega a aborrecer muito. O segredo para curtir um filme como esse é manter as expectativas bem baixas, esperar por uma boa história - que é baseada em fatos reais - um final feliz e céu dourado ao longe nos letreiros finais. Se você tiver esse tipo de atitude sim, certamente se divertirá.
Pablo Aluísio.