Eu gostaria de dizer algo melhor sobre "Alice" de Tim Burton, até porque o filme reúne três personalidades de que gosto bastante. A começar pelo próprio Tim Burton que com seu estilo único já deu aos cinéfilos grandes alegrias nas salas de cinema mundo afora. O ator Johnny Depp também está aqui. Acompanho Depp desde o comecinho de sua carreira quando ele ainda era um jovem interpretando um policial na série "Anjos da Lei". Sempre o achei um ator muito corajoso que recusou se tornar um ídolo adolescente para realizar uma série de filmes ousados e fora do comum. Por fim temos a obra de Lewis Carroll, um autor realmente maravilhoso que conseguiu com "Alice" algo bem raro no mundo da literatura pois uniu uma escrita elegante e sofisticada, inteligente acima de tudo, com o universo infantil. Não é por menos que seu livro se tornou um verdadeiro clássico. Infelizmente mesmo com todos os ingredientes presentes algo deu muito errado nessa mistura. O que era para ser uma fusão de pequenas pitadas de talento desandou completamente. O que sobrou foi nada mais, nada menos do que um tempero ardente, exagerado, completamente kitsch.
Claro que expor os problemas e defeitos de "Alice no País das Maravilhas" na visão de Tim Burton soa hoje como algo sem maior importância. Isso porque o filme foi um tremendo, enorme e espetacular sucesso de bilheteria em seu lançamento. A produção arrecadou mais de um bilhão de dólares! É um número realmente fantástico que muito provavelmente jamais será repetido na carreira de todos os envolvidos. É muito curioso que artistas que tinham a fama de serem tão cults como Depp e Burton tenham se tornado o símbolo máximo do cinema comercial com esse "Alice". O que antes era considerado estranho, bizarro nos filmes de Burton virou algo queridinho pelas grandes massas! É uma metamorfose complicada de explicar pois basta assistir ao filme para perceber que no fundo Tim Burton continua o mesmo esquisitão de sempre, só que agora ele virou um chiclete de consumo popular. Em minha visão o filme não é nada bom, nem como produto cinematográfico e nem muito menos como adaptação da obra de Lewis Carroll. O livro original aliás parece tão distante do que vemos na tela como os delírios da Alice do mundo real. Pouca coisa funciona, já que Johnny Depp interpreta o chapeleiro maluco e por essa razão sua participação é ampliada ao máximo no enredo, em detrimento do que tínhamos no livro original. "Alice" não convence e não agrada mas seu sucesso fora do comum certamente faz com que seus defeitos sejam certamente completamente ignorados.
Alice no País das Maravilhas (Alice in Wonderland, Estados Unidos, 2010) Direção: Tim Burton / Roteiro: Linda Woolverton, na obra de Lewis Carroll / Elenco: Mia Wasikowska, Johnny Depp, Helena Bonham Carter / Sinopse: Alice é uma garota de 19 anos que retorna para o mundo onde viveu as grandes aventuras de sua infância.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 7 de outubro de 2013
48 Horas
Título no Brasil: 48 Horas
Título Original: 48 Hrs
Ano de Produção: 1982
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Walter Hill
Roteiro: Roger Spottiswoode, Walter Hill
Elenco: Nick Nolte, Eddie Murphy, Annette O'Toole
Sinopse:
Jack Cates (Nick Nolte) é um tira durão que tem 48 horas para contar com a ajuda do criminoso Reggie Hammond (Eddie Murphy) com o objetivo de capturar um assassino perigoso. A convivência entre o policial branco austero e o marginal negro malandro, dará origem a inúmeras aventuras enquanto ambos tentam achar o paradeiro do bandido procurado.
Comentários:
Esse foi o primeiro filme da carreira de Eddie Murphy. Na época ele era apenas um promissor comediante do programa Saturday Night Live. O diretor Walter Hill resolveu apostar no ator após ver mais uma de suas engraçadas cenas no mais popular programa de humor dos Estados Unidos. Foi um acerto e tanto para Murphy pois o filme é realmente muito bom, um eficiente filme policial com muita ação e doses exatas de bom humor (afinal com Murphy em cena não poderia ser diferente). Essa fórmula inclusive seria lapidada e aprimorada depois no grande sucesso de Murphy nos cinemas, a franquia "Um Tira da Pesada". Afinal se formos comparar veremos bem que esse "48 Horas" é na verdade um ensaio do que viria depois na carreira do ator. Aqui ele já demonstra todo o seu talento, inclusive para improvisações, aliado a um roteiro esperto e cheio de cenas de ação bem feitas. O sucesso de bilheteria inclusive fez com que a Paramount entendesse que tinha um novo astro em suas mãos. Um contrato milionário foi fechado e Murphy deu adeus aos programas de humor da televisão. Nos anos que viriam ele cumpriria a promessa se tornando um dos grandes campeões de bilheteria do cinema americano. É curioso rever "48 Horas" hoje em dia pode você claramente vai notar que embora o humor esteja lá ele é bem mais amenizado do que nos filmes posteriores de Murphy. O diretor não soltou tanto o comediante como ele poderia ser. De qualquer maneira era o começo de uma carreira cinematográfica das mais bem sucedidas do ponto de vista comercial. E pensar que tudo começou aqui, em apenas 48 horas!
Pablo Aluísio.
Título Original: 48 Hrs
Ano de Produção: 1982
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Walter Hill
Roteiro: Roger Spottiswoode, Walter Hill
Elenco: Nick Nolte, Eddie Murphy, Annette O'Toole
Sinopse:
Jack Cates (Nick Nolte) é um tira durão que tem 48 horas para contar com a ajuda do criminoso Reggie Hammond (Eddie Murphy) com o objetivo de capturar um assassino perigoso. A convivência entre o policial branco austero e o marginal negro malandro, dará origem a inúmeras aventuras enquanto ambos tentam achar o paradeiro do bandido procurado.
Comentários:
Esse foi o primeiro filme da carreira de Eddie Murphy. Na época ele era apenas um promissor comediante do programa Saturday Night Live. O diretor Walter Hill resolveu apostar no ator após ver mais uma de suas engraçadas cenas no mais popular programa de humor dos Estados Unidos. Foi um acerto e tanto para Murphy pois o filme é realmente muito bom, um eficiente filme policial com muita ação e doses exatas de bom humor (afinal com Murphy em cena não poderia ser diferente). Essa fórmula inclusive seria lapidada e aprimorada depois no grande sucesso de Murphy nos cinemas, a franquia "Um Tira da Pesada". Afinal se formos comparar veremos bem que esse "48 Horas" é na verdade um ensaio do que viria depois na carreira do ator. Aqui ele já demonstra todo o seu talento, inclusive para improvisações, aliado a um roteiro esperto e cheio de cenas de ação bem feitas. O sucesso de bilheteria inclusive fez com que a Paramount entendesse que tinha um novo astro em suas mãos. Um contrato milionário foi fechado e Murphy deu adeus aos programas de humor da televisão. Nos anos que viriam ele cumpriria a promessa se tornando um dos grandes campeões de bilheteria do cinema americano. É curioso rever "48 Horas" hoje em dia pode você claramente vai notar que embora o humor esteja lá ele é bem mais amenizado do que nos filmes posteriores de Murphy. O diretor não soltou tanto o comediante como ele poderia ser. De qualquer maneira era o começo de uma carreira cinematográfica das mais bem sucedidas do ponto de vista comercial. E pensar que tudo começou aqui, em apenas 48 horas!
Pablo Aluísio.
Sharknado
O mau gosto do povo americano é bem conhecido. Basta ouvir a música e agora também (lamento dizer) os filmes que andam fazendo sucesso por lá para perceber bem isso. O exemplo mais perfeito disso é esse horrendo "Sharknado" que fez tanto sucesso na terra do Tio Sam que acabou virando notícia de telejornal. Quem diria... Quem ainda não viu se considere felizardo pois pouca coisa boa se tem a dizer desse "trash proposital". Sim, porque a intenção da produtora Asylum é desde sua fundação criar uma série de filmes assumidamente e propositalmente trashs. Não é como nos anos 70 e 80 em que as produções eram ruins mesmo por incompetência de seus realizadores (o que tornava tudo mais divertido) mas sim porque os produtores aqui querem mesmo fazer um filme ruim atrás do outro. Olhando sob esse ponto de vista "Sharknado" é um lixo (usando esse termo no mal sentido mesmo, não se enganem). O próprio título dessa bizarrice já diz tudo pois é uma palavra formada da fusão entre Shark (tubarão) e Tornado (furacões em geral, bem comuns na Flórida e Luisiana - e não na Califórnia como é mostrado no filme).
Pois bem, como se pode perceber podemos resumir o roteiro de "Sharknado" em duas linhas. Um tornado devastador vem em direção da costa da Califórnia e traz dentro dele uma leva enorme de tubarões sanguinários que em pouco tempo estarão pelas ruas das cidades devorando cidadãos distraídos. A coisa toda funciona mais ou menos assim, o sujeito vem andando pela rua, numa boa, assoviando quando de repente... vum... vem um tubarão voando pelos ares para comer sua cabeça! Fala sério... Essa "belezinha" da sétima arte foi exibida nos EUA pelo canal Syfy que também produz o filme. Foi um fenomenal sucesso de audiência a ponto da CNN divulgar que os EUA parou na noite de sua exibição! Até o presidente Obama saiu elogiando, dizendo que havia assistido "Sharknado" na noite anterior na Casa Branca (pelo visto não é à toa que a economia americana está indo pelo ralo, levando o país a uma paralização completa de seus serviços públicos). No final de toda essa palhaçada chegamos na seguinte conclusão: "Sharknado" só funciona mesmo como piada de salão porque como filme em si é ruim de doer.
Sharknado (Sharknado, Estados Unidos, 2013) Direção: Anthony C. Ferrante / Roteiro: Thunder Levin / Elenco: Ian Ziering, Tara Reid, John Heard / Sinopse: Um tornado de proporções épicas traz dentro de si uma avalanche de tubarões famintos que começam a literalmente "chover" em uma grande cidade americana da costa oeste.
Pablo Aluísio.
Pois bem, como se pode perceber podemos resumir o roteiro de "Sharknado" em duas linhas. Um tornado devastador vem em direção da costa da Califórnia e traz dentro dele uma leva enorme de tubarões sanguinários que em pouco tempo estarão pelas ruas das cidades devorando cidadãos distraídos. A coisa toda funciona mais ou menos assim, o sujeito vem andando pela rua, numa boa, assoviando quando de repente... vum... vem um tubarão voando pelos ares para comer sua cabeça! Fala sério... Essa "belezinha" da sétima arte foi exibida nos EUA pelo canal Syfy que também produz o filme. Foi um fenomenal sucesso de audiência a ponto da CNN divulgar que os EUA parou na noite de sua exibição! Até o presidente Obama saiu elogiando, dizendo que havia assistido "Sharknado" na noite anterior na Casa Branca (pelo visto não é à toa que a economia americana está indo pelo ralo, levando o país a uma paralização completa de seus serviços públicos). No final de toda essa palhaçada chegamos na seguinte conclusão: "Sharknado" só funciona mesmo como piada de salão porque como filme em si é ruim de doer.
Sharknado (Sharknado, Estados Unidos, 2013) Direção: Anthony C. Ferrante / Roteiro: Thunder Levin / Elenco: Ian Ziering, Tara Reid, John Heard / Sinopse: Um tornado de proporções épicas traz dentro de si uma avalanche de tubarões famintos que começam a literalmente "chover" em uma grande cidade americana da costa oeste.
Pablo Aluísio.
sábado, 5 de outubro de 2013
Lovelace
Linda (Amanda Seyfried) é uma garota normal, filha de uma dona de casa e um ex-policial. A mãe, muito católica, procura sempre deixar sua filha dentro dos padrões de sua religião. A garota não é rebelde mas se rende aos seus anseios em busca de festas e diversão. Sua vida muda quando conhece Chuck (Peter Sarsgaard), um homem mais velho, viciado em drogas e envolvido no ramo da prostituição. Ele quer fazer dinheiro rápido e a oportunidade surge em Nova Iorque. Um produtor independente e um diretor sem muita experiência decidem rodar aquele que seria um dos primeiros filmes pornográficos nos EUA. Nada de erotismo soft mas sim sexo explícito da pesada. Linda, que adota o nome Lovelace, parece ser a escolha ideal para estrelar esse pornô pioneiro. Chamado de "Garganta Profunda" a produção se tornaria um fenômeno de popularidade, arrecadando algo em torno de 600 milhões de dólares! Já Linda levaria apenas mil dólares por sua participação, o que demonstra que apesar do sucesso foi uma péssima ideia para ela. Depois da explosão comercial do filme Linda virou uma celebridade, se tornando alvo de inúmeras polêmicas. O roteiro explora bastante esse aspecto da vida da atriz. Seu já então marido Chuck nem se importava mais em explorá-la das maneiras mais vis, inclusive a jogando na prostituição pura e simples. Cansada de tudo, ela tenta, de todas as formas, se livrar de sua dominação.
Como se pode ver foi uma vida intensa, que trilhou pelos piores becos do submundo até a volta por cima. Muitos poderiam dizer que essa biografia da atriz nas telas teria um cunho obviamente moralista demais. Não penso assim. "Lovelace" não faz julgamentos, apenas conta a história baseada no ponto de vista de Linda, que contou sua história em uma autobiografia de sucesso. Já olhando sob o aspecto puramente cinematográfico o que podemos concluir dessa produção é que se trata de um filme de narrativa bem convencional, sem maiores surpresas. A atriz Amanda Seyfried que construiu toda a sua carreira em comédias românticas e filmes até, digamos, bobinhos, mostra coragem ao se entregar ao seu papel sem medo. Encara até ousadas cenas de nudez sem problemas. A reconstituição de época também é bem realizada, lembrando inclusive de outros filmes que focaram suas lentes para essa época, começo da década de 1970, quando os primeiros pornôs de divulgação comercial começaram a surgir nos cinemas americanos. 'Lovelace" trata de uma história curiosa, que merece ser conhecida, principalmente por cinéfilos. O conteúdo é, como disse, interessante embora o filme em si seja dos mais convencionais.
Lovelace (Lovelace, Estados Unidos, 2013) Direção: Rob Epstein, Jeffrey Friedman / Roteiro: Andy Bellin / Elenco: Amanda Seyfried, James Franco, Peter Sarsgaard / Sinopse: Cinebiografia da atriz pornô Linda Lovelace que estrelou um dos mais famosos filmes adultos da indústria americana, "Garganta Profunda".
Pablo Aluísio.
Como se pode ver foi uma vida intensa, que trilhou pelos piores becos do submundo até a volta por cima. Muitos poderiam dizer que essa biografia da atriz nas telas teria um cunho obviamente moralista demais. Não penso assim. "Lovelace" não faz julgamentos, apenas conta a história baseada no ponto de vista de Linda, que contou sua história em uma autobiografia de sucesso. Já olhando sob o aspecto puramente cinematográfico o que podemos concluir dessa produção é que se trata de um filme de narrativa bem convencional, sem maiores surpresas. A atriz Amanda Seyfried que construiu toda a sua carreira em comédias românticas e filmes até, digamos, bobinhos, mostra coragem ao se entregar ao seu papel sem medo. Encara até ousadas cenas de nudez sem problemas. A reconstituição de época também é bem realizada, lembrando inclusive de outros filmes que focaram suas lentes para essa época, começo da década de 1970, quando os primeiros pornôs de divulgação comercial começaram a surgir nos cinemas americanos. 'Lovelace" trata de uma história curiosa, que merece ser conhecida, principalmente por cinéfilos. O conteúdo é, como disse, interessante embora o filme em si seja dos mais convencionais.
Lovelace (Lovelace, Estados Unidos, 2013) Direção: Rob Epstein, Jeffrey Friedman / Roteiro: Andy Bellin / Elenco: Amanda Seyfried, James Franco, Peter Sarsgaard / Sinopse: Cinebiografia da atriz pornô Linda Lovelace que estrelou um dos mais famosos filmes adultos da indústria americana, "Garganta Profunda".
Pablo Aluísio.
Menina Má.com
A pedofilia é uma triste realidade da sociedade atual. Praticamente todos os dias os noticiários policiais mostram casos envolvendo pessoas nesse tipo de crime sexual. O mais curioso é que esse é um tipo de comportamento que tem encontrado espaço em todos os setores, em todas as camadas sociais, independente de status social ou do nível educacional. Essa produção muito interessante chamada "Menina má.com" se destaca por inverter as regras do jogo. Na trama a talentosa Ellen Page interpreta a garota Hayley Stark. Ela é o paradigma do alvo de pedófilos de plantão. Adolescente, 14 anos, bonita e esperta, com ótimo papo, mostrando todo o tempo uma grande desenvoltura. E é justamente isso que procura o pedófilo Jeff Kohlver (Patrick Wilson), um fotógrafo obcecado por teenagers. Ele conhece Hayley na net e marca um encontro com ela. O que poderia ser apenas um roteiro rotineiro e mergulhado em clichês vira a relação de cabeça para baixo pois em pouco tempo quem realmente fica em apuros não é a jovem adolescente, mas sim o pedófilo, que cai nos jogos de tortura (física e psicológica) da garota.
A menina, apesar de seu olhar muitas vezes inocente e terno, é na verdade uma maníaca sádica que colocará o fotógrafo na posição de torturado e abusado. Quando foi lançado "Menina má.com" causou uma certa perplexidade na crítica por causa do tratamento pouco convencional sobre o tema. O filme de maneira muito inteligente, brinca com alguns clichês de Hollywood para trazer algo de novo nesse estilo de produção. Vendo sobre esse prisma o grande destaque vai mesmo para Ellen Page, uma atriz jovem que sempre surpreende. Assim fica a dica desse suspense com toques de sadismo que certamente vai agradar aos fãs do gênero.
Menina Má.com (Hard Candy, Estados Unidos, Canadá, 2005) Direção: David Slade / Roteiro: Brian Nelson / Elenco: Patrick Wilson, Ellen Page, Sandra Oh / Sinopse: Pedófilo (Wilson) marca encontro com jovem adolescente (Page) mas quem acaba se dando muito mal é ele mesmo.
Pablo Aluísio.
A menina, apesar de seu olhar muitas vezes inocente e terno, é na verdade uma maníaca sádica que colocará o fotógrafo na posição de torturado e abusado. Quando foi lançado "Menina má.com" causou uma certa perplexidade na crítica por causa do tratamento pouco convencional sobre o tema. O filme de maneira muito inteligente, brinca com alguns clichês de Hollywood para trazer algo de novo nesse estilo de produção. Vendo sobre esse prisma o grande destaque vai mesmo para Ellen Page, uma atriz jovem que sempre surpreende. Assim fica a dica desse suspense com toques de sadismo que certamente vai agradar aos fãs do gênero.
Menina Má.com (Hard Candy, Estados Unidos, Canadá, 2005) Direção: David Slade / Roteiro: Brian Nelson / Elenco: Patrick Wilson, Ellen Page, Sandra Oh / Sinopse: Pedófilo (Wilson) marca encontro com jovem adolescente (Page) mas quem acaba se dando muito mal é ele mesmo.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 3 de outubro de 2013
Maldita Sorte
Charlie Logan é um garoto de dez anos que se recusa a beijar uma amiguinha durante aquele típico jogo de adolescentes chamado joguinho da garrafa, onde um casco de refrigerante é girado sobre uma mesa e o participante deve beijar a garota que estiver na direção da garrafa quando essa parar. A questão é que a menina se sente ofendida com isso e acaba jogando uma espécie de feitiço em Charlie. Obviamente que algo assim não será levado à sério por um garoto mas os anos passam e ele começa a perceber que tudo dá errado em seus relacionamentos amorosos. As garotas pelas quais se apaixona acabam lhe traindo, ficam noivas de outros homens logo em seguida e se casam, sem maiores explicações. É sempre a mesma coisa, com ele sempre ficando na mão em todas as ocasiões. Mesmo sendo uma brincadeira de criança será que a tal maldição realmente pegou em Charlie?
Ok, sinopse pra lá de bobinha, temos que admitir. Já é fato notório que as comédias românticas americanas passam por uma crise de criatividade enorme. Esse "Maldita Sorte" não foge muito disso a não ser por um detalhe bem interessante: o casal central, Dane Cook e Jessica Alba, estão pra lá de carismáticos. Mesmo com material abaixo da média, sem grandes atrativos, eles cativam o espectador. Ela surge na vida de Charlie (Cook) e ele acaba se convencendo de estar na presença finalmente de sua alma gêmea mas antes disso terá que fazer de tudo para quebrar o feitiço que lhe foi feito aos 10 anos. Dizem que primeira paixão é coisa de outro mundo, a pessoa jamais esquece - será realmente verdade? Se for, Cook estará mesmo em apuros aqui nesse filme. Eu assisti essa película em seu lançamento (não chegou a ser lançado nos cinemas brasileiros pelo que me lembre) mas agora ganha uma nova chance pois será exibido pela Globo hoje à noite. Se você gosta de comédias românticas bobinhas mas simpáticas já tem programa para logo mais na TV aberta. Good Luck!
Maldita Sorte (Good Luck Chuck, Estados Unidos, 2007) Direção: Mark Helfrich / Roteiro: Mark Helfrich, Dane Cook / Elenco: Dane Cook, Jessica Alba, Dan Fogler, Ellia English, Sasha Pieterse, Lonny Ross / Sinopse: Charlie (Cook) não consegue se acertar com garota nenhuma em sua vida. Seria o efeito de uma maldição colocada nele quando era apenas um garoto de 10 anos?
Pablo Aluísio.
Ok, sinopse pra lá de bobinha, temos que admitir. Já é fato notório que as comédias românticas americanas passam por uma crise de criatividade enorme. Esse "Maldita Sorte" não foge muito disso a não ser por um detalhe bem interessante: o casal central, Dane Cook e Jessica Alba, estão pra lá de carismáticos. Mesmo com material abaixo da média, sem grandes atrativos, eles cativam o espectador. Ela surge na vida de Charlie (Cook) e ele acaba se convencendo de estar na presença finalmente de sua alma gêmea mas antes disso terá que fazer de tudo para quebrar o feitiço que lhe foi feito aos 10 anos. Dizem que primeira paixão é coisa de outro mundo, a pessoa jamais esquece - será realmente verdade? Se for, Cook estará mesmo em apuros aqui nesse filme. Eu assisti essa película em seu lançamento (não chegou a ser lançado nos cinemas brasileiros pelo que me lembre) mas agora ganha uma nova chance pois será exibido pela Globo hoje à noite. Se você gosta de comédias românticas bobinhas mas simpáticas já tem programa para logo mais na TV aberta. Good Luck!
Maldita Sorte (Good Luck Chuck, Estados Unidos, 2007) Direção: Mark Helfrich / Roteiro: Mark Helfrich, Dane Cook / Elenco: Dane Cook, Jessica Alba, Dan Fogler, Ellia English, Sasha Pieterse, Lonny Ross / Sinopse: Charlie (Cook) não consegue se acertar com garota nenhuma em sua vida. Seria o efeito de uma maldição colocada nele quando era apenas um garoto de 10 anos?
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 2 de outubro de 2013
Um Homem Contra Wall Street
Jim Baxford (Dominic Purcell) é um trabalhador comum, honesto e ciente de seus deveres. Trabalhando como agente de segurança numa empresa de transporte de valores ele não tem muito dinheiro mas também não passa por muitas dificuldades. Sua sorte muda porém quando sua esposa Rosie (Erin Karpluk) é diagnosticada com um tipo raro de câncer. Como nos EUA não existe saúde pública ele tem que se virar para bancar o tratamento. Para isso ele pretende usar o dinheiro que tem investido em um fundo em Wall Street, mas o problema é que sua corretora dá um golpe na praça e da noite para o dia ele fica sem um tostão. Desesperado tenta contratar um advogado (Eric Roberts) mas esse também lhe passa a perna em dez mil dólares, um dinheiro que conseguira emprestado com um colega de trabalho. Tudo começa a ir de mal a pior até que ele chega ao limite e resolve extrapolar toda a sua raiva contida em um acesso de fúria no principal endereço financeiro dos EUA, a própria Wall Street em Nova Iorque.
O roteiro desse filme "Assault on Wall Street" é completamente manipulador. Durante toda a projeção do filme vamos acompanhando a vida do personagem principal simplesmente desmoronar. São tantas as infelicidades e desgraças que o espectador começa então a torcer para que ele mande bala mesmo nos engravatados de Wall Street. Como se pode perceber o argumento é muito perigoso e moralmente muito condenável. O diretor Uwe Boll, que para muitos é considerado um dos piores do mundo, não mostra qualquer vergonha de seu maniqueísmo descontrolado. O que salva a projeção é a presença de atores interessantes. Erin Karpluk, a atriz que se destacou em "Being Erica" é um exemplo. Ela como sempre acaba roubando o show, muito embora seu papel não ajude muito. Mais impressionante é ver Edward Furlong, o jovem de "Exterminador do Futuro 2" fazendo o colega de trabalho do personagem central. Envelhecido e muito abatido, não lembra em nada aquele garotão de cabelo emo que tanto sucesso fez na década de 90. Por fim Eric Roberts, o irmão de Julia Roberts, também surge em um visual que vai espantar muitos. O espanto inclusive será maior do que a mensagem equivocada que o texto desse filme tentará passar ao seu público.
Um Homem Contra Wall Street (Assault on Wall Street, Estados Unidos, 2013) Direção: Uwe Boll / Roteiro: Uwe Boll / Elenco: Dominic Purcell, Erin Karpluk, Edward Furlong, Eric Roberts / Sinopse: Homem trabalhador e honesto perde todo o seu dinheiro por causa da quebra de uma empresa de Wall Street. Inconformado e desesperado por precisar muito do que perdeu ele decide partir para um acerto de contas com todos os engravatados do centro econômico da América.
Pablo Aluísio.
O roteiro desse filme "Assault on Wall Street" é completamente manipulador. Durante toda a projeção do filme vamos acompanhando a vida do personagem principal simplesmente desmoronar. São tantas as infelicidades e desgraças que o espectador começa então a torcer para que ele mande bala mesmo nos engravatados de Wall Street. Como se pode perceber o argumento é muito perigoso e moralmente muito condenável. O diretor Uwe Boll, que para muitos é considerado um dos piores do mundo, não mostra qualquer vergonha de seu maniqueísmo descontrolado. O que salva a projeção é a presença de atores interessantes. Erin Karpluk, a atriz que se destacou em "Being Erica" é um exemplo. Ela como sempre acaba roubando o show, muito embora seu papel não ajude muito. Mais impressionante é ver Edward Furlong, o jovem de "Exterminador do Futuro 2" fazendo o colega de trabalho do personagem central. Envelhecido e muito abatido, não lembra em nada aquele garotão de cabelo emo que tanto sucesso fez na década de 90. Por fim Eric Roberts, o irmão de Julia Roberts, também surge em um visual que vai espantar muitos. O espanto inclusive será maior do que a mensagem equivocada que o texto desse filme tentará passar ao seu público.
Um Homem Contra Wall Street (Assault on Wall Street, Estados Unidos, 2013) Direção: Uwe Boll / Roteiro: Uwe Boll / Elenco: Dominic Purcell, Erin Karpluk, Edward Furlong, Eric Roberts / Sinopse: Homem trabalhador e honesto perde todo o seu dinheiro por causa da quebra de uma empresa de Wall Street. Inconformado e desesperado por precisar muito do que perdeu ele decide partir para um acerto de contas com todos os engravatados do centro econômico da América.
Pablo Aluísio.
Depois da Terra
Mais uma ficção com previsão sombria para a humanidade. Nesse futuro o nosso planeta já foi abandonado há séculos. O homem esgotou completamente os recursos naturais, só sobrando poluição, radiação e desolação na Terra. Em busca de outros lugares no universo para viver os seres humanos acabam encontrando um planeta distante com as condições ideais, só que uma raça alienígena não fica nada contente com a presença humana lá e cria diversas criaturas especializada em matar os terrestres invasores. Nessa luta um homem acaba se destacando, Cypher Raige (Will Smith), que tem um dom raro. Ele não sente medo diante desses monstros e por isso os consegue matar facilmente já que esses animais são cegos e só conseguem sentir a presença de humanos perto deles pelos hormônios liberados durante a sensação de stress e medo. Por ser um homem frio e distante Raige tem dificuldade em se relacionar com seus filhos. Por isso quando surge a chance de viajar ao lado de seu pai o jovem Kitai (Jaden Smith) vê uma boa oportunidade de se aproximar mais dele. No meio do caminho porém a nave em que viajam é atingida por uma chuva de asteroides. Tentando escapar da morte e com a espaçonave completamente avariada eles acabam parando em lugar desconhecido e proibido para os homens. É a própria Terra que agora renasce em busca de um novo recomeço para seu ecossistema!
"Depois da Terra" é um projeto em família. O roteiro foi baseado numa estória original concebida pelo próprio Will Smith. Sua ex-esposa, Jada Pinkett Smith, é uma das produtoras e o filme é estrelado pelo filho do casal, Jaden Smith. Mas o que mais chama atenção dos cinéfilos aqui nem é tanto a trupe familiar reunida mas sim a presença do cineasta M. Night Shyamalan. Após um começo promissor ele, que havia sido apontado como uma das esperanças do chamado cinema de autor da indústria americana, foi decaindo cada vez mais até ser considerado por parte da critica como uma promessa que não se realizou completamente. Aqui Shyamalan tenta mais uma vez dar a volta por cima. Quem espera por algo parecido com seus bons filmes do passado porém provavelmente vai se decepcionar. "Depois da Terra" é certamente muito bem produzido, com ótima produção e efeitos digitais de ponta mas a despeito de tudo isso não há outra conclusão: o filme tem roteiro sem surpresas, muito convencional e totalmente enquadrado no que se espera de um filme 100% comercial. O filme aliás lembra várias produções de ficção famosas do passado e até outros mais recentes como "Tropas Estrelares" mas tudo fica no meio do caminho pois Will Smith parece ter se contentado em apenas realizar mais uma película de promoção para seu garoto, que ele insiste em transformar em astro. Sem querer estragar suas esperanças acho que esse Jaden Smith não tem muito futuro. O menino não tem carisma e é muito careteiro! Suas expressões faciais tentando passar apreensão ou medo nas cenas são ridículas. No final o que sobra de fato é apenas uma aventura espacial sem grandes arroubos de criatividade com enredo banal e cheio de clichês. Quem diria que o antes tão criativo M. Night Shyamalan fosse virar um mero diretor por encomenda como vemos aqui...
Depois da Terra (After Earth, Estados Unidos, 2013) Direção: M. Night Shyamalan / Roteiro: Gary Whitta, Will Smith, M. Night Shyamalan / Elenco: Jaden Smith, Will Smith, David Denman / Sinopse: Pai e filho caem na Terra em um futuro onde a humanidade já deixou o planeta há séculos. Agora terão que sobreviver aos animais selvagens e à selva hostil.
Pablo Aluísio.
"Depois da Terra" é um projeto em família. O roteiro foi baseado numa estória original concebida pelo próprio Will Smith. Sua ex-esposa, Jada Pinkett Smith, é uma das produtoras e o filme é estrelado pelo filho do casal, Jaden Smith. Mas o que mais chama atenção dos cinéfilos aqui nem é tanto a trupe familiar reunida mas sim a presença do cineasta M. Night Shyamalan. Após um começo promissor ele, que havia sido apontado como uma das esperanças do chamado cinema de autor da indústria americana, foi decaindo cada vez mais até ser considerado por parte da critica como uma promessa que não se realizou completamente. Aqui Shyamalan tenta mais uma vez dar a volta por cima. Quem espera por algo parecido com seus bons filmes do passado porém provavelmente vai se decepcionar. "Depois da Terra" é certamente muito bem produzido, com ótima produção e efeitos digitais de ponta mas a despeito de tudo isso não há outra conclusão: o filme tem roteiro sem surpresas, muito convencional e totalmente enquadrado no que se espera de um filme 100% comercial. O filme aliás lembra várias produções de ficção famosas do passado e até outros mais recentes como "Tropas Estrelares" mas tudo fica no meio do caminho pois Will Smith parece ter se contentado em apenas realizar mais uma película de promoção para seu garoto, que ele insiste em transformar em astro. Sem querer estragar suas esperanças acho que esse Jaden Smith não tem muito futuro. O menino não tem carisma e é muito careteiro! Suas expressões faciais tentando passar apreensão ou medo nas cenas são ridículas. No final o que sobra de fato é apenas uma aventura espacial sem grandes arroubos de criatividade com enredo banal e cheio de clichês. Quem diria que o antes tão criativo M. Night Shyamalan fosse virar um mero diretor por encomenda como vemos aqui...
Depois da Terra (After Earth, Estados Unidos, 2013) Direção: M. Night Shyamalan / Roteiro: Gary Whitta, Will Smith, M. Night Shyamalan / Elenco: Jaden Smith, Will Smith, David Denman / Sinopse: Pai e filho caem na Terra em um futuro onde a humanidade já deixou o planeta há séculos. Agora terão que sobreviver aos animais selvagens e à selva hostil.
Pablo Aluísio.
Cazuza: O Tempo Não Pára
Vamos falar um pouco de rock Brasil? Eu tive o privilégio de vivenciar o surgimento de todas essas bandas e cantores que fizeram parte de um dos momentos mais interessantes da música brasileira. Era a década de 80 e entre os mais populares ícones daquele geração estava Cazuza. A primeira vez que ouvi Cazuza foi através do disco nacional do Rock in Rio de 1985. Ele realmente foi um cantor de muitos recursos, que ia tão bem cantando rocks como outros gêneros musicais. Aliás uma das razões de sua saída do Barão Vermelho foi justamente essa, o grupo com Frejat à frente não queria abandonar o velho e bom rock e Cazuza queria alcançar picos bem mais altos, cantando MPB, Samba e tudo o que lhe agradasse. Infelizmente quando estava se sobressaindo, gravando excelentes canções de um rico repertório, sua vida chegou ao fim. Cazuza faleceu muito jovem e o Brasil todo acompanhou seu drama. Esse filme "Cazuza: O Tempo Não Pára" tentou assim capturar um pouco da essência desse artista tão popular em sua época.
Infelizmente uma pessoa com uma vida tão rica não poderia mesmo ser retratada de forma completa em um filme de poucos minutos. Isso é simplesmente impossível. No seu caso a situação fica ainda pior pois tive a oportunidade de ler o livro que inspirou a produção, o lírico e muito bonito "Só as Mães são Felizes" escrito pela mãe de Cazuza, Lucinha Araújo. O texto é emocionante pois no fundo é um depoimento sincero e aberto da mãe do cantor sobre seu relacionamento com o filho. Uma visão vista de dentro da vida familiar do cantor. Detalhes, passagens e fatos, por pura falta de tempo, foram ignorados aqui nesse filme. Mesmo assim, pelas limitações naturais do produto cinematográfico, não posso deixar de elogiar alguns aspectos dessa cinebiografia. A mais evidente de todas é o excelente trabalho de atuação do ator Daniel de Oliveira. Eu não o considero parecido fisicamente com Cazuza mas isso se torna um detalhe sem importância quando vemos seu total empenho em reproduzir em cena todos os menores maneirismos do cantor. Talvez fosse melhor que "Cazuza: O Tempo Não Pára" focasse apenas em um determinado evento específico da vida do músico, como fez a mais recente biografia nas telas de Renato Russo, "Somos Tão Jovens". Mesmo assim vale a recomendação. Cazuza certamente foi muito mais do que vemos nessa produção mas pela dignidade e honestidade desse filme não podemos deixar de recomendar para os fãs dele e da música de nosso país.
Cazuza: O Tempo Não Pára (Idem, Brasil, 2004) Direção: Walter Carvalho, Sandra Werneck / Roteiro: Fernando Bonassi, baseado no livro de memórias de Lucinha Araújo / Elenco: Daniel de Oliveira, Marieta Severo, Reginaldo Faria / Sinopse: Cinebiografia do cantor e compositor Cazuza, ícone da geração do rock Brasil durante a década de 1980.
Pablo Aluísio.
Infelizmente uma pessoa com uma vida tão rica não poderia mesmo ser retratada de forma completa em um filme de poucos minutos. Isso é simplesmente impossível. No seu caso a situação fica ainda pior pois tive a oportunidade de ler o livro que inspirou a produção, o lírico e muito bonito "Só as Mães são Felizes" escrito pela mãe de Cazuza, Lucinha Araújo. O texto é emocionante pois no fundo é um depoimento sincero e aberto da mãe do cantor sobre seu relacionamento com o filho. Uma visão vista de dentro da vida familiar do cantor. Detalhes, passagens e fatos, por pura falta de tempo, foram ignorados aqui nesse filme. Mesmo assim, pelas limitações naturais do produto cinematográfico, não posso deixar de elogiar alguns aspectos dessa cinebiografia. A mais evidente de todas é o excelente trabalho de atuação do ator Daniel de Oliveira. Eu não o considero parecido fisicamente com Cazuza mas isso se torna um detalhe sem importância quando vemos seu total empenho em reproduzir em cena todos os menores maneirismos do cantor. Talvez fosse melhor que "Cazuza: O Tempo Não Pára" focasse apenas em um determinado evento específico da vida do músico, como fez a mais recente biografia nas telas de Renato Russo, "Somos Tão Jovens". Mesmo assim vale a recomendação. Cazuza certamente foi muito mais do que vemos nessa produção mas pela dignidade e honestidade desse filme não podemos deixar de recomendar para os fãs dele e da música de nosso país.
Cazuza: O Tempo Não Pára (Idem, Brasil, 2004) Direção: Walter Carvalho, Sandra Werneck / Roteiro: Fernando Bonassi, baseado no livro de memórias de Lucinha Araújo / Elenco: Daniel de Oliveira, Marieta Severo, Reginaldo Faria / Sinopse: Cinebiografia do cantor e compositor Cazuza, ícone da geração do rock Brasil durante a década de 1980.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 1 de outubro de 2013
Martelo dos Deuses
O ano é 821. A ilha da Bretanha (futura Inglaterra) está dominada por guerras entre tribos rivais. Numa delas um grande rei está agonizando. No meio de uma luta feroz contra os saxões ele tem que decidir quem entre seus três filhos herdará o trono. O primogênito há muito se encontra desaparecido desde que rumou em direção à floresta negra. Para achá-lo e o trazer de volta o rei manda seu filho Steinar (Charlie Bewley) na perigosa missão. A jornada não será nada fácil uma vez que ele terá que atravessar vasto território controlado pelo inimigo. "Martelo dos Deuses" é uma produção inglesa que tem chamado a atenção dos que gostam de filmes de ação. A época enfocada não poderia ser melhor pois foi uma era de extrema violência e brutalidade, o que cai muito bem para os fãs desse tipo de produção. Embora o roteiro se apóie em um enredo até banal pode-se dizer que o resultado final agrada.
Não se trata de uma super produção, com milhares de figurantes ou algo parecido mas o diretor soube muito bem tirar proveito daquilo que tinha em mãos. A fotografia do filme é bonita, principalmente por ter sido rodado em parte na linda região montanhosa da Escócia. Não há nenhum grande nome no elenco, apenas o ator principal Charlie Bewley tem uma certa fama, principalmente por ter feito parte da "Saga Crepúsculo" e também por sua participação na série americana de sucesso "Diários de um Vampiro". Fora isso nada de grandes nomes no elenco. Esse é o primeiro filme do estreante diretor e roteirista Farren Blackburn, que é mais conhecido dos que gostam de séries pois ele já dirigiu muitos episódios de seriados americanos e ingleses. No geral "Martelo dos Deuses" não é nenhuma obra prima, passa bem longe disso, até porque algumas vezes tende a exagerar na violência gratuita mas isso de certa forma faz parte do jogo nesse tipo de película. Se você gosta de filmes medievais violentos pode ser uma boa opção.
Martelo dos Deuses (Hammer of the Gods, Inglaterra, 2013) Direção: Farren Blackburn / Roteiro: Matthew Read / Elenco: Charlie Bewley, Alexandra Dowling, Clive Standen / Sinopse: Um rei prestes a morrer incumbe seu filho a encontrar o primogênito, herdeiro natural do trono, para assumir seu lugar na luta contra os saxões numa Bretanha dominada pela violência e brutalidade.
Pablo Aluísio.
Não se trata de uma super produção, com milhares de figurantes ou algo parecido mas o diretor soube muito bem tirar proveito daquilo que tinha em mãos. A fotografia do filme é bonita, principalmente por ter sido rodado em parte na linda região montanhosa da Escócia. Não há nenhum grande nome no elenco, apenas o ator principal Charlie Bewley tem uma certa fama, principalmente por ter feito parte da "Saga Crepúsculo" e também por sua participação na série americana de sucesso "Diários de um Vampiro". Fora isso nada de grandes nomes no elenco. Esse é o primeiro filme do estreante diretor e roteirista Farren Blackburn, que é mais conhecido dos que gostam de séries pois ele já dirigiu muitos episódios de seriados americanos e ingleses. No geral "Martelo dos Deuses" não é nenhuma obra prima, passa bem longe disso, até porque algumas vezes tende a exagerar na violência gratuita mas isso de certa forma faz parte do jogo nesse tipo de película. Se você gosta de filmes medievais violentos pode ser uma boa opção.
Martelo dos Deuses (Hammer of the Gods, Inglaterra, 2013) Direção: Farren Blackburn / Roteiro: Matthew Read / Elenco: Charlie Bewley, Alexandra Dowling, Clive Standen / Sinopse: Um rei prestes a morrer incumbe seu filho a encontrar o primogênito, herdeiro natural do trono, para assumir seu lugar na luta contra os saxões numa Bretanha dominada pela violência e brutalidade.
Pablo Aluísio.
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