Phil Spector foi um dos mais influentes e bem sucedidos produtores musicais da história. Trabalhou ao lado de grandes nomes da indústria fonográfica. Infelizmente o tempo passou e ele que era idolatrado pelos grandes superstars foi caindo em um constrangedor ostracismo. Ao invés de ser apenas o grande criador de sucessos acabou se tornando também um sujeito recluso, solitário, amargo, armado até os dentes e o pior de tudo, extremamente perigoso. Em 2003 uma jovem aspirante à atriz foi encontrada em sua casa com um tiro na boca. Spector alegava que a garota simplesmente se suicidou em uma das salas de seu casarão, que mais lembrava um castelo medieval. Já a polícia e a promotoria de Los Angeles pensavam diferente. Segundo as investigações Phil Spector simplesmente havia assassinado Lana Clarkson, ao que tudo indica, quando estava completamente embriagado ou drogado, não se sabe ao certo. O produtor tinha histórico de violência contra mulheres e segundo os investigadores ele simplesmente matou aquela jovem moça em sua casa, provavelmente confiante que sua fama e riqueza jamais o levariam para a prisão.
Esse excelente filme “Phil Spector” conta esse trágico episódio da vida desse famoso nome do mercado fonográfico. Para interpretar o personagem principal a HBO, produtora do filme, trouxe o consagrado Al Pacino. Sábia decisão. Pacino literalmente incorpora Spector, recria seus maneirismos, sua postura, suas frases incoerentes e seu pensamento confuso. Ver Pacino desfilando na tela com todo seu grande talento é algo recompensador. Ao seu lado a não menos brilhante Helen Mirren interpreta a advogada que no tribunal tenta livrar seu cliente da prisão. No começo ela de fato não acredita na inocência de Spector. Levada a crer em sua culpabilidade por causa do circo da mídia que se arma, aos poucos vai mudando de opinião sobre o que teria ocorrido de fato. Evidências forenses pareciam corroborar a tese defendida por Spector, a de que realmente não teria matado a jovem em sua casa. “Phil Spector” centra fogo no julgamento do produtor, o que torna o filme particularmente recomendado para estudantes e profissionais de direito mas funciona muito bem também para fãs de música e admiradores do trabalho do ator Al Pacino. Ele aliás está simplesmente magnífico na pele do transloucado Spector, com sua coleção de perucas exóticas e chamativas. Assim está mais do que recomendado essa ótima produção da HBO. Imperdível é uma boa definição para o filme. Não deixe de assistir.
Phil Spector (Phil Spector, Estados Unidos, 2013) Direção: David Mamet / Roteiro: David Mamet / Elenco: Al Pacino, Helen Mirren, Jeffrey Tambor / Sinopse: Em 2003 uma jovem garota é morta dentro da casa do famoso produtor Phil Spector (Al Pacino). Alegando inocência ele é levado a julgamento por homicídio.
Pablo Aluísio.
domingo, 5 de maio de 2013
Macabro
Um grupo de jovens decide ir passar o final de semana numa casa abandonada que havia pertencido ao avô de uma das garotas. Chegando lá eles começam a notar eventos inexplicáveis. Acontece que no local existe uma lenda sobrenatural envolvendo uma árvore secular onde teriam acontecido vários suicídios envolvendo jovens casais. O avô da jovem, recentemente falecido, estaria estudando o caso pois sendo o reverendo da cidade acreditava haver forças do mal envolvidas em todas as mortes. Bem, já deu para perceber que o filme não é dos mais originais. Na realidade se trata de mais um Mockumentary (um falso documentário ao estilo “Bruxa de Blair”) só que dessa vez rodado no interior da Inglaterra, em Norfolk, um bonito lugar, com várias edificações históricas. Logo no começo do enredo um aviso escrito informa ao espectador que tudo o que ele irá assistir foi achado no local da morte dos jovens e teria sido gravado por eles mesmos em sua câmera particular. Balela, é claro, mas que serve para criar o clima de terror que se segue.
Depois disso o que acompanhamos é aquela coisa toda de juventude cheia de hormônios – os carinhas querem pegar as moçoilas e essas vão trocando de parceiros como quem troca de roupa. No meio da libertinagem o dono da câmera acaba ficando na mão. Sem ter o que fazer começa a notar eventos estranhos ao redor da casa como barulhos, ruídos, gritos... eles estão presos lá e não existe luz (só a da câmera) pois desde a morte do avô da garota não há mais ligação elétrica no local. Não há muito o que dizer depois disso – alguns jovens começam a sumir e o pânico se instala com tudo aquilo que já estamos acostumados em se tratando do estilo mockumentary, ou seja, câmera tremida, gente correndo pra lá e pra cá, respirações ofegantes e muita escuridão (não se vê praticamente nada no final do filme). Tirando os jovens não há mais nenhum ator no elenco, apenas um padre anglicano que não quer se envolver com o que está acontecendo. A tal aparição sobrenatural que está caçando a galerinha é igualmente decepcionante – um cara vestido com uma jaqueta de nylon. Enfim, chega, não adianta mais perder tempo. Não recomendamos esse “Macabro” porque pra falar a verdade nada de interessante acontece de verdade. A única coisa boa do filme é uma seqüência de tomadas feitas em uma construção medieval inglesa mas aí o interesse é puramente histórico e turístico porque como filme de terror esse “Macabro” é realmente decepcionante em todos os sentidos.
Macabro (Hollow, Inglaterra, 2012) Direção: Michael Axelgaard / Roteiro: Matthew Holt / Elenco: Emily Plumtree, Sam Stockman, Jessica Ellerby / Sinopse: Grupo de Jovens vão para o campo inglês e lá encontram uma série de eventos sobrenaturais em torno de uma lenda sobre suicídios de casais.
Pablo Aluísio.
Depois disso o que acompanhamos é aquela coisa toda de juventude cheia de hormônios – os carinhas querem pegar as moçoilas e essas vão trocando de parceiros como quem troca de roupa. No meio da libertinagem o dono da câmera acaba ficando na mão. Sem ter o que fazer começa a notar eventos estranhos ao redor da casa como barulhos, ruídos, gritos... eles estão presos lá e não existe luz (só a da câmera) pois desde a morte do avô da garota não há mais ligação elétrica no local. Não há muito o que dizer depois disso – alguns jovens começam a sumir e o pânico se instala com tudo aquilo que já estamos acostumados em se tratando do estilo mockumentary, ou seja, câmera tremida, gente correndo pra lá e pra cá, respirações ofegantes e muita escuridão (não se vê praticamente nada no final do filme). Tirando os jovens não há mais nenhum ator no elenco, apenas um padre anglicano que não quer se envolver com o que está acontecendo. A tal aparição sobrenatural que está caçando a galerinha é igualmente decepcionante – um cara vestido com uma jaqueta de nylon. Enfim, chega, não adianta mais perder tempo. Não recomendamos esse “Macabro” porque pra falar a verdade nada de interessante acontece de verdade. A única coisa boa do filme é uma seqüência de tomadas feitas em uma construção medieval inglesa mas aí o interesse é puramente histórico e turístico porque como filme de terror esse “Macabro” é realmente decepcionante em todos os sentidos.
Macabro (Hollow, Inglaterra, 2012) Direção: Michael Axelgaard / Roteiro: Matthew Holt / Elenco: Emily Plumtree, Sam Stockman, Jessica Ellerby / Sinopse: Grupo de Jovens vão para o campo inglês e lá encontram uma série de eventos sobrenaturais em torno de uma lenda sobre suicídios de casais.
Pablo Aluísio.
Rocky V
Um filme que não deu certo, simples assim. Estranhamente Stallone colocou o personagem Rocky Balboa como coadjuvante de seu próprio filme, investindo na figura sem carisma do lutador Tommy Morrison, considerado na época a grande esperança branca do boxe. Nada parece estar no lugar aqui. O roteiro é ruim e parece não ir para lugar nenhum. A trama é desinteressante e nada emocionante e Stallone não veste a camisa do personagem que lhe trouxe tanta fama e fortuna. Embora os roteiros de Rocky III e Rocky IV não fossem maravilhosos os filmes foram salvos pela emoção das lutas, todas ótimas e bem realizadas. Pois bem nem isso Rocky V tem. De fato parece ser unanimidade que esse quinto filme da série é o mais chato, monótono e arrastado enredo de toda a franquia. Não se sabe bem ao certo o que deu na cabeça do ator em fazer um episódio tão sem graça como esse.
Ao que parece Stallone entendeu por essa época que já não tinha mais idade para subir ele próprio ao ringue e ao invés disso resolveu colocar essas cenas de luta nas costas de Tommy Morrison. Péssima idéia. No fritar dos ovos as únicas coisas boas que se salvam são alguns diálogos que saem da boca de Rocky. São pequenas lições de vida, coisas simples, mas que no meio do tédio que é o filme funcionam para acordar o espectador um pouquinho. De repente nos damos conta de que “isso” ainda é um filme da série Rocky. O excesso de melodrama também incomoda. Alguns fatos ocorrem na vida de Rocky que o deixam mais triste e abatido. De uma forma ou outra quando as luzes se acendem e chegamos ao fim ficamos meio em dúvida sobre o que realmente assistimos. A sensação de sentir saudades de “Rocky III” e até mesmo “Rocky IV” deixa um amargo sabor de decepção na boca. Nem a direção de John G. Avildsen, do primeiro filme da franquia, salva o desastre. Stallone voltaria ao personagem mais uma vez em “Rocky Balboa” que trataremos em breve. Por enquanto fica o conselho: só assista “Rocky V” se gostar muito, mas muito mesmo do personagem. Só assim você conseguirá chegar ao final dessa bocejante película sem cair no sono.
Rocky V (Rocky V, Estados Unidos, 1990) Direção: John G. Avildsen / Roteiro: Sylvester Stallone / Elenco: Sylvester Stallone, Talia Shire, Burt Young, Tommy Morrison / Sinopse: Aposentado, o boxeador Rocky Balboa (Sylvester Stallone) resolve apostar suas fichas em Tommy 'Machine' Gunn (Tommy Morrison) que parecer ser o novo fenômeno do mundo do boxe internacional.
Pablo Aluísio.
Ao que parece Stallone entendeu por essa época que já não tinha mais idade para subir ele próprio ao ringue e ao invés disso resolveu colocar essas cenas de luta nas costas de Tommy Morrison. Péssima idéia. No fritar dos ovos as únicas coisas boas que se salvam são alguns diálogos que saem da boca de Rocky. São pequenas lições de vida, coisas simples, mas que no meio do tédio que é o filme funcionam para acordar o espectador um pouquinho. De repente nos damos conta de que “isso” ainda é um filme da série Rocky. O excesso de melodrama também incomoda. Alguns fatos ocorrem na vida de Rocky que o deixam mais triste e abatido. De uma forma ou outra quando as luzes se acendem e chegamos ao fim ficamos meio em dúvida sobre o que realmente assistimos. A sensação de sentir saudades de “Rocky III” e até mesmo “Rocky IV” deixa um amargo sabor de decepção na boca. Nem a direção de John G. Avildsen, do primeiro filme da franquia, salva o desastre. Stallone voltaria ao personagem mais uma vez em “Rocky Balboa” que trataremos em breve. Por enquanto fica o conselho: só assista “Rocky V” se gostar muito, mas muito mesmo do personagem. Só assim você conseguirá chegar ao final dessa bocejante película sem cair no sono.
Rocky V (Rocky V, Estados Unidos, 1990) Direção: John G. Avildsen / Roteiro: Sylvester Stallone / Elenco: Sylvester Stallone, Talia Shire, Burt Young, Tommy Morrison / Sinopse: Aposentado, o boxeador Rocky Balboa (Sylvester Stallone) resolve apostar suas fichas em Tommy 'Machine' Gunn (Tommy Morrison) que parecer ser o novo fenômeno do mundo do boxe internacional.
Pablo Aluísio.
sábado, 4 de maio de 2013
Tudo Por Uma Esmeralda
Um dos grandes sucessos da carreira de Michael Douglas foi essa aventura chamada “Tudo Por Uma Esmeralda”. A trama se passa nas selvas da Colômbia quando uma romancista de livros açucarados, Joan Wilder (Kathleen Turner), conhece o aventureiro Jack T. Colton (Michael Douglas). Ela está lá para entregar um mapa que leva até a esmeralda conhecida como El Corazon. Sua irmã foi seqüestrada e o resgate é justamente a entrega do mapa. Já Cotton é um ex-marinheiro que agora tenta ganhar a vida vendendo pássaros exóticos que captura selva adentro. Juntos tentarão sobreviver à perseguição de policiais corruptos, bandidos e todo tipo de aproveitadores que querem também colocar as mãos na jóia rara. O ritmo é obviamente alucinado com várias seqüências que misturam ação e bom humor. Há descidas ladeira abaixo no meio da lama, pontes caindo aos pedaços, lutas corporais, tiroteios, perseguições, enfim tudo o que o espectador espera mesmo de uma aventura no meio da floresta.
Michael Douglas encontra aqui um personagem muito interessante, levemente cafajeste e cínico, mas também honesto e confiável, leal acima de tudo. Kathleen Turner também se sai muito bem com seu papel, a de uma escritora de livros românticos que está sempre idealizando o homem perfeito de seus sonhos. Curiosamente se verá apaixonada pelo personagem de Douglas que no fundo é o extremo oposto do que sempre sonhou. “Tudo Por Uma Esmeralda” fez muito sucesso mas não escapou das comparações com os filmes de Indiana Jones. O clima, o roteiro, as peripécias que os personagens se envolvem, realmente havia muitas semelhanças entre os filmes mas esse aqui é bem mais centrado no humor, numa aventura que não chega a se levar à sério em nenhum momento. O tom mais ameno, com clima de aventuras antigas, da década de 40, acabou também caindo no gosto do público que lotou os cinemas. Michael Douglas certamente não tinha planos de virar um herói de filmes de ação e aventura mas sentiu-se recompensado, tanto que voltaria à carga anos depois com “A Jóia do Nilo”, com a mesma Kathleen Turner. A volta da dupla daria origem a outro sucesso de bilheteria e eles voltariam a atuar juntos mais uma vez no também muito bem humorado, “A Guerra dos Roses” com Danny De Vito de tiracolo. Enfim recomendo o filme a quem sente saudades das antigas aventuras da década de 80. Trinta anos depois o filme ganhou uma bela áurea nostálgica, quem diria.
Tudo Por Uma Esmeralda (Romancing the Stone, Estados Unidos, 1984) Direção: Robert Zemeckis / Roteiro: Diane Thomas / Elenco: Michael Douglas, Kathleen Turner, Danny DeVito / Sinopse: Uma escritora de livros românticos se vê envolvida numa grande aventura nas selvas da Colômbia em busca de uma jóia rara, uma esmeralda conhecida como "El Corazon". Divertida aventura assinada pelo mesmo cineasta que dirigiu a famosa série de filmes "De Volta Para o Futuro".
Pablo Aluísio.
Michael Douglas encontra aqui um personagem muito interessante, levemente cafajeste e cínico, mas também honesto e confiável, leal acima de tudo. Kathleen Turner também se sai muito bem com seu papel, a de uma escritora de livros românticos que está sempre idealizando o homem perfeito de seus sonhos. Curiosamente se verá apaixonada pelo personagem de Douglas que no fundo é o extremo oposto do que sempre sonhou. “Tudo Por Uma Esmeralda” fez muito sucesso mas não escapou das comparações com os filmes de Indiana Jones. O clima, o roteiro, as peripécias que os personagens se envolvem, realmente havia muitas semelhanças entre os filmes mas esse aqui é bem mais centrado no humor, numa aventura que não chega a se levar à sério em nenhum momento. O tom mais ameno, com clima de aventuras antigas, da década de 40, acabou também caindo no gosto do público que lotou os cinemas. Michael Douglas certamente não tinha planos de virar um herói de filmes de ação e aventura mas sentiu-se recompensado, tanto que voltaria à carga anos depois com “A Jóia do Nilo”, com a mesma Kathleen Turner. A volta da dupla daria origem a outro sucesso de bilheteria e eles voltariam a atuar juntos mais uma vez no também muito bem humorado, “A Guerra dos Roses” com Danny De Vito de tiracolo. Enfim recomendo o filme a quem sente saudades das antigas aventuras da década de 80. Trinta anos depois o filme ganhou uma bela áurea nostálgica, quem diria.
Tudo Por Uma Esmeralda (Romancing the Stone, Estados Unidos, 1984) Direção: Robert Zemeckis / Roteiro: Diane Thomas / Elenco: Michael Douglas, Kathleen Turner, Danny DeVito / Sinopse: Uma escritora de livros românticos se vê envolvida numa grande aventura nas selvas da Colômbia em busca de uma jóia rara, uma esmeralda conhecida como "El Corazon". Divertida aventura assinada pelo mesmo cineasta que dirigiu a famosa série de filmes "De Volta Para o Futuro".
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 3 de maio de 2013
Coriolano
O general romano Caius Martius Coriolanus (Ralph Fiennes) precisa enfrentar uma revolta popular dentro de Roma por falta de alimentos. Ao mesmo tempo precisa também deter uma rebelião numa nação bárbara comandada pelo rebelde Tullus Aufidius (Gerard Butler). Após voltar dessa campanha vitoriosa seu nome começa a ser cogitado para ser o novo cônsul de Roma, uma vez que é um militar brilhante. O problema é que Coriolanus é um nobre patrício que não tem intimidade e nem vocação para a política. Além disso tem uma visão elitista que considera a plebe romana um mal para o Estado. Sua falta de visão e arrogância logo se tornam um enorme obstáculo para sua ascensão política que se dará no meio de um verdadeiro caos popular. Irascível, o veterano militar não tem paciência e nem diplomacia para se tornar o ocupante do cargo mais poderoso da República Romana.
“Coriolanus” é uma adaptação da peça de William Shakespeare, um texto muito interessante que lida com a verdadeira essência dos homens públicos. Aqui o diretor e ator Ralph Fiennes preferiu trazer o contexto histórico em que passa o enredo para os nossos dias. Embora o texto original tenha sido preservado, com várias referências ao mundo clássico da Roma Republicana, o mundo em que se passa a estória é o atual. Assim ao invés de togas e figurinos da época os personagens vestem ternos e modernas roupas de combate. As legiões do exército romano foram substituídas por tanques modernos e as armas são fuzis automáticos de última geração. Eu particularmente considero esse tipo de opção artística um equívoco porque soa muito estranho ver pessoas do mundo atual declamando versos clássicos escritos pela pena de Shakespeare há séculos. No fundo se trata de uma tentativa (até louvável) de acostumar o público mais jovem com as peças do famoso autor inglês. No elenco o destaque vai para a dama Vanessa Redgrave no papel de Volumnia, mãe de Coriolanus, personagem que terá um grande destaque no desfecho do filme. Suas cenas são as melhores em termos de atuação. Em suma fica a recomendação, mesmo com reservas, dessa produção bem intencionada.
Coriolano (Coriolanus, Estados Unidos, 2011) Direção: Ralph Fiennes / Roteiro: John Logan baseado na peça de William Shakespeare / Elenco: Gerard Butler, Ralph Fiennes, Lubna Azabal, Vanessa Redgrave / Sinopse: O general romano Caius Martius Coriolanus (Ralph Fiennes) terá que enfrentar inúmeras rebeliões populares ao mesmo tempo em que combate uma nação bárbara inimiga liderada por Tullus Aufidius (Gerard Butler).
Pablo Aluísio.
“Coriolanus” é uma adaptação da peça de William Shakespeare, um texto muito interessante que lida com a verdadeira essência dos homens públicos. Aqui o diretor e ator Ralph Fiennes preferiu trazer o contexto histórico em que passa o enredo para os nossos dias. Embora o texto original tenha sido preservado, com várias referências ao mundo clássico da Roma Republicana, o mundo em que se passa a estória é o atual. Assim ao invés de togas e figurinos da época os personagens vestem ternos e modernas roupas de combate. As legiões do exército romano foram substituídas por tanques modernos e as armas são fuzis automáticos de última geração. Eu particularmente considero esse tipo de opção artística um equívoco porque soa muito estranho ver pessoas do mundo atual declamando versos clássicos escritos pela pena de Shakespeare há séculos. No fundo se trata de uma tentativa (até louvável) de acostumar o público mais jovem com as peças do famoso autor inglês. No elenco o destaque vai para a dama Vanessa Redgrave no papel de Volumnia, mãe de Coriolanus, personagem que terá um grande destaque no desfecho do filme. Suas cenas são as melhores em termos de atuação. Em suma fica a recomendação, mesmo com reservas, dessa produção bem intencionada.
Coriolano (Coriolanus, Estados Unidos, 2011) Direção: Ralph Fiennes / Roteiro: John Logan baseado na peça de William Shakespeare / Elenco: Gerard Butler, Ralph Fiennes, Lubna Azabal, Vanessa Redgrave / Sinopse: O general romano Caius Martius Coriolanus (Ralph Fiennes) terá que enfrentar inúmeras rebeliões populares ao mesmo tempo em que combate uma nação bárbara inimiga liderada por Tullus Aufidius (Gerard Butler).
Pablo Aluísio.
A Mosca
O diretor David Cronenberg criou assim uma obra aterrorizadora que chamou muito a atenção em seu lançamento por causa da maquiagem perfeita do monstro. Desnecessário dizer que a fita logo se tornou um grande sucesso de bilheteria nos cinemas e depois repetiu o êxito quando chegou nas locadoras de fitas VHS (no auge do sucesso do videocassete). O ator Jeff Goldblum passou certamente por um processo dos mais dolorosos pois a maquiagem pesada em determinado momento do filme tomou conta de todo o seus corpo. Eram horas e horas de maquiagem, o que no final acabou valendo muito a pena haja visto o resultado que vemos nas telas. É curioso que “A Mosca” mesmo sendo produzido em uma era pré-digital consegue ser muito mais verossímil e convincente do que os filmes atuais feitos com tecnologia de computação gráfica. A sensação de se ver algo real, na tela, mesmo que seja uma maquiagem cinematográfica, causa certamente maior impacto no público. Assim não deixe de ver esse pequeno clássico do cinema de terror dos anos 80 – e por favor esqueça sua péssima continuação, “A Mosca 2” que realmente é um horror de filme (no mal sentido).
A Mosca (The Fly, Estados Unidos, 1986) Direção: David Cronenberg / Roteiro: George Langelaan, Charles Edward Pogue / Elenco: Jeff Goldblum, Geena Davis, John Getz / Sinopse: Cientista tenta chegar ao teletransporte mas por um erro acaba tendo seu DNA fundido a de uma mosca que adentrou a máquina no momento em que se realizava seu teletransporte de matéria. Agora terá que lidar com as terríveis transformações pelas quais passa seu novo organismo.
Pablo Aluísio
quinta-feira, 2 de maio de 2013
Jurassic Park - O Parque dos Dinossauros
No mesmo ano em que Steven Spielberg filmou “A Lista de Schindler” ele surgiu com esse “O Parque dos Dinossauros”, dois filmes completamente diferentes, com propostas diversas. Com Schindler Spielberg tentava manter sua imagem de cineasta socialmente consciente, que procurava tratar de temas relevantes para a história. Ao dirigir filmes assim Spielberg queria efetivamente ser levado a sério. Era também sua grande aposta para finalmente vencer o Oscar de Melhor Direção e quem sabe até de Melhor Filme. Já em “O Parque dos Dinossauros” a situação era bem diferente, esse era um filme pop por excelência, voltado para o lado Peter Pan de sua carreira. Aqui Spielberg voltava para suas origens, voltando a ser o cineasta de obras feitas para o público infanto-juvenil. Jurassic Park partia de uma premissa interessante (embora fosse pura pseudociência como convém aos livros escritos por Michael Crichton), explorando a possibilidade de um dia a ciência conseguir vencer a barreira dos milênios para trazer de volta à vida os dinossauros do passado remoto de nosso planeta. O caminho encontrado seria manipular geneticamente os resquícios de DNA preservados em âmbar, dentro de insetos que supostamente teriam picado dinossauros na pré-história.
A tese cientifica era realmente tentadora – e bem bolada – mas o fato é que Jurassic Park não se trata de um filme cientifico mas sim de uma diversão blockbuster feito para as grandes platéias. Provavelmente foi a primeira vez que percebi o poder de marketing dos grandes estúdios. Acontece que nos meses que antecederam o lançamento do filme aconteceu um súbito interesse nesses animais que sempre povoaram a imaginação da humanidade. De repente os dinossauros estavam nas revistas, na TV, nos jornais, isso com uma intensidade fora do comum. Ora não era preciso ser gênio para entender que tudo era um muito bem elaborado plano de publicidade dos diretores do filme de Spielberg. Deixando isso de lado é fato incontestável que Jurassic Park é realmente um produto muito bem realizado com efeitos digitais revolucionários que trouxe de voltas às telas, com extrema fidelidade, todos esses seres pré-históricos. O roteiro não era grande coisa mas o impacto de todos aqueles efeitos digitais deixaram isso em segundo plano. A fórmula se tornou certeira e Spielberg conquistou o maior sucesso de bilheteria de sua carreira (superando até mesmo “E.T. O Extraterrestre”, sua obra prima artística e comercial). Revisto hoje em dia o filme já não causa tanto impacto mas mantém o carisma original. Não restam dúvidas que é certamente um dos mais queridos filmes do eterno Peter Pan do cinema americano.
Jurassic Park - O Parque dos Dinossauros (Jurassic Park, Estados Unidos, 1993) Direção: Steven Spielberg / Roteiro: Michael Crichton, David Koepp, baseados no livro "Jurassic Park" de Michael Crichton / Elenco: Sam Neill, Laura Dern, Jeff Goldblum, Richard Attenborough Samuel L. Jackson / Sinopse: Através de engenharia genética um cientista consegue recriar os dinossauros da era pré-história, os trazendo de volta à vida depois de milênios de sua extinção. Agora ele tentará ganhar muito dinheiro os exibindo em um parque temático localizado numa ilha distante – mas as coisas não sairão bem como planejado.
Pablo Aluísio.
A tese cientifica era realmente tentadora – e bem bolada – mas o fato é que Jurassic Park não se trata de um filme cientifico mas sim de uma diversão blockbuster feito para as grandes platéias. Provavelmente foi a primeira vez que percebi o poder de marketing dos grandes estúdios. Acontece que nos meses que antecederam o lançamento do filme aconteceu um súbito interesse nesses animais que sempre povoaram a imaginação da humanidade. De repente os dinossauros estavam nas revistas, na TV, nos jornais, isso com uma intensidade fora do comum. Ora não era preciso ser gênio para entender que tudo era um muito bem elaborado plano de publicidade dos diretores do filme de Spielberg. Deixando isso de lado é fato incontestável que Jurassic Park é realmente um produto muito bem realizado com efeitos digitais revolucionários que trouxe de voltas às telas, com extrema fidelidade, todos esses seres pré-históricos. O roteiro não era grande coisa mas o impacto de todos aqueles efeitos digitais deixaram isso em segundo plano. A fórmula se tornou certeira e Spielberg conquistou o maior sucesso de bilheteria de sua carreira (superando até mesmo “E.T. O Extraterrestre”, sua obra prima artística e comercial). Revisto hoje em dia o filme já não causa tanto impacto mas mantém o carisma original. Não restam dúvidas que é certamente um dos mais queridos filmes do eterno Peter Pan do cinema americano.
Jurassic Park - O Parque dos Dinossauros (Jurassic Park, Estados Unidos, 1993) Direção: Steven Spielberg / Roteiro: Michael Crichton, David Koepp, baseados no livro "Jurassic Park" de Michael Crichton / Elenco: Sam Neill, Laura Dern, Jeff Goldblum, Richard Attenborough Samuel L. Jackson / Sinopse: Através de engenharia genética um cientista consegue recriar os dinossauros da era pré-história, os trazendo de volta à vida depois de milênios de sua extinção. Agora ele tentará ganhar muito dinheiro os exibindo em um parque temático localizado numa ilha distante – mas as coisas não sairão bem como planejado.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 1 de maio de 2013
Pretty Baby – Menina Bonita
Essa semana, para minha surpresa, me deparei com esse filme sendo exibido em um canal a cabo pelo período da tarde. Sem falsos moralismos acredito que esse definitivamente não seja o horário adequado para a exibição dessa película. O motivo? Basta dar uma lida na sinopse para descobrir. O filme narra a vida de uma garota de apenas 12 anos, Violet, interpretada por Brooke Shields. A estória se passa em New Orleans no começo do século XX. Tudo estaria tudo bem se não fossem as circunstâncias que rondam a vida da jovem. Ela é filha de uma prostituta, interpretada por Susan Sarandon. Vive dentro de um bordel decadente e lascivo. Como se não bastasse tem sua virgindade leiloada sem pudores durante uma noite. Entre os clientes que dão seus lances estão políticos (um senador depravado), empresários, homens de negócios e até mesmo sujeitos que passam a imagem de serem acima de qualquer suspeita dentro da sociedade. A cena do leilão é tratada com fina naturalidade, o que deixa tudo ainda mais perturbador.
O filme ainda trata sobre um improvável romance envolvendo a garotinha e um homem bem mais velho que ganha a vida vendendo fotos de nudismo das prostitutas – clicando inclusive a própria mãe da personagem de Brooke Shields. O filme tem nudez moderada (apenas seios à mostra) mas pelo tema forte e complicado do ponto de vista moral só deveria ser exibido tarde da noite, em um horário mais adequado para sua proposta. Aqui obviamente não se trata de censura mas de bom senso apenas. Tirando as questões morais de lado é importante ainda chamar a atenção para a postura do filme sobre o tema de que trata. As prostitutas, as doenças, a vida sacrificada e explorada, tudo vai surgindo na tela com se fosse algo muito natural na vida daquelas personagens. O diretor Louis Malle parece muito à vontade em contar essa estória. Algumas das mulheres nasceram em bordéis e não conseguem ver outra vida pela frente. A dona do estabelecimento, uma cafetina destruída pela vida e pelo tempo, mais parece uma personagem saída dos filmes de Fellini. Brooke Shields a estrela juvenil repudiou o filme alguns anos depois afirmando que não deveria ter feito algo assim. Olhando para trás devo concordar. O filme é bom, não restam dúvidas, mas seu tema é forte demais para uma atriz tão jovem quanto Brooke era na época. De uma forma ou outra vale a pena ser redescoberto nem que seja para vermos como a prostituição infantil era terrivelmente encarada como algo normal naquele passado distante.
Pretty Baby - Menina Bonita (Pretty Baby, Estados Unidos, 1978) Direção: Louis Malle / Roteiro: Polly Platt / Elenco: Brooke Shields, Keith Carradine, Susan Sarandon / Sinopse: Garota de 12 anos, filha de uma prostituta, tem sua virgindade leiloada no bordel onde vive. Ao mesmo tempo começa a ter sentimentos por um homem bem mais velho, um fotógrafo de nudismo.
Pablo Aluísio.
O filme ainda trata sobre um improvável romance envolvendo a garotinha e um homem bem mais velho que ganha a vida vendendo fotos de nudismo das prostitutas – clicando inclusive a própria mãe da personagem de Brooke Shields. O filme tem nudez moderada (apenas seios à mostra) mas pelo tema forte e complicado do ponto de vista moral só deveria ser exibido tarde da noite, em um horário mais adequado para sua proposta. Aqui obviamente não se trata de censura mas de bom senso apenas. Tirando as questões morais de lado é importante ainda chamar a atenção para a postura do filme sobre o tema de que trata. As prostitutas, as doenças, a vida sacrificada e explorada, tudo vai surgindo na tela com se fosse algo muito natural na vida daquelas personagens. O diretor Louis Malle parece muito à vontade em contar essa estória. Algumas das mulheres nasceram em bordéis e não conseguem ver outra vida pela frente. A dona do estabelecimento, uma cafetina destruída pela vida e pelo tempo, mais parece uma personagem saída dos filmes de Fellini. Brooke Shields a estrela juvenil repudiou o filme alguns anos depois afirmando que não deveria ter feito algo assim. Olhando para trás devo concordar. O filme é bom, não restam dúvidas, mas seu tema é forte demais para uma atriz tão jovem quanto Brooke era na época. De uma forma ou outra vale a pena ser redescoberto nem que seja para vermos como a prostituição infantil era terrivelmente encarada como algo normal naquele passado distante.
Pretty Baby - Menina Bonita (Pretty Baby, Estados Unidos, 1978) Direção: Louis Malle / Roteiro: Polly Platt / Elenco: Brooke Shields, Keith Carradine, Susan Sarandon / Sinopse: Garota de 12 anos, filha de uma prostituta, tem sua virgindade leiloada no bordel onde vive. Ao mesmo tempo começa a ter sentimentos por um homem bem mais velho, um fotógrafo de nudismo.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 30 de abril de 2013
O Iluminado
Outro grande clássico do cinema baseado em um livro de autoria do mestre Stephen King. Aqui o cenário é desolador, um hotel isolado em baixa estação, durante um rigoroso inverno. É para lá que vão Jack Torrence (Jack Nicholson) e sua familia. Após o lugar ficar completamente isolado durante uma tempestade de neve tudo começa a mudar. O que começa como um trabalho normal, de rotina, logo se revela assustador pois o grande hotel parece ter vida própria, com várias manifestações sobrenaturais ocorrendo pelos corredores. Jack também começa a manifestar um comportamento fora do comum, obviamente influenciado por forças que não consegue compreender. Vários são os motivos que tornaram “O Iluminado” uma obra prima. Todo filme é a soma dos talentos envolvidos e aqui certamente não faltam grandes nomes. A direção de Stanley Kubrick é, como sempre, inovadora e assustadoramente perturbadora. O cineasta conseguiu criar um excelente clima sombrio utilizando-se apenas dos cenários daquele imenso local que a todo momento parece esconder algo misterioso. Kubrick não cai em armadilhas fáceis e aposta em um terror psicológico, soturno. Também se utiliza com extrema inteligência da chamada câmera subjetiva, onde o espectador se coloca numa visão em primeira pessoa. Andar por aqueles corredores, vendo tudo como um espectador privilegiado (e aterrorizado) fez toda a diferença do mundo.
Além da direção inspirada “O Iluminado” conta com a preciosa e insuperável interpretação de Jack Nicholson. É fato que esse livro já ganhou várias adaptações depois dessa mas nenhuma conseguiu superar a sobrenatural atuação de Nicholson. Seu personagem começa a estória como um bom homem, equilibrado, que vai aos poucos perdendo a razão, se tornando obcecado, submerso em si mesmo, até beirar as raias da loucura completa. Apenas um grande ator conseguiria trazer para as telas a profundidade de um papel assim e Nicholson, talentoso como sempre foi, consegue isso com rara sensibilidade. Por fim temos que elogiar o texto original de Stephen King. Aqui em seu trabalho ele conseguiu criar uma obra assustadora, muito eficiente no quesito sustos e medo, mas também com uma bela trama em aberto, que leva o espectador / leitor a parar para pensar e entender tudo aquilo que assistiu / leu. O final, que Kubrick soube utilizar com raro brilhantismo, reflete muito bem esse aspecto. Em suma, “O Iluminado” é certamente um dos maiores filmes de terror já feitos. Essencial na coleção de todo fã do gênero que se preze.
O Iluminado (The Shining, Estados Unidos, 1980) Direção: Stanley Kubrick / Roteiro: Stanley Kubrick, Diane Johnson, baseados no livro The Shining de Stephen King / Elenco: Jack Nicholson, Shelley Duvall, Danny Lloyd, Scatman Crothers / Sinopse: Escritor e sua família ficam completamente isolados em um hotel fora de estação durante uma tempestade de neve. Presos no local logo começam a notar o surgimento de várias manifestações sobrenaturais no local.
Pablo Aluísio.
Além da direção inspirada “O Iluminado” conta com a preciosa e insuperável interpretação de Jack Nicholson. É fato que esse livro já ganhou várias adaptações depois dessa mas nenhuma conseguiu superar a sobrenatural atuação de Nicholson. Seu personagem começa a estória como um bom homem, equilibrado, que vai aos poucos perdendo a razão, se tornando obcecado, submerso em si mesmo, até beirar as raias da loucura completa. Apenas um grande ator conseguiria trazer para as telas a profundidade de um papel assim e Nicholson, talentoso como sempre foi, consegue isso com rara sensibilidade. Por fim temos que elogiar o texto original de Stephen King. Aqui em seu trabalho ele conseguiu criar uma obra assustadora, muito eficiente no quesito sustos e medo, mas também com uma bela trama em aberto, que leva o espectador / leitor a parar para pensar e entender tudo aquilo que assistiu / leu. O final, que Kubrick soube utilizar com raro brilhantismo, reflete muito bem esse aspecto. Em suma, “O Iluminado” é certamente um dos maiores filmes de terror já feitos. Essencial na coleção de todo fã do gênero que se preze.
O Iluminado (The Shining, Estados Unidos, 1980) Direção: Stanley Kubrick / Roteiro: Stanley Kubrick, Diane Johnson, baseados no livro The Shining de Stephen King / Elenco: Jack Nicholson, Shelley Duvall, Danny Lloyd, Scatman Crothers / Sinopse: Escritor e sua família ficam completamente isolados em um hotel fora de estação durante uma tempestade de neve. Presos no local logo começam a notar o surgimento de várias manifestações sobrenaturais no local.
Pablo Aluísio.
Carrie, a Estranha
Vem remake novo por aí (Deus nos ajude!) desse grande clássico moderno dos filmes de terror. “Carrie, a Estranha” marcou época por vários motivos mas principalmente por causa de seu roteiro bem trabalhado, por seu clima de tensão e desconforto e por sua refinada direção de arte que consegue mesclar o grotesco e o belo em doses generosas. Na trama conhecemos Carrie (Sissy Spacek), uma garota de 17 anos pretensamente normal que logo descobre que a escola e a vida não são fáceis. Sofrendo de bullying no colégio, a jovem e tímida Carrie acaba se tornando o alvo preferido de piadas e chacotas de seus colegas de classe – um bando de garotos e garotas sem valores morais, só interessados em si mesmo e em suas grotescas atitudes com os não populares. Para piorar o que já é bem ruim em sua vida escolar Carrie ainda tem que lidar com uma mãe fundamentalista, fanática religiosa, que não consegue pensar ou agir racionalmente. Passando pelas dificuldades da adolescência, tendo que entender sua própria sexualidade sem contar com sua mãe obsessiva (que acha que tudo é pecado) Carrie vai chegando ao seu limite.
O filme é baseado em mais um best seller de Stephen King, o mestre da literatura de terror. Como sempre ocorre King se aproveita do cotidiano de lugares tipicamente americanos para desenvolver suas tramas de terror e suspense. Em Carrie ele foi genial porque conseguiu unir os anseios da uma juventude complicada com eventos sobrenaturais, tudo com um toque que beira a genialidade. Aqui tudo funciona maravilhosamente bem, desde a direção talentosa de Brian De Palma (em uma época particularmente inspirada de sua carreira), até a interpretação na medida de Sissy Spacek no papel de Carrie. O curioso é que a famosa cena final do baile quase foi cortada da versão final pelo estúdio por ser considerada na época “sangrenta demais” (mal sabiam eles no que o cinema de terror iria se transformar nos próximos anos). Hoje em dia Carrie é considerado um pequeno clássico moderno do terror, um filme que marcou época e que está prestes a ser destruído (será mesmo?) por mais um remake oportunista! Melhor rever o original.
Carrie, a Estranha (Carrie, Estados Unidos, 1978) Direção: Brian De Palma / Roteiro: Lawrence D. Cohen, baseado no livro de Stephen King / Elenco: Sissy Spacek, Piper Laurie, Amy Irving, John Travolta, Nancy Allen / Sinopse: Carrie é uma garota de 17 anos que sofre de todo tipo de abuso, em casa e na escola. Com poderes sobrenaturais de telecinese ela finalmente se vingará de todos quando chegar ao seu limite de tolerância.
Pablo Aluísio.
O filme é baseado em mais um best seller de Stephen King, o mestre da literatura de terror. Como sempre ocorre King se aproveita do cotidiano de lugares tipicamente americanos para desenvolver suas tramas de terror e suspense. Em Carrie ele foi genial porque conseguiu unir os anseios da uma juventude complicada com eventos sobrenaturais, tudo com um toque que beira a genialidade. Aqui tudo funciona maravilhosamente bem, desde a direção talentosa de Brian De Palma (em uma época particularmente inspirada de sua carreira), até a interpretação na medida de Sissy Spacek no papel de Carrie. O curioso é que a famosa cena final do baile quase foi cortada da versão final pelo estúdio por ser considerada na época “sangrenta demais” (mal sabiam eles no que o cinema de terror iria se transformar nos próximos anos). Hoje em dia Carrie é considerado um pequeno clássico moderno do terror, um filme que marcou época e que está prestes a ser destruído (será mesmo?) por mais um remake oportunista! Melhor rever o original.
Carrie, a Estranha (Carrie, Estados Unidos, 1978) Direção: Brian De Palma / Roteiro: Lawrence D. Cohen, baseado no livro de Stephen King / Elenco: Sissy Spacek, Piper Laurie, Amy Irving, John Travolta, Nancy Allen / Sinopse: Carrie é uma garota de 17 anos que sofre de todo tipo de abuso, em casa e na escola. Com poderes sobrenaturais de telecinese ela finalmente se vingará de todos quando chegar ao seu limite de tolerância.
Pablo Aluísio.
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