segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Solomon Kane

Mais um filme baseado em um personagem inspirado na chamada literatura pulp fiction (que depois viraria Graphic Novel). Solomon Kane foi criado pelo mesmo autor de Conan, Robert E. Howard. Embora tenha seus admiradores nunca conseguiu igualar a popularidade do famoso bárbaro. Assim como acontece com Conan, Solomon vive em um mundo onde magia e violência convivem simultaneamente. Se você for fã de quadrinhos muito provavelmente vai gostar. Solomon Kane é um ex-mercenário arrependido que vendeu a alma ao diabo em troca de fortuna e sucesso em suas campanhas militares. Quando o próprio Satã vem pedir a recompensa ele vai para um convento tentar escapar do diabo. Depois é expulso de lá e assim começa a aventura do filme... 

A produção em si é modesta mas bem feita. Não há uso exagerado de efeitos digitais, só na cena final temos uma maior presença de efeitos (quem curte monstros digitalmente produzidos provavelmente vai gostar do visual do enviado de satã). Em contrapartida o filme é bem fotografado e durante toda a projeção demonstra ter uma razoável mas eficaz direção de arte. Não há grandes astros no elenco, o mais conhecido é Max Von Sydow que só aparece em duas cenas, embora sejam vitais para a trama do filme. Como divertimento ligeiro, se você não tiver nada para fazer em um domingão sonolento, até cai bem. Em essência é um capa e espada com toques sobrenaturais, misturada com bastante fantasia religiosa. Não é uma maravilha de filme mas os fãs de HQs não reclamarão, pelo menos assim acredito.  

Solomon Kane (Solomon Kane, Estados Unidos, 2009) Direção: Michael J. Bassett / Roteiro: Michael J. Bassett baseado no personagem "Solomon Kane" criado por Robert E. Howard / Elenco: James Purefoy, Max Von Sydow, Lucas Stone / Sinopse: Solomon Kane é um ex-mercenário arrependido que vendeu a alma ao diabo em troca de fortuna e sucesso em suas campanhas militares. Quando o próprio Satã vem pedir a recompensa ele vai para um convento tentar escapar do diabo. Depois é expulso de lá e assim começa a aventura do filme.  

Pablo Aluísio.

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Anjo do Desejo

Acabei de conferir esse bizarro, para dizer o mínimo, filme. Eu sinceramente gostaria de conhecer o produtor que teve a coragem de investir tempo e dinheiro em uma coisa tão idiota como essa! O argumento não tem a menor lógica: Garota com asas, Megan Fox (que atriz péssima, vou te contar), é resgatada de um circo de quinta categoria por um músico fracassado (Mickey Rourke, totalmente deformado e com um figurino de assustar de tanto mal gosto). Juntos iniciam um romance de meia tigela que não convence ninguém - e pra piorar são perseguidos por um criminoso local (Bill Murray, em péssima atuação - será que o sujeito tá falido pra entrar em um mico desses?) A produção é ridicula - totalmente mal feita, com uso de pavorosos efeitos (ou seria defeitos) especiais. 

Lamento por nomes como Mickey Rourke e Bill Murray estarem no meio desse abacaxi. Mickey inclusive já soltou farpas contra o filme em algumas entrevistas dizendo que é uma bomba. Devo discordar dele, o filme não é apenas uma bomba mas sim uma bomba nuclear! Já a Megan Fox é uma coisa mesmo. Provavelmente seja a atriz mais medíocre do mundo - não consegue fazer uma expressão convincente - a mulher é de uma canastrice sem igual!. Ver ela ao lado de Mickey Rourke é uma coisa mais bizarra que o próprio filme. Em poucas palavras: Passion Play é um pavor de ruindade. Lixo!  

Anjo do Desejo (Passion Play, Estados Unidos, 2010) Direção: Mitch Glazer / Roteiro: Mitch Glazer / Elenco: Mickey Rourke, Megan Fox, Bill Murray / Sinopse: Homem encontra garota com asas em circo e se apaixona por ela. 

Pablo Aluísio.

O Lutador

O filme que marcou o verdadeiro renascimento artísitco do ator Mickey Rourke. Com roteiro sensível e humano e direção do talentoso cineasta Darren Aronofsky, O Lutador se tornou um dos filmes mais badalados de 2008. Aqui Mickey Rourke interpreta o tocante papel de Randy 'The Ram' Robinson, um decadente lutador de luta livre cuja glória há muito passou em sua vida. Vivendo de empregos medíocres Randy tenta reencontrar a felicidade e o caminho do sucesso de outrora. O diretor tentou imprimir um tom semi-documental que dá uma carga extra de veracidade para a estória. As locações não são estilizadas, pelo contrário, tudo surge em tela de forma bem autêntica, tal como na vida real. A direção é segura e interfere o mínimo possível nos acontecimentos. Darren Aronofsky é um cineasta de filmes inteligentes e bem escritos (tais com Pi, Réquiem Para um Sonho e Cisne Negro) e respeita muito a inteligência do espectador, jamais tomando caminhos fáceis demais em seus filmes. De fato ele não manipula as emoções, apenas as apresenta de forma isenta na tela. 

O argumento obviamente trazia muitas semelhanças com a própria vida de Mickey Rourke que conheceu ao longo de sua vida tanto a glória como o fracasso completo. Desprezado ousou manter sua dignidade intacta mesmo quando todos o abandonaram. A interpretação de Mickey Rourke como Randy 'The Ram' Robinson foi realmente fenomenal e valeu a ele indicações aos principais prêmios do cinema. Venceu o Globo de Ouro de Melhor Ator mas perdeu o Oscar para Sean Penn apesar de ter sido apontado como o favorito. Não faz mal, O Lutador é uma obra prima que trouxe de volta ao primeiro time esse ator tão especial. 

O Lutador (The Wrestler, Estados Unidos, 2008) Direção: Darren Aronofsky / Roteiro: Robert D. Siegel / Elenco: Mickey Rourke, Marisa Tomei, Evan Rachel Wood / Sinopse: Em "O Lutador" Mickey Rourke interpreta o tocante papel de Randy 'The Ram' Robinson, um decadente lutador de luta livre cuja glória há muito passou em sua vida. Vivendo de empregos medíocres Randy tenta reencontrar a felicidade e o caminho do sucesso de outrora.  

Pablo Aluísio.

Harley Davidson & Marlboro Man

Depois de vários anos revi esse filme cujo nome mais parece comercial de empresas: Harley Davidson & Marlboro Man. Curiosamente não parece ser o caso pois as próprias empresas colocaram um aviso logo no começo do filme explicando que não se tratava de marketing disfarçado. Na realidade o uso dessas marcas vem de encontro à proposta de se criar personagens de estilo. Tanto o Cowboy (Don Johnson) quanto o Motoqueiro (Mickey Rourke) são apenas estereótipos na realidade. O mesmo vale para os bandidos, em casacos de couro à la Matrix eles também são puro design, sem qualquer tipo de profundidade por trás. O filme foi dirigido por Simon Wincer que havia se destacado pelo estranho filme "DARYL" e que curiosamente iria dirigir seu maior sucesso após esse aqui, o filme sessão da tarde "Free Willy". 

"Harley Davidson & Marlboro Man" é uma fita assumidamente simples (apesar de todo o estilo) e investe basicamente em várias cenas de ação - com destaque para o salto na piscina em um hotel de Las Vegas e o tiroteio em um cemitério de aviões da força aérea americana. Mickey Rourke e Don Johnson estão em seus tipos habituais. Na verdade fizeram o filme porque a carreira de ambos começava a declinar e tentavam emplacar um sucesso de bilheteria. Não conseguiram. O filme rendeu pouco e não conseguiu se pagar nos cinemas (a coisa só melhorou um pouco depois no mercado de vídeo). Enfim é isso, apesar de ter sido rodado nos anos 90 o filme mais parece um produto da década de 80. Se você gosta de filmes daqueles anos pode se divertir sem problemas.   

Harley Davidson & Marlboro Man (Idem, Estados Unidos, 1991) Direção: Simon Wincer / Roteiro: Don Michael Paul / Elenco: Mickey Rourke, Don Johnson, Tia Carrera, Tom Sizemore, Chelsea Field / Sinopse: Harley Davidson (Mickey Rourke) e Marlboro Man (Don Johnson) se envolvem com um perigoso grupo de traficantes e contrabandistas high tech.  

Pablo Aluísio.

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Morte Sobre o Nilo

Assim como os livros de James Bond os livros escritos por Agatha Christie seguiam uma fórmula básica. No caso dessa autora ela geralmente reunia várias pessoas suspeitas em um ambiente fechado (como um barco ou trem) e colocava o leitor na situação de tentar descobrir quem seria o assassino. É exatamente isso que temos aqui nesse "Morte sobre o Nilo". Vários personagens se tornam suspeitos da morte de uma rica herdeira que misteriosamente é morta durante um cruzeiro turístico pelo Egito. O filme em si é muito interessante, tem ótimas cenas externas (filmadas no templo de Karnak e nas pirâmides de Gizé) e um elenco de encher os olhos de qualquer cinéfilo.

O destaque obviamente vai para o grande ator Peter Ustinov que aqui interpreta um dos personagens mais famosos da escritora, o inspetor Hercule Poirot (que todos pensam ser francês mas que é belga na verdade). Ustinov domina a cena, tentando descobrir quem teria cometido o crime. Nunca assisti uma atuação fraca de Ustinov e aqui não seria exceção. Ao lado dele, o auxiliando, temos outro grande ator, David Niven. Já envelhecido, prestes a se aposentar o ator ainda tinha uma bela presença de cena. Entre as atrizes o filme traz uma Mia Farrow fazendo mais uma personagem perturbada e a grande diva Bette Davis, discreta, elegante e atuando ao lado da também excelente Maggie Smith. Enfim, só pela oportunidade de ver tanta gente talentosa junta já vale a existência do filme. Assista, se divirta e tente descobrir o quebra cabeça da trama.

Morte Sobre o Nilo (Death on the Nile, Inglaterra, Estados Unidos, 1978) Direção de John Guillermin / Elenco: Peter Ustinov, Bette Davis, David Niven, Mia Farrow / Sinopse: Grupo de ricos em turismo pelo Egito acabam entrando em um cruzeiro pelo Rio Nilo aonde um assassinato é cometido. Todos no navio tem algum motivo para ter matado a vítima. Quem teria afinal feito o terrível crime? Baseado na famosa obra de Agatha Christie.

Pablo Aluísio.

Meia Noite em Paris

Achei esse um dos filmes mais acessíveis da carreira de Woody Allen. Ao contrário das produções mais intelectuais do diretor aqui tudo soa como algo inofensivo, simples, diria que "Meia Noite em Paris" é o produto mais pop do cineasta. Curtinho, levinho, muito bonito e com direção e roteiro redondinhos não me admira em nada que tenha sido a melhor bilheteria do diretor. Diria que basicamente estamos na presença de um "De Volta Para o Futuro para intelectuais (ou pseudo intelectuais)", um filme para ser exibido em shopping center sem exigir muito do espectador. Ao lado dos encontros do personagens com nomes famosos do passado em Paris (em boa atuação de Owen Wilson, cheio de maneirismos do próprio Alllen) há uma estorinha de turistas americanos curtindo a cidade luz. Nada muito aprofundado, bem básico, assim como também são os célebres do passado que surgem no decorrer do filme. 

De certa forma Dali, Picasso, Fritzgerald e outros são mostrados em caracterizações bem clichês - e de forma bem rasa, algumas vezes com diálogos bem didáticos para informar aos espectadores quem são aqueles que surgem em cena. Algumas vezes funciona e em outras não, virando o mais puro e rasteiro clichê (como Dalí que é retratado como um maluco delirante). É a tal coisa, se o espectador entrar e comprar a idéia de Allen vai curtir mesmo que em nível superficial. Aliás se eu tenho uma crítica a "Meia Noite em Paris" é justamente essa: é um filme superficial e bonitinho demais onde o diretor abusou de imagens e estereótipos em excesso para agradar o povão. Parece que o diretor, que sempre foi um artista ousado e inovador, preferiu puxar o freio de mão para agradar às massas sem perder sua imagem de intelectual de Nova Iorque. O tiro saiu pela culatra na minha opinião. Prefiro o Allen complexado e neurótico do que esse aqui embalado para consumo rápido em praça de alimentação de shopping center. Se fosse resumir diria que "Meia Noite em Paris" é o fast food de Woody Allen, ou melhor dizendo, um croissant para turista americano de bermudão.  

Meia Noite em Paris (Midnight in Paris, Estados Unidos, Espanha, 2011) Direção: Woody Allen / Roteiro:: Woody Allen / Elenco: Owen Wilson, Rachel McAdams, Kathy Bates / Sinopse: Americano em férias em Paris acaba encontrando grandes nomes do passado em suas andanças noturnas pela cidade luz.  

Pablo Aluísio.

Ironclad - Sangue e Honra

"Ironclad - Sangue e Honra" é uma violenta aventura medieval. O filme começa muito bem, todo se baseando no reinado de João Sem Terra, famoso monarca inglês que foi forçado a assinar a chamada Magna Carta (uma das primeiras declarações de direitos individuais da história). Até aí tudo bem. O problema é que o Rei resolve ignorar tudo o que assinou e assim um grupo de rebeldes tenta novamente organizar uma rebelião contra o Rei. Dito assim pode-se pensar que o filme é rico em argumento mas não. Em menos de 30 minutos os rebeldes se fixam nas trincheiras do castelo de Rochester e o tema do filme, que poderia ser bem amplo, acaba se resumindo nessa situação de castelo sitiado pelas forças reais (que contam com a ajuda de mercenários dinamarqueses). 

Como toda situação de cerco somos apresentados a todas as táticas da época para tomar o castelo. Nesse ponto o filme se concentra nessa situação e a violência corre solta. É um dos filmes medievais mais violentos que já vi, beirando o gore. Cavalheiros são decepados, cortados, torturados, queimados, etc, etc. O banho de sangue toma conta da tela. No elenco o ponto alto fica, como era de se esperar, com Paul Giamatti no papel de João Sem Terra. Ele está alucinado em cena (no aspecto positivo do termo). No saldo geral vale a pena assistir, apesar de que saí com a sensação de que poderia ser muito, muito melhor. 

Ironclad - Sangue e Honra (Ironclad, Estados Unidos, 2011) Direção: Jonathan English / Roteiro: Jonathan English / Elenco: Paul Giamatti, Jason Flemyng, Brian Cox / Sinopse: Um grupo de rebeldes são sitiados durante o reinado de João Sem Terra na Idade Média. Roteiro levemente inspirado em fatos históricos reais.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Amor e Outras Drogas

Jamie (Jake Gyllenhaal) é um astuto representante de vendas de uma grande indústria de medicamentos. Em seu cotidiano ele se vê impelido a vender seu produto a todo custo, usando de todos os meios para que os médicos e os hospitais a que visita adotem as drogas que ele vende como padrão. Como recebe por comissão sua vida financeira depende diretamente disso. Numa dessas vendas acaba conhecendo Maggie (Anne Hathaway), uma charmosa jovem que no momento não está interessada em se relacionar com ninguém. Atitude que Jamie tentará mudar. "Amor e Outras Drogas" é uma comédia romântica que passeia por diversos estilos cinematográficos. Começa com um roteiro bem humorado, com doses generosas de cinismo e situações de duplo sentido. Depois vira um soft porn com muitas cenas de nudez, explorando de todas as formas o sex appeal do casal central. Por fim e pela terceira vez o filme tenta mudar novamente virando dessa vez um drama pesado onde os personagem vão ter que lidar com uma terrível situação. 

Em nenhum desses gêneros o filme chega a acertar direito, o roteiro está sempre fora de foco, procurando se encontrar mas nunca chega a um bom termo. A produção joga o tempo todo com a indústria farmacêutica. O personagem principal Jamie é no começo do longa um vendedor que só pensa no lado financeiro do mundo das drogas prescritas. Nunca se importa com o outro lado, a dos doentes e das pessoas que necessitam desses remédios para sobreviver. Para ele as drogas são apenas um meio para ganhar muito dinheiro e só. Apenas quando se vê atirado no outro lado é que ele cria real consciência do que efetivamente está lidando. O roteiro parece querer reforçar a crítica contra a indústria e o lado desumano da comercialização de medicamentos mas não desenvolve o tema a contento, se concentrando muito mais no lado romântico do casal. Faltou um pouco mais de trato nesse aspecto. Além disso some-se a isso o fato do filme ser longo além do necessário (para falar a verdade longo demais para uma estória que no fundo é simples). No final provavelmente vai desagradar a quem procura apenas uma comédia romântica leve e também aos que procuravam por algo com mais conteúdo. Esse problema é típico de filmes que atiram para todos os lados como esse "Amor e Outras Drogas".  

Amor e Outras Drogas (Love and Other Drugs, Estados Unidos, 2010) Direção: Edward Zwick / Roteiro: Edward Zwick, Charles Randolph, Marshall Herskovitz, Jamie Reidy / Elenco: Jake Gyllenhaal, Anne Hathaway, Oliver Platt, Hank Azaria, Josh Gad, Gabriel Macht / Sinopse: Jamie (Jake Gyllenhaal) é um astuto representante de vendas de uma grande indústria de medicamentos. Em seu cotidiano ele se vê impelido a vender seu produto a todo custo, usando de todos os meios para que os médicos e os hospitais a que visita adotem as drogas que ele vende como padrão. Como recebe por comissão sua vida financeira depende diretamente disso. Numa dessas vendas acaba conhecendo Maggie (Anne Hathaway), uma charmosa jovem que no momento não está interessada em se relacionar com ninguém. Atitude que Jamie tentará mudar.  

Pablo Aluísio.

Bronco Billy

Bronco Billy é basicamente uma homenagem a três coisas. Primeiro é uma homenagem ao mundo do circo, à vida daqueles que ganham seu sustento trabalhando cidade após cidade, levando esse secular entretenimento aos lugares mais remotos. Clint Eastwood não esconde que de certa forma homenageia aqui o famoso Buffalo Bill que fez fama e fortuna com seu show itinerante do velho oeste no começo do século passado (Buffalo Bill tem inclusive um ótimo filme enfocando sua vida, estrelado por Paul Newman). Outra homenagem que Clint faz com seu filme é em relação à mitologia do western. Ele brinca com sua própria imagem de cowboy no cinema. Achei excelente esse bom humor por parte dele em se auto parodiar. Por fim, e o mais importante, Clint homenageia o direito de cada um realizar seus sonhos. 

A cena que define Bronco Billy é aquela em que o personagem de Clint explica para sua companheira que ele tinha sido a vida inteira um mero vendedor de sapatos da cidade grande até que um dia resolveu largar tudo para correr atrás de seus sonhos. No caso o sonho que ele almejava desde a infância era a de ser um cowboy de verdade (igual aos que via no cinema quando criança). Eu achei tão lírica essa situação que valeu pelo filme inteiro. Enfim, ótima diversão para todas as idades e que mostra bem que o talento de Clint Eastwood como cineasta vem de longe!  

Bronco Billy (Bronco Billy, Estados Unidos, 1980) Direção: Clint Eastwood / Roteiro: Dennis Hackin / Elenco: Clint Eastwood, Sondra Locke, Geofrey Lewis / Sinopse: Bronco Billy (Clint Eastwood) tem um pequeno circo itinerante onde apresenta por cidadezinhas do interior dos EUA seu show de faroeste ao lado de seu grupo de artistas. Após ter a lona de seu circo incendiada em um acidente Bronco tem uma grande idéia para levantar seu show novamente.  

Pablo Aluísio.

Apollo 18

Uma tremenda bobagem. Poderia resumir esse Apollo 18 assim, dessa maneira simples. De todos os formatos que andaram surgindo nos últimos anos esse que chamo de "falso documentário" (existem outras denominações por aí) é um dos piores. É engraçado porque eles geralmente seguem o mesmo caminho: tentam virar hits na internet, semeiam informações falsas e depois tentam vender tudo como se fosse verdade. Na época de "A Bruxa de Blair" isso ainda era uma novidade e tanto (e deu muito certo como demonstra sua bilheteria) mas hoje em dia tentar servir um prato requentado tantas vezes soa desnecessário. 

Além desse aspecto "Apollo 18" tem um sério problema: é muito bobo o roteiro. Para quem cresceu vendo os roteiros bem elaborados da série clássica Star Trek ter que encarar uma bobagem dessas é dose pra leão. Em pouco mais de 60 minutos o filme nos enrola com pseudo papo de cunho técnico fajuto para dar alguma veracidade ao que ocorre na tela. Mas tudo vai por água abaixo, os atores são fracos, as imagens repetitivas logo cansam e o irritante áudio de má qualidade nos enche a paciência. A velha estorinha de ETs do mal já deu o que tinha que dar. Pra falar a verdade teria sido muito melhor se realizassem um documentário real sobre a Apollo 17, essa sim uma missão verdadeira. Já a Apollo 18 foi pura perda de tempo e dinheiro. 

Apollo 18 (Apollo 18, Estados Unidos, 2011) Direção: Gonzalo López-Gallego / Roteiro: Brian Miller / Elenco: Warren Christie, Lloyd Owen, Ryan Robbins / Sinopse: Imagens secretas do governo americano são descobertas mostrando os terríveis acontecimentos com a tripulação da missão Apollo 18.0

Pablo Aluísio.