É uma das mais bonitas, belas e bem gravadas canções dos anos 60, mas curiosamente inicialmente ninguém a queria gravar. Ela foi escrita pelo talentoso compositor e músico Smokey Robinson. Sua intenção original era gravar a música com sua própria banda na Motown Records mas o chefão Berry Gordy achou a canção uma verdadeira porcaria, repleta de clichês por todos os lados. Assim Smokey desistiu de gravá-la com seu grupo vocal mas ainda tinha esperanças que alguém se interessasse por ela.
Durante uma festa em Detroit ele encontrou casualmente o vocalista David Ruffin do grupo The Temptations. Smokey achava que Ruffin era um dos melhores cantores da Motown naquela época, embora fosse completamente subestimado pelos donos do selo, e pediu que ele a cantasse informalmente no quintal de sua casa. A interpretação de Ruffin encheu os olhos de Smokey de lágrimas pois ele era um daqueles artistas que cantavam com o coração. Ruffin por sua vez achou aquela melodia maravilhosa, embora a letra era, ainda em sua opinião, muito pueril e derivativa. De qualquer forma ele queria arriscar e gravar a canção com os Temptations.
Como eles eram do segundo escalão da Motown e não haveria maiores riscos ou pressão financeira sobre o grupo o produtor Berry Gordy finalmente deu carta branca para que fosse finalmente gravada. O resultado? O single lançado no natal de 1964 explodiu em vendas! Bastou apenas poucos dias para virar um dos maiores sucessos da gravadora em todos os tempos. O compacto que não tinha nenhum luxo, com capa em preto e branco feita de material barato, e que para falar a verdade nem tinha sido trabalhado direito pela gravadora, adentrou as paradas musicais com fúria, chegando ao primeiro lugar da Billboard Hot 100 em apenas uma semana do seu lançamento - um feito que surpreendeu a todos, inclusive Smokey Robinson que tinha escrito um hit que havia sido rejeitado por todos, inclusive por seus companheiros mais chegados.
Quando o single chegou na marca de um milhão de cópias vendidas, Smokey pensou seriamente em largar a Motown e se aventurar em Nova Iorque em busca de algum espaço, afinal de contas ele tomou consciência de que seu trabalho como compositor não estava sendo devidamente reconhecido em Detroit. Imagine, um dos maiores sucessos dos anos 60 havia sido qualificado como "porcaria" por Berry Gordy e seus asseclas. Como diria o ditado, nada melhor do que um dia após o outro.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 6 de julho de 2011
terça-feira, 5 de julho de 2011
Elvis e o Cover
Bom, há algum tempo atrás me pediram que mostrasse uma foto de Elvis Presley com um de seus covers tirada nos portões da casa de Elvis na Califórnia. Sabia que tinha a foto em meus arquivos mas não encontrava até que finalmente hoje as localizei. Inicialmente as divulguei no meu perfil no Facebook e como houve grande interesse dos internautas e fãs de Elvis por elas as trago agora também aqui para nosso blog. O nome do cover ao lado de Elvis no portão é Larry Blong. As fotos datam de 1972. Espero que gostem. Um grande abraço, Pablo Aluísio.
The Beatles - Strawberry Fields Forever / Penny Lane
Até hoje reconhecido como um dos melhores singles da carreira dos Beatles. Duas faixas nostálgicas que procuravam recordar a eles o começo de suas vidas, a infância e os bons tempos em Liverpool. Em entrevistas durante os anos 70 o próprio John Lennon explicou como as canções foram escritas. "Strawberry Fields Forever" começou a ganhar forma quando o próprio Lennon resolveu aproveitar esse nome, que era de um hospital do exército da salvação perto de sua casa, para sua próxima música.
Ele trabalhou nos versos enquanto estava sozinho na Espanha participando de um filme, um projeto que não envolvia os demais Beatles. Como o próprio Lennon salientou "Strawberry Fields Forever" foi escrita ao longo de um extenso período de tempo, muito trabalhada em seu texto e melodia. Não é de se admirar que tenha se tornado uma verdadeira obra prima. No estúdio então ela ganhou muito mais riqueza musical. O produtor George Martin resolveu experimentar, usando instrumentos e sonoridades novas, inéditas no mundo do rock. Provavelmente seja, como bem Lennon salientou, uma de suas melhores canções.
Já o lado B do single trazia outra obra prima dos Beatles, "Penny Lane". Se "Strawberry Fields Forever" era filha da genialidade de John Lennon, "Penny Lane" era uma amostra do talento de Paul McCartney para escrever grandes músicas. Paul aqui resolveu compor uma letra bem mais direta e simples, como se fosse um passeio de ônibus até sua casa, onde ele vai recordando dos aspectos cotidianos e singulares de sua querida cidade, durante seus anos de infância e adolescência. Some-se a isso um arranjo primoroso, com muitos metais e sons de instrumentos que também nunca tinham entrado antes nos discos dos Beatles.
uando o single chegou nas lojas em fevereiro de 1967 a crítica mais uma vez foi unânime em qualificar as faixas como mais um grande trabalho musical do grupo inglês. Não era para menos. Para celebrar a boa receptividade os Beatles resolveram gravar dois pequenos vídeos onde apresentavam as músicas. Naquela época a ideia do videoclip ainda não era padrão dentro da indústria fonográfica mas os Beatles já sentiam uma necessidade de ampliar a forma de divulgação de suas gravações. Assim os pequenos filmes foram feitos e mais uma vez revolucionaram. O clip psicodélico de "Strawberry Fields Forever" é até hoje um marco. Assim não há muito mais a dizer, apenas que esse single é de fato uma obra de arte dos Beatles!
Pablo Aluísio e Erick Steve.
Ele trabalhou nos versos enquanto estava sozinho na Espanha participando de um filme, um projeto que não envolvia os demais Beatles. Como o próprio Lennon salientou "Strawberry Fields Forever" foi escrita ao longo de um extenso período de tempo, muito trabalhada em seu texto e melodia. Não é de se admirar que tenha se tornado uma verdadeira obra prima. No estúdio então ela ganhou muito mais riqueza musical. O produtor George Martin resolveu experimentar, usando instrumentos e sonoridades novas, inéditas no mundo do rock. Provavelmente seja, como bem Lennon salientou, uma de suas melhores canções.
Já o lado B do single trazia outra obra prima dos Beatles, "Penny Lane". Se "Strawberry Fields Forever" era filha da genialidade de John Lennon, "Penny Lane" era uma amostra do talento de Paul McCartney para escrever grandes músicas. Paul aqui resolveu compor uma letra bem mais direta e simples, como se fosse um passeio de ônibus até sua casa, onde ele vai recordando dos aspectos cotidianos e singulares de sua querida cidade, durante seus anos de infância e adolescência. Some-se a isso um arranjo primoroso, com muitos metais e sons de instrumentos que também nunca tinham entrado antes nos discos dos Beatles.
uando o single chegou nas lojas em fevereiro de 1967 a crítica mais uma vez foi unânime em qualificar as faixas como mais um grande trabalho musical do grupo inglês. Não era para menos. Para celebrar a boa receptividade os Beatles resolveram gravar dois pequenos vídeos onde apresentavam as músicas. Naquela época a ideia do videoclip ainda não era padrão dentro da indústria fonográfica mas os Beatles já sentiam uma necessidade de ampliar a forma de divulgação de suas gravações. Assim os pequenos filmes foram feitos e mais uma vez revolucionaram. O clip psicodélico de "Strawberry Fields Forever" é até hoje um marco. Assim não há muito mais a dizer, apenas que esse single é de fato uma obra de arte dos Beatles!
Pablo Aluísio e Erick Steve.
Queen - The Works
Nunca fui um fã de carteirinha do Queen. Obviamente conhecia várias de suas canções que não paravam de tocar nas rádios e apreciava o talento do cantor Freddie Mercury. Aliás o Mercury era ao mesmo tempo o fator que me atraía a ouvir os álbuns do grupo (por causa de seu grande poder como vocalista) e também o que me deixava a uma certa distância da banda (na vida pessoal e na forma como se comportava Mercury me parecia excessivo, transloucado e pouco elegante). Mesmo assim não há como deixar de reconhecer que foi um dos melhores grupos de rock / pop da história. Algumas coisas do Queen hoje em dia podem soar extremamente bregas e ultra kitsch como a trilha sonora de "Flash Gordon" mas ao mesmo tempo alguns de seus trabalhos soam incrivelmente atuais e bem arranjados. "The Works" nunca foi considerado uma obra prima dentro da discografia do Queen mas em minha opinião segue ainda sendo o meu disco preferido.
Logo de cara o lançamento do disco foi acompanhado de dois ótimos videoclips. É interessante lembrar que naquela época os clipes estavam na ordem do dia. Era populares e extremamente importantes para a divulgação de um novo disco no mercado. Pois bem, aqui temos dois que marcaram época. O primeiro era da canção "Radio Ga Ga" (que também foi a música de trabalho e primeiro single extraído do álbum). O clip homenageava o grande clássico "Metrópolis" de Fritz Lang. Para um cinéfilo não haveria nada mais interessante do que aquilo. A própria música parecia também bem sui generis, com um arranjo bem singular dentro da obra do grupo. Realmente especial. O outro videoclip que também se tornou bem famoso foi o da canção "I Want to Break Free" onde os membros da banda apareciam travestidos de donas de casas atarefadas com os seus serviços domésticos. Freddie Mercury adorou a caracterização, até porque não era muito segredo para ninguém a sua verdadeira opção sexual de orientação gay. Enfim, um trabalho acima da média, com ótima seleção musical. Se você estiver em busca de ter apenas um disco do Queen em sua coleção eu certamente recomendaria esse.
Queen - The Works (1984)
Radio Ga Ga
Tear It Up
It's a Hard Life
Man on the Prowl
Machines (Or 'Back to Humans')
I Want to Break Free
Keep Passing the Open Windows
Hammer to Fall
Is This the World We Created...?
Pablo Aluísio.
Logo de cara o lançamento do disco foi acompanhado de dois ótimos videoclips. É interessante lembrar que naquela época os clipes estavam na ordem do dia. Era populares e extremamente importantes para a divulgação de um novo disco no mercado. Pois bem, aqui temos dois que marcaram época. O primeiro era da canção "Radio Ga Ga" (que também foi a música de trabalho e primeiro single extraído do álbum). O clip homenageava o grande clássico "Metrópolis" de Fritz Lang. Para um cinéfilo não haveria nada mais interessante do que aquilo. A própria música parecia também bem sui generis, com um arranjo bem singular dentro da obra do grupo. Realmente especial. O outro videoclip que também se tornou bem famoso foi o da canção "I Want to Break Free" onde os membros da banda apareciam travestidos de donas de casas atarefadas com os seus serviços domésticos. Freddie Mercury adorou a caracterização, até porque não era muito segredo para ninguém a sua verdadeira opção sexual de orientação gay. Enfim, um trabalho acima da média, com ótima seleção musical. Se você estiver em busca de ter apenas um disco do Queen em sua coleção eu certamente recomendaria esse.
Queen - The Works (1984)
Radio Ga Ga
Tear It Up
It's a Hard Life
Man on the Prowl
Machines (Or 'Back to Humans')
I Want to Break Free
Keep Passing the Open Windows
Hammer to Fall
Is This the World We Created...?
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 4 de julho de 2011
Elvis 1964 - Carrossel de espiritualidade
Em rara entrevista após o lançamento de Roustabout (Carrossel de Emoções) Elvis defendeu seus filmes e sua carreira no cinema: "Intelectuais me dizem que tenho que progredir como ator, tomar desafios e tudo o mais. Eu gostaria de progredir, mas aprendi a não ir além dos meus limites. Talvez um dia eu faça um filme de arte ou algo parecido, mas não agora. Já fiz onze filmes e todos deram dinheiro e foram bem nas bilheterias. Eu seria um tolo se mudasse o rumo da minha carreira". Anos depois ele se arrependeria dessas declarações...
Em fevereiro de 1964 a A RCA lançou o single "Kissin Cousins / It Hurts Me". A música "Kissin Cousins" foi lançada para promover o filme "Com Caipira não se Brinca". Já "It Hurts Me" de autoria da dupla Byers e Daniels acabou se tornando mais uma de suas belas canções que foram pessimamente lançadas pela RCA sem promoção alguma. Sabe aquela música que só não fez sucesso porque foi lançada na época errada e da forma errada? Pois esse é o caso dessa belíssima balada que foi gravada em 1964, na última sessão sem ser de trilhas até maio de 1966. Qualidades artísticas não lhe faltavam mas seu lançamento foi completamente equivocado. Lançada no auge da Beatlemania, renegada ao obscuro lado B de um single sem importância, acabou afundando na lista dos mais vendidos da Billboard. Alcançou apenas o 29º lugar nas paradas. Uma pena, pois Elvis a canta com convicção e possui ótima letra. A versão do especial de 1968 é igualmente boa. O segredo dessa música é que ela conseguiu ser bonita sem ser piegas.
Embora seus discos estivessem derrapando nas paradas de sucessos, o próprio Elvis não parecia muito interessado com o que estava acontecendo. Por essa época ele começou a freqüentar uma academia espiritualista em Pasadena (Califórnia), fundada em 1952 por Paramahansa Yogananda, o autor de "Autobigrafia de um Yogue". Esse "Shangrilá" ficava no topo de uma montanha, onde havia um hotel, e pelos gramados mulheres caminhavam vestidas com sáris coloridos. Existia também um jardim para meditação, que Elvis imediatamente duplicou em Graceland. No sopé da montanha havia uma cidadezinha totalmente cercada, onde ficavam os alojamentos dos irmãos e irmãs que viviam em celibato, em perpétua meditação. Quando soube que essa área lhe era proibida, Elvis não resistiu ao impulso de se declarar um celibatário e conhecer o misterioso lugar.
Nessa montanha ele conheceu uma moça que se dizia chamar Daya Mata e que era uma das discípulas de Paramahansa. No primeiro encontro que teve com ela Elvis pediu que lhe ensinasse os segredos da Kriya Yoga, o último degrau da escala de auto realização. Daya Mata lhe aconselhou humildade, paciência e perseverança. Em troca Elvis ofereceu dinheiro, que ela aceitou agradecida em nome da fundação espiritualista.
Mas nem toda a espiritualidade foi capaz de fazer com que Elvis controlasse seu terrível temperamento. Até mesmo quando acabava de sair de uma sessão com Daya Mata, Elvis era capaz de atos de irracional violência. Uma vez ele estava voltando para casa e passou por um posto de gasolina na encosta da montanha, onde dois empregados estavam boxeando de brincadeira. Elvis ordenou que sua limusine entrasse no posto e, abrindo sua janela, fez um discurso para os brigões, dizendo a eles que deviam abraçar o amor e não a hostilidade. Assim que o carro arrancou, um dos sujeitos lhe fez o clássico sinal de "vá se f*", isto é, o dedo médio erguido com a mão fechada. Instantaneamente o carro brecou, Elvis desceu, aproximou-se do primeiro empregado e lhe aplicou um golpe de Karatê que o jogou longe. Em seguida sacou seu revólver 38 do coldre sob o braço e estava pronto para atirar no segundo sujeito, quando Hamburguer James chegou correndo e gritando: "Me dá essa arma!". Automaticamente, Elvis virou-se e entregou o revólver ao seu valete real. Num segundo, todos estavam de volta ao carro, que saiu em disparada.
Pablo Aluísio.
Em fevereiro de 1964 a A RCA lançou o single "Kissin Cousins / It Hurts Me". A música "Kissin Cousins" foi lançada para promover o filme "Com Caipira não se Brinca". Já "It Hurts Me" de autoria da dupla Byers e Daniels acabou se tornando mais uma de suas belas canções que foram pessimamente lançadas pela RCA sem promoção alguma. Sabe aquela música que só não fez sucesso porque foi lançada na época errada e da forma errada? Pois esse é o caso dessa belíssima balada que foi gravada em 1964, na última sessão sem ser de trilhas até maio de 1966. Qualidades artísticas não lhe faltavam mas seu lançamento foi completamente equivocado. Lançada no auge da Beatlemania, renegada ao obscuro lado B de um single sem importância, acabou afundando na lista dos mais vendidos da Billboard. Alcançou apenas o 29º lugar nas paradas. Uma pena, pois Elvis a canta com convicção e possui ótima letra. A versão do especial de 1968 é igualmente boa. O segredo dessa música é que ela conseguiu ser bonita sem ser piegas.
Embora seus discos estivessem derrapando nas paradas de sucessos, o próprio Elvis não parecia muito interessado com o que estava acontecendo. Por essa época ele começou a freqüentar uma academia espiritualista em Pasadena (Califórnia), fundada em 1952 por Paramahansa Yogananda, o autor de "Autobigrafia de um Yogue". Esse "Shangrilá" ficava no topo de uma montanha, onde havia um hotel, e pelos gramados mulheres caminhavam vestidas com sáris coloridos. Existia também um jardim para meditação, que Elvis imediatamente duplicou em Graceland. No sopé da montanha havia uma cidadezinha totalmente cercada, onde ficavam os alojamentos dos irmãos e irmãs que viviam em celibato, em perpétua meditação. Quando soube que essa área lhe era proibida, Elvis não resistiu ao impulso de se declarar um celibatário e conhecer o misterioso lugar.
Nessa montanha ele conheceu uma moça que se dizia chamar Daya Mata e que era uma das discípulas de Paramahansa. No primeiro encontro que teve com ela Elvis pediu que lhe ensinasse os segredos da Kriya Yoga, o último degrau da escala de auto realização. Daya Mata lhe aconselhou humildade, paciência e perseverança. Em troca Elvis ofereceu dinheiro, que ela aceitou agradecida em nome da fundação espiritualista.
Mas nem toda a espiritualidade foi capaz de fazer com que Elvis controlasse seu terrível temperamento. Até mesmo quando acabava de sair de uma sessão com Daya Mata, Elvis era capaz de atos de irracional violência. Uma vez ele estava voltando para casa e passou por um posto de gasolina na encosta da montanha, onde dois empregados estavam boxeando de brincadeira. Elvis ordenou que sua limusine entrasse no posto e, abrindo sua janela, fez um discurso para os brigões, dizendo a eles que deviam abraçar o amor e não a hostilidade. Assim que o carro arrancou, um dos sujeitos lhe fez o clássico sinal de "vá se f*", isto é, o dedo médio erguido com a mão fechada. Instantaneamente o carro brecou, Elvis desceu, aproximou-se do primeiro empregado e lhe aplicou um golpe de Karatê que o jogou longe. Em seguida sacou seu revólver 38 do coldre sob o braço e estava pronto para atirar no segundo sujeito, quando Hamburguer James chegou correndo e gritando: "Me dá essa arma!". Automaticamente, Elvis virou-se e entregou o revólver ao seu valete real. Num segundo, todos estavam de volta ao carro, que saiu em disparada.
Pablo Aluísio.
10 Curiosidades sobre os Beatles que você não sabia!
10 Curiosidades sobre os Beatles que você não sabia!
1. Brian Epstein, o empresário do grupo, nutria uma paixão homossexual secreta por John Lennon
2. Pete Best foi despedido por John Lennon pois os demais membros do conjunto não tiveram coragem de dizer a ele que estava fora dos Beatles
3. John Lennon queria que Yoko Ono fosse oficializada como a quinta Beatle. Paul, George e Ringo não aceitaram de jeito nenhum.
4. No começo da carreira eles se apresentaram em bares de strip tease na Alemanha, numa época em que George Harrison ainda era menor de idade, com apenas 17 anos.
5. Ringo deixou o grupo durante as gravações do Álbum Branco, cansado das críticas dos outros membros da banda. Ele estava prestes a declarar à imprensa que iria abandonar o conjunto definitivamente quando recebeu a visita inesperada de Lennon em sua casa que conseguiu convencer o baterista a ficar nos Beatles por mais algum tempo.
6. Lennon considerou despedir George Harrison para contratar Eric Clapton como guitarrista dos Beatles em 1968. Paul McCartney não aceitou a sugestão.
7. Harrison queria gravar um disco apenas com músicas indianas religiosas mas o resto do grupo não curtiu sua ideia que foi abandonada.
8. Paul McCartney queria que os Beatles voltassem para uma grande turnê nos Estados Unidos em 1970. Inicialmente os membros da banda gostaram da ideia mas depois desistiram completamente.
9. O nome Wings que Paul usaria em seu primeiro grupo após o fim dos Beatles foi uma sugestão de Ringo.
10. Em meados dos anos 70 John Lennon qualificou todos os primeiros discos dos Beatles como "porcarias".
Pablo Aluísio.
1. Brian Epstein, o empresário do grupo, nutria uma paixão homossexual secreta por John Lennon
2. Pete Best foi despedido por John Lennon pois os demais membros do conjunto não tiveram coragem de dizer a ele que estava fora dos Beatles
3. John Lennon queria que Yoko Ono fosse oficializada como a quinta Beatle. Paul, George e Ringo não aceitaram de jeito nenhum.
4. No começo da carreira eles se apresentaram em bares de strip tease na Alemanha, numa época em que George Harrison ainda era menor de idade, com apenas 17 anos.
5. Ringo deixou o grupo durante as gravações do Álbum Branco, cansado das críticas dos outros membros da banda. Ele estava prestes a declarar à imprensa que iria abandonar o conjunto definitivamente quando recebeu a visita inesperada de Lennon em sua casa que conseguiu convencer o baterista a ficar nos Beatles por mais algum tempo.
6. Lennon considerou despedir George Harrison para contratar Eric Clapton como guitarrista dos Beatles em 1968. Paul McCartney não aceitou a sugestão.
7. Harrison queria gravar um disco apenas com músicas indianas religiosas mas o resto do grupo não curtiu sua ideia que foi abandonada.
8. Paul McCartney queria que os Beatles voltassem para uma grande turnê nos Estados Unidos em 1970. Inicialmente os membros da banda gostaram da ideia mas depois desistiram completamente.
9. O nome Wings que Paul usaria em seu primeiro grupo após o fim dos Beatles foi uma sugestão de Ringo.
10. Em meados dos anos 70 John Lennon qualificou todos os primeiros discos dos Beatles como "porcarias".
Pablo Aluísio.
domingo, 3 de julho de 2011
Rolling Stones - 12 X 5
Assim como aconteceu com os Beatles os primeiros discos dos Stones nos Estados Unidos eram bem diferentes da discografia inglesa. Os americanos, mais experientes em marketing, montavam seus próprios discos, geralmente misturando faixas de álbuns diversos dos originais ingleses. "The Rolling Stones - 12 X 5" vai justamente por esse caminho. Foi o segundo disco de estúdio do grupo e foi lançado nos EUA por dois motivos básicos: o primeiro, não se pode negar, foi o imenso interesse que os americanos tinham na época pelo rock inglês após a passagem avassaladora dos Beatles pelo país em sua histórica turnê.
A segunda era o interesse despertado pelos Stones por causa de seu primeiro bom disco lançado na América, esse que animou a gravadora a continuar apostando nos cinco britânicos. O nome do álbum é uma alusão justamente a eles, 12 canções executadas pelo quinteto - 12x5. Seguia o mesmo padrão de um compacto duplo que havia sido lançado recentemente com apenas cinco músicas - intitulado, vejam só, como 5x5.
Por essa época os Stones fizeram sua primeira turnê americana, bem mais modesta e desorganizada do que a dos Beatles. Alguns shows mal agendados, palcos indignos e desinteresse da imprensa foram aspectos negativos que prejudicaram os concertos. Como eram fãs de Blues e Rythm and blues aproveitaram para conhecer alguns de seus ídolos musicais como Muddy Waters, gravando no histórico estúdio da Chess Records em Chicago. Como já afirmei antes sobre as primeiras gravações dos Rolling Stones nem sempre os primeiros registros da banda foram bem realizados do ponto de vista técnico no começo de sua carreira. Os engenheiros de som americanos perceberam isso e fizeram as faixas passarem por um tratamento de remasterização, algo que foi muito positivo pois qualquer disco americano do grupo é muito superior ao que ouvimos nos discos prensados na Inglaterra no mesmo período.
"The Rolling Stones - 12 X 5" prova bem isso. Os instrumentos são bem nítidos, a equalização entre voz e acompanhamento é extremamente superior a qualquer outra coisa que ouvimos nos vinis ingleses. Esse é enfim o grande mérito desses álbuns Made in USA. Se tiver que escolher entre ouvir um vinil inglês ou americano dos Stones pela Decca ou London Records não perca muito tempo, prefira sempre os bolachões do Tio Sam, com certeza.
The Rolling Stones - 12 X 5 (1964)
Lado A
1. Around and Around
2. Confessin' the Blues
3. Empty Heart
4. Time Is on My Side
5. Good Times, Bad Times
6. It's All Over Now
Lado B
1. 2120 South Michigan Avenue
2. Under the Boardwalk
3. Congratulations
4. Grown Up Wrong
5. If You Need Me
6. Susie Q
Pablo Aluísio.
A segunda era o interesse despertado pelos Stones por causa de seu primeiro bom disco lançado na América, esse que animou a gravadora a continuar apostando nos cinco britânicos. O nome do álbum é uma alusão justamente a eles, 12 canções executadas pelo quinteto - 12x5. Seguia o mesmo padrão de um compacto duplo que havia sido lançado recentemente com apenas cinco músicas - intitulado, vejam só, como 5x5.
Por essa época os Stones fizeram sua primeira turnê americana, bem mais modesta e desorganizada do que a dos Beatles. Alguns shows mal agendados, palcos indignos e desinteresse da imprensa foram aspectos negativos que prejudicaram os concertos. Como eram fãs de Blues e Rythm and blues aproveitaram para conhecer alguns de seus ídolos musicais como Muddy Waters, gravando no histórico estúdio da Chess Records em Chicago. Como já afirmei antes sobre as primeiras gravações dos Rolling Stones nem sempre os primeiros registros da banda foram bem realizados do ponto de vista técnico no começo de sua carreira. Os engenheiros de som americanos perceberam isso e fizeram as faixas passarem por um tratamento de remasterização, algo que foi muito positivo pois qualquer disco americano do grupo é muito superior ao que ouvimos nos discos prensados na Inglaterra no mesmo período.
"The Rolling Stones - 12 X 5" prova bem isso. Os instrumentos são bem nítidos, a equalização entre voz e acompanhamento é extremamente superior a qualquer outra coisa que ouvimos nos vinis ingleses. Esse é enfim o grande mérito desses álbuns Made in USA. Se tiver que escolher entre ouvir um vinil inglês ou americano dos Stones pela Decca ou London Records não perca muito tempo, prefira sempre os bolachões do Tio Sam, com certeza.
The Rolling Stones - 12 X 5 (1964)
Lado A
1. Around and Around
2. Confessin' the Blues
3. Empty Heart
4. Time Is on My Side
5. Good Times, Bad Times
6. It's All Over Now
Lado B
1. 2120 South Michigan Avenue
2. Under the Boardwalk
3. Congratulations
4. Grown Up Wrong
5. If You Need Me
6. Susie Q
Pablo Aluísio.
sábado, 2 de julho de 2011
Elvis Presley - I Believe
Luxuosa caixa trazendo farto material gospel gravado por Elvis durante sua carreira. Além das faixas oficiais esse lançamento da Sony BMG traz trechos de gravações feitas no filme Elvis On Tour e outros registros caseiros feitos por Elvis nesse gênero musical que sem dúvida era um de seus prediletos. Aliás muitas pessoas desconhecem ainda hoje esse lado sacro da carreira de Elvis.
Religiosamente ele era bem eclético, a ponto de se considerar evangélico da Assembleia de Deus e seguidor de várias outras vertentes religiosas. Essa visão aberta o levava sempre a conhecer outras religiões, a maioria delas oriental, principalmente durante os anos 1960 quando o budismo e o zen budismo ganharam vários adeptos entre a juventude americana durante a chamada era de aquário.
Também flertava com o catolicismo, usando crucifixos católicos (que adorava) e cantando temas marianos como "Miracle of The Rosary" onde cantava versos como: "Oh, mãe abençoada, nós oramos a vós / Obrigado pelo milagre de vosso rosário / Só você pode segurar / A abençoada mão de seu filho / Por tempo bastante para que o mundo compreenda / Ave maria, cheia de graça / O senhor esteja convosco / Bendita é vós entre as mulheres / E bendito é o fruto de vosso ventre, jesus / Oh, santa maria, querida mãe de deus / Por favor rogai por nós pecadores / Agora e na hora de nossa morte / E agradeço mais uma vez / Pelo milagre de vosso rosário".
Anos depois, ao ser perguntado porque usava tantos símbolos de religiões diferentes ao mesmo tempo no pescoço, Elvis muito espirituoso explicou: "Não quero perder o céu por um detalhe técnico!". Sem dúvida um homem que pensava além de seu tempo. Essa coleção, como o próprio título explica - The Gospel Masters - traz em essência as versões oficiais de estúdio (masters). É um ótimo trabalho de resgate, tudo com maravilhosa direção de arte e bom gosto nos encartes e no produto em si. Uma verdadeira aula de espiritualidade.
Elvis Presley I Believe - The Gospel Masters (2009)
DISC 1: 1. I Believe 2. Peace In The Valley 3. Take My Hand, Precious Lord 4. It Is No Secret 5. Milky White Way 6. His Hand In Mine 7. I Believe In The Man In The Sky 8. He Knows Just What I Need 9. Mansion Over The Hilltop 10. In My Father's House 11. Joshua Fit The Battle 12. Swing Down, Sweet Chariot 13. I'm Gonna Walk Dem Golden Stairs 14. If We Never Meet Again 15. Known Only To Him 16. Crying In The Chapel 17. Working On The Building
DISC 2: 1. Run On 2. How Great Thou Art 3. Stand By Me 4. Where No One Stands Alone 5. So High 6. Farther Along 7. By And By 8. In The Garden 9. Somebody Bigger Than You And I 10. Without Him 11. If The Lord Wasn't Walking By My Side 12. Where Could I Go But To The Lord 13. You'll Never Walk Alone 14. We Call On Him 15. Who Am I?
DISC 3: 1. I Was Born About Ten Thousand Years Ago 2. Life 3. Only Believe 4. Amazing Grace 5. Lead Me, Guide Me 6. He Touched Me 7. I've Got Confidence 8. An Evening Prayer 9. Seeing Is Believing 10. A Thing Called Love 11. Put Your Hand In The Hand 12. Reach Out To Jesus 13. He Is My Everything 14. There Is No God But God 15. Bosom Of Abraham 16. I, John 17. I Got A Feelin' In My Body 18. Help Me 19. If That Isn't Love 20. Miracle of The Rosary
DISC 4: 1. Down By The Riverside / When The Saints Go Marchin' In (from Frankie And Johnny) 2. Sing You Children (from Easy Come, Easy Go) 3. Swing Down, Sweet Chariot (from The Trouble With Girls) 4. Let Us Pray (from Change of Habit) 5. Where Could I Go But To The Lord / Up Above My Head / Saved (from the '68 Comeback Special) 6. If I Can Dream (from the '68 Comeback Special) 7. Why Me Lord (live) 8. How Great Thou Art (live) 9. Help Me (live) 10. I, John (from Elvis On Tour) 11. Bosom Of Abraham (from Elvis On Tour) 12. You Better Run (from Elvis On Tour) 13. Lead Me, Guide Me (from Elvis On Tour) 14. Turn Your Eyes Upon Jesus / Nearer My God To Thee (from Elvis On Tour) 15. Oh, How I Love Jesus (home recording) 16. Show Me Thy Ways, O Lord (home recording) 17. Hide Thou Me (home recording)
Pablo Aluísio.
Religiosamente ele era bem eclético, a ponto de se considerar evangélico da Assembleia de Deus e seguidor de várias outras vertentes religiosas. Essa visão aberta o levava sempre a conhecer outras religiões, a maioria delas oriental, principalmente durante os anos 1960 quando o budismo e o zen budismo ganharam vários adeptos entre a juventude americana durante a chamada era de aquário.
Também flertava com o catolicismo, usando crucifixos católicos (que adorava) e cantando temas marianos como "Miracle of The Rosary" onde cantava versos como: "Oh, mãe abençoada, nós oramos a vós / Obrigado pelo milagre de vosso rosário / Só você pode segurar / A abençoada mão de seu filho / Por tempo bastante para que o mundo compreenda / Ave maria, cheia de graça / O senhor esteja convosco / Bendita é vós entre as mulheres / E bendito é o fruto de vosso ventre, jesus / Oh, santa maria, querida mãe de deus / Por favor rogai por nós pecadores / Agora e na hora de nossa morte / E agradeço mais uma vez / Pelo milagre de vosso rosário".
Anos depois, ao ser perguntado porque usava tantos símbolos de religiões diferentes ao mesmo tempo no pescoço, Elvis muito espirituoso explicou: "Não quero perder o céu por um detalhe técnico!". Sem dúvida um homem que pensava além de seu tempo. Essa coleção, como o próprio título explica - The Gospel Masters - traz em essência as versões oficiais de estúdio (masters). É um ótimo trabalho de resgate, tudo com maravilhosa direção de arte e bom gosto nos encartes e no produto em si. Uma verdadeira aula de espiritualidade.
Elvis Presley I Believe - The Gospel Masters (2009)
DISC 1: 1. I Believe 2. Peace In The Valley 3. Take My Hand, Precious Lord 4. It Is No Secret 5. Milky White Way 6. His Hand In Mine 7. I Believe In The Man In The Sky 8. He Knows Just What I Need 9. Mansion Over The Hilltop 10. In My Father's House 11. Joshua Fit The Battle 12. Swing Down, Sweet Chariot 13. I'm Gonna Walk Dem Golden Stairs 14. If We Never Meet Again 15. Known Only To Him 16. Crying In The Chapel 17. Working On The Building
DISC 2: 1. Run On 2. How Great Thou Art 3. Stand By Me 4. Where No One Stands Alone 5. So High 6. Farther Along 7. By And By 8. In The Garden 9. Somebody Bigger Than You And I 10. Without Him 11. If The Lord Wasn't Walking By My Side 12. Where Could I Go But To The Lord 13. You'll Never Walk Alone 14. We Call On Him 15. Who Am I?
DISC 3: 1. I Was Born About Ten Thousand Years Ago 2. Life 3. Only Believe 4. Amazing Grace 5. Lead Me, Guide Me 6. He Touched Me 7. I've Got Confidence 8. An Evening Prayer 9. Seeing Is Believing 10. A Thing Called Love 11. Put Your Hand In The Hand 12. Reach Out To Jesus 13. He Is My Everything 14. There Is No God But God 15. Bosom Of Abraham 16. I, John 17. I Got A Feelin' In My Body 18. Help Me 19. If That Isn't Love 20. Miracle of The Rosary
DISC 4: 1. Down By The Riverside / When The Saints Go Marchin' In (from Frankie And Johnny) 2. Sing You Children (from Easy Come, Easy Go) 3. Swing Down, Sweet Chariot (from The Trouble With Girls) 4. Let Us Pray (from Change of Habit) 5. Where Could I Go But To The Lord / Up Above My Head / Saved (from the '68 Comeback Special) 6. If I Can Dream (from the '68 Comeback Special) 7. Why Me Lord (live) 8. How Great Thou Art (live) 9. Help Me (live) 10. I, John (from Elvis On Tour) 11. Bosom Of Abraham (from Elvis On Tour) 12. You Better Run (from Elvis On Tour) 13. Lead Me, Guide Me (from Elvis On Tour) 14. Turn Your Eyes Upon Jesus / Nearer My God To Thee (from Elvis On Tour) 15. Oh, How I Love Jesus (home recording) 16. Show Me Thy Ways, O Lord (home recording) 17. Hide Thou Me (home recording)
Pablo Aluísio.
David Gilmour, o Som Absoluto
Hoje David Gilmour é considerado com toda razão um dos maiores guitarristas do mundo. Curiosamente ele só entrou na lendária banda Pink Floyd porque seu fundador e criador, o genial Syd Barrett, entrou em um processo sem volta rumo à loucura e insanidade. "Cheguei a participar de poucas sessões com Barrett. Ele não estava bem. Era questão de tempo sua saída" - recorda Gilmour. Depois que Syd foi afastado de uma vez por todas o grupo passou a contar com dois elos fortes, ele, Gilmour, e o talentoso mas genioso Roger Waters. "No começo fiz o que pude para melhorar o som da banda. Waters tinha planos de transformar o grupo em uma banda especializada em trilhas sonoras para cinema mas isso aos poucos foi sendo deixado de lado embora o Pink Floyd tenha feito bons trabalhos nessa direção".
A busca por uma nova direção, baseada em música instrumental, fez com que Gilmour aprofundasse os estudos para ser um guitarrista acima da média, pronto para executar qualquer solo que fosse pedido, afinal era questão de sobrevivência para ele. Sua marca preferida em termos de instrumento sempre foi a leve e prática Fender Stratocaster. Sobre essa escolha Gilmour explicou: "Quando você passa muitas horas dentro de um estúdio, tentando criar algo ao lado de seus colegas é necessário ter uma guitarra leve, compacta e que execute todas as sonoridades que você necessite. A guitarra tem que se tornar uma extensão do seu corpo, sem atrapalhar. Leveza por isso é fundamental. A Fender cumpre todas essas funções. Gravei os grandes álbuns do Pink Floyd com ela. Adoro o design, a leveza e a simplicidade. Não gosto de guitarras grandes, pesadas e pouco práticas. Podem ser bonitas mas para mim não funcionam, não me ajudam a criar, afinal não uso guitarras para tirar fotos mas sim para tocar!".
Para Gilmour o ponto de mudança ocorreu durante as gravações do mitológico disco "The Dark Side of the Moon". "Foi um grande processo de gravação. Queríamos criar algo marcante. As sessões eram feitas na base da improvisação onde cada um dava um palpite para melhorar as canções. Os solos surgiram na minha mente nessa longa jam session! Eu raramente escrevo meus solos numa partitura. Eles saem na base do sentimento durante as sessões de gravação. Assim que eu gosto de trabalhar e produzir". O resultado foi maravilhoso e desde o começo foi elogiado pela crítica que logo o qualificou como obra prima. O guitarrista recebeu um título muito honroso da imprensa britânica que começou a lhe chamar de "David Gilmour, o Som Absoluto". Todos estavam impressionados com as experiências do Pink Floyd, com aquela brilhante fusão entre música instrumental, clássica e rock. Esse tipo de sonoridade logo ganhou a alcunha de "Rock Progressivo" - um rock evoluído, em progresso, que ia além do feijão com arroz das bandas dos anos 60 como Beatles e Rolling Stones.
Para espanto de muitos porém esse não é considerado o álbum favorito de David Gilmour, o Som Absoluto. Para ele o melhor trabalho do grupo só viria muitos anos depois com "A Momentary Lapse of Reason". Para ele o grande diferencial foi a experiência conquistada após tantos anos. "A experiência como músico só vem com anos e anos de muita prática e estudo. A prática diária ajuda você a descobrir sons que passam despercebidos em seus ouvidos. Só nas sessões de A Momentary Lapse of Reason que eu me senti completamente seguro de tudo o que fazia em estúdio. Tenho muito orgulho desse álbum". Quem poderia discordar? Afinal David Gilmour levou o rock, antes considerado um ritmo pobre, com poucos acordes e muitos clichês, a um novo patamar musical. Uma revolução no estilo que ecoa até os nossos dias.
Roger Waters - Pink Floyd
Vejo pessoas reclamando das posições políticas e ideológicas do baixista Roger Waters, Ex-Pink Floyd, e percebo que essas mesmas pessoas apresentam total desconhecimento de sua vida. Roger tem uma posição política mais progressista porque é um roqueiro dos anos 60 e também porque seu pai morreu durante a II Guerra Mundial. Ele lutava contra o nazismo. Qualquer coisa que cheire ou que venha a se parecer com algum tipo de regime totalitário já deixará o músico de cabelos em pé.
O termo "progressista" aqui não tem nada a ver com ser de esquerda, ou pior, ser comunista. Dentro da polaridade em que vivemos muitos são taxados de comunistas sem nunca o terem sido. Waters passa longe disso. Ele é um capitalista que sabe jogar muito bem o jogo do mercado. Tanto que coloca seu show na estrada e o vende. Quer algo mais empreendedor do que isso? Não há.
Assim em seus shows no Brasil Roger Waters chegou a ser chamado de esquerdista, comuna e outras besteiras. Algo parecido acontece com o Papa Francisco, dito por radicais como um comunista no Vaticano. Gente, vamos pensar melhor. Tanto Roger Waters como o Papa Francisco são acima de tudo humanistas. Eles vão combater qualquer ideologia política que venha surgir que pareça minimamente radical. Eles viveram na pele e em seus passados a brutalidade de regimes de exceção. Esperar algo diferente de pessoas como eles é simplesmente fechar os olhos para a realidade (e a história).
Pablo Aluísio.
A busca por uma nova direção, baseada em música instrumental, fez com que Gilmour aprofundasse os estudos para ser um guitarrista acima da média, pronto para executar qualquer solo que fosse pedido, afinal era questão de sobrevivência para ele. Sua marca preferida em termos de instrumento sempre foi a leve e prática Fender Stratocaster. Sobre essa escolha Gilmour explicou: "Quando você passa muitas horas dentro de um estúdio, tentando criar algo ao lado de seus colegas é necessário ter uma guitarra leve, compacta e que execute todas as sonoridades que você necessite. A guitarra tem que se tornar uma extensão do seu corpo, sem atrapalhar. Leveza por isso é fundamental. A Fender cumpre todas essas funções. Gravei os grandes álbuns do Pink Floyd com ela. Adoro o design, a leveza e a simplicidade. Não gosto de guitarras grandes, pesadas e pouco práticas. Podem ser bonitas mas para mim não funcionam, não me ajudam a criar, afinal não uso guitarras para tirar fotos mas sim para tocar!".
Para Gilmour o ponto de mudança ocorreu durante as gravações do mitológico disco "The Dark Side of the Moon". "Foi um grande processo de gravação. Queríamos criar algo marcante. As sessões eram feitas na base da improvisação onde cada um dava um palpite para melhorar as canções. Os solos surgiram na minha mente nessa longa jam session! Eu raramente escrevo meus solos numa partitura. Eles saem na base do sentimento durante as sessões de gravação. Assim que eu gosto de trabalhar e produzir". O resultado foi maravilhoso e desde o começo foi elogiado pela crítica que logo o qualificou como obra prima. O guitarrista recebeu um título muito honroso da imprensa britânica que começou a lhe chamar de "David Gilmour, o Som Absoluto". Todos estavam impressionados com as experiências do Pink Floyd, com aquela brilhante fusão entre música instrumental, clássica e rock. Esse tipo de sonoridade logo ganhou a alcunha de "Rock Progressivo" - um rock evoluído, em progresso, que ia além do feijão com arroz das bandas dos anos 60 como Beatles e Rolling Stones.
Para espanto de muitos porém esse não é considerado o álbum favorito de David Gilmour, o Som Absoluto. Para ele o melhor trabalho do grupo só viria muitos anos depois com "A Momentary Lapse of Reason". Para ele o grande diferencial foi a experiência conquistada após tantos anos. "A experiência como músico só vem com anos e anos de muita prática e estudo. A prática diária ajuda você a descobrir sons que passam despercebidos em seus ouvidos. Só nas sessões de A Momentary Lapse of Reason que eu me senti completamente seguro de tudo o que fazia em estúdio. Tenho muito orgulho desse álbum". Quem poderia discordar? Afinal David Gilmour levou o rock, antes considerado um ritmo pobre, com poucos acordes e muitos clichês, a um novo patamar musical. Uma revolução no estilo que ecoa até os nossos dias.
Roger Waters - Pink Floyd
Vejo pessoas reclamando das posições políticas e ideológicas do baixista Roger Waters, Ex-Pink Floyd, e percebo que essas mesmas pessoas apresentam total desconhecimento de sua vida. Roger tem uma posição política mais progressista porque é um roqueiro dos anos 60 e também porque seu pai morreu durante a II Guerra Mundial. Ele lutava contra o nazismo. Qualquer coisa que cheire ou que venha a se parecer com algum tipo de regime totalitário já deixará o músico de cabelos em pé.
O termo "progressista" aqui não tem nada a ver com ser de esquerda, ou pior, ser comunista. Dentro da polaridade em que vivemos muitos são taxados de comunistas sem nunca o terem sido. Waters passa longe disso. Ele é um capitalista que sabe jogar muito bem o jogo do mercado. Tanto que coloca seu show na estrada e o vende. Quer algo mais empreendedor do que isso? Não há.
Assim em seus shows no Brasil Roger Waters chegou a ser chamado de esquerdista, comuna e outras besteiras. Algo parecido acontece com o Papa Francisco, dito por radicais como um comunista no Vaticano. Gente, vamos pensar melhor. Tanto Roger Waters como o Papa Francisco são acima de tudo humanistas. Eles vão combater qualquer ideologia política que venha surgir que pareça minimamente radical. Eles viveram na pele e em seus passados a brutalidade de regimes de exceção. Esperar algo diferente de pessoas como eles é simplesmente fechar os olhos para a realidade (e a história).
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 1 de julho de 2011
Norah Jones - Foreverly by Billie Joe + Norah
Todos sabem que sou fã número 1 da cantora Norah Jones. Aqui no blog mesmo fiz pequenas resenhas de praticamente toda a sua discografia. Quando esse projeto foi anunciado achei simplesmente genial, afinal de contas seria uma releitura dos maiores sucessos da ótima dupla Everly Brothers, de quem também sou admirador. As expectativas, como pode se ver eram as melhores possíveis. Norah Jones faria dupla no CD com o vocalista (e enfezadinho) cantor Billie Joe Armstrong do Green Day. Até gosto dessa banda, cheguei a ouvir bastante seu álbum "American Idiot" feito em "homenagem" ao presidente americano George W. Bush. Sim, o álbum prometia muito mesmo mas...
Logo nas primeiras audições ficou aquele gostinho de decepção. Não me entendam mal, o álbum é muito bem produzido, lindamente interpretado por Norah e Billie mas seu grande mal é que todas as gravações são absurdamente fiéis aos registros originais dos Everly Brothers. Não há qualquer inovação. Se fosse um filme seria um remake cena a cena, sem um pingo de ousadia e originalidade. Nem uma linha a mais ou a menos. Os arranjos são completamente iguais às gravações dos Everlys Brothers, sem tirar nem colocar nenhum instrumento. Não era bem isso que eu esperava encontrar.
Para quem tem vários CDs da dupla dos anos 50 o som das faixas desse álbum vai soar completamente sem novidades. Esperava algo mais pulsante, mais marcante, inovador acima de tudo. Respeito demais à obra original às vezes atrapalha quando se fala em música. Até a vocalização soa completamente idêntica. Norah faz a segunda voz para Billie Joe Armstrong se transformar em um verdadeiro cover dos Everlys. Na minha opinião o que faltou mesmo foi a presença de um produtor autoral nos estúdios, uma pessoa que dissesse para esses grandes músicos algo do tipo: "Ok, são belas músicas, mas vamos dar a nossa interpretação delas"! Como o CD foi produzida pela própria dupla Norah e Billie, isso não aconteceu. Eles foram lá e fizeram seus covers. É pouco, muito pouco.
Título Original: Foreverly by Billie Joe + Norah
Cantores: Billie Joe Armstrong, Norah Jones
Ano de Produção: 2013
Data de Lançamento: Novembro de 2013
Gênero: Folk, Country
Produção: Billie Joe Armstrong, Norah Jones
Gravadora: Reprise Records
Faixas: Roving Gambler / Long Time Gone / Lightning Express / Silver Haired Daddy of Mine / Down in the Willow Garden / Who's Gonna Shoe Your Pretty Little Feet? / Oh So Many Years / Barbara Allen / Rockin' Alone (In an Old Rockin' Chair) / I'm Here to Get My Baby Out of Jail / Kentucky / Put My Little Shoes Away
Pablo Aluísio.
Logo nas primeiras audições ficou aquele gostinho de decepção. Não me entendam mal, o álbum é muito bem produzido, lindamente interpretado por Norah e Billie mas seu grande mal é que todas as gravações são absurdamente fiéis aos registros originais dos Everly Brothers. Não há qualquer inovação. Se fosse um filme seria um remake cena a cena, sem um pingo de ousadia e originalidade. Nem uma linha a mais ou a menos. Os arranjos são completamente iguais às gravações dos Everlys Brothers, sem tirar nem colocar nenhum instrumento. Não era bem isso que eu esperava encontrar.
Para quem tem vários CDs da dupla dos anos 50 o som das faixas desse álbum vai soar completamente sem novidades. Esperava algo mais pulsante, mais marcante, inovador acima de tudo. Respeito demais à obra original às vezes atrapalha quando se fala em música. Até a vocalização soa completamente idêntica. Norah faz a segunda voz para Billie Joe Armstrong se transformar em um verdadeiro cover dos Everlys. Na minha opinião o que faltou mesmo foi a presença de um produtor autoral nos estúdios, uma pessoa que dissesse para esses grandes músicos algo do tipo: "Ok, são belas músicas, mas vamos dar a nossa interpretação delas"! Como o CD foi produzida pela própria dupla Norah e Billie, isso não aconteceu. Eles foram lá e fizeram seus covers. É pouco, muito pouco.
Título Original: Foreverly by Billie Joe + Norah
Cantores: Billie Joe Armstrong, Norah Jones
Ano de Produção: 2013
Data de Lançamento: Novembro de 2013
Gênero: Folk, Country
Produção: Billie Joe Armstrong, Norah Jones
Gravadora: Reprise Records
Faixas: Roving Gambler / Long Time Gone / Lightning Express / Silver Haired Daddy of Mine / Down in the Willow Garden / Who's Gonna Shoe Your Pretty Little Feet? / Oh So Many Years / Barbara Allen / Rockin' Alone (In an Old Rockin' Chair) / I'm Here to Get My Baby Out of Jail / Kentucky / Put My Little Shoes Away
Pablo Aluísio.
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