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sábado, 24 de dezembro de 2011

Queen

Queen e Fritz Lang
No último dia 24 de novembro o mundo lembrou novamente da morte do cantor Freddie Mercury, morto em novembro de 1991. Em termos de Queen um dos meus discos preferidos segue sendo "The Works" de 1984. Esse álbum continua sendo um dos mais populares, mas curiosamente a crítica não o considera muito. Fica longe das listas de "obras primas" da banda. Uma injustiça certamente.

Vou a partir de hoje tecer alguns comentários sobre as canções desse disco. Uma das minhas preferidas sempre foi "Man On The Prowl" e é fácil entender a razão. A melodia dessa faixa parece que foi tirada dos anos 50. Fica claro que o Queen quis fazer um revival 50´s com ela. Até os vocais de apoio vão por esse lado.

A letra imediatamente nos leva a pensar em um Teddy Boy, típico dos anos 50, com seu cabelo cheio de brilhantina dizendo para sua ex-namorada ter cuidado pois ele está pronto a agitar as coisas novamente. É um "homem à espreita", esperando por novas oportunidades. Muito boa a gravação com solos de piano que ficariam muito à vontade em um disco de Fats Domino, por exemplo. Bem evocativa sobre aquela época.

"Radio Ga Ga" que abre o disco também é nostálgica, porém voltar mais atrás no tempo, mais precisamente na época do clássico do cinema "Metrópolis" de Fritz Lang. Só os cinéfilos mais antenados (e cultos) vão pegar todas as referências em termos de letra e melodia. Simplificando muito a canção tenta capturar o futuro, visto sob o ângulo e ponto de vista de alguém do passado, mais especificamente da década de 1920, quando o filme foi lançado. Eu considero essa canção um magnífico trabalho de criação. Mostra como os membros do Queen eram acima de tudo músicos com bastante bagagem cultural. Definitivamente não havia espaço para tolices nos discos dessa mitológica banda de rock que marcou a história da música.

Queen - Live Aid

Quando o Queen aceitou o convite para tocar no Live Aid todos ficaram surpresos. O grupo não lançava um disco há muito tempo e os boatos que circulavam eram de que a banda iria se separar em breve. O próprio Freddie Mercury não vinha bem de saúde, com a voz prejudicada por algumas infecções que tinha sofrido nos últimos meses.Mesmo com tantas coisas contra a apresentação, a banda aceitou o convite e a razão foi explicada depois pelo cantor Freddie Mercury. Durante uma entrevista para um jornalista americano ele disse: "Eu fui criado e educado em uma colégio inglês na Índia. Havia dois mundos bem diferentes. A dos ricos, onde tudo havia em excesso e a dos pobres, onde faltava tudo. Isso me criou uma consciência social que nunca me deixou!"

Amigos próximos depois diriam que Mercury sentia-se muito culpado por causa de sua riqueza em um mundo onde muitos não tinham nem o que comer. Tão ressentido ficava com a situação de pobreza extrema em certos lugares que Freddie Mercury não conseguia sequer assistir a um documentário sobre pessoas famintas e crianças morrendo de fome na África. Ele não suportava aquilo, simplesmente se levantava e desligava a TV. Era demais para sua sensibilidade suportar.

Assim quando surgiu a ideia do Live Aid, Freddie Mercury decidiu que o Queen iria participar apesar de todos os problemas. Não importava que Brian May e Roger Taylor quase não se falavam mais, não importava as brigas internas, nada importava. O Queen era seu grupo musical e Mercury fazia questão que ele se apresentasse. Durante o dia em que o grupo iria subir ao palco Freddie deixou todos surpresos por andar no meio do público, interagindo com as pessoas e os fãs. Enquanto os demais membros do Queen ficavam trancados em suas suítes no hotel, Mercury resolveu interagir com as pessoas que estavam no festival. Ele tomou lanches nas barraquinhas, conversou com jornalistas, foi uma pessoa completamente humilde e acessível. Nada parecido com a fama de diva que alguns diziam ter. O resultado de tanto boa vontade se materializou no palco pois até hoje os críticos concordam que o concerto do Queen foi o melhor de todo o festival.

Pablo Aluísio.

Queen - The Works

Queen - The Works
O primeiro LP do Queen que comprei, ainda na década de 1980, foi justamente esse "The Works". Corria o ano de 1983 e o clip de "Radio Ga Ga" não parava de passar na TV. Até hoje considero um dos videoclips mais geniais da história do rock, não pelo resultado em si, mas sim da ideia de se homenagear o clássico Metrópolis de Fritz Lang. Para um jovem que adorava cinema clássico não poderia haver nada melhor pois em um só pacote se misturava com grande bom gosto o universo do rock e dos velhos clássicos da sétima arte. A mistura se revelou irresistível, pelo menos no meu caso particular. Era exatamente essa canção que abria o álbum. Um belo cartão de apresentação.

Confesso que nunca fui fã de carteirinha da banda Queen. Claro que hoje em dia, nessa decadência musical em que vivemos, uma banda dessas faz uma enorme falta no cenário artístico, nas rádios, mas na década de 80 havia tanta coisa boa rolando ao mesmo tempo que o Queen poderia ser visto apenas como mais um grupo talentoso de rock. Talentoso, mas não imprescindível, De qualquer maneira esse tipo de constatação só vem mesmo para demonstrar o tamanho do vazio que vivemos atualmente em termos de música mundial.

Pois bem, a segunda canção do disco é "Tear It Up" do guitarrista Brian May. Esse é aquele tipo de som que você sabe que é do Queen, seja em que lugar você venha a ouvir a música pela primeira vez. Acredito que poucas melodias sejam tão representativas do som do grupo como ela. Essa batida aliás é encontrada em vários hits do Queen. Soa quase como uma marca registrada - o que talvez seja de fato. Muito usada por torcidas de futebol pelo mundo afora, mas em especial dentro do campeonato inglês de futebol. Coisas que apenas os hooligans entenderiam completamente. Como May a compôs a canção fecha com um maravilhoso solo de guitarra. A música que vem a seguir, "It's a Hard Life", foi escrita por Freddie Mercury e não é apenas um dos maiores sucessos do conjunto em sua carreira - é um verdadeiro hino do universo de baladas do rock inglês. De arrepiar realmente. Grande letra, grande melodia e uma excelente interpretação de Mercury (vamos falar a verdade: ele foi sim um dos maiores vocalistas da história do rock, sem favor algum!).

"Man On The Prowl" que vem logo a seguir também foi escrita por Mercury. Dessa já gosto muito. Ela fez um sucesso razoável nas rádios em seu lançamento, mas sempre a considerei muito infestada por clichês por todos os lados. Mesmo assim não deixo de curtir.  Aprecio bastante seu acompanhamento vocal que lembra as velhas canções do estilo rockabilly dos anos 1950. Aliás o feeling da música vai exatamente por esse lado. Mais uma vez Brian May arrasa em um solo de guitarra onde ele usou uma velha Gibson dos 50´s. A tônica é realmente de nostalgia simpática. Um momento simpático do disco. O curioso é que "Machines (or 'Back to Humans')" é o extremo oposto desse sentimento. Aqui o Queen tenta soar futurista, em um clima meio pós apocalipse. Combina muito bem com a proposta de "Radio Ga Ga"e Metropólis. Musicalmente porém a considero fraca, com arranjos que hoje em dia soam totalmente datados. A melodia também não me atrai. Anda, anda e não chega em lugar nenhum.

E então chegamos em "I Want To Break Free". Foi o maior sucesso do álbum e vendeu milhões de cópias de seu single. O clip era verdadeiramente divertido com todo o grupo vestido de donas de casa entediadas. Ver Mercury com seu bigodão em roupas femininas e seios falsos, pilotando um aspirador de pó foi realmente muito engraçado. Tudo a ver com a proposta da letra, afinal pense, o que poderia ser mais contrário ao significado da palavra liberdade do que uma mulher casada, cheia de filhos, levando uma vida chata e suburbana? Todos merecem ser livres! Um sucesso imortal dos anos 80. Ótima canção.

Depois desse hit o disco fecha com três canções que não chegaram nem perto do sucesso de "I Want To Break Free", mas que são boas músicas no final das contas. "Keep Passing The Open Windows" de Mercury é a melhor delas. Lembra de certo modo "It's a Hard Life", porém é mais animadinha, pra cima! Gosto muito do refrão dessa linha melódica. Realmente ótima para levantar o astral. Depois dela Brian May retorna com seus solos furiosos de guitarra em ""Hammer To Fall". Outra que pode ser entoada tranquilamente em um estádio de futebol - embora a letra já não seja tão adequada. O disco enfim termina com "Is This The World We Created?", baladona escrita pela dupla Mercury / May. Bonito arranjo de piano e violão. Sempre considerei o Mercury um tanto subestimado. A verdade era que ele era um cantor com muitos recursos vocais. Pena um talento desses ter partido tão cedo.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Queen - News of the World

Recentemente a EMI Odeon lançou uma edição comemorativa dos 40 anos do lançamento original do álbum clássico do Queen "News of the World". Dentro de um box muito caprichado o fã da banda inglesa encontra o disco de vinil que foi lançado na época, um álbum especial com muitas fotos e informações, posters, letras, pequenos brindes e os CDs, trazendo as músicas oficiais e vários takes alternativos. Um lançamento para fã nenhum colocar defeito. Um produto de resgate histórico realmente primoroso. Esse álbum pode ser considerado o primeiro disco realmente popular do grupo. Antes dele o Queen obviamente já era bem conhecido pelos fãs de rock, mas foi esse "News of the World" que o efetivamente colocou na seleta lista das maiores bandas de rock do mundo. O sucesso do disco inclusive fez com que o Queen fosse para os Estados Unidos para sua primeira grande turnê internacional.

E como convém a um disco com tantos títulos importantes a ostentar, esse também não poderia abrir sem um grande clássico do Queen. É a tal coisa, se você nunca ouviu "We Will Rock You" em sua vida provavelmente você não viveu no Planeta Terra nesses últimos quarenta anos. Até hoje a canção é onipresente, seja em estádios de futebol (na Inglaterra ela é ouvida em praticamente toda partida) até em peças publicitárias. Provavelmente seja uma das cinco músicas mais conhecidas da discografia do Queen. Impossível não reconhecer nos primeiros acordes. O que mais me causa admiração nessa faixa composta por Brian May é que ela inverte a ordem natural das coisas em uma música. Geralmente as músicas possuem uma introdução, duas ou três partes e o refrão, que é usado para grudar na mente do ouvinte. Com "We Will Rock You" isso não acontece. A música é praticamente um refrão que se repete e repete até o fim. Bom, funcionou e virou um clássico absoluto. Então provou que seu autor estava mais do que certo.

"We Are The Champions" é o outro grande sucesso desse álbum. Uma composição muito inspirada de Freddie Mercury, que diga-se de passagem sempre foi muito subestimado como compositor. Muitos louvam sua excelente performance de palco, suas apresentações memoráveis e também sua ótima capacidade vocal, já que é consenso em todos que ele foi um grande cantor. Porém quando se trata do Mercury escritor de boas músicas, isso é meio deixado de lado. Bom, qualquer um que escrevesse um hino como essa faixa seria plenamente reconhecido. Com Mercury nem sempre isso aconteceu. A música virou outro clássico esportivo, vamos colocar nesses termos. Sempre quando há premiações (principalmente no futebol europeu) o sistema de som dos grandes estádios não perdem a oportunidade de tocar esse grande sucesso do Queen. A música aliás se tornou muito maior do que o próprio disco que a lançou. A denominação hino é muito mais adequada para ela. Não é apenas um sucesso, mas sim um hino moderno, sempre relembrado e tocado em inúmeras ocasiões Absolutamente inesquecível.

Depois de duas faixas tão fortes e marcantes, o disco cai um pouco com "Sheer Heart Attack". Essa é uma composição de Roger Taylor. Apesar do ritmo acelerado e das boas guitarras ao fundo marcando toda a faixa, a música tem uma letra muito fraca e ruinzinha. Nem os arranjos salvam a canção de um incômodo sentimento de que tudo ficou datado e em certos aspectos quase ridículo. A parte vocal também não ajuda muito. Assim não tenho outra opinião. Essa é realmente a primeira canção fraca do disco.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Queen - A Kind of Magic

Voltando pela memória aos anos 80 me lembro que o grupo Queen, assim como Michael Jackson, sempre fazia bons clips e esses eram esperados pelos jovens da época. Basta lembrar do furismo retrô de "Radio Ga Ga" ou das piadas de "I Want To Break Free" que chocou o falso puritanismo dos americanos. Assim como havia acontecido nos discos anteriores o Queen também fez clips para essa álbum, mas de uma forma diferente. Eles colocaram tudo em animação. E não parou por aí, também colocaram suas versões em desenho animado na capa do disco. Eu não me recordo de nenhum outro grupo de rock fazendo a mesma coisa naqueles anos.

Esse disco foi lançado em 1986 e apresentava um agradável repertório que logo iria se destacar nas paradas, afinal se tratava do Queen, uma das bandas de rock mais populares dos anos 80. "One Vision" que abria o álbum chegava com efeitos sonoros e orquestra como fundo incidental. Logo um belo arranjo com guitarras quebrava o clima para deixar claro que aquilo era um disco de rock. Essa música foi um dos sucessos do disco, tocando muito nas rádios dos anos 80. O ponto forte vinha novamente para reforçar aquela vocalizção cheia de energia que iria tornar Freddie Mercury um dos grandes cantores da história do rock mundial.

A mùsica tìtulo do disco "A Kind of Magic" era também muito boa e inclusive lembrava muito a faixa anterior. Ambas tinham um toque de sucesso inigualável. São melodias praticamente iguais, um ouvinte distraíto poderia pensar estar ouvindo a mesma música. Outro hit dos anos 80 à prova de falhas. "One Year of Love"  também fez um enorme sucesso. Veja bem, o disco já abria com três hits absolutos. Quem poderia imaginar algo assim nos dias de hoje? Pois é, o Queen tinha uma enorma vocação para conquistar sucessos radiofônicos, aquele tipo de hit que ficava na mente das pessoas por longos anos. Algo para poucos artistas. Ouça, se você viveu os anos 80 vai lembrar imediatamente dessa trilogia inicial de hits. Nessa balada destaco o belo solo de sax, um lindo instrumento, hoje em dia pouco utilizado, infelizmente."Pain Is So Close to Pleasure" foi outro sucesso na rádios de todo o mundo. Uma música bem diferente não apenas do álbum em si como também do repertório do Queen como um todo. Um som relaxante que me faz lembrar inclusive de antigas músicas dos anos 50 e 60, com ênfase na sonoridade da Motown. Perceba que até os vocais de apoio vão nessa direção. Uma daquelas músicas que você ouviu tocando nas rádios durante os anos 80 e nunca mais esqueceu. Bom momento do disco.
    
"Friends Will Be Friends" se destaca, entre coisas, pelos maravilhosos solos de guitarra que abrem a canção e que se repetem ao longo de toda a faixa. O refrão é tão pegajoso que gruda na sua mente de uma maneira absurda. É uma balada inesquecível do Queen, com ótimos arranjos e mais uma performance arrasadora de Mercury, aqui em seu auge, esbanjando saúde e talento. Que música linda! Essa realmente não se esquece nunca. Para guardar na memória e no coração. "Who Wants to Live Forever" começa quase como uma peça de ópera triste, com um antigo órgão ao fundo, mais parecendo algum tema do clássico "O Fantasma da Ópera". Depois vai crescendo aos poucos, em apoteose. Outro sucesso absoluto da história do Queen, sempre presente em coletâneas das melhores do Queen. Em termos de baladas tristes, sem dúvida está entre as melhores. Outro refrão que você nunca mais vai esquecer na vida. O arranjo de orquestra é maravilhoso. Aqui Mercury queria apenas o melhor que os estúdios podiam disponibilizar para o grupo. Ficou nota 10 a gravação. Simplesmente genial.    

"Gimme the Prize (Kurgan's Theme)" é do filme "Highlander - O Guerreiro Imortal". Assim como o Pink Floyd havia feito no passado, o Queen também tinha ambições em escrever trilhas sonoras para filmes. Hollywood sempre havia sido um atrativo para qualquer banda inglesa da época. O resultado ficou muito bom, aliás o filme é muito bom. Claro, estou falando do primeiro, do original, depois "Highlander" iria virar uma série de filmes, cada um mais ruim do que outro. Minha opinião sobre "Don't Lose Your Head" não é das melhores. Não chegou a ser sucesso nos anos 80, talvez e principalmente por causa de seus defeitos. Acho que a música tem um refrão muito enjoativo. Tem um bonito solo de guitarra no meio da canção, muito bem tocada por sinal, mas é pouco. È uma daquelas faixas que parecem não ir para lugar nenhum, ficando quase sempre no "quase". Quase uma boa faixa, quase um sucesso na rádios. Só que não havia sido daquela vez.

"Princes of the Universe" começa com aquele tipo coro vocal que era uma das maiores características da discografia do Queen. Tem também uma guitarra poderosa, com um arranjo em marcação, passo a passo. Não fez também qualquer sucesso na época. Lembra alguns bons momentos do passado da banda e talvez esse seja o maior problema. É uma cópia do próprio Queen do passado, sem a mesma originalidade e potência. Acho uma canção fraca dentro de um disco tão bom, tão forte.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Queen - The Works

Nunca fui um fã de carteirinha do Queen. Obviamente conhecia várias de suas canções que não paravam de tocar nas rádios e apreciava o talento do cantor Freddie Mercury. Aliás o Mercury era ao mesmo tempo o fator que me atraía a ouvir os álbuns do grupo (por causa de seu grande poder como vocalista) e também o que me deixava a uma certa distância da banda (na vida pessoal e na forma como se comportava Mercury me parecia excessivo, transloucado e pouco elegante). Mesmo assim não há como deixar de reconhecer que foi um dos melhores grupos de rock / pop da história. Algumas coisas do Queen hoje em dia podem soar extremamente bregas e ultra kitsch como a trilha sonora de "Flash Gordon" mas ao mesmo tempo alguns de seus trabalhos soam incrivelmente atuais e bem arranjados. "The Works" nunca foi considerado uma obra prima dentro da discografia do Queen mas em minha opinião segue ainda sendo o meu disco preferido. 

Logo de cara o lançamento do disco foi acompanhado de dois ótimos videoclips. É interessante lembrar que naquela época os clipes estavam na ordem do dia. Era populares e extremamente importantes para a divulgação de um novo disco no mercado. Pois bem, aqui temos dois que marcaram época. O primeiro era da canção "Radio Ga Ga" (que também foi a música de trabalho e primeiro single extraído do álbum). O clip homenageava o grande clássico "Metrópolis" de Fritz Lang. Para um cinéfilo não haveria nada mais interessante do que aquilo. A própria música parecia também bem sui generis, com um arranjo bem singular dentro da obra do grupo. Realmente especial. O outro videoclip que também se tornou bem famoso foi o da canção "I Want to Break Free" onde os membros da banda apareciam travestidos de donas de casas atarefadas com os seus serviços domésticos. Freddie Mercury adorou a caracterização, até porque não era muito segredo para ninguém a sua verdadeira opção sexual de orientação gay. Enfim, um trabalho acima da média, com ótima seleção musical. Se você estiver em busca de ter apenas um disco do Queen em sua coleção eu certamente recomendaria esse. 

Queen - The Works (1984)
Radio Ga Ga
Tear It Up
It's a Hard Life
Man on the Prowl 
Machines (Or 'Back to Humans')
I Want to Break Free
Keep Passing the Open Windows
Hammer to Fall
Is This the World We Created...?

Pablo Aluísio.

 

domingo, 8 de maio de 2011

Bohemian Rhapsody: The Original Soundtrack

Um dos assuntos mais comentados dessa semana foi a estreia nos cinemas dessa cinebiografia do grupo Queen. Nem todo mundo gostou, principalmente os fãs reclamaram bastante do roteiro. No filme há diversos erros de data, desencontros narrativos, personagens de ficção que nunca existiram. Chegaram ao ponto inclusive de errarem as datas do Rock in Rio, dando a entender ao espectador que o festival aconteceu nos anos 70. Enfim, falhas não faltam. Para os fãs que leram os livros sobre a história da banda deve ter sido bem frustrante assistir a um filme com tantos erros em série.

Já a trilha sonora, como não poderia deixar de ser, é bem mais interessante. Aliás é uma ótima pedida para quem não tem nenhum CD do Queen, já que traz um balanço geral de todos os seus grandes sucessos, funcionando assim como uma coletânea abrangente. E para os fãs que já possuem todos os álbuns da banda, lançamentos especiais, etc, a gravadora resolveu anexar algumas gravações raras que não tinham saído ainda em nenhum lançamento anterior, inclusive com a primeira oficialização de músicas gravadas justamente no Rock in Rio. Elas até agora só tinham chegado nas mãos dos admiradores da música do Queen em bootlegs, CDs piratas em sua maioria. Enfim, um boa novidade nesse fim de ano, principalmente para dar de presente para aquele jovem que está começando a gostar de rock atualmente. Sem novidades relevantes no mercado roqueiro o jeito mesmo é lançar mão de coisas primorosas do passado. O Queen nesse aspecto cai muito bem.

Bohemian Rhapsody: The Original Soundtrack (2018)
1. 20th Century Fox Fanfare   
2. Somebody to Love
3. Doing All Right... Revisited
4. Keep Yourself Alive" (Ao vivo no Teatro Rainbow, Londres, 31 de março de 1974)   
5. Killer Queen   
6. Fat Bottomed Girls (Ao Vivo em Paris, França, 27 de fevereiro de 1979)   
7. Bohemian Rhapsody     
8. Now I'm Here (Ao vivo no Hammersmith Odeon, Londres, 24 de dezembro de 1975)   
9. Crazy Little Thing Called Love     
10. Love of My Life (Ao Vivo no Rock in Rio, 18 de janeiro de 1985)   
11. We Will Rock You (movie mix)   
12. Another One Bites the Dust     
13. I Want to Break Free    
14. Under Pressure (com David Bowie)   
15. Who Wants to Live Forever     
16. Bohemian Rhapsody (Live Aid, Estádio Wembley, Londres, 13 de julho de 1985)   
17. Radio Ga Ga (Live Aid, Estádio Wembley, Londres, 13 de julho de 1985)   
18. Ay-Oh (Live Aid, Estádio Wembley, Londres, 13 de julho de 1985)   
19. Hammer to Fall (Live Aid, Estádio Wembley, Londres, 13 de julho de 1985)   
20. We Are the Champions (Live Aid, Estádio Wembley, Londres, 13 de julho de 1985)   
21. Don't Stop Me Now... Revisited
22. The Show Must Go On"

Pablo Aluísio.      

terça-feira, 2 de junho de 2009

Queen - Queen (1973)

Queen - Queen (1973)
Esse foi o primeiro disco do Queen. Completou 50 anos de seu lançamento original nesse meio de ano de 2023. O tempo passa voando mesmo, meus caros! Ouvir esse disco é também ouvir um grupo iniciante tentando encontrar um caminho a seguir. A metade das faixas foram compostas pelo próprio Freddie Mercury. Inclusive ele resolveu adotar esse sobrenome artístico por causa de uma das músicas do LP que evocava uma senhora, a mãe do Mercury. Não era necessariamente sobre sua mãe, mas uma personagem de ficção. O Freddie havia criado esse mundo imaginário, esse reino da fantasia, onde a maioria de suas canções se passava. Sem dúvida era um artista com muita imaginação e criatividade. 

Não há maiores hits nesse primeiro disco. Quem é marinheiro de primeira viagem na sonoridade do Queen vai passar por todo o álbum, da primeira à última faixa, sem reconhecer nenhuma canção. Normal, pois o sucesso deles nessa época foi mesmo limitado à Inglaterra. Só muitos anos depois, após a consagração mundial do grupo é que finalmente esse álbum seria premiado com disco de ouro nos Estados Unidos, por exemplo. Enfim, embora ainda um tanto crus e inexperientes no estúdio, os membros da banda já mostravam muito potencial nesse primeiro trabalho. O caminho do sucesso já estava começando a ficar bem pavimentado por aqui, nessa estreia. 

Queen - Queen (1973)
Keep Yourself Alive
Doing All Right
Great King Rat
My Fairy King
Liar
The Night Comes Down
Modern Times Rock 'n' Roll
Son and Daughter
Jesus
Seven Seas of Rhye

Pablo Aluísio.