Maria Antonieta foi a última rainha da França. Ela e seu marido, o rei Luís XVI, foram decapitados pelos líderes da revolução francesa. Tudo embasado em um julgamento claramente parcial e injusto, que tinha como objetivo apenas matar os monarcas do antigo regime. Maria Antonieta, em seu últimos momentos, se agarrou em sua fé católica e escreveu uma carta de despedida para sua irmã, onde reafirmava sua crença na religião católica, naquele momento final de extrema tragédia. Nesse texto ele pede perdão a Deus pelas coisas erradas que teria feito em vida e pedia ao seus filhos que não se vingassem dos revolucionários pois apenas a Deus caberia a justiça.
Ela foi muito difamada e caluniada, crimes horríveis lhe foram atribuídos, sem nenhuma prova, mostrando que o novo regime que nascia poderia ser tão fanático e radical como os antigos detentores do poder que eles criticavam. Maria Antonieta foi assim transformada em um bode expiatório da revolução francesa, um momento muito cruel para a religião católica pois muitos membros do clero foram assassinados brutalmente, de forma sumária, pelos revolucionários. O chamado "Terror" levou quase todo o clero francês para a guilhotina. Houve certamente uma perseguição religiosa brutal contra a fé e o cristianismo naquele momento trágico. Vários padres, bispos, monges, freiras e religiosos em geral eram colocados em carroças, sendo levados para a guilhotina em longas procissões onde o povo enfurecido lhes diziam ofensas, calúnias e injúrias.
O grau de fanatismo louco da revolução francesa foi tamanho que chegou-se a acusar a rainha até mesmo de incesto, algo que era uma grande mentira. O pior de tudo é que todos sabiam que era uma mentira, mesmo assim condenaram a rainha Maria Antonieta para ser executada, onde ela seria decapitada de forma cruel. A rainha porém mostrou-se muito lúcida em seus momentos finais, não blasfemando, não devolvendo as ofensas, mesmo tendo sofrido todos os tipos de violências físicas e psicológicas. Seus filhos haviam sido tirados dela, seu filho, o herdeiro da coroa, morreria logo após. Era uma criança apenas, mas os revolucionário o jogaram em um calabouço imundo.
Hoje em dia a figura de Maria Antonieta é muito associada ao luxo, à moda, aos exageros do palácio de Versalhes. A rainha foi realmente exuberante, já que isso era uma característica da época, porém ela também foi esposa e mãe, que sofreu muito ao ver sua família ser dizimada por loucos revolucionários com sede de sangue. Mesmo que a dinastia Bourbon fosse destronada era no mínimo civilizado deixaram Maria Antonieta e sua família irem embora para a Áustria, sua terra natal (ela era filha da imperatriz Maria Tereza). Matá-los, inclusive seus filhos pequenos, que eram apenas crianças quando a monarquia foi deposta, só mostrava mais uma faceta violenta de uma revolução que a despeito de usar o slogan da "Liberté, Egalité, Fraternité" (Liberdade, igualdade, fraternidade) certamente cometeu muito crimes contra católicos e pessoas religiosas em geral. Sob o ponto de vista religioso a revolução francesa foi sanguinária, injusta e bárbara.
Na última noite de vida a Rainha escreveu para a irmã e encerrou sua carta de despedida com as seguintes palavras: "Morro na religião Católica Apostólica Romana, que foi a de meus pais, que me trouxe a vida e que sempre professei. Não havendo nenhum consolo espiritual para procurar, e nem ao menos sabendo se existem nesse lugar padres dessa religião (realmente o lugar onde estou os exporia a perigo demais), eu sinceramente imploro o perdão de Deus por todos os pecados que eu possa ter cometido durante a minha vida. Confio que, em Sua bondade, Ele irá aceitar minhas últimas preces com misericórdia, tal como aquelas que eu tenho endereçado a Ele faz tempo, e que irá receber minha alma dentro de Sua piedade."
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 21 de abril de 2011
Catarina II
Na escola você aprende que o reinado de Catarina II, a Grande, foi um dos maiores exemplos daquele tipo de monarca que foi chamado pelos historiadores de "déspota esclarecido", ou seja, membros de uma monarquia que já conhecia os ideais do iluminismo, das transformações da iriam desembocar na Revolução Francesa, mas que continuavam em essência absolutistas. Apenas para não vivenciassem a tomada de poder por essas forças liberais, faziam pequenas concessões para o povo em geral. Era uma maneira de se manterem no trono. Continuavam absolutistas, déspotas, mas já estavam esclarecidos sobre os novos valores que começavam a se espalhar por todo o continente europeu.
Catarina II não era uma Romanov de nascimento. Ela apenas se casou com um Romanov e depois ajudou os opositores a se livrarem dele, que era o legítimo sucessor por tradição. Era uma mulher culta, inteligente, muito vocacionada para a ciência política. Por isso conseguia sempre superar as inúmeras intrigas políticas da corte, vencendo e superando todos os adversários que atravessavam seu caminho. Acabou assim se tornando a grande imperatriz da história russa. Seu marido, Pedro III, era um tipo contrário a essas qualidades, um despreparado que foi logo colocado de lado. Dentro da corte russa valia mais sua astúcia e perspicaz política do que propriamente um direito de nascimento. Apenas os mais fortes sobreviviam. Esse Czar russo, Pedro III, tentou tirar parte dos direitos tradicionais da nobreza, além disso era um bobo apaixonado pela Prússia e Frederico, algo que soava praticamente como um traição ao nacionalismo russo, eterno inimigo dos prussianos. Não demorou muito e caiu em desgraça perante a nobreza e o povo.
Assim depois de um golpe de Estado apoiado pela nobreza, Pedro III foi afastado do poder, sendo assassinado logo depois. Catarina assumiu as rédeas do Estado e sendo uma mulher preparada intelectualmente se saiu muito bem na direção daquele império continental. Os primeiros anos de Catarina II no poder foram gloriosos. Ela implantou reformas administrativas no império, reformulou o exército, conquistou territórios que até mesmo Pedro, o Grande, não havia conseguido dominar e transformou a Rússia em um dos mais poderosos impérios do mundo. Além disso é interessante notar que conseguiu se manter no trono até sua morte, isso em uma época em que os ideais que iriam causar a Revolução Francesa colocavam dinastias seculares na berlinda. Catarina foi hábil o suficiente para sobreviver e fortalecer um sistema político que estava em franca decadência em sua época.
Embora o reinado de Catarina II seja sempre lembrado com louvor pelos historiadores russos, houve também problemas enquanto esteve no poder. Catarina muitas vezes misturou assuntos pessoais com assuntos do Estado. Uma mulher muito ativa sexualmente, geralmente colocava seus amantes em postos chaves do império. Sua conduta sexual fora dos padrões para a época também mancharam sua reputação. A Imperatriz Maria Teresa da Áustria, por exemplo, outra mulher de imenso poder na época de Catarina, a considerava uma degenerada e uma promíscua. Muito provavelmente Catarina tenha sido apenas uma mulher à frente de seu tempo nesse aspecto, pois se recusava a se enquadrar no antigo estereótipo da mulher e mãe que imperava no século XVII. Ela quis e foi mais do que isso, usando os homens de acordo com seus propósitos políticos e não sendo usada por eles como era tão comum. Após reinar por 34 anos ela teve um AVC fatal em sua palácio imperial. Catarina não queria que seu filho Paulo se tornasse imperador, mas seu neto Alexandre. Considerava Paulo um desequilibrado cruel. Ela estava pronta para mudar sua sucessão ao trono, mas antes disso faleceu, deixando para Paulo um império como os russos jamais tinham visto antes.
Paulo I assumiu o poder na Rússia imperial após a morte de sua mãe, Catarina II. Ela não queria que ele assumisse como czar e tinha até mesmo feito planos para tirá-lo da sucessão, mas antes disso sofreu um derrame e morreu aos 68 anos de idade. Paulo não gostava da mãe a quem acusava de ter se envolvido na morte de seu pai, Pedro III. Para se vingar dela mandou exumar os restos mortais dele, para que fosse enterrado no mesmo ritual fúnebre de sua mãe.
Catarina II tinha razões para não gostar do próprio filho. Ele era um sujeito bem cretino, que estava mais interessado em vestir roupas espalhafatosas, inspiradas no exército prussiano, do que em administrar o império russo. Também era cruel, aplicando punições físicas e torturas em seus subordinados pelos menores deslizes. Tinha uma personalidade pusilânime, mostrando-se duro e autoritário para o povo russo ao mesmo tempo em que era manipulado e mandado por sua amante, uma mulher sem origens nobres que ele havia conhecido em um bordel. Quando assumiu o poder absoluto os russos descobriram alarmados que uma das pessoas mais influentes da corte era o barbeiro de Paulo, um ex-escravo dado de presente por sua mãe e que se tornaria seu amigo ao longo dos anos. De uma forma ou outra Paulo jamais conseguiu superar sua mãe, pelo contrário, foi uma grande decepção para o povo russo.
Pablo Aluísio.
Catarina II não era uma Romanov de nascimento. Ela apenas se casou com um Romanov e depois ajudou os opositores a se livrarem dele, que era o legítimo sucessor por tradição. Era uma mulher culta, inteligente, muito vocacionada para a ciência política. Por isso conseguia sempre superar as inúmeras intrigas políticas da corte, vencendo e superando todos os adversários que atravessavam seu caminho. Acabou assim se tornando a grande imperatriz da história russa. Seu marido, Pedro III, era um tipo contrário a essas qualidades, um despreparado que foi logo colocado de lado. Dentro da corte russa valia mais sua astúcia e perspicaz política do que propriamente um direito de nascimento. Apenas os mais fortes sobreviviam. Esse Czar russo, Pedro III, tentou tirar parte dos direitos tradicionais da nobreza, além disso era um bobo apaixonado pela Prússia e Frederico, algo que soava praticamente como um traição ao nacionalismo russo, eterno inimigo dos prussianos. Não demorou muito e caiu em desgraça perante a nobreza e o povo.
Assim depois de um golpe de Estado apoiado pela nobreza, Pedro III foi afastado do poder, sendo assassinado logo depois. Catarina assumiu as rédeas do Estado e sendo uma mulher preparada intelectualmente se saiu muito bem na direção daquele império continental. Os primeiros anos de Catarina II no poder foram gloriosos. Ela implantou reformas administrativas no império, reformulou o exército, conquistou territórios que até mesmo Pedro, o Grande, não havia conseguido dominar e transformou a Rússia em um dos mais poderosos impérios do mundo. Além disso é interessante notar que conseguiu se manter no trono até sua morte, isso em uma época em que os ideais que iriam causar a Revolução Francesa colocavam dinastias seculares na berlinda. Catarina foi hábil o suficiente para sobreviver e fortalecer um sistema político que estava em franca decadência em sua época.
Embora o reinado de Catarina II seja sempre lembrado com louvor pelos historiadores russos, houve também problemas enquanto esteve no poder. Catarina muitas vezes misturou assuntos pessoais com assuntos do Estado. Uma mulher muito ativa sexualmente, geralmente colocava seus amantes em postos chaves do império. Sua conduta sexual fora dos padrões para a época também mancharam sua reputação. A Imperatriz Maria Teresa da Áustria, por exemplo, outra mulher de imenso poder na época de Catarina, a considerava uma degenerada e uma promíscua. Muito provavelmente Catarina tenha sido apenas uma mulher à frente de seu tempo nesse aspecto, pois se recusava a se enquadrar no antigo estereótipo da mulher e mãe que imperava no século XVII. Ela quis e foi mais do que isso, usando os homens de acordo com seus propósitos políticos e não sendo usada por eles como era tão comum. Após reinar por 34 anos ela teve um AVC fatal em sua palácio imperial. Catarina não queria que seu filho Paulo se tornasse imperador, mas seu neto Alexandre. Considerava Paulo um desequilibrado cruel. Ela estava pronta para mudar sua sucessão ao trono, mas antes disso faleceu, deixando para Paulo um império como os russos jamais tinham visto antes.
Paulo I assumiu o poder na Rússia imperial após a morte de sua mãe, Catarina II. Ela não queria que ele assumisse como czar e tinha até mesmo feito planos para tirá-lo da sucessão, mas antes disso sofreu um derrame e morreu aos 68 anos de idade. Paulo não gostava da mãe a quem acusava de ter se envolvido na morte de seu pai, Pedro III. Para se vingar dela mandou exumar os restos mortais dele, para que fosse enterrado no mesmo ritual fúnebre de sua mãe.
Catarina II tinha razões para não gostar do próprio filho. Ele era um sujeito bem cretino, que estava mais interessado em vestir roupas espalhafatosas, inspiradas no exército prussiano, do que em administrar o império russo. Também era cruel, aplicando punições físicas e torturas em seus subordinados pelos menores deslizes. Tinha uma personalidade pusilânime, mostrando-se duro e autoritário para o povo russo ao mesmo tempo em que era manipulado e mandado por sua amante, uma mulher sem origens nobres que ele havia conhecido em um bordel. Quando assumiu o poder absoluto os russos descobriram alarmados que uma das pessoas mais influentes da corte era o barbeiro de Paulo, um ex-escravo dado de presente por sua mãe e que se tornaria seu amigo ao longo dos anos. De uma forma ou outra Paulo jamais conseguiu superar sua mãe, pelo contrário, foi uma grande decepção para o povo russo.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 20 de abril de 2011
Pepino, o Breve
Pepino era filho do grande conquistador Carlos Martel. Seu apelido "O Breve" não se referia ao fato de ter reinado por pouco tempo, mas por causa de sua altura diminuta - sim, o primeiro Rei Franco da Dinastia Carolíngia era um baixinho! Quando seu pai morreu deixou toda a sua fortuna e suas terras a seus dois filhos, Pepino e Carlomano, seu primogênito. Estamos falando de um tempo ainda muito distante da história, onde havia o sistema feudal prevalecendo por toda a Europa. Assim não demorou muito para que Pepino e Carlomano começassem a disputar entre si os principais feudos e terras. Era algo inevitável.
Pepino então se uniu a bispos influentes, fazendo de tudo para que as tribos germânicas fossem evangelizadas. Isso lhe trouxe um apoio importante, a da Igreja Católica, considerada uma das mais fortes instituições daquela época. Curiosamente por esse mesmo tempo seu irmão Carlomano resolveu se dedicar à vida religiosa, se retirando para um mosteiro. Na Idade Média o sentimento religioso era muito presente e forte, por essa razão a conversão de Carlomano foi visto como algo natural. Sem o irmão o poder acabou se concentrando em Pepino que se tornou um dos mais ricos senhores feudais da Europa Medieval, com terras que iam da França à Alemanha, passando pela Itália. Rico e poderoso, acabou tendo seu primeiro filho, que seria o futuro imperador Carlos Magno.
Pepino assim tinha grande riqueza, apoio da Igreja e se tornara comandante de um grande e poderoso exército. Diante de tanto poder entendeu que chegara a hora de se coroar Rei dos Francos, algo que foi feito com pleno apoio da Igreja Católica. O Papa Zacarias o coroou pessoalmente, dando origem a um ritual que foi seguido por Reis Franceses durante séculos. Assim, para consolidar ainda mais sua autoridade, Pepino derrotou Childerico III, considerado o último Rei da Dinastia Merovíngia. Era o começo da Dinastia Carolíngia entre os Francos.
A aproximação de Pepino com o Papado foi o segredo de seu sucesso como monarca. Ele se colocou na posição de protetor da Roma católica, enfrentando qualquer inimigo que ousasse ameaçar os Papas. Com isso recebeu apoio do Papa Estevão II que o confirmou como o legítimo Rei dos Francos. Mais do que isso, Estevão chancelou Pepino como o principal monarca cristão da Europa medieval. Era a vontade de Deus. Quando os Lombardos ameaçaram invadir o Vaticano, Pepino enviou seus poderosos exércitos que destruíram os inimigos da fé cristã.
Em agradecimento à criação dos Estados Pontifícios, o Papa resolveu ir à Paris para abençoar não apenas Pepino, mas também seus dois filhos e sua esposa. A Igreja Católica tomava clara posição em favor da nova dinastia que nascia na frente do povo francês. Era algo muito importante para Pepino que até aquele momento era tratado quase como um usurpador do trono. Infelizmente seu Reinado foi também breve. Ele morreu poucos anos depois. Seu grande legado para a história da França foi manter o Reino Franco unido e coeso. Também aproximou a Igreja do Estado francês, algo importante naquele momento. Tirando lições do passado glorioso de Roma também incentivou a manutenção de um exército permanente e treinado, para defender o povo franco da invasão de bárbaros que viriam. Acima de tudo abriu portas e criou a estrutura que seu filho Carlos Magno iria usar para conquistar quase toda a Europa nos anos seguintes.
Pablo Aluísio.
Muhammad Ali
Hoje o mundo amanheceu com a trista notícia da morte do boxeador Muhammad Ali. Ele foi um ícone do esporte, campeão mundial várias vezes e tudo mais, porém Ali é tão celebrado ainda hoje em dia por motivos que pouco tinham a ver com sua carreira como esportista. Na verdade Ali foi um homem bem à frente de seu tempo. Em uma época em que os negros americanos ainda lutavam por seus direitos civis, Ali foi uma figura central nessa luta. Ele teve grande impacto na mídia justamente por falar e defender aquilo que pensava, independente de ser politicamente correto ou não.
Durante a Guerra do Vietnã ele se posicionou contra a intervenção americana naquele distante país asiático. Como forma de retaliação o governo quis que ele se alistasse à força (na época o serviço militar dos EUA ainda era obrigatório) e enviado para o front, mas Ali resolveu reagir, rasgando e queimando sua carteira de reservista publicamente. Isso abriu um amplo debate dentro da sociedade não apenas em relação à obrigatoriedade de servir as forças armadas de forma compulsória, como também sobre o próprio sentido da guerra.
Depois, em outro gesto simbólico, resolveu trocar seu nome de batismo, Cassius Clay, pois entendia que esse era seu nome de escravo. Muitos negros americanos fizeram o mesmo. Para eles seus antepassados que tinham sido traficados da África negra durante a escravidão tinham seus nomes trocados por seus senhores escravocratas. Nomes ocidentalizados, que nada tinham a ver com seu nome real. Para Ali o abandono de Cassius Clay significava também o abandono das últimas correntes da escravidão negra na América.
Outro ato de Ali que causou grande repercussão foi sua conversão ao Islã. Ali entendia que o cristianismo havia contribuído para o sistema de escravidão de negros africanos e que deveria ser rejeitado por essa razão. Agora imaginem um homem como ele, negro, ativista e muçulmano numa América predominantemente branca e protestante durante os anos 60! Era realmente uma personalidade mais do que explosiva. Muitos dizem que a grande luta de Ali foi sua busca por uma vida melhor após ser diagnosticado com Mal de Parkinson. Penso diferente. A grande luta de Ali foi travada contra a própria sociedade americana, com seus preconceitos e ideologias dominantes.
Pablo Aluísio.
Durante a Guerra do Vietnã ele se posicionou contra a intervenção americana naquele distante país asiático. Como forma de retaliação o governo quis que ele se alistasse à força (na época o serviço militar dos EUA ainda era obrigatório) e enviado para o front, mas Ali resolveu reagir, rasgando e queimando sua carteira de reservista publicamente. Isso abriu um amplo debate dentro da sociedade não apenas em relação à obrigatoriedade de servir as forças armadas de forma compulsória, como também sobre o próprio sentido da guerra.
Depois, em outro gesto simbólico, resolveu trocar seu nome de batismo, Cassius Clay, pois entendia que esse era seu nome de escravo. Muitos negros americanos fizeram o mesmo. Para eles seus antepassados que tinham sido traficados da África negra durante a escravidão tinham seus nomes trocados por seus senhores escravocratas. Nomes ocidentalizados, que nada tinham a ver com seu nome real. Para Ali o abandono de Cassius Clay significava também o abandono das últimas correntes da escravidão negra na América.
Outro ato de Ali que causou grande repercussão foi sua conversão ao Islã. Ali entendia que o cristianismo havia contribuído para o sistema de escravidão de negros africanos e que deveria ser rejeitado por essa razão. Agora imaginem um homem como ele, negro, ativista e muçulmano numa América predominantemente branca e protestante durante os anos 60! Era realmente uma personalidade mais do que explosiva. Muitos dizem que a grande luta de Ali foi sua busca por uma vida melhor após ser diagnosticado com Mal de Parkinson. Penso diferente. A grande luta de Ali foi travada contra a própria sociedade americana, com seus preconceitos e ideologias dominantes.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 19 de abril de 2011
Napoleão Bonaparte - Verdades e Mentiras
Ele foi um dos principais líderes políticos e militares da história. Isso é um fato. O que poucos sabem é que Napoleão Bonaparte também tinha seu lado ridículo. Como era um ser humano e não um Deus, Napoleão também tinha defeitos - e muitos! Aqui vão algumas perguntas sobre o homem Napoleão Bonaparte.
1. Qual era a altura de Napoleão Bonaparte?
O imperador francês era extremamente baixinho. Embora muitos autores afirmem que ele tinha 1.69 de altura, a verdade é que o general não chegava nem a 1.63. A diferença se deve às botas do militar. Ele tinha complexo de sua falta de estatura e por isso mandava confeccionar enormes saltos que lhe desse alguns centímetros a mais. Afinal um general baixinho corria o risco de virar uma piada entre seus subordinados.
2. Napoleão Bonaparte era impotente?
Sim. Embora posasse de conquistador de mulheres, principalmente depois que se tornou imperador, o fato é que Napoleão tinha problemas sexuais. A explicação sobre sua impotência passa por vários motivos, desde a estafa natural de quem vivia em campos de batalha, passando pelo stress constante que o atormentava 24 horas por dia. O imperador era nervoso, dado a ataques de raiva e fúria. No meio de tanta tensão não sobrava muito para se dedicar aos prazeres da carne e do sexo.
3. Napoleão Bonaparte era racista?
O imperador era completamente racista. Ele considerava os negros uma sub-raça, algo que os deixavam mais próximos a animais do que a seres humanos. Seus atos racistas ficaram notórios, principalmente quando proibiu a entrada de negros em Paris. O general não queria que eles "sujassem" as belas ruas da capital francesa. Ele também tinha extremo desprezo por eslavos e russos, mas isso não o poupou de ser derrotado pelos mesmos povos que desprezava no campo de batalha.
4. Napoleão Bonaparte tinha hemorroidas?
Sim. A vida toda Napoleão passou montado em cima de um cavalo, nas inúmeras campanhas que participou ao longo da vida. Isso acabou lhe valendo doloridas hemorroidas. Na última grande batalha de sua vida, a de Waterloo, Napoleão se atrasou para ir ao campo de batalha pois estava com uma séria crise de hemorroidas que deixaram suas calças brancas completamente vermelhas de sangue. A alimentação e a obesidade também não ajudavam. Napoleão comia comidas extremamente apimentadas, gordurosas e nada sadias. Isso piorava ainda mais sua situação de saúde.
5. Por que Napoleão Bonaparte colocava sua mão dentro de seu uniforme?
A posição mais famosa de Napoleão Bonaparte em quadros e desenhos de época é aquela em que o imperador aparecia com as mãos dentro de seu casaco militar. Há duas explicações para essa pose. Alguns historiadores dizem que o imperador sofria de úlcera. As fortes dores estomacais o fazia pressionar o local da dor. Por isso ele estaria sempre com a mão sobre a dor. Outra explicação seria que Napoleão sofria de Mal de Parkinson e para esconder isso de seus soldados colocava a mão que apresentava tremores dentro de seu casaco militar.
Pablo Aluísio.
1. Qual era a altura de Napoleão Bonaparte?
O imperador francês era extremamente baixinho. Embora muitos autores afirmem que ele tinha 1.69 de altura, a verdade é que o general não chegava nem a 1.63. A diferença se deve às botas do militar. Ele tinha complexo de sua falta de estatura e por isso mandava confeccionar enormes saltos que lhe desse alguns centímetros a mais. Afinal um general baixinho corria o risco de virar uma piada entre seus subordinados.
2. Napoleão Bonaparte era impotente?
Sim. Embora posasse de conquistador de mulheres, principalmente depois que se tornou imperador, o fato é que Napoleão tinha problemas sexuais. A explicação sobre sua impotência passa por vários motivos, desde a estafa natural de quem vivia em campos de batalha, passando pelo stress constante que o atormentava 24 horas por dia. O imperador era nervoso, dado a ataques de raiva e fúria. No meio de tanta tensão não sobrava muito para se dedicar aos prazeres da carne e do sexo.
3. Napoleão Bonaparte era racista?
O imperador era completamente racista. Ele considerava os negros uma sub-raça, algo que os deixavam mais próximos a animais do que a seres humanos. Seus atos racistas ficaram notórios, principalmente quando proibiu a entrada de negros em Paris. O general não queria que eles "sujassem" as belas ruas da capital francesa. Ele também tinha extremo desprezo por eslavos e russos, mas isso não o poupou de ser derrotado pelos mesmos povos que desprezava no campo de batalha.
4. Napoleão Bonaparte tinha hemorroidas?
Sim. A vida toda Napoleão passou montado em cima de um cavalo, nas inúmeras campanhas que participou ao longo da vida. Isso acabou lhe valendo doloridas hemorroidas. Na última grande batalha de sua vida, a de Waterloo, Napoleão se atrasou para ir ao campo de batalha pois estava com uma séria crise de hemorroidas que deixaram suas calças brancas completamente vermelhas de sangue. A alimentação e a obesidade também não ajudavam. Napoleão comia comidas extremamente apimentadas, gordurosas e nada sadias. Isso piorava ainda mais sua situação de saúde.
5. Por que Napoleão Bonaparte colocava sua mão dentro de seu uniforme?
A posição mais famosa de Napoleão Bonaparte em quadros e desenhos de época é aquela em que o imperador aparecia com as mãos dentro de seu casaco militar. Há duas explicações para essa pose. Alguns historiadores dizem que o imperador sofria de úlcera. As fortes dores estomacais o fazia pressionar o local da dor. Por isso ele estaria sempre com a mão sobre a dor. Outra explicação seria que Napoleão sofria de Mal de Parkinson e para esconder isso de seus soldados colocava a mão que apresentava tremores dentro de seu casaco militar.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 18 de abril de 2011
George Orwell
George Orwell foi um famoso escritor e jornalista inglês, conhecido por alguns dos mais populares e discutidos livros da literatura do século 20 como 'Animal Farm" e" Nineteen Eighty-Four'. Orwell nasceu Eric Arthur Blair em 25 de junho de 1903 no leste da Índia, filho de um funcionário colonial britânico. Ele foi educado na Inglaterra e, depois que ele deixou Eton, entrou para a Polícia Imperial Indiana, na Birmânia, então uma colônia britânica. Demitiu-se em 1927 e decidiu tornar-se um escritor. Em 1928, mudou-se para Paris, onde a falta de sucesso como escritor obrigou-o a trabalhar em uma série de trabalhos braçais. Ele descreveu suas experiências em seu primeiro livro, "Down and Out in Paris and Londres", publicado em 1933, onde finalmente adotou o nome de George Orwell, pouco antes de sua publicação. Isto foi seguido por seu primeiro romance, 'Birmaneses Days', em 1934.
Tornou-se um anarquista no final de 1920, e na década de 1930 começou a considerar-se um socialista. Em 1936 foi contratado para escrever um relato da pobreza entre os mineiros desempregados no norte da Inglaterra, o que resultou no livro "The Road to Wigan Pier" (1937). Mais tarde, em 1936, Orwell viajou para a Espanha para lutar pelos republicanos contra nacionalistas de Franco. Ele foi forçado a fugir do país após se decepcionar com o movimento comunista mundial, pois presenciou grupos socialistas apoiados pela União Soviética reprimindo e massacrando socialistas utópicos. A experiência o transformou em um anti-stalinista ao longo da vida. Entre 1941 e 1943, Orwell trabalhou no setor de publicidade e propaganda para a BBC. Em 1943, tornou-se editor literário do Tribune, uma revista semanal de esquerda. Tornou-se um jornalista prolífico, escrevendo artigos, resenhas e livros.
Em 1945, o livro 'Animal Farm' foi publicado. Se tratava de uma fábula política usando uma fazenda como metáfora da própria sociedade, com base na traição da Revolução Russa pelo ditador Stalin. O livro fez bastante sucesso, tornando Orwell um escritor conhecido e famoso, garantindo-lhe uma vida financeiramente confortável, pela primeira vez em sua vida. "Nineteen Eighty-Four" foi publicado quatro anos depois. Situado em um futuro totalitário imaginário, o livro causou uma profunda impressão, com o seu título e muitas frases - como 'Big Brother está vigiando você', 'novilíngua' e 'duplipensar' - entrando no uso popular do povo inglês. Após mais esse êxito comercial e de crítica sua saúde começou a se deteriorar. Morreria alguns meses depois de tuberculose em 21 de janeiro de 1950.
Pablo Aluísio.
Tornou-se um anarquista no final de 1920, e na década de 1930 começou a considerar-se um socialista. Em 1936 foi contratado para escrever um relato da pobreza entre os mineiros desempregados no norte da Inglaterra, o que resultou no livro "The Road to Wigan Pier" (1937). Mais tarde, em 1936, Orwell viajou para a Espanha para lutar pelos republicanos contra nacionalistas de Franco. Ele foi forçado a fugir do país após se decepcionar com o movimento comunista mundial, pois presenciou grupos socialistas apoiados pela União Soviética reprimindo e massacrando socialistas utópicos. A experiência o transformou em um anti-stalinista ao longo da vida. Entre 1941 e 1943, Orwell trabalhou no setor de publicidade e propaganda para a BBC. Em 1943, tornou-se editor literário do Tribune, uma revista semanal de esquerda. Tornou-se um jornalista prolífico, escrevendo artigos, resenhas e livros.
Em 1945, o livro 'Animal Farm' foi publicado. Se tratava de uma fábula política usando uma fazenda como metáfora da própria sociedade, com base na traição da Revolução Russa pelo ditador Stalin. O livro fez bastante sucesso, tornando Orwell um escritor conhecido e famoso, garantindo-lhe uma vida financeiramente confortável, pela primeira vez em sua vida. "Nineteen Eighty-Four" foi publicado quatro anos depois. Situado em um futuro totalitário imaginário, o livro causou uma profunda impressão, com o seu título e muitas frases - como 'Big Brother está vigiando você', 'novilíngua' e 'duplipensar' - entrando no uso popular do povo inglês. Após mais esse êxito comercial e de crítica sua saúde começou a se deteriorar. Morreria alguns meses depois de tuberculose em 21 de janeiro de 1950.
Pablo Aluísio.
Malakoi na antiguidade
Recentemente houve uma polêmica no Brasil sobre o significado da palavra Malakoi. Um jovem youtuber chamado Felipe Neto em debate com o pastor Feliciano afirmou que Malakoi era uma palavra de origem hebraica e significava "devasso". Tudo porque na carta de Paulo no novo testamento ele se refere a Malakoi. Na tradução tradicional o termo foi traduzido para o português como "Afeminado".
Como houve grande interesse no tema vamos trazer aqui alguns esclarecimentos. A palavra Malakoi não é de origem hebraica, mas grega. Sua tradução literal nos leva a designação de um homem "suave", "com gestos e gostos femininos", ou em outras palavras, a um homossexual. Isso é importante porque foi justamente usando o termo Malakoi que Paulo se referiu aos homossexuais, aos afeminados.
É importante entender que quando Paulo escreveu sua carta a expressão homossexual ainda não existia. Por essa razão ele não poderia ter utilizado o termo moderno. Na época os gays eram designados justamente pela expressão Malakoi, ou seja, homens com características femininas, que inclusive preferiam aos homens do ponto de vista sexual do que às mulheres, o que seria o natural nos tempos antigos. Paulo escreveu literalmente que os afeminados (malakois) não herdariam o Reino de Deus.
Alguns historiadores mais moderados porém afirmam que Malakoi tinha vários significados, incluindo também homens que não usavam barbas como era costume na antiguidade. Acontece que dentro da cultura greco-romana muitos soldados e homens importantes mantinham jovens adolescentes como seus concubinos. Eles eram explorados sexualmente por seus donos, muitos eram escravos e faziam vários serviços para seus mestres, cuidando de suas montarias e armaduras. Esses meninos também eram chamados de Malakois, que tinha na época uma clara referência de homossexualidade juvenil, o que nos dias de hoje poderia ser associado também à pedofilia.
Dessa maneira, usando de um estudo sério e sem interferências ideológicas a verdade é que o termo Malakoi se refere realmente a homossexuais, gays, homens afeminados. A origem é grega, não hebraica, e segue sendo usada inclusive nos tempos atuais pelos gregos modernos, significando exatamente a mesma coisa. Qualquer outra interpretação de fato não seria cabível.
Pablo Aluísio.
Como houve grande interesse no tema vamos trazer aqui alguns esclarecimentos. A palavra Malakoi não é de origem hebraica, mas grega. Sua tradução literal nos leva a designação de um homem "suave", "com gestos e gostos femininos", ou em outras palavras, a um homossexual. Isso é importante porque foi justamente usando o termo Malakoi que Paulo se referiu aos homossexuais, aos afeminados.
É importante entender que quando Paulo escreveu sua carta a expressão homossexual ainda não existia. Por essa razão ele não poderia ter utilizado o termo moderno. Na época os gays eram designados justamente pela expressão Malakoi, ou seja, homens com características femininas, que inclusive preferiam aos homens do ponto de vista sexual do que às mulheres, o que seria o natural nos tempos antigos. Paulo escreveu literalmente que os afeminados (malakois) não herdariam o Reino de Deus.
Alguns historiadores mais moderados porém afirmam que Malakoi tinha vários significados, incluindo também homens que não usavam barbas como era costume na antiguidade. Acontece que dentro da cultura greco-romana muitos soldados e homens importantes mantinham jovens adolescentes como seus concubinos. Eles eram explorados sexualmente por seus donos, muitos eram escravos e faziam vários serviços para seus mestres, cuidando de suas montarias e armaduras. Esses meninos também eram chamados de Malakois, que tinha na época uma clara referência de homossexualidade juvenil, o que nos dias de hoje poderia ser associado também à pedofilia.
Dessa maneira, usando de um estudo sério e sem interferências ideológicas a verdade é que o termo Malakoi se refere realmente a homossexuais, gays, homens afeminados. A origem é grega, não hebraica, e segue sendo usada inclusive nos tempos atuais pelos gregos modernos, significando exatamente a mesma coisa. Qualquer outra interpretação de fato não seria cabível.
Pablo Aluísio.
domingo, 17 de abril de 2011
Os Crimes de Lenin
Recentemente uma excelente reportagem do portal Terra mostrou que 140 anos após seu nascimento o fundador da União Soviética, Lenin, está sendo esquecido pelos russos. As novas gerações sequer sabem quem ele foi. Um garoto entrevistado por um jornalista ocidental disse não saber muito sobre ele a não ser que era um cosmonauta!!! Pelo visto o outrora tão idolatrado Lenin está sendo jogado na lata de lixo da história, o que nesse caso não é algo negativo de acontecer. Os historiadores russos da atualidade, mais sensatos e finalmente livres do corrosivo controle da ditadura comunista, estão se debruçando com imparcialidade sobre documentos, cartas e atos do período em que ele se tornou o principal líder soviético.
O retrato que retiram desses despojos da história é realmente devastador. Lenin foi um psicopata no poder. Ele não tinha qualquer respeito pela vida humana e de posse de poderes ilimitados cometeu barbaridades horrendas com o povo da Rússia e dos demais países sob denominação soviética. Como todo socialista, Lenin acreditava que possuía o dom e a inteligência de conduzir seu povo. Ninguém poderia contestar suas decisões políticas e a punição para a discórdia de sua ideologia era a morte.
Hoje sabe-se que Lenin foi o responsável pela morte de mais de cem milhões de pessoas. Um influente político ucraniano relembrou recentemente os crimes de Lenin no Parlamento. O deputado Vladimir Zhirinovisky recordou aos seus colegas que sob o domínio de Lenin a Rússia (e a Ucrânia) se transformaram em um mar de túmulos. O chamado terror vermelho implantado por Lenin para defender a revolução russa fez com que um genocídio muito mais vasto e devastador do que o próprio nazismo se instaurasse em solo russo, causando assassinatos em massa, desespero e morte. Lenin mandou assassinar de próprio punho milhões de pessoas, entre eles muitas crianças, mulheres e idosos, simplesmente por esses pertencerem a comunidades que não aceitavam a ditadura socialista. Jamais demonstrou ter tido a menor culpa pelo que fez, tal como um psicopata em relação às suas vítimas indefesas.
Um homem cruel e psicopata que não respeitava sequer o espírito religioso do povo russo. Como socialista Lenin via a religião e a crença em Deus como um mal a ser eliminado. Ateu e extremamente frio em suas decisões mandou para a morte líderes religiosos de praticamente todos os cultos, mas principalmente da Igreja Ortodoxa Russa. Sob suas ordens diretas foram mortos entre outros o amado e respeitado patriarca Ortodoxo de Moscou. Também mandou executar a sangue frio toda a família do Czar. Mandou que eles fossem levados para uma floresta distante e lá fuzilados. Além do Czar Nicolau morreram também seus filhos, meros adolescentes, garotas jovens e um menino, herdeiro do trono, ainda menor de idade. Lenin realmente foi um monstro tal como Hitler. Um assassino de massas e um psicopata frio e cruel. O tempo porém é o senhor de tudo. Sua memória já está sendo apagada da mente dos russos, pelo seu próprio bem.
Pablo Aluísio.
O retrato que retiram desses despojos da história é realmente devastador. Lenin foi um psicopata no poder. Ele não tinha qualquer respeito pela vida humana e de posse de poderes ilimitados cometeu barbaridades horrendas com o povo da Rússia e dos demais países sob denominação soviética. Como todo socialista, Lenin acreditava que possuía o dom e a inteligência de conduzir seu povo. Ninguém poderia contestar suas decisões políticas e a punição para a discórdia de sua ideologia era a morte.
Hoje sabe-se que Lenin foi o responsável pela morte de mais de cem milhões de pessoas. Um influente político ucraniano relembrou recentemente os crimes de Lenin no Parlamento. O deputado Vladimir Zhirinovisky recordou aos seus colegas que sob o domínio de Lenin a Rússia (e a Ucrânia) se transformaram em um mar de túmulos. O chamado terror vermelho implantado por Lenin para defender a revolução russa fez com que um genocídio muito mais vasto e devastador do que o próprio nazismo se instaurasse em solo russo, causando assassinatos em massa, desespero e morte. Lenin mandou assassinar de próprio punho milhões de pessoas, entre eles muitas crianças, mulheres e idosos, simplesmente por esses pertencerem a comunidades que não aceitavam a ditadura socialista. Jamais demonstrou ter tido a menor culpa pelo que fez, tal como um psicopata em relação às suas vítimas indefesas.
Um homem cruel e psicopata que não respeitava sequer o espírito religioso do povo russo. Como socialista Lenin via a religião e a crença em Deus como um mal a ser eliminado. Ateu e extremamente frio em suas decisões mandou para a morte líderes religiosos de praticamente todos os cultos, mas principalmente da Igreja Ortodoxa Russa. Sob suas ordens diretas foram mortos entre outros o amado e respeitado patriarca Ortodoxo de Moscou. Também mandou executar a sangue frio toda a família do Czar. Mandou que eles fossem levados para uma floresta distante e lá fuzilados. Além do Czar Nicolau morreram também seus filhos, meros adolescentes, garotas jovens e um menino, herdeiro do trono, ainda menor de idade. Lenin realmente foi um monstro tal como Hitler. Um assassino de massas e um psicopata frio e cruel. O tempo porém é o senhor de tudo. Sua memória já está sendo apagada da mente dos russos, pelo seu próprio bem.
Pablo Aluísio.
sábado, 16 de abril de 2011
Filipe II da Espanha
Filipe II da Espanha foi um dos monarcas mais destacados da história de sua nação. Foi um político extremamente habilidoso que também soube como poucos manter suas convicções pessoais intactas. Ele reinou de julho de 1554 até setembro de 1598. Um logo reinado que ajudou a modelar o mundo atual em que vivemos. Sua importância não se deu apenas dentro da Europa, mas atravessou os mares, principalmente no Brasil. Isso pode ser facilmente entendido quando Portugal e Espanha se tornaram um só Reino. O Brasil era uma distante colônia portuguesa na América do Sul, ainda pouco explorada e conhecida. Quando Filipe se tornou também o monarca de Portugal nosso país ficou sob sua regência. Essa fase ficou conhecida como a União Ibérica. A capital da Paraíba - hoje João Pessoa - passou a se denominar na época de Filipéia em sua homenagem. Essa é uma das mais antigas cidades do Brasil.
Pois bem, no campo religioso o Rei Filipe II da Espanha se destacou também por ter sido um fervoroso defensor da Fé Católica. Aqueles foram tempos conturbados na Europa. O protestantismo se espalhava por toda a Europa e o Rei precisou se posicionar sobre o que estava acontecendo. Filipe veio de uma família com longa tradição católica e não estava disposto a abrir mão disso. Ele negou em diversas ocasiões a tomada de decisões que porventura pudessem agredir a liberdade de culto do catolicismo ou a apropriação de seu bens, como havia acontecido na Inglaterra e países nórdicos. Sua posição firme ao lado do catolicismo logo causou problemas externos, principalmente com os chamados Países Baixos (Holanda e Bélgica, principalmente) que começavam a difundir enormemente o protestantismo. Nessas nações começou um movimento de perseguição contra os católicos. Filipe II ficou indignado com a situação que se desenvolvia por lá.
Dentro da Espanha o Rei ordenou que fosse construído o mosteiro de El Escorial onde agrupou uma das mais maravilhosas coleções de arte de cunho religioso. Para lá Filipe enviou os melhores quadros do Reino, entre eles peças de mestres consagrados. Também mandou organizar uma extensa biblioteca para onde foram enviados obras literárias de um momento considerado grandioso na língua espanhola. No campo jurídico mandou organizar em forma de códigos de leis as chamadas ordenações filipinas que inclusive tiveram vigência no Brasil Colônia.
Com a Inglaterra Filipe II teve inúmeros problemas. Ele era um ferrenho crítico do que havia feito Henrique VIII que, impedido de se casar pela segunda vez pela Igreja Católica, resolveu romper laços com o Vaticano, tornando de posse milhares de propriedades da Igreja para fundar sua própria religião, a Anglicana. Filipe considerava isso um grande insulto contra o que ele chamava de a fé verdadeira. Com o aumento de líderes fanáticos protestantes Filipe logo autorizou a instalação da chamada Inquisição espanhola que se tornou instrumento de combate contra as novas heresias que vinha do leste europeu.
Mesmo que esse tenha sido um ponto a se criticar de seu reinado uma coisa se torna clara: O protestantismo jamais conseguiu se firmar com solidez na península ibérica, se tornando sempre uma segunda vertente, algo que não se repetiu em diversos outros países europeus. A preservação da fé católica se estendeu rumo a Portugal e claro em suas colônias pelo mundo afora, inclusive o Brasil que se tornaria no futuro a maior nação católica do mundo, algo que certamente Filipe II apreciaria. Seu legado assim se torna bastante relevante pois sua lealdade ao catolicismo lhe valeu a eternidade em termos históricos.
Pablo Aluísio.
Pois bem, no campo religioso o Rei Filipe II da Espanha se destacou também por ter sido um fervoroso defensor da Fé Católica. Aqueles foram tempos conturbados na Europa. O protestantismo se espalhava por toda a Europa e o Rei precisou se posicionar sobre o que estava acontecendo. Filipe veio de uma família com longa tradição católica e não estava disposto a abrir mão disso. Ele negou em diversas ocasiões a tomada de decisões que porventura pudessem agredir a liberdade de culto do catolicismo ou a apropriação de seu bens, como havia acontecido na Inglaterra e países nórdicos. Sua posição firme ao lado do catolicismo logo causou problemas externos, principalmente com os chamados Países Baixos (Holanda e Bélgica, principalmente) que começavam a difundir enormemente o protestantismo. Nessas nações começou um movimento de perseguição contra os católicos. Filipe II ficou indignado com a situação que se desenvolvia por lá.
Dentro da Espanha o Rei ordenou que fosse construído o mosteiro de El Escorial onde agrupou uma das mais maravilhosas coleções de arte de cunho religioso. Para lá Filipe enviou os melhores quadros do Reino, entre eles peças de mestres consagrados. Também mandou organizar uma extensa biblioteca para onde foram enviados obras literárias de um momento considerado grandioso na língua espanhola. No campo jurídico mandou organizar em forma de códigos de leis as chamadas ordenações filipinas que inclusive tiveram vigência no Brasil Colônia.
Com a Inglaterra Filipe II teve inúmeros problemas. Ele era um ferrenho crítico do que havia feito Henrique VIII que, impedido de se casar pela segunda vez pela Igreja Católica, resolveu romper laços com o Vaticano, tornando de posse milhares de propriedades da Igreja para fundar sua própria religião, a Anglicana. Filipe considerava isso um grande insulto contra o que ele chamava de a fé verdadeira. Com o aumento de líderes fanáticos protestantes Filipe logo autorizou a instalação da chamada Inquisição espanhola que se tornou instrumento de combate contra as novas heresias que vinha do leste europeu.
Mesmo que esse tenha sido um ponto a se criticar de seu reinado uma coisa se torna clara: O protestantismo jamais conseguiu se firmar com solidez na península ibérica, se tornando sempre uma segunda vertente, algo que não se repetiu em diversos outros países europeus. A preservação da fé católica se estendeu rumo a Portugal e claro em suas colônias pelo mundo afora, inclusive o Brasil que se tornaria no futuro a maior nação católica do mundo, algo que certamente Filipe II apreciaria. Seu legado assim se torna bastante relevante pois sua lealdade ao catolicismo lhe valeu a eternidade em termos históricos.
Pablo Aluísio.
Juliano - O Imperador Anticristão
O Imperador Romano Juliano pertencia à casta familiar do Imperador Constantino que foi figura central na consolidação do Cristianismo no Império Romano. Para muitos historiadores o Cristianismo jamais teria tido a influência e expansão que teve se não fosse pela participação crucial de Constantino e seu apoio. É de se admirar assim que um membro da casa de Constantino tenha sido um dos mais infames imperadores anticristãos da história. Foi justamente isso que aconteceu. Quando Constantino morreu houve uma brutal disputa familiar pelo poder como era comum acontecer dentro do Império Romano. A ala familiar de Juliano levou a pior e foi dizimada pelos vencedores. O único que sobrou foi justamente o próprio Juliano que se encontrava muito doente e por isso foi poupado da chacina pois os assassinos de sua família acreditaram que ele morreria logo.
Juliano não apenas sobreviveu como conseguiu se reerguer politicamente das cinzas. Guiado por uma sede de vingança sem precedentes ele foi subindo cada vez mais dentro do xadrez de poder em Roma. Aliando chantagens, assassinatos de parentes e muitos crimes, Juliano foi eliminando todos os seus opositores. Procurou também matar cada um membro de sua casta que tivesse tido algum tipo de participação nas mortes de seus pais e irmãos. Com pouco mais de 25 anos de idade Juliano já tinha conseguido executar todos eles. Suas mãos estavam cheias de sangue, mas ele se considerava realizado e saciado em sua sede de vingança mortal. Durante sua caminhada rumo ao poder supremo em Roma, Juliano foi tentando suprimir todo o legado de Constantino, homem que ele particularmente desprezava e odiava.
O Cristianismo, aquela nova religião estranha que havia sido colocada em um ponto tão alto do Império exatamente por Constantino, era uma aberração na visão de Juliano. Ele ansiava em revalorizar a antiga religião pagã imperial. Juliano acreditava que o Cristianismo tinha que ser eliminado o mais rapidamente possível, mas isso teria que ser feito com inteligência e não com violência e brutalidade. Esse tipo de opressão, muito utilizada por imperadores no passado, não havia dado bons frutos. Ao contrário disso, havia fortalecido a fé dos cristãos pois a morte de mártires aumentava ainda mais o número de adeptos e seguidores daquele judeu a quem chamavam de Cristo.
Quando se tornou Imperador em Roma, Juliano começou a perseguir os cristãos que faziam parte do aparelho de Estado. Demitiu altos funcionários do Império apenas por eles serem Cristãos, confiscou terras e mandou bloquear bens e finanças de importantes líderes daquela nova religião. A intenção de Juliano era destruir a influência e poder dos cristãos, sejam eles financeiros, políticos ou militares. Ao mesmo tempo em que asfixiava o povo cristão de Roma, mandou restaurar e reconstruir antigos templos dedicados aos velhos e tradicionais Deuses Romanos. Procurando demonstrar sua fidelidade ao paganismo o próprio imperador teria participado de um ritual Pagão de purificação, se banhando no sangue de um touro sacrificado em sua presença! Juliano dizia que para eliminar os cristãos não era necessária a violência, mas sim a quebra da estrutura que os mantinha no topo da hierarquia romana. Seus planos de destruição da religião cristã porém tiveram uma interrupção abrupta quando o imperador foi morto numa sangrenta batalha campal contra os Persas. Pelo visto seus amados deuses romanos não o livraram da morte com uma espada inimiga atravessando seu pescoço.
Pablo Aluísio.
Juliano não apenas sobreviveu como conseguiu se reerguer politicamente das cinzas. Guiado por uma sede de vingança sem precedentes ele foi subindo cada vez mais dentro do xadrez de poder em Roma. Aliando chantagens, assassinatos de parentes e muitos crimes, Juliano foi eliminando todos os seus opositores. Procurou também matar cada um membro de sua casta que tivesse tido algum tipo de participação nas mortes de seus pais e irmãos. Com pouco mais de 25 anos de idade Juliano já tinha conseguido executar todos eles. Suas mãos estavam cheias de sangue, mas ele se considerava realizado e saciado em sua sede de vingança mortal. Durante sua caminhada rumo ao poder supremo em Roma, Juliano foi tentando suprimir todo o legado de Constantino, homem que ele particularmente desprezava e odiava.
O Cristianismo, aquela nova religião estranha que havia sido colocada em um ponto tão alto do Império exatamente por Constantino, era uma aberração na visão de Juliano. Ele ansiava em revalorizar a antiga religião pagã imperial. Juliano acreditava que o Cristianismo tinha que ser eliminado o mais rapidamente possível, mas isso teria que ser feito com inteligência e não com violência e brutalidade. Esse tipo de opressão, muito utilizada por imperadores no passado, não havia dado bons frutos. Ao contrário disso, havia fortalecido a fé dos cristãos pois a morte de mártires aumentava ainda mais o número de adeptos e seguidores daquele judeu a quem chamavam de Cristo.
Quando se tornou Imperador em Roma, Juliano começou a perseguir os cristãos que faziam parte do aparelho de Estado. Demitiu altos funcionários do Império apenas por eles serem Cristãos, confiscou terras e mandou bloquear bens e finanças de importantes líderes daquela nova religião. A intenção de Juliano era destruir a influência e poder dos cristãos, sejam eles financeiros, políticos ou militares. Ao mesmo tempo em que asfixiava o povo cristão de Roma, mandou restaurar e reconstruir antigos templos dedicados aos velhos e tradicionais Deuses Romanos. Procurando demonstrar sua fidelidade ao paganismo o próprio imperador teria participado de um ritual Pagão de purificação, se banhando no sangue de um touro sacrificado em sua presença! Juliano dizia que para eliminar os cristãos não era necessária a violência, mas sim a quebra da estrutura que os mantinha no topo da hierarquia romana. Seus planos de destruição da religião cristã porém tiveram uma interrupção abrupta quando o imperador foi morto numa sangrenta batalha campal contra os Persas. Pelo visto seus amados deuses romanos não o livraram da morte com uma espada inimiga atravessando seu pescoço.
Pablo Aluísio.
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