Título no Brasil: O Retorno do Pistoleiro
Título Original: Return to Warbow
Ano de Produção: 1958
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Ray Nazarro
Roteiro: Les Savage Jr, Les Savage Jr
Elenco: Philip Carey, Catherine McLeod, Andrew Duggan, William Leslie, William Leslie, James Griffith
Sinopse:
Após ficar preso por longos onze anos, o pistoleiro e fora-da-lei Clay Hollister (Philip Carey) consegue escapar. Ao lado de dois outros prisioneiros, ele engana os guardas e foge rumo ao deserto. Antes de ser preso pelo xerife no passado, Clay determinou ao seu irmão que enterrasse em um lugar seguro o dinheiro de um grande assalto de banco que havia cometido ao lado de seus comparsas. Agora, em liberdade, ele irá atrás desse valor que está bem escondido em algum lugar. O problema é que seu irmão é um beberrão, jogador inveterado e está hesitante em revelar o verdadeiro paradeiro daquela pequena fortuna. O que terá acontecido de verdade?
Comentários:
Outro faroeste B muito competente da Columbia. Nos anos 1950 era comum a publicação de estórias de western nos grandes jornais americanos, aos domingos. Na maioria dos casos esses textos mesclavam ficção com fatos reais, em uma espécie de romantização de eventos que realmente ocorreram no velho oeste. "O Retorno do Pistoleiro" é baseado em um desses textos que foi publicado no New York Times. Era a história de um fora-da-lei que conseguia fugir de uma prisão no meio do deserto e que logo após partia para uma jornada atrás do ouro roubado de um banco, em um assalto sangrento que ele mesmo havia cometido. Por mais que procurasse o dinheiro, não conseguia chegar no saco que supostamente havia sido enterrado logo após ele ser preso. Se não fosse um western poderia muito bem ser um filme noir, pois a trama é das melhores, com muitas reviravoltas, traições e surpresas envolvendo todos os personagens. Curiosamente nenhum deles pode ser apontado como um "mocinho" pois é de fato um ninho de cobras, com bandoleiros querendo passar a perna em pistoleiros e criminosos de toda ordem enganando uns aos outros. Não há nenhuma ética envolvendo todos eles, mas apenas a ganância de recuperar o valor do assalto, nem que para isso se tenha que matar aqueles que se colocam entre o dinheiro e o pistoleiro Clay Hollister. Com apenas 67 minutos de duração "Return to Warbow" impressiona ainda hoje por causa de seu bem estruturado roteiro. Uma ótima opção para fãs de faroestes antigos dos anos 50.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 10 de maio de 2006
terça-feira, 9 de maio de 2006
Dinheiro Sangrento
Título no Brasil: Dinheiro Sangrento
Título Original: El kárate, el Colt y el impostor
Ano de Produção: 1974
País: Estados Unidos, Espanha, Itália, Hong Kong
Estúdio: Champion films, Harbor Productions
Direção: Antonio Margheriti
Roteiro: Miguel De Echarri, Barth Jules Sussman
Elenco: Lee Van Cleef, Lieh Lo, Patty Shepard, Femi Benussi, Karen Yeh, Julián Ugarte, Erika Blanc
Sinopse:
Ho Chiang (Lieh Lo), um mestre de artes marciais chinesas, se une a Dakota (Lee Van Cleef), um ás do gatilho e pistoleiro americano, para descobrir o paradeiro de um tesouro de ouro e prata escondido por bandoleiros do velho oeste no meio do deserto. No caminho enfrentarão muitos desafios e perigos. Apenas os mais fortes vão sobreviver a esse jogo de vida ou morte.
Comentários:
Na década de 1970, nos chamados "cinemas de bairro", dois tipos de filmes se tornaram extremamente populares. O primeiro, que mais nos diz respeito, era o famoso Spaghetti Western, formado por produções italianas geralmente rodadas no deserto espanhol de Almería, Andalucía. Eram filmes de faroeste bem mais sujos, violentos e menos sofisticados do que os similares americanos. Talvez justamente por essa razão, tenham se tornado tão populares. Já o outro tipo de fita que formava filas e filas nas portas dos cinemas populares era o que por aqui no Brasil ficou conhecido como "filmes de Kung-Fu ou Karatê". Eram esses os nomes populares dados aos filmes de artes marciais geralmente produzidos em Hong Kong com muita pancadaria e violência. Pois bem, "Dinheiro Sangrento" era uma tentativa de unir esses dois ramos do cinema que o povão mais gostava nos anos 1970. O próprio nome original dessa película, "El kárate, el Colt y el impostor" já deixava bem claras as suas intenções para o espectador. Lee Van Cleef foi um dos atores americanos mais populares do Spaghetti e Lieh Lo era um ator muito popular dentro da indústria de cinema de Hong Kong. Só para se ter uma ideia de sua popularidade na China, ele estrelou incríveis 225 filmes!!! Sem dúvida deve ser um dos recordistas mundiais! Hoje em dia "Dinheiro Sangrento" vale como curiosidade de uma época que não existe mais. Não vá esperar nada muito bem feito ou roteirizado. Aqui temos um exemplar perfeito do cinema povão daqueles anos e nada mais. Diversão pura para as massas.
Pablo Aluísio.
Título Original: El kárate, el Colt y el impostor
Ano de Produção: 1974
País: Estados Unidos, Espanha, Itália, Hong Kong
Estúdio: Champion films, Harbor Productions
Direção: Antonio Margheriti
Roteiro: Miguel De Echarri, Barth Jules Sussman
Elenco: Lee Van Cleef, Lieh Lo, Patty Shepard, Femi Benussi, Karen Yeh, Julián Ugarte, Erika Blanc
Sinopse:
Ho Chiang (Lieh Lo), um mestre de artes marciais chinesas, se une a Dakota (Lee Van Cleef), um ás do gatilho e pistoleiro americano, para descobrir o paradeiro de um tesouro de ouro e prata escondido por bandoleiros do velho oeste no meio do deserto. No caminho enfrentarão muitos desafios e perigos. Apenas os mais fortes vão sobreviver a esse jogo de vida ou morte.
Comentários:
Na década de 1970, nos chamados "cinemas de bairro", dois tipos de filmes se tornaram extremamente populares. O primeiro, que mais nos diz respeito, era o famoso Spaghetti Western, formado por produções italianas geralmente rodadas no deserto espanhol de Almería, Andalucía. Eram filmes de faroeste bem mais sujos, violentos e menos sofisticados do que os similares americanos. Talvez justamente por essa razão, tenham se tornado tão populares. Já o outro tipo de fita que formava filas e filas nas portas dos cinemas populares era o que por aqui no Brasil ficou conhecido como "filmes de Kung-Fu ou Karatê". Eram esses os nomes populares dados aos filmes de artes marciais geralmente produzidos em Hong Kong com muita pancadaria e violência. Pois bem, "Dinheiro Sangrento" era uma tentativa de unir esses dois ramos do cinema que o povão mais gostava nos anos 1970. O próprio nome original dessa película, "El kárate, el Colt y el impostor" já deixava bem claras as suas intenções para o espectador. Lee Van Cleef foi um dos atores americanos mais populares do Spaghetti e Lieh Lo era um ator muito popular dentro da indústria de cinema de Hong Kong. Só para se ter uma ideia de sua popularidade na China, ele estrelou incríveis 225 filmes!!! Sem dúvida deve ser um dos recordistas mundiais! Hoje em dia "Dinheiro Sangrento" vale como curiosidade de uma época que não existe mais. Não vá esperar nada muito bem feito ou roteirizado. Aqui temos um exemplar perfeito do cinema povão daqueles anos e nada mais. Diversão pura para as massas.
Pablo Aluísio.
A Vingança
Título no Brasil: A Vingança
Título Original: Kid Vengeance
Ano de Produção: 1977
País: Estados Unidos, Israel
Estúdio: Cannon Group
Direção: Joseph Manduke
Roteiro: Ken Globus, Bud Robbins
Elenco: Jim Brown, Lee Van Cleef, Leif Garrett, Glynnis O'Connor, John Marley, Matt Clark
Sinopse:
Bando de ladrões, assassinos e estupradores, encontra uma família viajando pelo deserto. Após matar sua única vaca, resolvem continuar seus atos criminosos. Estupram a mãe e matam o pai. O caçula da família porém escapa, pois estava no momento caçando nas montanhas da região. Ao voltar e presenciar tudo, resolve partir para a vingança contra todos aqueles facínoras.
Comentários:
A produtora Cannon se notabilizou pelas fitas de ação que produziu para astros de pancadaria ao estilo Chuck Norris, mas também se aventurou por outros estilos como esse western filmado em Israel com uma equipe americana. Logo nas primeiras cenas fica muito claro que o objetivo do filme é recriar o clima dos filmes do estilo western spaghetti. O roteiro, a edição e a trilha sonora lembram isso a todo tempo para o espectador. Lee Van Cleef também está no elenco para ninguém ter a menor dúvida sobre esse aspecto. Aliás o ator surge nas cenas com uma esquisita bandana na cabeça, sem chapéu e ostentando sua careca com orgulho o tempo todo. O título original do filme é bem explicativo, "Kid Vengeance", um garoto que parte em busca de vingança após a morte de seus pais de forma brutal pelo bando de foras-da-lei comandados pelo personagem de Cleef. O curioso é que para aparentar ser ainda mais antigo, os produtores resolveram envelhecer propositalmente a película do filme, dando um aspecto de surrado e sujo ao produto final. A verdade porém é que o resultado final não consegue ser grande coisa. Com muitos clichês "A Vingança" perde mesmo simplesmente por não ser um western spaghetti legítimo. Quem diria que um dia os americanos iriam imitar os italianos sem êxito...
Pablo Aluísio.
Título Original: Kid Vengeance
Ano de Produção: 1977
País: Estados Unidos, Israel
Estúdio: Cannon Group
Direção: Joseph Manduke
Roteiro: Ken Globus, Bud Robbins
Elenco: Jim Brown, Lee Van Cleef, Leif Garrett, Glynnis O'Connor, John Marley, Matt Clark
Sinopse:
Bando de ladrões, assassinos e estupradores, encontra uma família viajando pelo deserto. Após matar sua única vaca, resolvem continuar seus atos criminosos. Estupram a mãe e matam o pai. O caçula da família porém escapa, pois estava no momento caçando nas montanhas da região. Ao voltar e presenciar tudo, resolve partir para a vingança contra todos aqueles facínoras.
Comentários:
A produtora Cannon se notabilizou pelas fitas de ação que produziu para astros de pancadaria ao estilo Chuck Norris, mas também se aventurou por outros estilos como esse western filmado em Israel com uma equipe americana. Logo nas primeiras cenas fica muito claro que o objetivo do filme é recriar o clima dos filmes do estilo western spaghetti. O roteiro, a edição e a trilha sonora lembram isso a todo tempo para o espectador. Lee Van Cleef também está no elenco para ninguém ter a menor dúvida sobre esse aspecto. Aliás o ator surge nas cenas com uma esquisita bandana na cabeça, sem chapéu e ostentando sua careca com orgulho o tempo todo. O título original do filme é bem explicativo, "Kid Vengeance", um garoto que parte em busca de vingança após a morte de seus pais de forma brutal pelo bando de foras-da-lei comandados pelo personagem de Cleef. O curioso é que para aparentar ser ainda mais antigo, os produtores resolveram envelhecer propositalmente a película do filme, dando um aspecto de surrado e sujo ao produto final. A verdade porém é que o resultado final não consegue ser grande coisa. Com muitos clichês "A Vingança" perde mesmo simplesmente por não ser um western spaghetti legítimo. Quem diria que um dia os americanos iriam imitar os italianos sem êxito...
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 8 de maio de 2006
Assim Começou Trinity
Filme de faroeste com a dupla Terence Hill e Bud Spencer. Na história dois caçadores de recompensas (interpretados pelos próprios Hill e Spencer) chegam numa cidadezinha do velho oeste em busca de seu prêmio. Para provar que capturaram o famoso pistoleiro procurado vivo ou morto, porém, só possuem suas botas pois o sujeito foi literalmente pelo ares após ser atacado com bananas de dinamite. O proprietário do banco que oferece a recompensa não fica convencido sobre o que eles contam. Na verdade ele decide não pagar a recompensa. Para se livrar da dupla, o banqueiro resolve então libertar o condenado à forca Cacopoulos (Eli Wallach) para "resolver" o problema. E isso só aumenta a confusão com os caçadores de recompensas. O título nacional, "Assim Começou Trinity", é enganoso. Na verdade não temos nesse filme o personagem Trinity. O personagem interpretado por Terence Hill na verdade se chamava Cat Stevens. Assim o nome Trinity só foi usado por questões comerciais, para atrair público aos cinemas. Originalmente, sem suas primeiras sessões, o filme foi lançado com o nome de "Os Quatro da Ave Maria" e só depois que os filmes com Trinity viraram febre é que finalmente se mudou mais uma vez o título do filme por óbvias razões comerciais.
Dito isso é bom frisar que se trata de um Macaroni Western muito divertido, bem de acordo com o que seria no futuro os filmes estrelados pela dupla Terence e Bud. O primeiro sempre fazendo o papel do pistoleiro cuca fresca e o segundo sempre encarnando o tipo brutamontes de bom coração. Eles fizeram tanto sucesso juntos que acabaram indo para outros gêneros, sempre com o mesmo sucesso. A fórmula se baseava em um estilo de humor bem fanfarrão, pastelão até. O público, é claro, adorava pois havia um certo feeling circense neles. O curioso é que esse "Assim Começou Trinity" nem era tão escrachado quanto os filmes que viriam, mas tampouco também deixava de ter um pezinho na chanchada burlesca. O interessante é que a dupla central acabou passando por apuros e quase foi ofuscada no filme pelo ótimo ator Eli Wallach, em interpretação mais cômica e bem humorada. O seu personagem estava sempre passando a perna em Terence Hill e Bud Spencer ao longo do filme. Enfim, temos um filme divertido, engraçado, diria até mesmo ingênuo para os padrões atuais, mas que no final das contas agradava e divertia muito o público em sua época de lançamento original.
Assim Começou Trinity / Os Quatro da Ave Maria (I quattro dell'Ave Maria, Itália, 1968) Estúdio: Crono Cinematografica, Finanzia San Marco / Direção: Giuseppe Colizzi / Roteiro: Bino Cicogna, Giuseppe Colizzi / Elenco: Terence Hill, Bud Spencer, Eli Wallach / Sinopse: Cat Stevens (Terence Hill) e Hutch Bessy (Bud Spencer) são dois caçadores de recompensas no velho oeste que acabam tendo que brigar ainda mais pelo dinheiro prometido pela captura de um criminoso procurado vivo ou morto.
Pablo Aluísio.
Dito isso é bom frisar que se trata de um Macaroni Western muito divertido, bem de acordo com o que seria no futuro os filmes estrelados pela dupla Terence e Bud. O primeiro sempre fazendo o papel do pistoleiro cuca fresca e o segundo sempre encarnando o tipo brutamontes de bom coração. Eles fizeram tanto sucesso juntos que acabaram indo para outros gêneros, sempre com o mesmo sucesso. A fórmula se baseava em um estilo de humor bem fanfarrão, pastelão até. O público, é claro, adorava pois havia um certo feeling circense neles. O curioso é que esse "Assim Começou Trinity" nem era tão escrachado quanto os filmes que viriam, mas tampouco também deixava de ter um pezinho na chanchada burlesca. O interessante é que a dupla central acabou passando por apuros e quase foi ofuscada no filme pelo ótimo ator Eli Wallach, em interpretação mais cômica e bem humorada. O seu personagem estava sempre passando a perna em Terence Hill e Bud Spencer ao longo do filme. Enfim, temos um filme divertido, engraçado, diria até mesmo ingênuo para os padrões atuais, mas que no final das contas agradava e divertia muito o público em sua época de lançamento original.
Assim Começou Trinity / Os Quatro da Ave Maria (I quattro dell'Ave Maria, Itália, 1968) Estúdio: Crono Cinematografica, Finanzia San Marco / Direção: Giuseppe Colizzi / Roteiro: Bino Cicogna, Giuseppe Colizzi / Elenco: Terence Hill, Bud Spencer, Eli Wallach / Sinopse: Cat Stevens (Terence Hill) e Hutch Bessy (Bud Spencer) são dois caçadores de recompensas no velho oeste que acabam tendo que brigar ainda mais pelo dinheiro prometido pela captura de um criminoso procurado vivo ou morto.
Pablo Aluísio.
Pistoleiro do Destino
Clássico western trazendo o ator Gary Cooper como astro principal de seu elenco. Também conhecido como "Tudo por Uma Mulher" esse faroeste conta uma história interessante. Ao chegar numa pequena cidade do velho oeste, o cowboy Melody Jones (Gary Cooper) é confundido com o famoso pistoleiro Monte Jarrad (Dan Duryea), bandido procurado e com a cabeça à prêmio. Todos na cidadezinha temem a presença de Melody, apesar dele ser na verdade apenas um cowboy, um trabalhador rural, que nunca se envolveu com o mundo do crime. Para piorar a namorada do verdadeiro Jarrad começa a fazer de tudo para que todos continuem acreditando que Melody é de fato o fora-da-lei, isso porque ela quer mesmo desviar a atenção do xerife enquanto o verdadeiro bandido planeja uma forma de escapar da região sem ser enforcado por seus crimes.
Embora à primeira vista pareça um faroeste convencional, o que temos aqui é um filme que foge um pouco dos padrões da época, inclusive apostando em um pouco de humor e romance, onde o roteiro não explorava apenas os tiroteios ou os duelos, mas também os problemas criados após o personagem de Cooper ser confundido com um bandido rápido no gatilho. O Melody Jones de Cooper é na verdade um sujeito bem pacato, tímido e introvertido. Esse jeito caladão caía muito bem no tipo de personagem que o ator Gary Cooper costumava interpretar em seus filmes.
Dessa forma o roteiro de Nunnally Johnson tem um jeito diferenciado em relação ao típico roteiro de filmes de faroeste daqueles tempos. Também desenvolve melhor a principal personagem feminina, a destemida Cherry de Longpre (Loretta Young). Esse diferencial foi proposital pois o estúdio estava tentando também atrair o público feminino para assistir ao filme. Uma leve mudança para aumentar as bilheterias. E a presença de Gary Cooper acentuava ainda mais esse apelo junto às mulheres, já que ele era considerado um dos maiores galãs do cinema americano. Alto, boa pinta, com jeito de pioneiro do volho oeste, honesto e confiável, ele fazia suas fãs suspirarem quando iam ao cinema.
Pistoleiro do Destino / Tudo por Uma Mulher (Along Came Jones, Estados Unidos, 1945) Estúdio: MGM / Direção: Stuart Heisler / Roteiro: Nunnally Johnson, Alan Le May / Elenco: Gary Cooper, Loretta Young, William Demarest, Dan Duryea, Frank Sully, Don Costello / Sinopse: Melody Jones (Cooper) é um cowboy íntegro e honesto que passa a ser confundido com um perigoso pistoleiro e criminoso na pequena cidade do velho oeste onde chega após uma longa viagem pelo deserto.
Pablo Aluísio.
Embora à primeira vista pareça um faroeste convencional, o que temos aqui é um filme que foge um pouco dos padrões da época, inclusive apostando em um pouco de humor e romance, onde o roteiro não explorava apenas os tiroteios ou os duelos, mas também os problemas criados após o personagem de Cooper ser confundido com um bandido rápido no gatilho. O Melody Jones de Cooper é na verdade um sujeito bem pacato, tímido e introvertido. Esse jeito caladão caía muito bem no tipo de personagem que o ator Gary Cooper costumava interpretar em seus filmes.
Dessa forma o roteiro de Nunnally Johnson tem um jeito diferenciado em relação ao típico roteiro de filmes de faroeste daqueles tempos. Também desenvolve melhor a principal personagem feminina, a destemida Cherry de Longpre (Loretta Young). Esse diferencial foi proposital pois o estúdio estava tentando também atrair o público feminino para assistir ao filme. Uma leve mudança para aumentar as bilheterias. E a presença de Gary Cooper acentuava ainda mais esse apelo junto às mulheres, já que ele era considerado um dos maiores galãs do cinema americano. Alto, boa pinta, com jeito de pioneiro do volho oeste, honesto e confiável, ele fazia suas fãs suspirarem quando iam ao cinema.
Pistoleiro do Destino / Tudo por Uma Mulher (Along Came Jones, Estados Unidos, 1945) Estúdio: MGM / Direção: Stuart Heisler / Roteiro: Nunnally Johnson, Alan Le May / Elenco: Gary Cooper, Loretta Young, William Demarest, Dan Duryea, Frank Sully, Don Costello / Sinopse: Melody Jones (Cooper) é um cowboy íntegro e honesto que passa a ser confundido com um perigoso pistoleiro e criminoso na pequena cidade do velho oeste onde chega após uma longa viagem pelo deserto.
Pablo Aluísio.
domingo, 7 de maio de 2006
Reduto de Assassinos
Esse foi um dos últimos filmes de Roy Rogers para o cinema. Em pouco mais de um mês depois de sua estreia nas salas de cinema, ele estrelaria na TV um programa que se tornaria campeão de audiência na década de 1950, o "Roy Rogers Show". As novas gerações certamente não lembrarão de Rogers. Ele foi um dos maiores ídolos do western americano em seu tempo. Ao lado de seu famoso cavalo Trigger, ele encantou uma geração de jovens que vibravam com seus filmes simples, de enredos onde o mocinho, sempre virtuoso, enfrentava os mais desalmados vilões. Tudo para salvar a mocinha do perigo. Roy Rogers ao contrário de um John Ford ou John Wayne, não procurava realizar obras-primas do cinema, pelo contrário, ele procurava agradar a uma plateia bem mais jovem que só queria diversão. Assim Rogers se especializou nas matinês, onde crianças a adolescente iam para se divertir. Seu público era formado basicamente por garotos até 12 anos ou um pouquinho mais velhos do que isso. Por isso não se espante ao assistir a um filme de Roy Rogers e achar tudo meio juvenil. A ideia era essa mesma.
Também foi um homem de negócios astuto que soube muito bem explorar e vender sua própria imagem. Assim foi um dos primeiros astros do cinema a licenciar a própria marca Roy Rogers para brinquedos, revistas em quadrinhos, chicletes e roupas. Essa jogada de marketing o transformou em um homem extremamente rico. Rogers via a oportunidade de um bom negócio em qualquer situação. Quando seu cavalo Trigger morreu, ele mandou empalhar o fiel companheiro das telas e o enviou para excursões pelo país, onde milhares pagaram ingressos apenas para ver de perto o famoso Trigger. O sucesso obviamente foi enorme.
Nesse "Reduto de Assassinos" o que temos é mais uma variação de sua eterna persona nas telas. Seu nome era tão popular que Roy Rogers parou de usar nomes diferentes para seus personagens. Não importava o papel, ele quase sempre aparecia como Roy Rogers, simplesmente assim. No enredo desse filme um dos companheiros de Roy Rogers, um patrulheiro da fronteira entre México e Estados Unidos, é morto, e assim ele parte em busca dos assassinos. Todos os ingredientes que fizeram a fama de Roy Rogers estão presentes. Suas pistolas prateadas com finos adornos, suas roupas chamativas, que inclusive faziam parte de sua linha de cowboy que era vendida nas lojas da época e seu bom mocismo à prova de falhas. Um faroeste muito nostálgico para os que foram fãs de Roy Rogers em sua infância.
Reduto de Assassinos (Pals of the Golden West, Estados Unidos, 1951) Direção: William Witney / Roteiro: Albert DeMond, Sloan Nibley / Elenco: Roy Rogers, Trigger, Dale Evans / Sinopse: Após ver seu amigo e colega ser morto por bandidos, o destemido patrulheiro da fronteira, Roy Rogers parte em busca de justiça.
Pablo Aluísio.
Também foi um homem de negócios astuto que soube muito bem explorar e vender sua própria imagem. Assim foi um dos primeiros astros do cinema a licenciar a própria marca Roy Rogers para brinquedos, revistas em quadrinhos, chicletes e roupas. Essa jogada de marketing o transformou em um homem extremamente rico. Rogers via a oportunidade de um bom negócio em qualquer situação. Quando seu cavalo Trigger morreu, ele mandou empalhar o fiel companheiro das telas e o enviou para excursões pelo país, onde milhares pagaram ingressos apenas para ver de perto o famoso Trigger. O sucesso obviamente foi enorme.
Nesse "Reduto de Assassinos" o que temos é mais uma variação de sua eterna persona nas telas. Seu nome era tão popular que Roy Rogers parou de usar nomes diferentes para seus personagens. Não importava o papel, ele quase sempre aparecia como Roy Rogers, simplesmente assim. No enredo desse filme um dos companheiros de Roy Rogers, um patrulheiro da fronteira entre México e Estados Unidos, é morto, e assim ele parte em busca dos assassinos. Todos os ingredientes que fizeram a fama de Roy Rogers estão presentes. Suas pistolas prateadas com finos adornos, suas roupas chamativas, que inclusive faziam parte de sua linha de cowboy que era vendida nas lojas da época e seu bom mocismo à prova de falhas. Um faroeste muito nostálgico para os que foram fãs de Roy Rogers em sua infância.
Reduto de Assassinos (Pals of the Golden West, Estados Unidos, 1951) Direção: William Witney / Roteiro: Albert DeMond, Sloan Nibley / Elenco: Roy Rogers, Trigger, Dale Evans / Sinopse: Após ver seu amigo e colega ser morto por bandidos, o destemido patrulheiro da fronteira, Roy Rogers parte em busca de justiça.
Pablo Aluísio.
Django Atira Primeiro
Esse foi o segundo filme com o personagem Django. É mais do que curioso pois foi rodado poucos meses depois do famoso filme estrelado por Franco Nero chegar nas telas de cinema. Outro ponto que chama a atenção é o fato de que o Django que vemos aqui se assemelha muito pouco ao filme anterior. Ele é jovem, loiro, com pinta de galã de cinema americano. O ator que interpreta Django, Glenn Saxson (mais um nome americanizado, pois seu nome real era Roel Bos nascido na Holanda e com poucos filmes em sua carreira) em nada lembra o sujeito mal encarado do primeiro Django. Aqui ele está mais parecido com Trinity (outro personagem famoso do cinema italiano) do que com o pistoleiro errante que arrasta um caixão pelo deserto empoeirado como vimos na caracterização de Franco Nero. Logo na primeira cena percebemos isso. Django está em uma colina do deserto, fazendo sua refeição quando um estranho chega. É Ringo, um caçador de recompensas. Ele traz um homem morto sob a cela de seu cavalo. Para surpresa geral Django reconhece o bandido morto. É o seu próprio pai que não vê há anos, desde que abandonou a família para sair pelo mundo. Obviamente que isso coloca Django em confronto direto com Ringo pela posse do corpo de seu pai.
Depois desse duelo inicial Django resolve ele mesmo cobrar a recompensa por seu pai (um bandido foragido procurado vivo ou morto). Afinal ele não pode recusar cinco mil dólares por questões puramente sentimentais. Ao chegar na cidadezinha ele acaba descobrindo que seu pai se tornou um homem próspero, dono de saloons, hotéis e até mesmo de parte do banco da cidade. Rico, mas também traído pelo seu antigo parceiro de negócios. O problema é que seu sócio é um rico comerciante bastante corrupto que deseja se livrar o mais rapidamente possível de Django, pois não está disposto a compartilhar de sua fortuna com ninguém. Assim fica consolidado o duelo que irá permear todo o filme.
"Django Atira Primeiro" tem boa produção pois o uso do nome Django ainda não havia se banalizado como iria acontecer nos anos seguintes. Por isso temos um roteiro até bem feito, com boas cenas de ação e tiroteios. Uma delas ocorre no cemitério da cidade o que se torna claramente uma referência ao filme original com Franco Nero. As semelhanças porém param por aqui já que esse Django é bem mais soft, leve, até com pitadas de humor mais escrachado (como vemos na cena final no saloon com uma briga generalizada). Para quem curte Western Spaghetti é certamente uma boa pedida pois diverte e entretém com boa produção e roteiro bem mais trabalhado do que o habitual.
Django Atira Primeiro (Django Spara Per Primo, Itália, 1966) Direção: Alberto De Martino / Roteiro: Sandro Continenza, Massimiliano Capriccioli / Elenco: Glenn Saxson, Fernando Sancho, Ida Galli / Sinopse: Segundo filme com Django. Aqui ele é um sujeito errante que chega numa cidadezinha para reclamar por sua herança. Seu pai havia sido morto por um caçador de recompensas, deixando várias propriedades para seu filho. Tomar posse desses bens porém não será nada fácil.
Pablo Aluísio.
Depois desse duelo inicial Django resolve ele mesmo cobrar a recompensa por seu pai (um bandido foragido procurado vivo ou morto). Afinal ele não pode recusar cinco mil dólares por questões puramente sentimentais. Ao chegar na cidadezinha ele acaba descobrindo que seu pai se tornou um homem próspero, dono de saloons, hotéis e até mesmo de parte do banco da cidade. Rico, mas também traído pelo seu antigo parceiro de negócios. O problema é que seu sócio é um rico comerciante bastante corrupto que deseja se livrar o mais rapidamente possível de Django, pois não está disposto a compartilhar de sua fortuna com ninguém. Assim fica consolidado o duelo que irá permear todo o filme.
"Django Atira Primeiro" tem boa produção pois o uso do nome Django ainda não havia se banalizado como iria acontecer nos anos seguintes. Por isso temos um roteiro até bem feito, com boas cenas de ação e tiroteios. Uma delas ocorre no cemitério da cidade o que se torna claramente uma referência ao filme original com Franco Nero. As semelhanças porém param por aqui já que esse Django é bem mais soft, leve, até com pitadas de humor mais escrachado (como vemos na cena final no saloon com uma briga generalizada). Para quem curte Western Spaghetti é certamente uma boa pedida pois diverte e entretém com boa produção e roteiro bem mais trabalhado do que o habitual.
Django Atira Primeiro (Django Spara Per Primo, Itália, 1966) Direção: Alberto De Martino / Roteiro: Sandro Continenza, Massimiliano Capriccioli / Elenco: Glenn Saxson, Fernando Sancho, Ida Galli / Sinopse: Segundo filme com Django. Aqui ele é um sujeito errante que chega numa cidadezinha para reclamar por sua herança. Seu pai havia sido morto por um caçador de recompensas, deixando várias propriedades para seu filho. Tomar posse desses bens porém não será nada fácil.
Pablo Aluísio.
sábado, 6 de maio de 2006
Festim da Morte
Um pelotão do exército americano sai de um forte no velho oeste em direção a um grupamento mais próximo. Geralmente a distância entre dois fortes do exército dos Estados Unidos naquela época era percorrida em cinco dias de viagem a cavalo. No meio do caminho, durante uma emboscada dos apaches selvagens, todos os cavalos da tropa são mortos! Desolados, tendo de vencer a longa distância entre os fortes a tropa segue a pé no meio do deserto, enfrentando além do clima hostil, todo tipo de perigo, inclusive com a sombra sempre presente dos Apaches esperando pelo melhor momento para um novo ataque. O tenente do grupo acaba enlouquecendo diante da situação extrema, perdendo o controle da tropa, assumindo dessa forma o segundo na linha de comando, o sargento da cavalaria Wade McCoy (Chuck Connors). Após uma longa caminhada, os soldados finalmente chegam em seu destino, mas para surpresa de todos o forte para onde se dirigiram também foi atacado, só sobrando uma pilha de corpos de soldados americanos. O único trunfo dos militares é uma garota índia, filha de um grande chefe, que acaba servindo de garantia de vida para todos.
Começa assim esse interessante western "Festim da Morte", uma produção dos anos 1950, ainda em preto e branco, que conseguiu alcançar uma bela bilheteria em seu lançamento, apesar do filme não contar com nenhum grande nome em seu elenco. Um dos aspectos que mais chamam a atenção nesse filme é o retrato que é mostrado da vida de um militar americano durante as chamadas guerras indígenas. Uma vida de privação e sofrimento, geralmente viajando longas distâncias a cavalo, debaixo de um sol escaldante, tendo que viver sem nenhum tipo de conforto pessoal.
Os fortes militares do exército americano eram rústicos, feitos de madeira, austeros, sem nenhum tipo de luxo para os homens. Além disso sempre havia o perigo de se verem sitiados por nações indígenas inimigas, como o filme muito bem explora em seu segundo ato. Sem água e nem comida suficientes eles tentam de todas as formas sobreviver ao cerco. Muitas vezes os soldados acabavam comendo seus próprios cavalos para não morrer de fome durante esses cercos de nativos guerreiros. Recomendo o filme especialmente para quem gosta dos chamados "filmes de cavalaria" que exploram as guerras travadas entre o exército americano e as nações nativas durante a chamada conquista do oeste. Nesse estilo, certamente é um dos filmes de faroeste que mais apreciei.
Festim da Morte (Tomahawk Trail, Estados Unidos,1957) Direção: Lesley Selander / Roteiro: Gerald Drayson Adams, David Chandler / Elenco: Chuck Connors, John Smith, Susan Cummings / Sinopse: Com roteiro baseado em fatos históricos reais, o filme conta a história de um grupo de soldados americanos da cavalaria que enfrentam um violento grupo de guerreiros Apaches no meio do deserto.
Pablo Aluísio.
Começa assim esse interessante western "Festim da Morte", uma produção dos anos 1950, ainda em preto e branco, que conseguiu alcançar uma bela bilheteria em seu lançamento, apesar do filme não contar com nenhum grande nome em seu elenco. Um dos aspectos que mais chamam a atenção nesse filme é o retrato que é mostrado da vida de um militar americano durante as chamadas guerras indígenas. Uma vida de privação e sofrimento, geralmente viajando longas distâncias a cavalo, debaixo de um sol escaldante, tendo que viver sem nenhum tipo de conforto pessoal.
Os fortes militares do exército americano eram rústicos, feitos de madeira, austeros, sem nenhum tipo de luxo para os homens. Além disso sempre havia o perigo de se verem sitiados por nações indígenas inimigas, como o filme muito bem explora em seu segundo ato. Sem água e nem comida suficientes eles tentam de todas as formas sobreviver ao cerco. Muitas vezes os soldados acabavam comendo seus próprios cavalos para não morrer de fome durante esses cercos de nativos guerreiros. Recomendo o filme especialmente para quem gosta dos chamados "filmes de cavalaria" que exploram as guerras travadas entre o exército americano e as nações nativas durante a chamada conquista do oeste. Nesse estilo, certamente é um dos filmes de faroeste que mais apreciei.
Festim da Morte (Tomahawk Trail, Estados Unidos,1957) Direção: Lesley Selander / Roteiro: Gerald Drayson Adams, David Chandler / Elenco: Chuck Connors, John Smith, Susan Cummings / Sinopse: Com roteiro baseado em fatos históricos reais, o filme conta a história de um grupo de soldados americanos da cavalaria que enfrentam um violento grupo de guerreiros Apaches no meio do deserto.
Pablo Aluísio.
Jornada Sangrenta
Na véspera do começo da guerra civil americana o tenente Jed Sayre (Audie Murphy) é enviado para um distante forte da cavalaria, nos confins da fronteira. A região é pacificada, pois vigora há muitos anos um tratado de paz entre o governo americano e a nação Navajo. O novo comandante da guarnição também é um novato, o capitão Lee Whitlock (Robert Sterling), que logo demonstra pouca experiência no contato com os indígenas nativos. Após o desaparecimento de uma carroça com armamentos e munições a situação volta a ficar tensa. Acontece que logo surgem boatos de que as armas tinham sido roubadas pelos Navajos. A notícia logo chega aos ouvidos do General B.N. Stone (Ray Collins). Ele, fingindo estar surpreso, exige que a carga seja devolvida ao exército imediatamente. A situação soa estranha para o tenente Jed (Murphy), uma vez que ele acredita na inocência dos índios locais. O que os envolvidos não sabem é que tudo no fundo é uma artimanha do General Stone, um sulista que almeja abandonar o exército da União para se unir às forças da Confederação. Antes de anunciar sua traição porém ele deseja que uma nova guerra entre a cavalaria e os Navajos estoure pois assim as tropas do exército americano ficariam fragilizadas ao enfrentar uma nova guerra com os nativos.
Mais um bom western estrelado pelo ator Audie Murphy. Aqui ele interpreta um tenente com larga experiência que começa a entender que está na verdade no meio de uma grande conspiração envolvendo inclusive o seu general, alguém que deveria seguir ordens, mas que na verdade se trata de um traidor perigoso. Amigo dos Navajos, inclusive de seu chefe, ao qual conhece há muitos anos, ele terá que evitar um verdadeiro massacre gratuito pois acaba descobrindo que os roubos e mortes atribuídos aos Navajos não foram cometidos por eles, mas sim por homens cumprindo ordens do general corrupto.
"Jornada Sangrenta" além de ser um western acima da média, com muita ação e batalhas, ainda traz um belo roteiro, muito bem arquitetado que mostra uma situação que foi bem real no começo da guerra civil quando muitos oficiais de alta patente simplesmente deserdaram para as tropas rebeldes, confederadas do sul, causando um grande problema de evasão nas tropas da União, chamadas de Ianques. Audie Murphy, herói de guerra na vida real, representa toda a lealdade daqueles que lutaram ao lado dos casacos azuis. No final das contas "Jornada Sangrenta" é de fato um bom retrato de um dos momentos mais violentos da história dos Estados Unidos.
Jornada Sangrenta (Column South, Estados Unidos, 1953) Direção: Frederick De Cordova / Roteiro: William Sackheim / Elenco: Audie Murphy, Joan Evans, Robert Sterling, Ray Collins / Sinopse: Um pelotão da cavalaria americana estacionada em um forte da fronteira com a nação Navajo se torna peça de intriga de um perigoso jogo político envolvendo um general traidor que nas vésperas da guerra civil pretende aderir ao exército rebelde confederado do Sul.
Pablo Aluísio.
Mais um bom western estrelado pelo ator Audie Murphy. Aqui ele interpreta um tenente com larga experiência que começa a entender que está na verdade no meio de uma grande conspiração envolvendo inclusive o seu general, alguém que deveria seguir ordens, mas que na verdade se trata de um traidor perigoso. Amigo dos Navajos, inclusive de seu chefe, ao qual conhece há muitos anos, ele terá que evitar um verdadeiro massacre gratuito pois acaba descobrindo que os roubos e mortes atribuídos aos Navajos não foram cometidos por eles, mas sim por homens cumprindo ordens do general corrupto.
"Jornada Sangrenta" além de ser um western acima da média, com muita ação e batalhas, ainda traz um belo roteiro, muito bem arquitetado que mostra uma situação que foi bem real no começo da guerra civil quando muitos oficiais de alta patente simplesmente deserdaram para as tropas rebeldes, confederadas do sul, causando um grande problema de evasão nas tropas da União, chamadas de Ianques. Audie Murphy, herói de guerra na vida real, representa toda a lealdade daqueles que lutaram ao lado dos casacos azuis. No final das contas "Jornada Sangrenta" é de fato um bom retrato de um dos momentos mais violentos da história dos Estados Unidos.
Jornada Sangrenta (Column South, Estados Unidos, 1953) Direção: Frederick De Cordova / Roteiro: William Sackheim / Elenco: Audie Murphy, Joan Evans, Robert Sterling, Ray Collins / Sinopse: Um pelotão da cavalaria americana estacionada em um forte da fronteira com a nação Navajo se torna peça de intriga de um perigoso jogo político envolvendo um general traidor que nas vésperas da guerra civil pretende aderir ao exército rebelde confederado do Sul.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 5 de maio de 2006
Sol Vermelho
Dois ladrões de trens, Link Stuart (Charles Bronson) e Gotch 'Gauche' Kink (Alain Delon), lideram um grupo de bandidos formado por mais de 30 pistoleiros que planejam roubar uma pequena fortuna de 400 mil dólares que está sendo levada para a capital dos Estados Unidos. O carregamento conta com a proteção de um pequeno grupamento do exército americano, mas esse se mostra pouco eficiente no combate à ação dos criminosos que logo conseguem parar o trem e se apoderar da preciosa carga. Na mesma locomotiva viajam o embaixador do Japão, que está sendo protegido por dois samurais tradicionais, da velha guarda.
A presença dos criminosos americanos logo se torna perigosa, pois o diplomata japonês carrega um precioso presente do imperador do Japão para o presidente dos EUA, uma espada samurai banhada em ouro. O precioso artefato logo chama a atenção de Gauche (Delon) que nem pensa duas vezes antes de se apoderar do objeto. Após matar um dos samurais. ele pega a espada de ouro para si. Afinal, ele é um ladrão! E como se isso não fosse o bastante resolve também trair seu comparsa Link (Bronson), jogando uma banana de dinamite em sua direção, tudo para ficar com todo o dinheiro e o ouro apenas para si e seus capangas. Agora, para reaver a espada e vingar a morte do samurai, uma estranha e improvável parceria é feita entre Link e o samurai Kuroda Jubie (Toshirô Mifune). Juntos eles partem em busca de Gauche e seu bando pelo oeste afora.
"Sol Vermelho" é uma produção entre França, Espanha e Itália, que novamente em clima de western spaguetti, resolveu transpor para as telas a curiosa fusão entre filmes de faroeste e de artes marciais. A premissa sem dúvida é das mais interessantes pois não é sempre que se vê em pleno velho oeste um samurai devidamente trajado, usando sua tradicional espada e seu código de honra no meio de um bando de pistoleiros e cowboys americanos.
O cineasta inglês Terence Young rodou os três primeiros filmes da franquia de James Bond e talvez por essa razão, tenha aqui em "Sol Vermelho", priorizado as cenas de ação e combate. Um roteiro que colocasse em cena um pistoleiro americano e um samurai japonês poderia render bem mais se a direção aproveitasse a inusitada situação para explorar as diferenças culturais entre eles, mas essa não pareceu ser em nenhum momento a intenção do diretor, que realmente focou sua atenção nas cenas de tiroteios e lutas corporais. No final, o que temos aqui, é um filme eficiente, bem movimentado mas também muito convencional, bem ao estilo do cinema mais comercial da época. De uma forma ou outra não há como não recomendar a produção principalmente pela presença do ótimo elenco, que repito, poderia ter sido melhor aproveitado, mas que mesmo assim não decepciona completamente.
Sol Vermelho (Red Sun, Soleil Rouge, França, Itália, Espanha, 1971) Direção: Terence Young / Roteiro: Laird Koenig, Denne Bart Petitclerc / Elenco: Charles Bronson, Toshirô Mifune, Alain Delon, Ursula Andress, Guido Lollobrigida / Sinopse: Após um assalto a um trem, um dupla formada por um pistoleiro americano (Bronson) e um samurai japonês (Mifune) sai em busca do criminoso (Delon) responsável pelo roubo.
Pablo Aluísio.
A presença dos criminosos americanos logo se torna perigosa, pois o diplomata japonês carrega um precioso presente do imperador do Japão para o presidente dos EUA, uma espada samurai banhada em ouro. O precioso artefato logo chama a atenção de Gauche (Delon) que nem pensa duas vezes antes de se apoderar do objeto. Após matar um dos samurais. ele pega a espada de ouro para si. Afinal, ele é um ladrão! E como se isso não fosse o bastante resolve também trair seu comparsa Link (Bronson), jogando uma banana de dinamite em sua direção, tudo para ficar com todo o dinheiro e o ouro apenas para si e seus capangas. Agora, para reaver a espada e vingar a morte do samurai, uma estranha e improvável parceria é feita entre Link e o samurai Kuroda Jubie (Toshirô Mifune). Juntos eles partem em busca de Gauche e seu bando pelo oeste afora.
"Sol Vermelho" é uma produção entre França, Espanha e Itália, que novamente em clima de western spaguetti, resolveu transpor para as telas a curiosa fusão entre filmes de faroeste e de artes marciais. A premissa sem dúvida é das mais interessantes pois não é sempre que se vê em pleno velho oeste um samurai devidamente trajado, usando sua tradicional espada e seu código de honra no meio de um bando de pistoleiros e cowboys americanos.
O cineasta inglês Terence Young rodou os três primeiros filmes da franquia de James Bond e talvez por essa razão, tenha aqui em "Sol Vermelho", priorizado as cenas de ação e combate. Um roteiro que colocasse em cena um pistoleiro americano e um samurai japonês poderia render bem mais se a direção aproveitasse a inusitada situação para explorar as diferenças culturais entre eles, mas essa não pareceu ser em nenhum momento a intenção do diretor, que realmente focou sua atenção nas cenas de tiroteios e lutas corporais. No final, o que temos aqui, é um filme eficiente, bem movimentado mas também muito convencional, bem ao estilo do cinema mais comercial da época. De uma forma ou outra não há como não recomendar a produção principalmente pela presença do ótimo elenco, que repito, poderia ter sido melhor aproveitado, mas que mesmo assim não decepciona completamente.
Sol Vermelho (Red Sun, Soleil Rouge, França, Itália, Espanha, 1971) Direção: Terence Young / Roteiro: Laird Koenig, Denne Bart Petitclerc / Elenco: Charles Bronson, Toshirô Mifune, Alain Delon, Ursula Andress, Guido Lollobrigida / Sinopse: Após um assalto a um trem, um dupla formada por um pistoleiro americano (Bronson) e um samurai japonês (Mifune) sai em busca do criminoso (Delon) responsável pelo roubo.
Pablo Aluísio.
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