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domingo, 7 de maio de 2006

Reduto de Assassinos

Esse foi um dos últimos filmes de Roy Rogers para o cinema. Em pouco mais de um mês depois de sua estreia nas salas de cinema, ele estrelaria na TV um programa que se tornaria campeão de audiência na década de 1950, o "Roy Rogers Show". As novas gerações certamente não lembrarão de Rogers. Ele foi um dos maiores ídolos do western americano em seu tempo. Ao lado de seu famoso cavalo Trigger, ele encantou uma geração de jovens que vibravam com seus filmes simples, de enredos onde o mocinho, sempre virtuoso, enfrentava os mais desalmados vilões. Tudo para salvar a mocinha do perigo. Roy Rogers ao contrário de um John Ford ou John Wayne, não procurava realizar obras-primas do cinema, pelo contrário, ele procurava agradar a uma plateia bem mais jovem que só queria diversão. Assim Rogers se especializou nas matinês, onde crianças a adolescente iam para se divertir. Seu público era formado basicamente por garotos até 12 anos ou um pouquinho mais velhos do que isso. Por isso não se espante ao assistir a um filme de Roy Rogers e achar tudo meio juvenil. A ideia era essa mesma.

Também foi um homem de negócios astuto que soube muito bem explorar e vender sua própria imagem. Assim foi um dos primeiros astros do cinema a licenciar a própria marca Roy Rogers para brinquedos, revistas em quadrinhos, chicletes e roupas. Essa jogada de marketing o transformou em um homem extremamente rico. Rogers via a oportunidade de um bom negócio em qualquer situação. Quando seu cavalo Trigger morreu, ele mandou empalhar o fiel companheiro das telas e o enviou para excursões pelo país, onde milhares pagaram ingressos apenas para ver de perto o famoso Trigger. O sucesso obviamente foi enorme.

Nesse "Reduto de Assassinos" o que temos é mais uma variação de sua eterna persona nas telas. Seu nome era tão popular que Roy Rogers parou de usar nomes diferentes para seus personagens. Não importava o papel, ele quase sempre aparecia como Roy Rogers, simplesmente assim. No enredo desse filme um dos companheiros de Roy Rogers, um patrulheiro da fronteira entre México e Estados Unidos, é morto, e assim ele parte em busca dos assassinos. Todos os ingredientes que fizeram a fama de Roy Rogers estão presentes. Suas pistolas prateadas com finos adornos, suas roupas chamativas, que inclusive faziam parte de sua linha de cowboy que era vendida nas lojas da época e seu bom mocismo à prova de falhas. Um faroeste muito nostálgico para os que foram fãs de Roy Rogers em sua infância.

Reduto de Assassinos (Pals of the Golden West, Estados Unidos, 1951) Direção: William Witney / Roteiro: Albert DeMond, Sloan Nibley / Elenco: Roy Rogers, Trigger, Dale Evans / Sinopse: Após ver seu amigo e colega ser morto por bandidos, o destemido patrulheiro da fronteira, Roy Rogers parte em busca de justiça.

Pablo Aluísio.

sábado, 8 de abril de 2006

Roy Rogers e Trigger!

Roy Rogers e seu famoso cavalo Palomino Trigger no pique de sua glória. O animal seria tão querido e estimado por Rogers que esse o teria empalhado após sua morte como uma homenagem ao seu trabalho ao lado do cowboy da sétima arte em tantos e tantos faroestes que fizeram a alegria da garotada da época. 

Curiosamente o império financeiro que o ator criou em torno de si mesmo não teve longa duração. Quando ele morreu uma série de disputas judiciais envolvendo sua herança e o direito de licenciamento de produtos acabou nublando a marca Roy Rogers. Sem os filmes, que eram a maior locomotiva de publicidade de seus produtos, os brinquedos, quadrinhos e tudo mais envolvendo seu nome foram desaparecendo das lojas até que sumiram definitivamente após alguns anos. 

A única coisa que pareceu ter sobrevivido aos anos foi o cavalo de Roy Rogers que foi empalhado. Por longos anos Trigger foi exposto em vários museus e feiras por todos os Estados Unidos. Depois ficou em exposição por longos anos no Roy Rogers and Dale Evans Museum em Branson, Missouri, até esse ser fechado em 2009. Em 2010 o animal empalhado foi colocado à venda pela prestigiada Christie’s, sendo vendido em leilão a um colecionador particular por U$385,000. Uma relíquia dos anos mais românticos do western americano. Hoje em dia a peça pertence a um colecionador particular

Pablo Aluísio. 

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2006

Balas Traiçoeiras

Título no Brasil: Balas Traiçoeiras
Título Original: Under California Stars
Ano de Produção: 1948
País: Estados Unidos
Estúdio: Republic Pictures
Direção: William Witney
Roteiro: Paul Gangelin, Sloan Nibley
Elenco: Roy Rogers, Trigger, Jane Frazee, Andy Devine, George Lloyd, Wade Crosby, Michael Chapin

Sinopse:
Para desafiar o cowboy Roy Rogers uma quadrilha de bandoleiros liderados por um rancheiro desonesto resolve raptar o cavalo Trigger, o grande companheiro e amigo de aventuras de Rogers.

Comentários:
Esse filme chegou a ser lançado no Brasil em VHS pelo selo VMW vídeo no começo dos anos 1990. Só que curiosamente a distribuidora mudou seu título nacional para "Roy Rogers e o Rapto de Trigger", ignorando completamente o título que originalmente foi lançado nos cinemas no final dos anos 1940 quando se chamou "Balas Traiçoeiras". De uma forma ou outra foi uma tentativa de apelar para a nostaligia e o saudosismo que o nome de Roy Rogers causava nos fãs brasileiros. Ele foi seguramente um dos mais populares astros do western americano em nosso país. Seus filmes lançados em matinês lotadas fizeram a alegria de muitos fãs juvenis em seu auge, quando era realmente um astro de cinema, sinônimo de boas bilheterias em nosso país. Revisto hoje em dia os roteiros soam inocentes e básicos, porém o charme vindo da nostalgia e o interesse histórico na figura de Roy Rogers formam o grande atrativo para se conhecer esse tipo de produção. O estúdio Republic iria falir poucos anos depois, porém seu nome se tornaria bem conhecido entre os fãs de matinês daqueles tempos. Uma era que infelizmente não volta mais.

Pablo Aluísio.