Clássico western trazendo o ator Gary Cooper como astro principal de seu elenco. Também conhecido como "Tudo por Uma Mulher" esse faroeste conta uma história interessante. Ao chegar numa pequena cidade do velho oeste, o cowboy Melody Jones (Gary Cooper) é confundido com o famoso pistoleiro Monte Jarrad (Dan Duryea), bandido procurado e com a cabeça à prêmio. Todos na cidadezinha temem a presença de Melody, apesar dele ser na verdade apenas um cowboy, um trabalhador rural, que nunca se envolveu com o mundo do crime. Para piorar a namorada do verdadeiro Jarrad começa a fazer de tudo para que todos continuem acreditando que Melody é de fato o fora-da-lei, isso porque ela quer mesmo desviar a atenção do xerife enquanto o verdadeiro bandido planeja uma forma de escapar da região sem ser enforcado por seus crimes.
Embora à primeira vista pareça um faroeste convencional, o que temos aqui é um filme que foge um pouco dos padrões da época, inclusive apostando em um pouco de humor e romance, onde o roteiro não explorava apenas os tiroteios ou os duelos, mas também os problemas criados após o personagem de Cooper ser confundido com um bandido rápido no gatilho. O Melody Jones de Cooper é na verdade um sujeito bem pacato, tímido e introvertido. Esse jeito caladão caía muito bem no tipo de personagem que o ator Gary Cooper costumava interpretar em seus filmes.
Dessa forma o roteiro de Nunnally Johnson tem um jeito diferenciado em relação ao típico roteiro de filmes de faroeste daqueles tempos. Também desenvolve melhor a principal personagem feminina, a destemida Cherry de Longpre (Loretta Young). Esse diferencial foi proposital pois o estúdio estava tentando também atrair o público feminino para assistir ao filme. Uma leve mudança para aumentar as bilheterias. E a presença de Gary Cooper acentuava ainda mais esse apelo junto às mulheres, já que ele era considerado um dos maiores galãs do cinema americano. Alto, boa pinta, com jeito de pioneiro do volho oeste, honesto e confiável, ele fazia suas fãs suspirarem quando iam ao cinema.
Pistoleiro do Destino / Tudo por Uma Mulher (Along Came Jones, Estados Unidos, 1945) Estúdio: MGM / Direção: Stuart Heisler / Roteiro: Nunnally Johnson, Alan Le May / Elenco: Gary Cooper, Loretta Young, William Demarest, Dan Duryea, Frank Sully, Don Costello / Sinopse: Melody Jones (Cooper) é um cowboy íntegro e honesto que passa a ser confundido com um perigoso pistoleiro e criminoso na pequena cidade do velho oeste onde chega após uma longa viagem pelo deserto.
Pablo Aluísio.
Cinema Clássico
ResponderExcluirPistoleiro do Destino
Pablo Aluísio.
O Gary Cooper era o "homem ideal" das mulheres. Patriota, símbolo de honestidade... Era o American Way of Life personificado
ResponderExcluirEmbora tenha feito muitos filmes o Gary Cooper sempre será lembrado basicamente por 3 filme: Sargento York, Quando os Sinos Dobram e Matar ou Morrer. São os filmes que sintetizaram toda a carreira dela, toda a vida dele no cinema.
ResponderExcluirErick... Assino embaixo o que vc escreveu. Esses três filmes podem tranquilamente sintetizar o que foi o grande Gary Cooper no cinema. Sou fã dele. Abs
ExcluirEu me lembro que o Kevin Costner chegou a ser chamado de "O novo Gary Cooper" nos anos 80. Daí ele fez alguns filmes que não foram bem de bilheteria e os críticos desistiram de usar essa comparação! rsrsrs
ResponderExcluirApesar de gostar muito do Costner, ele não chega aos pés do grande Gary Cooper. O homem de Montana.
ExcluirLord Erick,
ResponderExcluirEsses sem dúvida foram os filmes essenciais da filmografia do Cooper, mas é bom ir adiante, ele tem muitos filmes ditos menores que são muito bons. Alguns até são considerados clássicos do cinema, embora menos conhecidos dos cinéfilos em geral.
O Gary Cooper é citado em The Sopranos quando o Tony Soprano, em uma das suas sessões de análise ele diz que gostaria de conseguir ser estoico, inabalável, como o Gary Cooper, no que a médica retruca com um desconcertante banho gelado de realidade quando diz: "o Gary Cooper era um ator e ele representava personagens de ficção".
ResponderExcluirSabendo como terminou de forma triste o Gary Cooper na vida real, a psiquiatra disse tudo ao Soprano.
É a mais absoluta verdade. As pessoas tem a tendência de confundir atores e personagens e quando atores repetem por anos o mesmo tipo de personagem a simbiose se torna praticamente perfeita.
ResponderExcluirPablo. Não tive a oportunidade de assistir a este filme, mas estou disposto a comprar (aos poucos) todos os filmes de Cooper.
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