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quarta-feira, 14 de dezembro de 2022

Você Pertence a Mim

Esse filme me lembrou muito aquele tipo de thriller de suspense que era tão comum nos anos 90. Na realidade, eu poderia definir como um filme atual, feito com a antiga fórmula dos filmes daquela década. O roteiro conta a história de um psiquiatra que perde uma de suas pacientes. A garota, que tinha saúde mental frágil e sofria de forte depressão, supostamente se mata, pulando de um prédio. A situação fica delicada. Todo psiquiatra perde muito quando uma de suas pacientes morre, porque de certa forma, é uma batalha profissional que se perde. Depois de um certo tempo, bate a porta de sua casa um homem que ele não conhece. Esse sujeito se diz irmão da garota que cometeu suicídio. E que está ali para lhe devolver um livro que estava com sua irmã. Ele se mostra muito simpático e empático e logo ganha a confiança da família do psiquiatra. Vai mais além, seduzindo sua filha adolescente. Acha pouco e também seduz a esposa dele. No fundo, ele quer destruir a vida do doutor, mas a que preço e de que forma? 

Foi curioso ver o ator Casey Affleck interpretando um homem sério, inteligente, um psiquiatra renomado. Quando o filme começou, eu pensei que ele iria interpretar justamente o papel do sujeito desequilibrado que quer vingança. De qualquer forma, o filme funciona bem, apresentando um bom elenco. As situações de suspense vão se perpetuando e mantendo o interesse do espectador. A única coisa que eu poderia dizer que me incomodou um pouco foi a extrema fragilidade emocional daquela família que se entrega ao desconhecido sem nem ao menos racionalizar sobre a questão. A filha e a mulher do psiquiatra caem nas mãos desse sujeito de uma forma muito rápida. Que pessoas mais vulneráveis! De qualquer forma, apesar disso, ainda é um bom filme. Vale a recomendação.

Você Pertence a Mim (Every Breath You Take, Estados Unidos, 2021) Direção: Vaughn Stein / Roteiro: David Murray / Elenco: Casey Affleck, Michelle Monaghan, Sam Claflin / Sinopse: Um psiquiatra vê sua família entrar em perigo após a chegada do suposto irmão de uma das suas pacientes, que se suicidou. O sujeito parece disposto a destruir a vida familiar e emocional do médico.

Pablo Aluísio.

sábado, 12 de maio de 2018

Terminal

Título no Brasil: Terminal
Título Original: Terminal
Ano de Produção: 2018
País: Inglaterra, Irlanda
Estúdio: Highland Film Group (HFG)
Direção: Vaughn Stein
Roteiro: Vaughn Stein
Elenco: Margot Robbie, Mike Myers, Simon Pegg, Dexter Fletcher, Katarina Cas, Max Irons

Sinopse:
Em uma estação de trem, completamente vazia na madrugada, uma série de personagens desfilam pela tela, entre elas a garçonete Annie (Margot Robbie), o zelador do período noturno Clinton (Mike Myers) e dois assassinos profissionais, um contratado para eliminar o outro, embora eles sigam mantendo as aparências, como se fossem uma dupla de amigos.

Comentários:
O cinema inglês tem tradição em filmes de humor negro. Esse aqui tenta seguir por essa linha, mas com resultados apenas medianos. O tom de surrealismo maluco deixa um certo desconforto. Nos minutos iniciais pode ainda funcionar, mas conforme o filme vai avançando a coisa toda, o estilo do filme, começa a aborrecer. Assisti o filme por causa da presença da atriz Margot Robbie. É curiosa a analogia que você pode fazer entre sua personagem e a Arlequina da DC. Em ambos os casos se trata de uma loira bonita, mas insana, capaz das maiores violências com um sorriso completamente crazy na face. A Robbie aqui interpreta uma garçonete que parece ser uma garota normal, a não ser por sua indisfarçável obsessão pela morte. Quando um cliente terminal com câncer chega em sua lanchonete, tarde da noite, madrugada adentro, sem nenhuma alma viva por perto, ela começa a se deliciar com os detalhes de sua doença e sua situação de suicida em potencial. Ela também surge no meio de dois criminosos, um tentando matar o outro. E no centro de tudo uma estranha figura, Mr. Franklyn, que nunca aparece. Nem se preocupe muito, tudo vai se ligar no final, mostrando que todos os personagens possuem mesmo um passado em comum - embora eles não se lembrem disso em um primeiro momento. O outro nome mais conhecido do elenco é o ator Mike Myers. Ele dá vida a um supervisor noturno da estação de trem. Mancando, puxando uma perna, ele mais parece um pobre coitado, mas não acredite muito nesses artimanhas do roteiro. Enfim, é um filme que não me agradou, mas que provavelmente vai encontrar o seu público, aquelas pessoas que gostem de algo mais diferente, estranho, surreal e... maluco!

Pablo Aluísio.