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segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Na Estrada

Jack Kerouac (1922 -1969) não era um escritor comum. Após fracassar com seu primeiro livro, “The Town and The City”, dito por alguns como convencional demais, até conservador, ele resolveu chutar o balde e partiu para o extremo oposto disso. O que era “certinho” e “quadrado” virou puro caos nas linhas de sua nova obra, “On The Road”. Numa linguagem alucinada o livro se destacava por fugir das amarras da literatura da época. O texto simplesmente fluía sem muita ordem ou sentido. Tudo era literalmente jogado pelo autor em suas páginas e o leitor é que deveria colocar uma certa ordem naquela narrativa um tanto desconexa, baseada muito mais em sensações do que em organização e sentido. O livro marcou época dentro da literatura americana justamente por se livrar das amarras que impediam a plenitude criativa dos autores. O enredo, se é que se podia definir assim, mostrava flashes de um grupo de amigos que simplesmente cruzavam o interior dos Estados Unidos em busca de aventuras e autoconhecimento. Desde o início o cinema quis adaptar para as telas esse texto de Kerouac mas sua narrativa dispersa e sem foco tornava tudo muito complicado. Até mesmo o mito Marlon Brando quis interpretar a estória em um filme mas seus planos foram por água abaixo após um dos mais famosos roteiristas da época lhe explicar que o livro era simplesmente “inadaptável”.

Assim chegamos nessa produção dirigida pelo cineasta brasileiro Walter Salles. Como quase sempre acontece quando um livro famoso vira filme houve muitas reações acaloradas sobre o resultado final da obra cinematográfica. Aqui a crítica (principalmente a brasileira) resolveu expor os problemas do filme de forma muito exagerada. Reclamaram de praticamente tudo, do elenco, da edição, do roteiro (simplista para alguns), da direção e da falta de uma melhor abordagem em torno do tema. Superficial para alguns, maçante para outros, sobraram reações negativas a esse “Na Estrada”. Bobagem. Jamais alguém vai conseguir transpor um texto como esse com extrema fidelidade. A linguagem literária é bem diferente da linguagem cinematográfica. Um evento banal pode ser descrito de forma maravilhosa em um texto, com palavras que tocam profundamente o leitor. No cinema essa mesma passagem pode soar completamente sem importância dentro do que se mostra na tela. São linguagens totalmente diferentes. A primeira funda suas raízes no sensorial e a segunda no visual. Por essa razão não vejo qualquer motivo justificado para falarem tão mal do filme. Eu particularmente gostei do resultado. Obviamente não é perfeito mas é bem realizado. Certamente vai despertar a curiosidade dos mais jovens sobre a obra do autor Jack Kerouac – e isso já justifica a existência da produção. Claro que o filme tem eventuais problemas, mas dentro dos limites que uma adaptação como uma obra dessas impõe o resultado se mostra bem satisfatório e competente. Por isso pegue a estrada com Kerouac e se divirta – nas telas e no livro.

Na Estrada (On The Road, Estados Unidos, 2011) Direção: Walter Salles / Roteiro: Jose Rivera, baseado na obra de Jack Kerouac / Elenco: Kristen Stewart, Amy Adams, Viggo Mortensen, Kirsten Dunst, Garrett Hedlund, Alice Braga, Sam Riley, Elisabeth Moss, Steve Buscemi, Terrence Howard, Tom Sturridge, / Sinopse: Dois amigos de Nova Iorque e a namorada de um deles resolvem cruzar os Estados Unidos praticamente de costa a costa. No caminho conhecem os mais diversos tipos de pessoas e lugares numa aventura on the road em busca de autoconhecimento e diversão escapista.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Na Natureza Selvagem

Eu achei esse filme genial e não foi tanto por questões técnicas ou da direção de Sean Penn. Achei genial por causa de seu argumento baseado numa história real incrível de um jovem que resolveu sair pelos EUA afora, conhecendo outros lugares, cidades, pessoas, tudo por livre e espontânea vontade. Quem nunca quis jogar tudo para o alto e sair em uma aventura dessas na vida? Acho que todos nós. O filme é basicamente sobre isso, sobre liberdade, sobre se libertar das coisas que nos aprisionam como dinheiro, bens materiais, responsabilidades, pressões, para simplesmente viver, sair por aí, sem planos, só a vontade de ser feliz e livre. Talvez um dos poucos filmes que realmente daria nota máxima nos últimos anos pois a maioria do que se produz atualmente é bem comercial e medíocre e não nos faz refletir sobre nada na vida. Esse faz. É o tipo de filme que fica conosco por muito tempo após o assistir.

Como eu já citei o filme é baseado numa história real. O jovem  Chris McCandless (Emile Hirsch) resolve, após se formar no High School, tomar uma decisão crucial em sua vida. Enquanto seus amigos pensam em ir para a faculdade para se formarem e depois arranjarem um belo emprego, Chris não almeja nada disso. O que ele realmente deseja no fundo de sua alma é viver sua liberdade em plenitude, ganhar o mundo, sair por aí em busca de aventuras, conhecer novos lugares, novas pessoas. Indo de um lugar ao outro de carona, vivendo de pequenos empregos por onde passa, Chris sai atravessando os EUA praticamente de costa a costa. Aos que vai conhecendo pelo meio do caminho diz que seu objetivo final é ir para o Alaska, viver nas montanhas, isolado do mundo e de todos, voltando ao estado natural do ser humano. Afinal ele era jovem, desimpedido, descompromissado e dono de seu próprio destino. O filme é lindamente conduzido. Como Chris está sempre em movimento vamos conhecendo a América ao seu lado. Uma rica fotografia tenta capturar a essência daquele país continental. Sua ousadia e audácia fizeram de Chris um ídolo para muitos jovens que até hoje cultuam sua memória pela net. Infelizmente não temos aqui um final feliz. Não ousaria contar nada mas os momentos finais são realmente marcantes. Muitos vão de forma hipócrita afirmar que ele foi apenas um sonhador ingênuo. Bom, isso não é bem uma ofensa já que as maiores conquistas da humanidade nasceram de pessoas como Chris, que tiveram a coragem de serem diferentes, de fugir do convencional. Eu acredito que sua vida é uma bela lição para todos nós. Uma produção que marca realmente. Uma Obra prima.

Na Natureza Selvagem (Into the wild, Estados Unidos, 2007) Direção: Sean Penn / Roteiro: Sean Penn baseado no livro de  Jon Krakauer / Elenco: Emile Hirsch, Vince Vaughn, Catherine Keener,  William Hurt,  Kristen Stewart / Sinopse: Jovem recém formado no colegial decide jogar tudo para o alto para cair na estrada. Ele deseja partir em uma aventura inesquecível, atravessando os EUA de carona, almejando ir para o distante e isolado Alaska onde deseja começar uma nova vida, baseada na simplicidade e longe do materialismo da sociedade atual. Vencedor do prêmio Globo de Ouro na categoria "Melhor Canção" (Guaranteed).

Pablo Aluísio.

sábado, 3 de novembro de 2012

Jumper

Alguns filmes recentes só existem por causa dos efeitos digitais. Quanto maior o uso desse tipo de tecnologia melhor. Roteiro? Se torna bem secundário. Com a proliferação de salas de cinemas em shopping centers esse tipo de produção acabou ganhando seu local ideal para exibição. O jovem que vai nesse tipo de multiplex pouco está se lixando para um roteiro melhor trabalhado ou um argumento convincente. Bons diálogos? Nem pensar. Ele quer mesmo é ver efeitos digitais de última geração e nada mais. São pessoas essencialmente visuais, que foram criadas jogando videogames e nem se importam se o texto é bom ou algo que o valha. "Jumper" é isso, pixel puro, nada mais. O personagem principal é um Jumper, um sujeito que consegue pular as barreiras do tempo e espaço. Ele pode estar em Paris pela manhã e "saltando" no tempo espaço pode ir almoçar nas pirâmides do Egito. Que poder é esse? De onde veio? Quais as implicações de algo assim em nosso universo? Aonde foram parar as leis da física? Esqueça qualquer tipo de questionamento sobre isso. Ele pula e pronto. Sentiu a profundidade do filme? Pois é...

O diretor Doug Liman aliás é especialista em filmes vazios. Ele estreou na carreira dirigindo uma bela pérola trash chamada "O Vestibular da Morte" - durma-se com um barulho desses! Depois dirigiu seu maior sucesso até o momento, o filme de ação pela ação "Sr e Sra Smith", novamente sem sinal de roteiro por perto. Aqui ele tenta, junto com o estúdio, transformar o inexpressivo  Hayden Christensen em astro. Quem não ligou o nome à pessoa basta recordar da sofrível nova trilogia de Star Wars. Sim, ele fazia o Darth Vader naqueles filmes. Depois disso sua carreira foi se apagando, apagando... Depois do fracasso do fraco "Mistério na Rua 7" (leia resenha no blog "Terror & Ficção - Pablo Aluísio") todos parecem convencidos que o rapaz não leva jeito para a coisa e que é apenas um sortudo da vida que foi escalado por George Lucas, sabe-se lá o porquê, para interpretar um dos personagens mais famosos da cultura pop. Depois disso ele parece seguir os passos desse seu personagem daqui, ou seja, sumir tão rapidamente como apareceu. Os cinéfilos de bom gosto certamente agradecem.

Jumper (Jumper, Estados Unidos, 2008) Direção: Doug Liman / Roteiro: Steven Gould, David S. Goyer, Simon Kinberg, Jim Uhls / Elenco: Hayden Christensen, Samuel L. Jackson, Diane Lane, Jamie Bell, Rachel Bilson, Tom Hulce, Michael Rooker, Kristen Stewart. / Sinopse: Jovem tem o poder de "pular" o tempo e o espaço com grande facilidade. Seus poderes porém lhe trarão grandes problemas.

Pablo Aluísio.

sábado, 1 de setembro de 2012

Branca de Neve e o Caçador

A indústria americana de cinema ás vezes é tão sem imaginação. Bastou a adaptação de Alice dirigida por Tim Burton fazer sucesso para os estúdios ressuscitarem antigos contos de fadas para tentar faturar a mesma bilheteria. É o caso desse "Branca de Neve e o Caçador" que tenta não apenas seguir os passos do filme da Disney como também plagiar outro grande sucesso recente, a trilogia "O Senhor dos Anéis". Para completar o oportunismo latente ainda escalaram a atriz sensação do momento, Kristen Stewart. Analisando por partes: O filme de Tim Burton que iniciou essa corrida aos contos de fadas pelos estúdios já era fraco demais. Fez sucesso absurdo (1 bilhão de dólares em bilheteria!) porque afinal era uma novidade e os estúdios Disney investiram rios de dinheiro em marketing e publicidade, tudo amparado por cima da idéia da suposta genialidade do cineasta! Depois desse sucesso todo começou as adaptações infelizes, Chapeuzinho Vermelho, A Bela Adormecida e a própria Branca de Neve (que deu origem a um filme horrendo com Julia Roberts) vieram no rastro de oportunismo caça níqueis. 

Não satisfeitos com os resultados ruins de todos esse filmes ainda tentaram mais uma vez com esse "Branca de Neve e o Caçador". Será que agora deu certo? Não. Aqui copiaram praticamente toda a direção de arte de "O Senhor dos Anéis" para tentar fisgar o público. Cenas abertas de paisagens lindas, monstros que mais parecem árvores centenárias, tudo está lá, devidamente plagiado. Por fim tiveram a péssima idéia de escalar Kristen Stewart para fazer o papel de Branca de Neve. Essa atriz que fez sucesso na saga teen vampiresca "Crepúsculo" até agora não conseguiu acertar - tal como seu companheiro Robert Pattinson que também não consegue fazer sucesso fora do universo daquela franquia. Kristen é completamente inadequada para o papel da princesa Branca de Neve. Com a boca constantemente aberta, olhar perdido no horizonte ela falha seguidamente. Na hora de mostrar qualquer tipo de emoção o desastre é evidente e constrangedor! Também não consegue ser bonita suficiente para encarnar uma personagem que é dita como a "mais bela do mundo". Nem consegue chegar aos pés de sua rival Charlize Theron em cena. Pra falar a verdade a Kristen é esquisita, tem um ar doentio e nada belo. Um enorme erro de escalação de elenco! Pior é que ela se envolveu com o diretor do filme, um tiozão casado e com filhos, traindo seu namorado e jogando toda a produção em um vexame público que fez a festa dos tablóides sensacionalistas. De princesa passou para a imagem de barraqueira, infiel e traidora alheia. Péssimo exemplo para essa juventude perdida que está aí. Um desastre essa moça sinceramente. No final das contas as duas únicas coisas que se salvam aqui são a bela direção de arte (derivativa mas bem feita e bonita) e a presença de Charlize Theron que parece conseguir sobreviver a tudo, até mesmo a esse equívoco épico. E que venha a adaptação dos Três Porquinhos agora... só espero que sem a Kristen para não estragar com tudo de novo!  

Branca de Neve e o Caçador (Snow White and the Huntsman, Estados Unidos, 2012) Diretor: Rupert Sanders / Roteiro: Hossein Amini, Evan Daugherty baseados no conto infantil "Schneewittchen" (Branca de Neve) de origem histórica que foi compilado pelos irmãos Grimm / Elenco: Kristen Stewart, Chris Hemsworth, Charlize Theron, Ian McShane, Toby Jones, Nick Frost, Ray Winstone, Sam Claflin, Bob Hoskins, Eddie Marsann, Lily Cole / Sinopse: A princesa Branca de Neve (Kristen Stewart) é aprisionada pela Rainha Má (Charlize Theron) mas consegue fugir de sua prisão na torre do Castelo para a Floresta Negra onde se torna amiga de Sete Anões e do Caçador (Chris Hemsworth). Juntos tentarão reaver a coroa imperial.  

Pablo Aluísio.

domingo, 26 de agosto de 2012

The Runaways - Garotas do Rock

Cinebiografia da banda de rock The Runaways. Hoje em dia o grupo já não é mais tão lembrado sendo mais conhecido atualmente por pessoas que gostam de ler sobre a história do rock. O auge desse grupo formado apenas por garotas aconteceu por volta de 1975 a 1977. O conjunto era liderado por Cherie Currie (Dakota Fanning) e contava ainda em sua formação com Joan Jett (Kristen Stewart), Lita Ford (Scout Taylor-Compton) e Sandy West (Stella Maeve). O filme procura mostrar sua formação, desenvolvimento e depois sua separação. As garotas eram radicais, explosivas, bem intensas. Faziam um som bem cru e direto e talvez por isso mesmo tenha alcançado um bom sucesso entre as jovens da época. Sinceramente gostei do filme mas sou suspeito para falar porque sou fã de música e cinema, então geralmente quando essas coisas se unem acabo gostando. Confesso que o grupo The Runaways nunca foi dos meus preferidos mas acabei simpatizando com a proposta delas, formar um grupo de adolescentes que faziam um som com garra e determinação.

O grande atrativo do filme é a própria vida das roqueiras. Eu realmente me interessei pela trajetória que elas percorreram, sua origem, suas vidas familiares disfuncionais, o gostinho da fama que experimentaram e a vida na estrada. Em determinado momento do filme até me solidarizei com as personagens, pois no fundo não passavam de garotas jovens demais para entender tudo o que acontecia ao seu redor. Assim caíram logo no vício em drogas o que literalmente acabou implodindo o grupo colocando um fim em suas carreiras. No tocante as atrizes, todas estão bem, sem exceção, até mesmo a Kristen Stewart mostra serviço, bem distante da passividade de Crepúsculo. A diretora Floria Sigismondi conseguiu extrair dela sua melhor atuação no cinema até hoje em minha opinião. O filme porém pertence à Dakota Fanning, se destacando bem nessa nova fase mais "adulta" de sua carreira. Se continuar nesse rumo provavelmente fará uma boa transição da fase infantil para a adulta, algo que nem todos os astros mirns conseguem fazer com êxito. Em conclusão podemos dizer que "The Runaways" não é nada excepcional mas que agrada de uma forma em geral.

The Runaways - Garotas do Rock (The Runaways, Estados Unidos, 2010) Direção: Floria Sigismondi / Roteiro: Floria Sigismondi / Elenco: Kristen Stewart, Dakota Fanning, Alia Shawkat, Scout Taylor-Compton, Michael Shannon, Tatum O'Neal, Johnny Lewis, Robert Romanus. / Sinopse: História do grupo feminino de rock The Runaways. O filme mostra a formação, escalada ao sucesso e queda das jovens roqueiras, tudo embalado com ótima trilha sonora da década de 1970.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 3 de julho de 2012

Corações Perdidos

Doug Riley (James Gandolfini) e Lois (Melissa Leo) formam um casal atormentado pela morte da filha. Ao acaso Doug acaba conhecendo a jovem Mallory (Kristen Stewart), que vive como prostituta nas ruas e em bares fazendo strip tease. Identificando na garota a própria imagem de sua filha morta, Doug resolve lhe ajudar de alguma forma. "Corações Perdidos" é um bom drama moderno. Há pelos menos dois grandes intérpretes em cena, Gandolfini e Melissa Leo. Eles trazem uma carga emocional muito forte ao roteiro que naturalmente já tem fortes tintas, lidando com temas complicados e pesados, como a morte e a redenção na vida das pessoas. Infelizmente se nota ao assistir ao filme o desnível de atuação entre o ótimo James Gandolfini e a fraca Kristen Stewart. Um roteiro tão complexo como esse, que trata sobre tantas emoções fortes não encontrou em Stewart uma atriz à altura. Ela falha em vários momentos, deixando geralmente o talentoso Gandolfini em situação complicada nas cenas mais dramáticas, tendo que carregar o filme nas costas em várias ocasiões. Kristen Stewart ainda é muito imatura como atriz. Ela ainda precisaria de alguns anos para enfrentar de forma adequada um roteiro desses. Mesmo que seu personagem ajude (uma adolescente que se prostitui nos bares de strippers de New Orleans) ela nunca consegue ser convincente no filme. 

Outro fato que chama atenção é a aceitação difícil do argumento da produção. Mesmo sentindo enormemente a perda de sua filha, quem em sã consciência iria "adotar" uma garota como aquela? Além da barra pesada, de se prostituir e se drogar, a personagem da Kristen é agressiva, boca suja e não transparece nenhuma simpatia! Eu sinceramente acredito que na vida real ninguém iria se envolver em algo assim tão perigoso mesmo como forma de superar o trauma da morte de sua filha adolescente. De qualquer forma, apesar de todos esses problemas "Corações Perdidos" ainda vale a sessão. Se não chega a empolgar pelo menos também não aborrece.  

Corações Perdidos (Welcome to the Riley's, Estados Unidos, 2010) Direção: Jake Scott / Roteiro: Ken Hixon / Elenco: Kristen Stewart, Melissa Leo, James Gandolfini, Lance E. Nichols, David Jensen, Kathy Lamkin, Eisa Davis, Russell Steinberg / Sinopse: Doug Riley (James Gandolfini) e Lois (Melissa Leo) formam um casal atormentado pela morte da filha. Ao acaso Doug acaba conhecendo a jovem Mallory (Kristen Stewart), que vive como prostituta nas ruas e em bares fazendo strip tease. Identificando na garota a própria imagem de sua filha morta, Doug resolve lhe ajudar de alguma forma. 

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Crepúsculo: Amanhecer Parte 1

Roteiro e Argumento: A roteirista Melissa Rosenberg teve a complicada missão de usar uma meia estória para um filme inteiro. Claro que a sensação de enchimento de linguiça surge aqui e acolá mas devo dizer que seu trabalho foi muito interessante. O filme é curto, justamente para não se tornar aborrecido, e termina de forma satisfatória justamente em cima de um gancho para o próximo filme. A Rosenberg veio da tv, é roteirista de “Dexter” e outros seriados famosos - esticar sem estragar um texto é com ela mesma!  

Produção: Todos os filmes da saga Crepúsculo possuem o mesmo tipo de produção: simples que nunca enche os olhos. Aqui acontece a mesma coisa. A direção de arte é discreta, até mesmo no casamento de Bella pois tudo é bem simplório. Não consigo entender onde enfiaram 120 milhões de dólares nessa produção uma vez que é muito dinheiro para um resultado tão comum!  

Direção: Bill Condon tinha um certo prestigio por causa de filmes como “Dreamgirls”, “Kinsey” e “Deuses e Monstros” mas ultimamente andava bem em baixa, dirigindo alguns telefilmes. Nesse "Amanhecer" ele fez um trabalho de diretor contratado mesmo, sem nenhum traço autoral visível. Seu grande mérito na minha opinião foi contar a estória de forma quadradinha mas correta. Como os próprios livros não são também Shakespeare acho que seu trabalho ficou de bom tamanho. Não inventou mas também não estragou o material que os fãs querem ver na tela. 

 Elenco: Continuam todos fracos. Outro dia li um texto que tentava justificar isso afirmando que eles tentavam fazer o melhor mas eram todos limitados. É verdade. Pattinson continua incapaz de transmitir qualquer emoção com maior profundidade e Kristen continua na mesma, apática. O personagem que mais foi exigido em termos de interpretação em "Amanhecer" foi o lobo Jacob mas Lautner sempre confunde boa interpretação com caretas em série. Como são todos jovens possa ser que com o tempo venham a melhorar como atores. De qualquer forma não foi dessa vez que eles conseguiram transmitir algum tipo de talento em cena.  

Crepúsculo: Amanhecer Parte 1 (The Twilight Saga: Breaking Dawn - Part 1, Estados Unidos, 2011) Direção: Bill Condon / Roteiro: Melissa Rosenberg baseada no livro de Stephenie Meyer / Elenco: Kristen Stewart, Robert Pattinson, Taylor Lautner / Sinopse: A humana Bella Swan (Kristen Stewart) após contrair matrimònio com o vampiro Edward (Robert Pattinson) resolve passar sua lua de mel no exótico Rio de Janeiro, Brasil. Lá descobre estar grávida do ser da noite o que poderá trazer terríveis consequências para sua vida. 

Pablo Aluísio.