terça-feira, 4 de abril de 2017
A Vigilante do Amanhã
Título Original: Ghost in the Shell
Ano de Produção: 2017
País: Estados Unidos
Estúdio: DreamWorks Pictures
Direção: Rupert Sanders
Roteiro: Jamie Moss
Elenco: Scarlett Johansson, Juliette Binoche, Michael Pitt, Pilou Asbæk, Takeshi Kitano, Chin Han
Sinopse:
O roteiro é baseado nos quadrinhos de Shirow Masamune. A Major Motoko Kusanagi (Scarlett Johansson) é uma andróide utilizada por uma corporação para defender seus interesses. Quando um grupo de cientistas é morto em sequência, tendo todos eles participado do mesmo projeto de construção de seres robóticos, ela precisa descobrir quem estaria por trás dos crimes.
Comentários:
Esse filme é uma adaptação para o cinema de um conhecido mangá dos anos 90. Como não sou consumidor desse tipo de publicação (que tem um público bem específico e especializado nesse tipo de quadrinhos), tudo me foi apresentado pela primeira vez nesse filme. O visual é ao estilo ficção cyberpunk, um tipo de subgênero que foi bem popular entre a segunda metade dos anos 80 e a primeira metade dos anos 90. Sempre considerei filmes, livros e quadrinhos desse tipo como herdeiros tardios de "Blade Runner" e até mesmo "Mad Max". Nesse tipo de universo as ruas das grandes cidades são caóticas, sombrias, infestadas de poluição visual (algo que é bem destacado no design de produção desse filme). A tecnologia, que fora criada para salvar a humanidade, acaba se tornando sua principal inimiga. A protagonista é uma das vítimas. Ela procura por respostas, de onde veio, quais são suas origens, pois tudo o que sabe é que sua composição física é uma simbiose entre a máquina e o ser humano. Até que gostei do filme. Ele não será considerado uma obra prima no futuro, mas tem elementos suficientes para manter o interesse do espectador, principalmente no drama existencial da Major interpretada por Scarlett Johansson. A atriz está bem em cena, porém é impossível ignorar o fato dela ser uma americana interpretando uma personagem japonesa, o que por si só já é um erro. É claro que ela só foi escalada por motivos puramente comerciais. No geral é um bom passatempo, com bons efeitos especiais. Não sei se o público que conhece e consome o mangá original gostará do resultado. Porém para o cinéfilo que estiver em busca apenas de uma boa diversão não haverá o que reclamar.
Pablo Aluísio.
sábado, 1 de setembro de 2012
Branca de Neve e o Caçador
A indústria americana de cinema ás vezes é tão sem imaginação. Bastou a adaptação de Alice dirigida por Tim Burton fazer sucesso para os estúdios ressuscitarem antigos contos de fadas para tentar faturar a mesma bilheteria. É o caso desse "Branca de Neve e o Caçador" que tenta não apenas seguir os passos do filme da Disney como também plagiar outro grande sucesso recente, a trilogia "O Senhor dos Anéis". Para completar o oportunismo latente ainda escalaram a atriz sensação do momento, Kristen Stewart. Analisando por partes: O filme de Tim Burton que iniciou essa corrida aos contos de fadas pelos estúdios já era fraco demais. Fez sucesso absurdo (1 bilhão de dólares em bilheteria!) porque afinal era uma novidade e os estúdios Disney investiram rios de dinheiro em marketing e publicidade, tudo amparado por cima da idéia da suposta genialidade do cineasta! Depois desse sucesso todo começou as adaptações infelizes, Chapeuzinho Vermelho, A Bela Adormecida e a própria Branca de Neve (que deu origem a um filme horrendo com Julia Roberts) vieram no rastro de oportunismo caça níqueis.
Não satisfeitos com os resultados ruins de todos esse filmes ainda tentaram mais uma vez com esse "Branca de Neve e o Caçador". Será que agora deu certo? Não. Aqui copiaram praticamente toda a direção de arte de "O Senhor dos Anéis" para tentar fisgar o público. Cenas abertas de paisagens lindas, monstros que mais parecem árvores centenárias, tudo está lá, devidamente plagiado. Por fim tiveram a péssima idéia de escalar Kristen Stewart para fazer o papel de Branca de Neve. Essa atriz que fez sucesso na saga teen vampiresca "Crepúsculo" até agora não conseguiu acertar - tal como seu companheiro Robert Pattinson que também não consegue fazer sucesso fora do universo daquela franquia. Kristen é completamente inadequada para o papel da princesa Branca de Neve. Com a boca constantemente aberta, olhar perdido no horizonte ela falha seguidamente. Na hora de mostrar qualquer tipo de emoção o desastre é evidente e constrangedor! Também não consegue ser bonita suficiente para encarnar uma personagem que é dita como a "mais bela do mundo". Nem consegue chegar aos pés de sua rival Charlize Theron em cena. Pra falar a verdade a Kristen é esquisita, tem um ar doentio e nada belo. Um enorme erro de escalação de elenco! Pior é que ela se envolveu com o diretor do filme, um tiozão casado e com filhos, traindo seu namorado e jogando toda a produção em um vexame público que fez a festa dos tablóides sensacionalistas. De princesa passou para a imagem de barraqueira, infiel e traidora alheia. Péssimo exemplo para essa juventude perdida que está aí. Um desastre essa moça sinceramente. No final das contas as duas únicas coisas que se salvam aqui são a bela direção de arte (derivativa mas bem feita e bonita) e a presença de Charlize Theron que parece conseguir sobreviver a tudo, até mesmo a esse equívoco épico. E que venha a adaptação dos Três Porquinhos agora... só espero que sem a Kristen para não estragar com tudo de novo!
Branca de Neve e o Caçador (Snow White and the Huntsman, Estados Unidos, 2012) Diretor: Rupert Sanders / Roteiro: Hossein Amini, Evan Daugherty baseados no conto infantil "Schneewittchen" (Branca de Neve) de origem histórica que foi compilado pelos irmãos Grimm / Elenco: Kristen Stewart, Chris Hemsworth, Charlize Theron, Ian McShane, Toby Jones, Nick Frost, Ray Winstone, Sam Claflin, Bob Hoskins, Eddie Marsann, Lily Cole / Sinopse: A princesa Branca de Neve (Kristen Stewart) é aprisionada pela Rainha Má (Charlize Theron) mas consegue fugir de sua prisão na torre do Castelo para a Floresta Negra onde se torna amiga de Sete Anões e do Caçador (Chris Hemsworth). Juntos tentarão reaver a coroa imperial.
Pablo Aluísio.