quarta-feira, 20 de novembro de 2019

Com 007 Só Se Vive Duas Vezes

Para despistar velhos e novos inimigos o agente inglês James Bond (Sean Connery) forja sua própria morte. Com todos pensando que ele está morto se tornará bem mais fácil descobrir o que há por trás de um estranho acontecimento. Uma nave espacial americana acabou sendo literalmente engolida no espaço durante uma missão por outra nave de origem desconhecida. Os americanos desconfiam dos russos, afinal apenas eles poderiam ter acesso a tal tecnologia. Depois que uma nave soviética acaba sofrendo o mesmo destino a desconfiança então passa a ser dos russos em relação aos americanos, criando uma grave crise internacional. Caberá então a Bond desvendar esse mistério: Quem realmente estaria por trás desses atos de sabotagem espacial?

Seguindo pistas o famoso agente britânico acaba indo parar no Japão para onde parece ter sido enviadas as espaçonaves - mas em que lugar exatamente será preciso começar as investigações? Com a ajuda do serviço secreto nipônico, James finalmente chega em um rico industrial que parece estar a serviço de uma organização maior, mais rica, poderosa e organizada. Estaria a Spectre por trás de tudo o que anda acontecendo? Muitas perguntas sem respostas. Apenas James Bond poderia desvendar essa rede de eventos inexplicáveis.

Quinto e penúltimo filme de James Bond com Sean Connery. Por essa época o ator já havia decidido abandonar o personagem - e só retornaria depois em 1971 no fraco "007 - Os Diamantes São Eternos" porque o cachê que lhe ofereceram era realmente irrecusável. Essa produção aqui tem algumas características bem próprias. Ao contrário dos filmes anteriores que apresentavam locações em diversas partes do mundo, em "Com 007 Só Se Vive Duas Vezes" a trama praticamente se passa toda apenas no Japão. Há maravilhosas tomadas aéreas de regiões vulcânicas onde a Spectre acaba montando um enorme quartel general sob comando de um dos vilões mais conhecidos da saga, o sinistro Blofeld (aqui interpretado pelo ator  Donald Pleasence). Esse antagonista de Bond, sempre com um gatinho branco no colo, foi inclusive o mesmo vilão usado no último filme lançado recentemente com Daniel Craig. É um megalomaníaco que sempre constrói instalações gigantescas em lugares remotos e isolados.

Nesse filme aqui ele deseja jogar russos contra americanos e vice versa, causando a terceira guerra mundial. A trama assim soa até meio juvenil para os dias de hoje (afinal quem ganharia algo com uma guerra nuclear entre Estados Unidos e Rússia que inexoravelmente levaria o planeta para uma destruição global?), mas mesmo assim diverte bastante. Como todo filme da série o filme também traz aspectos daquela velha fórmula que tanto conhecemos. Bond dorme com o maior número de mulheres possível (até as vilãs) e de quebra participa de cenas espetaculares de ação. Numa delas enfrenta quatro helicópteros inimigos pilotando uma pequena aeronave portátil, mas cheia de dispositivos de armas letais. Em outro momento Bond enfrenta um enorme grupo de inimigos no caís de Tóquio. Some-se a isso ninjas, uma trilha sonora cantada por Nancy Sinatra e você terá mais um dos mais populares filmes de 007 na década de 1960. Diversão garantida para todos os gostos.

Com 007 Só Se Vive Duas Vezes (You Only Live Twice, Inglaterra, Estados Unidos, 1967) Direção: Lewis Gilbert / Roteiro: Harold Jack Bloom, Roald Dahl, baseados na obra de Ian Fleming / Elenco: / Sinopse: Sean Connery, Donald Pleasence, Tetsurô Tanba, Akiko Wakabayashi, Teru Shimada, Mie Ham / Sinopse: O agente inglês James Bond (Sean Connery) é enviado para desvendar o mistério do sumiço de naves espaciais americanas e russas. O governo britânico precisa evitar que as tensões entre União Soviética e Estados Unidos se agravem ainda mais, porém para isso precisa descobrir antes o que realmente estaria acontecendo e que tipo de organização estaria por trás dos desaparecimentos.

Pablo Aluísio. 

7 comentários:

  1. Cinema Clássico
    Com 007 Só Se Vive Duas Vezes
    Pablo Aluísio.

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  2. Engraçado como nessa época até os americanos aceitavam que a tecnologia soviética era superior a deles. Lenda que a Glasnost desmistificou completamente.

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  3. E os russos, por sua vez, assistiam a filmes como esse e acreditavam que os agentes do ocidente tinham mesmo todas essas bugigangas do James Bond... rsrsrs

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    1. E o 11 de setembro provou que sequer espiões razoáveis nem o MI6 nem a CIA os tem.

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    2. Não é a toa que no primeiro episódio do The Blacklist, aquele agente loiro chato do FBI diz ao Red, "você quer usufruir da nossa inteligencia" no que o Red responde, "a sua inteligencia?, não, obrigado, prefiro a minha". Da-lhe Red!

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