Assim Joana D'arc ingressou no exército francês. Cortou seus cabelos no estilo militar dos homens e aprendeu técnicas de combate. A época não poderia ser mais violenta pois vivia-se a terrível guerra dos cem anos entre franceses e ingleses. As cidades estavam destruídas, o povo passava fome e a peste negra dizimava milhões de pessoas no continente europeu. Os quatro cavaleiros do apocalipse pareciam estar soltos, cavalgando pelo solo francês, completamente manchado de vermelho do sangue derramado de seus compatriotas. Joana era apenas mais uma pessoa a engrossar as fileiras militares, mas sua presença parecia significar vitórias e mais vitórias para os franceses. Em pouco tempo ela começou a ser venerada pelos soldados e se transformou em um precioso símbolo para o Rei francês CharlesVII.
Não tardou também que ela se tornasse alvo de perseguição por parte dos ingleses. Eles queriam colocar as mãos na santa guerreira de todas as maneiras. Sua sorte mudou para pior quando foi capturada por borgonheses após perder uma batalha. Era 1430. Com apenas 18 anos de idade ela foi então vendida aos inimigos ingleses. Em pouco tempo foi condenada por bruxaria, acusada de ter visões com demônios. Era obviamente um ato político de perseguição. Não havia nenhum fundamento religioso em sua condenação. Os ingleses apenas queriam destruir um símbolo muito precioso para os combatentes franceses. Algumas tentativas de salvar sua vida foram feitas, mas foi tudo em vão. Joana foi queimada viva em uma fogueira numa praça de Rouen, na Normandia (norte da França), que naquela época estava sob dominação da coroa da Inglaterra.
A vida de Joana D'arc foi muito breve, intensa e violenta. Ela viveu praticamente toda a sua vida em campanhas militares, mas ao mesmo tempo procurou cultivar sua fé em Deus. Muitos historiadores discordam da informação amplamente divulgada de que Joana teria sido queimada por ordem de líderes religiosos católicos. Na verdade sua morte foi encomendada, até com certa pressa, pelo Rei da Inglaterra que definitivamente não queria enfrentar uma mulher que era considerada santa pelo exército francês. Assim foi uma decisão realmente puramente política. Em 1920 a Igreja Católica finalmente reconheceu a santidade de Joana e ela foi canonizada pelo Vaticano. No lugar onde foi queimada, onde antes era uma praça pública em Rouen, foi erguida uma bela igreja em sua homenagem, com arquitetura magnífica. Joana assim subiu finalmente aos altares de Deus.
Pablo Aluísio.
História
ResponderExcluirPablo Aluísio.
O que da mais dó da Joana D'arc é quando ela quer seguir guerreando e vencendo pra cumprir a missão que ela dizia ser dada por Deus, o os reis canalhas, por conveniências políticas, nao queriam mais guerra e a traíram covardemente, vergonhosamente e impiedosamente. Que gentalha.
ResponderExcluirHoje em dia tenho uma visão mais crítica sobre essa jovem francesa medieval. Muito provavelmente sofria de alguma esquizofrenia. Também não descarto a teoria de que ela apenas havia surtado com tanto fanatismo religioso que existia na Idadé Média. De uma forma ou outra teve o pior dos destinos, traída e queimada na fogueira da inquisição.
ResponderExcluirJustamente Pablo, era uma moça doente, se aproveiram dela e depois fizeram o que fizeram.
ExcluirSim, penso dessa forma também.
ResponderExcluir