Nem sempre a lógica impera no mundo do cinema. Um exemplo temos aqui. Imagine reunir dois dos grandes símbolos sexuais do cinema americano em um mesmo filme. O que se esperaria de algo assim? Bom, no mínimo uma fita com alto teor de sensualidade e paixão. Certo? Errado. Na realidade "Uma Escolha, uma Renúncia" não consegue ser nem uma coisa, nem outra. O elenco tem Richard Gere e Sharon Stone. O público esperava que saísse faíscas desse encontro, mas nada deu muito certo. A química sexual que pode surgir entre duas pessoas é algo ainda não totalmente compreendido, nem pela ciência. O que tinha tudo para dar certo simplesmente não deu! Gere e Stone eram símbolos sexuais, em um bom momento em suas carreiras, mas ao invés de explodirem em sensualidade na tela só serviram mesmo para passar tédio ao público.
Na estória Richard Gere interpreta Vincent Eastman, um homem que precisa se decidir entre continuar com sua esposa de um casamento que já dura 16 anos ou se entregar a uma nova paixão avassaladora, com uma mulher bem mais jovem e sexualmente atraente. O roteiro é por demais moralista e isso estraga um pouco as coisas. Sharon Stone repete indiretamente sua personagem mais famosa, Catherine Tramell de "Instinto Selvagem", ou seja, uma mulher linda, mas totalmente perigosa e até fatal. Não entendo a psicologia que quase sempre une beleza com perigo. Deve ser algo incrustado na mente humana desde seus primórdios. De uma forma ou outra esse tipo de mentalidade aqui não rende bons frutos. Uma pena, pois Gere e Stone poderiam resultar em algo bem melhor. Do jeito que ficou o filme é apenas longo, tedioso e o pior de tudo, sem quase nenhum teor de sensualidade verdadeira.
Uma Escolha, uma Renúncia (Intersection, Estados Unidos, 1994) Direção: Mark Rydell / Roteiro: David Rayfiel, Marshall Brickman / Elenco: Richard Gere, Sharon Stone, Lolita Davidovich / Sinopse: Um homem casado se apaixona por uma bela mulher. E agora? Mentará o casamento de vários anos ou seguirá o seu coração?
Pablo Aluísio.
Uma Escolha, uma Renúncia
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