Dino Paul Cocetti, ou simplesmente, Dean Martin, nasceu em 7 de junho de 1917, em Steubenville, Ohio, Estados Unidos. Filho de imigrantes italianos, só começou a falar inglês aos cinco anos. Depois de largar a escola muito cedo, tornou-se um boxeador peso médio, e respeitado no meio do boxe com apenas 15 anos de idade. Carregando o codinome Kid Crochet vencera todas as doze lutas que disputara. Mas o sonho do jovem Dino era ser como Bing Crosby, de quem imitava todos os maneirismos e o jeito de andar. Em pouco tempo, e com o nome de Dino Martini, passou a se apresentar como crooner de bandas de sua região. Aos vinte anos foi contratado para ser o vocalista da Ernie McKay Orchestra.
No início dos anos 40 foi contratado pela banda de Sammy Watkins. Sammy, seu novo patrão, foi quem sugeriu a troca de nome para Dean Martin. Depois de excursionar com a banda de Sammy por todo o norte de Ohio, Dean mudou-se para Nova York a fim de tentar um novo rumo para a carreira. Mas com a chegada da Segunda Guerra, foi convocado e serviu durante um ano. Em 1946, Dean ja era um cantor conhecido nos night clubs da Costa Leste americana, quando gravou seu primeiro disco e conheceu o comediante Jerry Lewis durante uma temporada de shows em Nova York. Os dois se apresentarm separadamente, até que em uma noite resolveram encerrar os espetáculo juntos.
Meses depois voltaram a se encontrar em Atlantic City e repetiram a performance com enorme sucesso. No início do ano seguinte, estrearam a turnê "Martin e Lewis". Em 1949 o show chegou ao rádio e a dupla estreou no cinema com "Amiga da Onça" (My Friend Irma - 1949). Martin e Lewis foram a grande sensação do business dos anos 50. Fizeram juntos 16 filmes, mas se separaram em 1956. Muitos apostavam que longe de Jerry Lewis, Dean Martin ficaria com a carreira estagnada. Mas não foi bem assim. No final da década de 50 participou de filmes de primeira linha, como "Os Deuses Vencidos" (The Young Lions - 1958), ao lado de lendas como Marlon Brando e Montgomery Clift. "Deus Sabe Quanto Amei" (Some Came Running - 1958), de Vincent Minelli, com Frank Sinatra e Shirley MacLaine.
Mas a fama internacional de ator dramático veio com o clássico do western: "Onde Começa o Inferno" (Rio Bravo - 1959) de Howard Hawks, onde contracenou com John Wayne. Dessa fama internacional no cinema, veio outro clássico: "Onze Homens e Um Segredo (Ocean`s Eleven - 1960). No qual dividiu a tela com os amigos do famoso grupo chamado "Rat Pack": Frank Sinatra, Sammy Davis Jr., Peter Lawford e Joey Bishop. O Rat Pack (ou clã) como também eram conhecidos, agitava o universo artístico, fazendo filmes de sucesso, discos clássicos e inspirados, além de espetáculos que eram disputados a tapa em boates sofisticadas. O Rat Pack protagonizou ainda mais dois filmes: "Os Três Sargentos" (Sergeants 3 - 1962) e "Robin Hood de Chicago" (Robin and the 7 Hoods - 1964).
Música e Televisão - Mesmo tendo vencido como ator, Dean Martin, jamais abandonou a sua carreira de cantor. Entre os anos de 1951 e 1968, Martin cravou 40 singles na lista Hot 100 da Billboard. Três deles ficaram em primeiro lugar nas paradas dos Estados Unidos. E em 1964, sua canção, "Everybody Loves Somebody" chegou a desbancar "A Hard Day's Night", sucesso dos Beatles.
A televisão foi outro campo de sucesso de Martin. Em 1965, ele estreou na Rede NBC a série, "The Dean Martin Show", que lhe valeu um Globo de Ouro como melhor estrela de TV e ficou no ar até 1973. Entre 1974 e 1984, comandou o programa "The Dean Martin Celebrity Roasts", também com um enorme sucesso. Nessa época voltou ao cinema com dois longas, "Quem Não Corre Voa" (The Cannonball Run - 1981), além de "Um Rally Muito Louco" ( The Cannonball Run II - 1984). Ambos estrelados por Burt Reynolds. Em 1987, Martin entrou em profunda depressão após a morte de seu filho, Dean Paul, num desastre de avião. A partir daí suas aparições públicas ficaram mais raras.
Dois anos depois, em 1989, realizou alguns shows em Las Vegas. Foi lá que aconteceu seu último encontro com o ex-companheiro de velhas jornadas, Jerry Lewis. Sua última aparição na TV aconteceu em 1990 no especial de TV, "Sammy Davis Jr. 60th Aniversary Celebration". Dean Martin aposentou-se por volta de 1991. Em 1993 recebeu de seu médico o diagnóstico de câncer de pulmão. No Natal de 1995, Dean Martin perdeu a batalha contra a terrível doença, vindo a falecer aos 78 anos.
Telmo Vilela Jr.
O Elvis, antes de ser O ELVIS, imtava o Dean Martin no jeito de cantar; o Frank Sinatra respeitava , temia e amava o Dean Martin; O Jerry Lewis invejava o tipão galã e boa vida do Dean Martin; ou seja, estes três queriam, de alguma forma, ser o Dean Martin, mas o próprio Dean Martin não conseguiu nunca ser maior que nenhum dos três. Ironias da vida.
ResponderExcluirÓtima observação Serge.
ResponderExcluirAproveitando a deixa quero informar que segundo o autor, Telmo Vilela Jr, o texto acima usou como fonte de pesquisa, entre outros, o site Cinemateca Veja.
Abraços, Pablo Aluísio.
Dean é o meu cantor favorito. Fez parte da minha infância. Ele não fazia força alguma para cantar, sua voz simplesmente fluía. Ele tinha um dom. Everybody Loves Somebody é uma obra prima. Sempre me emociono muito quando ouço suas canções. Sua voz, ao contrário dos outros, vinha do coração. Obrigado por tudo Dean.
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