Embora tenha lançado algumas poucas músicas realmente relevantes em 1966 o fato é que Elvis estava em um momento ruim da carreira por essa época. Seus filmes eram severamente criticados pelos críticos de cinema e as trilhas sonoras vendiam cada vez menos a cada ano. Até a crítica musical que antes ainda se importava em criticar as músicas dos filmes, começou a ignorar seus álbuns com músicas de filmes. Afinal para que se importar se o material soava igual todos os anos? Como Elvis afinal era visto em 1966? Basicamente como um cantor que havia sido essencial no surgimento do rock ´n´ roll na década anterior, mas que estava totalmente perdido na carreira, sem rumo, fazendo filmes adolescentes para um público que nem sequer existia mais.
Afinal de contas os produtores não entenderam que os fãs de Elvis não eram mais os adolescentes dos anos 50, pois o tempo havia passado, eles tinham se casado, eram pais de famílias com mais de 30 anos e não iriam gastar seu suado dinheiro com aquele tipo de material. E os jovens dos anos 60, os verdadeiros adolescentes, seguiam outros ídolos de sua idade e não Elvis que já era considerado um astro de uma outra geração. Assim Elvis foi morrendo artisticamente. Ele perdeu o compasso com seus antigos admiradores. Seus antigos fãs ignoravam seus discos novos e a juventude simplesmente o achava um astro de Hollywood ao velho estilo, em musicais pouco interessantes para eles! Uma situação nada boa para um talento como Elvis Presley. O caminho era virar adulto também na carreira musical, mas infelizmente isso iria demorar ainda um pouco a acontecer.
No meio dessa situação de estagnação artística que tinha se transformado sua outrora gloriosa carreira musical, chegou nas lojas, muito timidamente, sem publicidade alguma, esse single natalino. Para os que ainda insistiam em seguir Elvis (verdadeiros heróis da resistência pois a maioria dos fãs tinham ido embora), o compacto trazia uma novidade e tanto, uma canção inédita de Elvis. Sim, era de natal, o que afastava uma parte do público que achava esse tipo de música ultrapassada, mas era algo novo - e não uma centésima reedição das canções natalinas de 1957. A RCA, desesperada pelas baixas vendas dos produtos com Elvis, resolveu que seria uma boa ideia ele gravar algo para o natal. Quem sabe não faria algum sucesso...
A música era uma composição muito bonita do amigo e guarda-costas de Elvis, Red West. A faixa havia sido gravada em junho, em Nashville, e contava com a maravilhosa participação do grupo vocal The Imperials Quartet, que iria ser extremamente importante na carreira de Elvis nos anos 70. O single não chegou a ser um fenômeno de vendas, passou muito longe de se destacar nas paradas, mas satisfez as expectativas da gravadora. Pelo menos não foi um fracasso comercial completo, como vinha acontecendo com regularidade nos lançamentos de Elvis ultimamente. No ano seguinte ainda seria reeditado, mostrando que havia ali uma centelha de força comercial ainda brilhando na cambaleante carreira musical do agora considerado ex-Rei do Rock Elvis Presley.
If Every Day Was Like Christmas
I hear the bells / Saying christmas is near / They ring out to tell the world / That this is the season of cheer / I hear a choir / Singing sweetly somewhere / And a glow fills my heart / I'm at peace with the world / As the sound of their singing fills the air / Oh why can't every day be like christmas / Why can't that feeling go on endlessly / For if everyday could be just like christmas / What a wonderful world this would be / I hear a child / Telling santa what to bring / And the smile upon his tiny face / Is worth more to me than anything.
Pablo Aluísio.
Elvis Presley
ResponderExcluirIf Every Day Like Christmas
Pablo Aluísio.
Quem diria: o Elvis gravou uma linda canção de Natal composta por Red West! E dez anos depois...
ResponderExcluirComo a vida é esquisita.
Serge Renine.
Pois é, dez anos depois, em 1976, o Elvis estaria querendo matar o Red West por traição! É a vida e as ironias do destino.
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