terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Patsy Cline

Certa vez durante uma reunião com amigos um deles me fez uma pergunta das mais interessantes: “Pablo qual foi na sua opinião a voz feminina dos anos 60?”. Nem pensei muito. “Patsy Cline” – respondi. Infelizmente poucos se lembram de Patsy, principalmente no Brasil, onde apenas colecionadores mais atentos se lembram da maravilhosa voz dessa cantora, em um timbre vocal que sempre gostei de chamar de angelical. Além disso é impossível ouvir uma canção de Patsy sem lembrar imediatamente dos chamados anos dourados. É uma associação imediata. Sua voz, seus arranjos, as letras, tudo soa muito evocativo àquele período.

Patsy Cline foi uma estrela cadente. Gravou apenas três álbuns de estúdio e teve sua vida encerrada muito cedo, morrendo com apenas 30 anos em 1963 mas seu legado é fenomenal. Ela começou a carreira no universo country mas logo despontou com um pop romântico fantástico que logo alcançou repercussão nas paradas. “Crazy” é sintomático nessa nova fase. Como uma típica garota daqueles anos ela teve que conciliar sua carreira musical com seus casamentos, que não deram muito certo. Ela vivia nessa dualidade entre a vida de cantora e dona de casa mas a vocação falou mais alto. Patsy morreu em um acidente de carro perto de Camdem, uma cidade importante na história da música americana pois foi lá que nasceu a RCA Victor uma das companhias mais importantes da indústria fonográfica. Felizmente seus discos preservaram o que de melhor havia nela, seu grande talento vocal.

Discografia de Patsy Cline:
Patsy Cline (1957)
Patsy Cline Showcase (1961)
Sentimentally Yours (1962)

Pablo Aluísio.

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