Desde que havia assinado com a Capitol Records, Sinatra vinha com a intenção de investir cada vez mais em discos conceituais. Eram álbuns com uma temática em comum ligando todas as canções. Havia sido em parte assim com os dois primeiros discos do cantor nessa nova gravadora e seguiu ainda mais firme nesse sentido com esse terceiro disco no selo. O tema central aqui é a desilusão amorosa. Todas as letras de todas as faixas possuem esse elo em comum, falando de relacionamentos fracassados, amores dolorosos, solidão, depressão e amargura. Por essa razão é um disco bem melancólico, onde Sinatra no fundo estava falando de si mesmo. Ele havia se separado da esposa Nancy, tinha embargado em um relacionamento conturbado com Ava Gardner, que o traía constantemente, e tudo parecia desmoronar em sua vida amorosa.
Eu sempre entendi perfeitamente a importância desse álbum na discografia de Sinatra. Sempre foi um dos mais conceituados e elogiados de sua discografia, mas ao mesmo tempo nunca consegui gostar. Acho que é necessário estar em uma certa vibe para curtir esse LP. E esse é o sentimento da dor de cotovelo, não tem como escapar desse aspecto. O ouvinte tem que estar sintonizado com o próprio estado de espírito do cantor na época para criar uma conexão com o sentimento geral que esse trabalho musical passa. Bom, esse tipo de coisa para baixo, caindo no choro por causa do fim de um relacionamento, nunca foi a minha praia. É o disco da fossa do Sinatra. Por isso nunca gostei mesmo. Prefiro outros discos do cantor, mas de qualquer forma fica a dica. É um disco importante na carreira de Sinatra.
Frank Sinatra - In the Wee Small Hours (1955)
In the Wee Small Hours of the Morning
Mood Indigo
Glad to Be Unhappy
I Get Along Without You Very Well
Deep in a Dream
I See Your Face Before Me
Can't We Be Friends?
When Your Lover Has Gone
What Is This Thing Called Love?
Last Night When We Were Young
I'll Be Around
Ill Wind
1It Never Entered My Mind
Dancing on the Ceiling
I'll Never Be the Same
This Love of Mine
Pablo Aluísio.
Music!
ResponderExcluirPablo Aluísio.
Na biografia não autorizada do Frank Sinatra, a unica que se aproxima da verdade, ele diz; "com essas ações do cassino, finalmente posso fazer um pe-de-meia para meus filhos". Quer dizer, apesar de todo sucesso mundial que ele havia desfrutado nao tinha conseguido ainda, ja na decada de "60, guardar dinheiro. E verdade que ele era um grande perdulário e gastava tudo o que ganhava vendendo discos e shows, mas ganhava muito na vida artística, entretanto só as ações de um grande casino de Las Vegas o tornou verdadeiramente rico.
ResponderExcluirTalvez por isso o Elvis teve que fazer 50 shows por mês ate o fim da vida.
Ainda hoje há grande preconceito por parte da crítica em relação a esses shoEws em cassinos de Las Vegas. Outro dia li um crítica americano dizendo que o Elton John estava acabado... porque fazia agora shows em cassinos de Las Vegas. Enfim, o artista ganha muito em termos financeiros, mas de certa maneira perde também um tanto de seu prestígio como artista de sucesso.
ResponderExcluirSim, mas o eu quis dizer é mesmo sendo cantores de espectro mundial, não ganham o suficiente para a vida nababesca que levam e precisam, como no caso do Sinatra, ter ações de um grande negócio, no caso um cassino, pra poder ter sossego finaceiro. Como.o Elvis só.tinha a musica, tinha que fazer centenas de shows por ano pra cobrir suas grandes despesas.
ResponderExcluirClaro, claro... As roupas, festas, salários de puxa sacos e parasitas em geral... sempre pesam muito na vida desses artistas que desejam ostentar um certo status de riqueza. No caso do Elvis, apesar de ter ganho milhões ao longo da vida, terminou a vida com pouca grana em sua conta pessoal. Torrou praticamente tudo!
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